A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades escrita por Aldemir94


Capítulo 6
Batalha no Deserto




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O cemitério estava tão tranquilo quanto sempre, apesar da correria ocasional.

Acontece que, de vez em quando, apareciam almas penadas ainda não convocadas: gente ignorante que bateu as botas por dirigir embriagada, soldados que partiram dessa para melhor (ou pior) por causa de alguma guerra estúpida e tantos outros casos.

Ninguém se aborrecia mais com esses fantasmas “que se apresentaram cedo demais” do que Dona Morte: a morte.

Seu rosto era uma antiga caveira, mas seus olhos eram sempre gentis. Sua bata e capuz negros a tornavam apavorante para aqueles que ela ia buscar, mas era mero preconceito mortal contra ela.

Sua foice sinistra era sempre limpa e afiada, mas nunca fora usada para ferir os outros, já que possuía poder muito mais divertido: qualquer pessoa que fosse tocada pela foice, transformava-se em fantasma.

Os fantasminhas do cemitério amavam Dona Morte, bem como o lobisomem, Zé Vampir (um vampiro brasileiro) e até um casal de múmias, que haviam se instalado ali a muito tempo.

O coveiro dava-se muito bem com toda essa turma, assim como o zelador (com quem Dona Morte jogava cartas às vezes).

Pode-se dizer que aquele era um lugar feliz, apesar de sua utilidade pública sinistra.

No entanto, as coisas não estavam indo muito bem naquele dia.

Acontece que um anjo viera tirar satisfação com Dona Morte acerca de um problema que estava se repetindo em alguns lugares: fantasmas estavam, simplesmente, desaparecendo.

O anjo em questão se chamava “Anjinho” e tinha cabelos loiros encaracolados, olhos azuis, pele clara, uma auréola dourada flutuando sobre a cabeça e um lindo par de asinhas brancas.

Anjinho vestia um calção negro e uma camisa azul de mangas curtas (azul celeste), onde se via um lindo botão branco no meio. 

Sua aparência era de um menino de mais ou menos 8 anos, mas sua sabedoria já estava como a das pessoas grandes, pois Anjinho não era mortal como nós, mas uma criatura do Reino do Senhor.

Dona Morte sentou-se em um jazigo e perguntou o que o amigo viera fazer ali, ao que ele explanou o problema dos mortos desaparecidos:

— Segundo São Pedro, eles não estão apenas sumindo, mas voltando ao plano dos mortais: Dona Morte, alguém os está trazendo de volta à vida!

— Buscar essa gente toda de novo, vai dar trabalho… – lamentou a Morte – Quem está fazendo isso?

— Talvez eu possa esclarecer as coisas – disse alguém, com voz tranquila.

O homem se aproximou e revelou-se como Febo Abel.

Ele tinha ao seu lado duas garotas, uma com 7 anos e outra com 15 anos.

Ambas tinham olhos castanhos, pele clara, cabelos castanhos escuros e os dentes da frente semelhantes aos de um coelhinho (acredite, eles eram muito mais fofos e bonitinhos do que você deve ter imaginado, caro leitor); não poderia ser diferente, pois ambas eram a mesma garota, porém, de linhas temporais distintas.

Apesar disso, tinham suas várias diferenças: a menininha usava um vestidinho vermelho e segurava um coelho de pelúcia, mais ou menos limpo, além de ter os cabelos penteados de tal forma, que esses parecias cachos de bananas; quanto a adolescente, essa possuía calça jeans, camiseta vermelha e um coelho de pelúcia azul, mais ou menos limpo (algumas coisas não mudam jamais).

As meninas se chamavam Mônica e viviam em um lugar chamado Bairro do Limoeiro, na cidade de Mogi das Cruzes (ainda que em épocas distintas).

Abel admirou Dona Morte, mas não esboçou qualquer expressão, fosse de alegria ou preocupação. Abel era sereno demais, como se esperava de um deus de sua ascendência.

