A Liga de Atena: A Ressurreição de Hades escrita por Aldemir94


Capítulo 5
Expedição a Uruk




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— Senhorita Pandora, esses reanimados são uma negação. – disse Radamanthys, curvando-se diante de Pandora.

A bela mulher estava sentada diante de uma mesa de carvalho, escrevendo qualquer coisa em um antigo diário.

— Radamanthys – respondeu ela – Já reuniu os novos soldados para cuidar da missão em Uruk?

— Sim, senhorita, no entanto – disse o juiz, com olhar baixo – Duvido que seja tão úteis quanto os cavaleiros negros ou aquele caçador humano. Por favor, humildemente peço que me permita levar uma unidade de espectros…

— Radamanthys… – respondeu ela, sem tirar os olhos do diário – o senhor Hades deseja poupar seu exército.

O juiz se aborreceu:

— Mas a última missão foi um fracasso, minha senhorita – disse ele, tentando não elevar a voz – Atena ainda está viva e os reanimados foram derrotados. Só me dei ao trabalho de salvar aquele mortal, chamado Raditz. Ainda assim, se ele tivesse morrido não teríamos perdido nada.

— Basta – disse ela – Jamais esperei que eles conseguissem matar Atena.

Radamanthys não entendeu, mas teve receio de fazer mais indagações.

— Na verdade – continuou ela – o senhor Hades desejava confirmar o potencial dos novos aliados de Atena. Assim como aqueles que derrotaram os cavaleiros negros, Atena também conta com a ajuda de muitos outros. Nosso divino imperador deseja enfraquecer as fileiras inimigas com os mortais reanimados.

A mulher levantou o olhar e admirou a expressão solene do juiz, indagando se ele ainda tinha algum questionamento.

Radamanthys perguntou se podia se envolver, caso houvesse um novo combate, mas ela fez que não:

— Radamanthys – disse Pandora – como um dos três juízes do mundo inferior, não é adequado que você se exponha a riscos desnecessários. Além disso, nossa prioridade é cumprir a próxima missão. Agora vá, pois tem autorização para acompanhar os trabalhos na antiga cidade.

Radamanthys levantou-se, fez uma reverência e se retirou, sem dizer uma palavra.

Pandora fechou o diário e caminhou até a janela, para admirar a luz da lua:

— Será que Radamanthys vai me desobedecer? – perguntou ela para si – Talvez. Mas isso não importa, desde que a operação seja bem sucedida. Mas não entendo o porquê de nosso senhor Hades se preocupar com algumas ruínas da suméria…

Pandora ainda ficou sonhando acordada por horas, admirando um bonito quadro no escritório, que retratava um casal em um jardim.

Em seguida, resolveu seguir até seu gabinete privado e dormiu.

Pouco antes da moça acordar, um soldado esqueleto lhe trouxe um serviço completo de café da manhã, mas como Pandora ainda estava adormecida, teve receio de acordá-la.

Deixemos o pobre esqueleto na frente da porta, decidindo se irá incomodar a moça (o que, certamente, ainda vai demorar um pouco) e vamos agora seguir para um lugar muito distante dali: o deserto iraquiano.

Acontece que um lindo avião dourado está sobrevoando o espaço aéreo do Iraque, seguindo para as antigas ruínas de Uruk (ou “Uruque”, se os leitores preferirem); em seu interior, a aeronave abriga o Dr. Gemma e sua equipe de jovens arqueólogos, além de algumas outras pessoas, inclusive o próprio dono do avião.

Vamos apresentar a todos, está bem?

Na frente do avião, um garoto de 10 anos está servindo de piloto, enquanto sua amiga está logo ao lado, na posição de copiloto.

Achou estranho? Não deveria. Esse garoto dirige o único avião do mundo que é adaptado para crianças pilotarem. 

A aeronave foi projetada pelo Dr. Quimbinha, cientista brilhante que serve a família desse garoto.

O menino tem cabelos loiros e penteados, pele clara e olhos gentis (acho que a íris é castanha, mas pode ser escura mesmo; não se consegue ver por causa da luz do Sol).