Com tranquilidade, ele explicou sobre a crise de Hades e o problema de Aethel e seus amigos:

— Meu divino tio está determinado a reescrever a história, derrotando minha irmã, Atena, e destruindo a humanidade para sempre. Infelizmente, meu pai, Zeus, a muito se afastou das questões mortais, de modo que nem deve estar a par da situação. Além disso, meu outro tio, Poseidon, ainda está preso na ânfora de Atena, então não pode ajudar a combater Hades. Por fim, meus cavaleiros da Coroa do Sol já não estão disponíveis, devido a questões que não tenho intenção de revelar.

— Meu Deus! – exclamou Dona Morte – então é Hades quem está trazendo os mortos de volta à vida?! Mas isso é um absurdo!

— Por essa razão, cara anfitriã – disse Abel – desejo que você e seus amigos ajudem minha irmãzinha e se juntem a chamada Liga de Atena. Essas duas garotas – disse Abel, enquanto as duas Mônicas davam um passo à frente – já estão cientes da situação e aceitaram ajudar. Além delas, seus amigos também já estão na base de operações, com exceção daquele tal de “Astronauta”, cujas duas versões, de linhas temporais distintas, preferiram se preparar antes.

— O que estão fazendo? – perguntou Anjinho.

— O Astro disse que vai buscar a ajuda da princesa Usagi Mimi e do império Karoton – respondeu a Mônica de 15 anos.

— O Astro da minha época, disse que queria ver a família antes de seguir com a gente – disse a Mônica de 7 anos.

Ainda havia certos pontos a acertar, porém, Dona Morte não fez objeções quanto a se juntar ao grupo de Abel.

De qualquer forma, a interferência de Hades estava tornando o trabalho dela muito mais difícil do que já era.

Enquanto as “Mônicas” conversavam com Anjinho e Dona Morte, Abel deu-lhes algum tempo livre e caminhou pelas sepulturas e árvores frondosas, admirando a luz do luar e a brisa fresca da noite.

— Gosta daqui? – perguntou um garoto de roupa social, gravata borboleta vermelha e capa negra: era um vampiro.

A pele amarela e as orelhas pontudas já denunciavam isso, ou talvez seus cabelos negros penteados como os de um vampiro, porém, os dentes pontudos foram o elemento que faltava para que não sobrasse dúvidas quanto a sua real identidade.

— Me chamou Zé Vampir, muito prazer.

Abel nem olhou para o vampirinho, mas comentou:

— Vampiros não deveriam ficar muito próximos do Sol…

— Bela observação – disse um anjo, que acabava de descer do céu.

Ele era aquele pequeno anjo que Abel havia conhecido antes, no entanto, de uma linha temporal diferente, já que esse aparentava ter em torno de 15 anos.

As únicas diferenças entre ele e sua versão mais nova estavam nas asas (muito maiores nele) e nas roupas (pois ele usava uma camiseta azul, sem botões, uma calça jeans branca e um par de tênis azuis).

Por fim, o anjo portava uma espada branca e reluzente que, de acordo com ele, fora um presente de seus superiores:

— Me chamo ngelo – disse ele – Já estou ciente da situação toda. A Mônica “Teen” me contou.

— Fico satisfeito que aceitem ajudar – disse Abel – Minha irmã irá sorrir – Agora chega de conversa. Vamos até onde Dona Morte e os outros estão. Eu levarei a todos até o palácio de Aethel.

 

***

 

Enquanto essas coisas se desenrolavam, Aethel e seus amigos estavam passando por uma situação terrível; os Kazekages não paravam de atacar os heróis com tudo que tinham!

O primeiro a fazer o ataque foi Reto, o primeiro Kazekage.

Assim como os demais Kazekages, Reto usava uma bata branca juntamente com um manto por cima. Reto tinha olhos cinzentos, pele clara e cabelos castanhos.

Com o poder de Hades, Reto cercou Aethel e seus amigos com uma grande muralha de pedra calcária para, logo a seguir, gerar um grande tornado dentro dela, prejudicando a mobilidade e causando ferimentos aos inimigos.

O tornado era tão poderoso, que a própria muralha acabou colapsando e se despedaçando por completo.

Seus grandes pedaços eram jogados contra a equipe de Aethel, mas os escudos de mana criados por Gwen até que resistiram bem.

A seguir, Shomon (o segundo Kazekage) estendeu um pergaminho antigo no chão e fez aparecer, em uma explosão de fumaça branca, cinco marionetes, armadas com espadas e foices.

Elas eram formidáveis.

Shomon as controlava com fios azuis de chakra, que saíam dos seus dedos.

Shomon possuía pele clara, olhos castanhos e tinha a cabeça raspada, à exceção de um tufo de cabelos castanhos que tinha na parte de trás da cabeça. Destacava-se por uma tatuagem de dragão verde em seu rosto, cuja garra negra direita lhe rodeava o olho esquerdo (o olho de Shomon); de todas as formas, a aparência de Shomon era a de um cara durão.

Benjamin tentou compensar a velocidade das marionetes com o XLR8, sendo bem sucedido no começo, no entanto, Rasa e o Terceiro Kazekage usaram suas kekkei genkais de magnetismo, tornando tudo ainda mais difícil.

Com esse poder, os dois Kazekages eram capazes de moldar o metal em pó (malha de ferro ou pó de ouro) nas mais diferentes formas; desde cubos e pirâmides enormes, até lanças, muralhas e guerreiros armados.

Os dois criaram uma nuvem sinistra de ouro e malha de ferro e depois fizeram chover estacas de metal sobre o grupo de heróis.

— Está acabado – disse Rasa, ajeitando os cabelos ruivos.

Subitamente, um raio azul de energia fantasma, cruzou o campo de batalha e acertou o quarto Kazekage (Rasa) em cheio, enquanto duas grandes bolas de fogo tentaram ferir o terceiro Kazekage.

É claro que o Terceiro conseguiu criar um escudo de ferro a tempo, mas sua expressão de surpresa não podia ser escondida:

— Como sobreviveram? – ele perguntou – Nem os escudos daquela garota eram capazes de defender um ataque desses!

Assim que a fumaça da terrível chuva metálica se dissipou, os quatro Kazekages viram seus jovens inimigos; Aethel, Ben, Danny, Jake, Rex, Gwen, Baymax, Hiro, GoGo, Fred, Honey Lemon e Wasabi: todos estavam com aparência fantasmagórica.

De fora do campo de batalha, o general Blue observava tudo, estupefato, porém, o Dr. Gemma apenas sorriu.

O terceiro Kazekage usou suas habilidades para criar um grande bloco de ferro, enquanto Rasa moldou um grande dragão de ouro.

Com o poder do coracor, Aethel avançou e decapitou o dragão, porém, o grande bloco foi jogado contra ele.

Sem se intimidar, o imperador concentrou a energia caótica dos antigos magos, cultivada em seu artefato, até o momento em que conseguiu pulverizar o grande bloco, antes que esse esmagasse seus amigos.

Apesar de vitorioso, os músculos de Aethel começaram a doer bastante (felizmente, ele conseguiu esconder isso de seus amigos).

GoGo deslizou até Shomon e, com uma rasteira certeira, destruiu uma das marionetes do segundo Kazekage.

Apesar disso, ele usou as restantes para avançar contra o grupo de heróis, tão rápido quanto o XLR8, apenas para tê-las destruídas por Duncan e Jake, por meio de chamas infernais.

Sem se intimidar, Shomon abriu um novo pergaminho e fez aparecer uma marionete maior que as outras, com uma barriga semelhante a um grande barril.

A seguir, ele fez qualquer movimento com as mãos e cobriu a marionete com papéis marcados com o símbolo do fogo:

— Ouçam, crianças – disse Shomon – essa marionete está carregada com nitroglicerina, além de estar coberta com papéis explosivos! Vocês precisam fugir, ou vão morrer!