Ele está usando sapatos brancos, uma calça azul (caríssima) e uma camisa branca com gravata borboleta azul (como o céu que o seu avião está cruzando agora) e veste por cima um suéter vermelho, de mangas longas, com um grande “R” amarelo bordado – provavelmente de ouro: ele é Richie Rich, o menino mais rico de seu mundo.

Como sua co-piloto, temos sua melhor amiga, Glória (ou “Glorinha”, para os amigos), com cabelos castanhos, pele clara, vestido rosa e sapatos na cor rosa.

Agora, passando para os passageiros, temos Ben Tennyson, Gwendolyn Tennysons (já a conhecemos na sala de comandos), Rex Salazar, Duncan Rosenblatt e Aethel, o imperador.

Hiro não estava  presente, porque disse que ainda precisava reunir sua própria equipe para ajudar.

Os outros tripulantes são compostos por Dr. Gemma, Clara (esposa dele), Ágata (filha do casal), Jade, Chang, Pedro e Chico; todos eles são brasileiros.

Clara é loira, tem olhos azuis e está usando uma camisa amarela, botas de couro e um calção feminino adequado para climas desérticos (que Ben não para de olhar, apesar da expressão de extrema desaprovação de Aethel).

Pedro tem olhos azuis, pele clara, cabelos castanhos e está usando um boné marrom e azul, virado para trás, de modo que se vê um tufo de cabelo saindo pela frente.

Ele usa também um tênis azul, meias um tanto folgadas (e pouco limpas) e uma camiseta vermelha, de mangas curtas.

Chang é descendente de japoneses, tem 12 anos, olhos puchados com iris castanha, cabelos negros, pele clara e está usando uma camiseta amarela de mangas curtas e calção vermelho.

Seu amigo, Chico, é afro-brasileiro e já conta com 11 anos. Assim como Chang, Chico tem cabelos negros (embora curtos e crespos), olhos castanhos e usa uma camiseta verde de mangas curtas, juntamente com um calção jeans azul.

Em outra poltrona do avião, retocando a maquiagem, está Jade, com sua camisa turquesa, lenço de pescoço rosa e calça rosa. A moça já tem 16 anos, possui “pele clara de pêssego” (Aethel não entendeu quando ela comentou isso), olhos azuis e lindos cabelos ruivos, presos em rabo de cavalo.

Se fiz questão de detalhar a aparência dela, foi apenas porque Rex ficou tão “bobo”, quando viu Jade, que Aethel precisou olhar para ele e repreende-lo (pois ghalaryanos tem formas excessivamente cavalheirescas de se aproximarem de uma garota, devido a um senso moral forte):

— Irmão Rex – disse o imperador – Se não parar de fiscalizar cada piscada da senhorita Jade, vou considerar que você a está importunando e… – sorriu o jovem rei – terei de executá-lo por traição contra a honra imperial e desonra contra uma amiga, fui claro?

— Eu vi a constituição, Aethel – rebateu Rex – E, de acordo com ela, você não pode matar ninguém, hahaha; viva a democracia.

— “Hahaha”... – riu Aethel, de forma sinistra – Quando Ivan, filho de Vladimir III, assinou a constituição, ele precisou abrir mão de certas prerrogativas reais, logo, não posso matá-lo diretamente. Mas, irmão Rex… – disse Aethel, com a frieza de um boneco de neve – garanto que ficaria surpreso, com o que pode lhe acontecer.

Rex tirou o riso bobo da cara, enquanto Jade começou a rir, sem conseguir se conter.

Continuando com as apresentações, ao lado de Jade temos a jovem Ágata, de 6 anos. Como já dito, ela é a filha de Gemma e Clara.

A menina possui cabelos castanhos, divididos em “maria-chiquinha”, pele clara e olhos azuis.

A garotinha está usando camiseta laranja, calção verde e sapatos rosas, com meias brancas (e muito limpas).

Ah, sim, ainda temos o professor Tut, com seus 40 anos (um a mais, um a menos, quem liga?) Com cabelos negro (nas laterais, já que o homem é calvo no topo da cabeça), olhos castanhos e pelo clara.