Olhando a distância, Blue não gostou nada daquilo:

— Shomon… Eu não acredito nisso. Provavelmente, ele vai intensificar a explosão com sua chakra, mas, se aquela coisa explodir, vai varrer até o último grão de poeira da cidade!

A marionete segurou um grande cutelo e partiu para cima de Aethel.

Fred saltou em direção a Shomon, cuspindo fogo, enquanto Wasabi abriu os braços e criou duas lâminas de plasma, que se projetaram de suas braçadeira:

— Fred, eu te dou cobertura! – disse o rapaz.

Com habilidade, Wasabi destruía as marionetes menores, enquanto Fred feria o segundo Kazekage, tornando seu controle da grande marionete cada vez mais deficiente.

Hiro subiu em Baymax e voou pelo campo de batalha, até chegar a marionete explosiva de Shomon.

A despeito das advertências de Aethel, Hiro insistiu que precisavam tirá-la do lugar, antes que o pior acontecesse:

— O Baymax pode levar essa coisa pra longe!

— É tarde – lamentou Shomon, enquanto batia as palmas das mãos.

A marionete começou a brilhar, anunciando a destruição iminente.

Reto se moveu rápido e usou um turbilhão de ventos, vindo de sua mão direita, para mandar Fred e Wasabi para o meio de seus amigos.

A seguir, Reto ergueu uma segunda muralha ao redor dos heróis, tentando dificultar a fuga, enquanto Rasa e o terceiro Kazekage criavam uma grande “tampa” para cobrir a muralha.

Quando a terra tremeu, os Kazekages entenderam que sua “panela de pressão” improvisada, já havia explodido.

Enquanto via tudo, Blue mostrou certo desânimo, mas não deixou de sacar uma pistola carregada e ameaçar Gemma e sua equipe de arqueólogos:

— Me entregue o anel de Gilgamesh, doutor – pediu o general.

Gemma fez sinal para que sua equipe ficasse atrás dele, enquanto seus olhos não saíam da arma carregada.

Enquanto isso, o terceiro Kazekage criou um turbilhão de malha de ferro ao redor de si, fazendo seus cabelos negros ficarem bagunçados com o vento.

Após terminar, o turbilhão parou e se tornou uma nuvem de alfinetes longos e duros, que logo foram lançados contra Aethel e seus amigos, assim que a grande tampa de metal foi removida da muralha.

— Aaaah! – gritou o Kazekage, sem entender o que estava acontecendo.

Uma dor terrível se abateu sobre o terceiro Kazekage, fazendo-o ficar em choque: uma espada longa medieval estava saindo de seu ombro.

— Como fez isso? – perguntou.

— Vocês não deveriam perder os inimigos de vista – disse Aethel, posicionado atrás do terceiro – Com o coracor e a intangibilidade de Danny, chegar aqui pelo subsolo foi fácil demais.

Shomon abriu um novo pergaminho e tirou mais duas marionetes para atacar o imperador, porém, uma forte explosão, vinda das costas do segundo Kazekage, o deixaram inconsciente no chão.

Por trás de Shomon, Jake Long havia acabado de disparar uma chama que, em contato com explosivos, teve um efeito pouco agradável no Kazekage:

— Pegamos um pouco de papel bomba daquela sua marionete, não é irado? – disse Jake.

De repente, uma nova explosão ocorreu, mas essa possuía coloração rosa.

Do meio da fumaça, dois raios de energia igualmente rosados, surgiram e atacaram Rasa, jogando-o contra um morro próximo e o prendendo ali.

— Bom trabalho, Gwen – disse Honey Lemon.

— Digo o mesmo – sorriu Gwen.

Movendo as mãos, Reto fez a rocha treme e conseguiu libertar Rasa:

— Prestem atenção – advertiu ele – Eles não são apenas crianças. Rasa, não se descuide.

Irritado, o general Blue gritou com os kages, exigindo que evitassem destruir as ruínas de Uruk, mas o comentário acabou por distrair Reto, que logo foi acertado por dois discos de fogo, bem no rosto.

Sua dor foi tanta, que não percebeu quando Benjamin surgiu na sua frente, transformado em Chama (um alienígena cujo corpo era coberto por fogo e rochas incandescentes).

— Kabum – disse Ben, enquanto gerava uma explosão de fogo, que, embora não tenha matado os adversários (Ben era contra esse tipo de coisa) foi o suficiente para nocauteá-los.

A situação estava preocupante, então o general Blue olhou para Gemma e seu alunos e, piscando os olhos, paralisou-os:

— Uma curiosidade sobre mim, doutor – disse o general – Hades me trouxe de volta devido ao meu poder mental. Basicamente, posso paralisar quase todo mundo. Sou impressionante, como podem ver.

— Se isso é verdade – disse Pedro, um dos jovens arqueólogos – Então, como você morreu? Fala a verdade, te mataram, não foi?

Blue cerrou o olhar para o garoto, mas depois relaxou e riu:

— Você tem razão, garoto. Uma vez tive que enfrentar um assassino chamado Tao Pai Pai. Infelizmente, ele se mostrou imune ao meu poder de paralisia. Como era muito mais forte do que eu, acabei não tendo a menor chance contra ele… Às vezes acontece.

Blue apontou a arma para o grupo:

— Saibam que isso não me trás satisfação alguma.

Antes, porém, que fizesse o disparo fatal, Blue foi nocauteado por um punho de metal, disparado em sua direção por Baymax.

Hiro e seu robô estavam ali, prontos para proteger Gemma e os outros.

Livres da influência de Blue, Richie correu com o grupo para seu avião, seguindo as orientações de Hiro:

— Quando acabarmos com todos eles, a gente segue vocês! – disse Hiro.

Enquanto isso, Pakura (que, cansada de ficar fora do combate, decidiu entrar em cena) começou a falar:

— Mesmo em desvantagem, isso vai ser divertido – disse ela – “Shakuton: Kajōsatsu”! (Nota: algo como “Estilo Calor: Assassinato de Vapor Extremo”).

Nesse instante, sete pequenos “sóis” surgiram ao redor de Pakura, brilhando e produzindo calor:

— Sugiro que fiquem longe deles – disse a mulher – Eles vão evaporar toda a água dos corpos de vocês, hahaha. Vocês ficarão como múmias no deserto!

— Interessante… – disse Duncan, pedindo que seus amigos ficassem longe – dessa daí, eu dou conta sozinho.

Irritada, Pakura atirou suas esferas em chamas contra Duncan, que saltou para o lado direito e liberou suas asas, buscando vantagem aérea.

Rapidamente, ele atingiu uma altura razoável e desceu como um míssel, desviando das esferas que Pakura atirava contra ele.

Quando chegou no ponto certo, ele a derrubou com um chute, no entanto, Pakura ainda tinha forças para dar o troco.

Ativando sua habilidade mais uma vez, ela correu em direção a Duncan, buscando maior precisão no ataque, e tentou usar suas esferas mais uma vez, sendo bem sucedida:

— Que pena. Ele até que era fofinho – disse a mulher – mesmo parecendo uma laranja com casca de melão por cima…

— Gata, isso não foi legal – disse Duncan.

Antes de poder reagir, Pakura levou uma rasteira do garoto, caindo de traseiro no chão:

— Aiai! Seu ogro! – disse ela – Como sobreviveu?!

— Aí, gata – disse ele – Meu pai é um kaiju. Na primeira vez que tivemos um papo de “pai e filho”, ele me jogou dentro de um poço de lava! Comparado a isso, suas esferas brilhantes não passam de pisca-piscas quentinhos.

Furiosa, Pakura sacou uma kunai (um tipo de faca triangular) e tentou ferir o garoto, mas teve tanto sucesso quanto com suas chamas:

— Já tomei até mísseis na cara – riu Duncan – A essa distância, não tem como a sua faquinha mágica me machucar. Eu não quero mais lutar com você.

— Tem medo? – riu ela – Ainda tenho meus truques.