Tut é amigo e assistente do Dr. Gemma, tendo participado da busca pelas pedras sagradas, pouco tempo atrás.

O homem usa jaleco padrão de arqueólogo, calção, cinto negro e botas de couro, adequadas para terrenos difíceis.

Se perco tempo descrevendo cada membro novo da expedição, tenho dois motivos: eles são parte importante da equipe e, com o tempo que levamos para conhecer a todos, o avião teve tempo de chegar ao andar de pouso.

Na verdade, Aethel não tinha autorização do governo Iraquiano para construir uma base de pouso temporária ali, mas como ele ameaçou reduzir o país a cinzas, o presidente do Iraque não reclamou.

Gwen ficou indignada com a postura autocrática de Aethel, mas Gemma apenas sorriu:

— Quando o conhecer melhor, verá que ele merece o título que tem. Além disso, ele ainda tem 13 anos, então acho que podemos dar um desconto.

— Ele é um tirano – disse Gwen, com olhar de indignação – Um protótipo de ditador maquiavélico, megalomaníaco e imparável; nos preocupamos com Hades, mas acho que Aethel também é uma ameaça!

Aethel sorriu, com ingenuidade:

— Se eu fosse um tirano, senhorita Gwen, você nunca teria a chance de falar uma coisa dessas contra mim. Além disso – disse ele, cabisbaixo – Se isso permitir que eu salve inocentes, proteja meus irmãos e mantenha Mabel segura, então não me importo de ser um tirano impiedoso; minha imagem não é mais importante que o meu dever… isso é o que significa ser um cavaleiro e foi essa a boa educação que recebi de Merlin.

— Não pode impor a sua vontade ao mundo todo, Aethel! – insistiu Gwen – Isso não é certo.

Aethel levantou do banco e foi sentar ao lado de Gwen, sob o olhar surpreso de Ben e dos outros.

O rapaz pegou na mão direita da garota e perguntou:

— Gwen, até que ponto você iria para salvar a vida de alguém que errou?

Gwen não entendeu o que ele queria dizer, então ele reformulou a pergunta:

— Gwen, se Ben e Kevin cometessem um crime muito grave, que trouxesse muitos sofrimentos, você estaria disposta a receber a punição no lugar deles?

— Depende do crime… – respondeu ela – e também do castigo. Eu sei que eles são boas pessoas, mas, dependendo do que fizeram, teriam que pagar.

— E se a punição fosse a morte? – perguntou Aethel.

Gwen respondeu que nunca deixaria Ben, Kevin ou qualquer outra pessoa em tal situação, ao que Aethel olhou para ela e respondeu positivamente:

— Se fosse o contrário – disse o rei – Você não estaria aqui.

Após essa conversa rápida, todos desembarcaram do avião.

Enquanto o grupo caminhava até às ruínas de Uruk, Ben colocou a mão sobre o ombro direito de Gwen e sorriu:

— Olha só – disse ele – o Aethel pode parecer meio “difícil” às vezes, mas o Paradoxo não tinha pessoa melhor pra ajudar a Atena (tirando eu, lógico).

— A mãe dele deveria frear esse “gene da tirania”! Nem acredito que deram o trono para alguém como ele!

Ben baixou o olhar:

— Ele não é como nós, Gwen. Os pais dele morreram anos atrás e ele não tem mais nenhum parente – disse Ben, erguendo o olhar – Se quer tirar essa imagem tosca que formou dele, acho que você deve ir até o salão da távola redonda, no palácio. Depois, converse com o Jake, a Trixie ou a Rosa (vai gostar delas, são bem legais).

Enquanto o grupo explorou os arredores da cidade, os dois primos continuaram a conversar:

— Quando eu conheci ele, não ficamos amigos logo de cara – confessou Ben – Eu até comecei a odiar ele, hahaha… depois que a gente virou amigo, eu mudei a raiva pra compaixão. Dá um tempo pra ele, beleza?

De repente, Aethel reuniu o grupo, alegando que não havia qualquer sinal de que os espectros de Hades houvessem passado por ali.