— Não é certo um garoto lutar com uma garota; não me sinto bem chutando o seu traseiro e socando a sua fuça… desculpe, mas é isso.

Pakura concentrou seu chakra na kunai, deixando-a muito mais afiada, no entanto, não teve tempo de atacar Duncan; GoGo a nocauteou pelas costas.

— Bem falado, garoto… – disse GoGo – Mas não se preocupe: esse problema eu resolvo.

Os heróis caíram no chão, esgotados mas felizes. A grande batalha havia acabado, Uruk estava a salvo e todos estavam vivos.

Os amigos se abraçaram e Fred começou a falar:

— Aí, galera, a gente bem que podia criar uma música tema, né não?

Enquanto os amigos riam, alguém não estava nada contente: Radamanthys de Wyvern.

Furioso, o juiz esmagou uma rocha em suas mãos, enquanto resmungava:

— Só mais um fracasso total. Esses mortais reanimados não passam de uns inúteis! Como posso fazer a senhorita Pandora entender?

O juiz pensou seriamente em avançar contra o grupo, mas seu coração acelerou.

Seu corpo foi tomado por calafrios e os pelos de seus braços arrepiaram, como se Radamanthys estivesse sob alguma ameaça mortal. Uma gota de suor desceu pelo rosto do juiz das trevas e seus olhos ficaram arregalados.

Acontece que, logo acima do campo de batalha, uma nuvem sombria havia se formado.

— Essa presença, esse clima sinistro… – sussurrou Radamanthys – Não há dúvida alguma. Mas porquê ele estaria aqui? Não, isso não… com certeza deve estar aqui por causa de mais esse fracasso. Ele não vai ter paciência nem piedade. Ele vai me destruir…

Após alguns instantes, a nuvem se materializou na forma de um lindo rapaz, de 16 anos, olhos azuis e cabelos negros, como a própria noite.

Ele usava um longo casaco preto, com bordas e colarinho fiados a ouro, assim como um medalhão de ouro no pescoço.

Ele era composto por um anel e uma estrela de Davi ao centro. Logo abaixo da estrela havia o desenho de uma faixa, onde se lia uma inscrição em inglês, com os dizeres “Yours Ever” (“sempre seu”) e um relevo de folhas, logo acima da inscrição.

Sorrindo candidamente, o rapaz admirou os jovens exaustos:

— Parece que meus reanimados tiveram dificuldades. Ainda assim, a vitória de vocês foi um verdadeiro milagre. Eu os parabenizo.

Gwen olhou para o alto, para admirar o novo inimigo que tinham diante de si.

Para surpresa de Aethel e dos outros, a garota começou a chorar.

— Qual o problema, Gwen? – perguntou Aethel.

Benjamin Tennyson também ficou paralisado, assim que viu o rapaz sombrio, que se aproximou aos poucos, divertindo-se com o pânico geral.

— Mas, aquele cara… – disse Ben.

Gwen caminhou até o novo inimigo, em lágrimas, se

m entender o que estava acontecendo.

O inimigo se aproximou mais um pouco e beijou a testa de Gwen, fazendo seu sangue gelar:

— Arão? – perguntou a garota…


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Notas finais do capítulo

Chakra:
Na franquia de Naruto, chakra é a energia essencial da vida, usada para se fazer um jutsu (magias e técnicas comuns na série). É equivalente ao Ki da franquia Dragon Ball e o Cosmo da franquia Saint Seiya.

Kekkei Genkai:
Kekkei Genkai (literalmente, “Técnica Limitada a Herança Sanguínea" ou "Limite de Linhagem Sanguínea”) são poderes e técnicas herdados pela via genética, impossíveis de serem copiados ou aprendidos por quem não possui o gene necessário. Na franquia de Naruto, kekkei genkais são muito apreciados, devido a sua potencialidade e raridade.
Como exemplo, Rasa e o terceiro Kazekage possuem a kekkei genkai do “magnetismo”, que lhes permite moldar metal. Porém, também existem kekkei genkais oculares, focadas em elementos e muito outros.



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