Apesar disso, Gemma sugeriu que os amigos se separassem em duplas ou trios e vistoriassem os arredores da cidade, na busca por qualquer coisa eu indicasse a presença dos servos de Hades.

Tudo poderia ter levado horas, se Glorinha não tivesse tropeçado em uma pedra e revelado os vestígios de uma antiga escadaria.

Os arqueólogos trabalharam durante alguns minutos, com a ajuda de Ben (que se transformara XLR8), até revelarem uma antiga passagem, que dava direto para uma câmara interna do zigurate.

Aethel abriu a mão direita e produziu chamas azuis, que iluminaram muito bem o caminho estreito, até que o grupo chegou a uma pequena câmara subterrânea, onde encontraram cerâmicas quebradas, um altar de pedra sem inscrições e uma caixa, decorada com ladrilhos de lápis-lazuli e o selo real de Gilgamesh, o primitivo rei de Uruk.

Gemma levou a caixa para fora, colocou um par de luvas e depois abriu-a, com o máximo de cuidado.

Alí, em seu interior, o grupo encontrou uma tabuleta de argila, com escrita cuneiforme, juntamente com um embrulho feito com lã de carneiro, onde encontrou-se um anel com um selo real, onde se podia ler a inscrição “Gilgamesh”.

Gemma e sua equipe de arqueólogos ficaram muito alegres, pois ali estava mais uma prova da existência do mítico rei de Uruk.

Clara e Jade voltaram à câmara do anel, enquanto Pedro, Chico e Chang ficaram ali, analisando o anel e registrando a descoberta em um diário de pesquisas.

Gemma andou pelos arredores da cidade, acompanhado por Ágata, enquanto Aethel e os outros se reuniram ao redor de uma tenda recém erguida com a ajuda de Richie e Glorinha.

Montando uma mesa improvisada, o imperador discutiu como fariam a defesa da cidade:

— Radamanthys e seus servos estarão aqui, cedo ou tarde – disse Aethel – não podemos nos descuidar!

Os planos seguiram até que, mais ou menos às 18:00h da tarde, Hiro chegou, acompanhado por Baymax, Danny, Jake e mais quatro pessoas: dois garotos (Hiro os chamou de Wasabi e Fred) e duas garotas (elas se apresentaram como GoGo Tomago e Honey Lemon).

Aethel cumprimentou a todos, avisou sobre a descoberta e comunicou seus planos para “aniquilar” as forças de Hades, que logo estariam ali.

Como o Sol começou a se pôr, o grupo achou por bem acender uma fogueira e jogar conversa fora, para se distrair.

Gemma e sua equipe contaram histórias fantásticas sobre pedras que se transformavam em animais, Hiro e seus amigos se divertiram contando sobre as aventuras que viviam na cidade de San Fransokyo e Ben falava sobre todas as vezes em que “salvou o universo”.

Por fim, Aethel divertiu o grupo com uma narrativa simples sobre Sir Gawain e o Cavaleiro Verde.

Por sugestão de Rex e Duncan, o grupo usou a fogueira para assar alguma coisa, ao que Richie sugeriu um bolo simples:

— No avião, temos farinha, ovos, manteiga e açúcar. Pena que não temos mais nada além disso.

— Porque você tem essas coisas no seu avião? – Perguntou GoGo.

— Porque papai e mamãe não gostam que eu perca o chá das cinco.

— Ok. Parece razoável – disse a garota.

GoGo era muito bonita, de feições orientais, tinha 16 anos, pele clara, olhos castanhos e cabelos negros, com uma franja pintada de roxo. No momento, usava sua armadura amarela, com calça negra e com seus discos de batalha (vocês vão entender mais tarde).

Hiro tirou a poeira de sua armadura azul, repetiu o gesto em Baymax (cuja armadura vermelha estava sofrendo com os ventos do deserto) e perguntou se Fred não estava sofrendo na fantasia de monstro cuspidor de fogo.

— Tá na boa, Hiro – disse o rapaz – É, tipo, ficar na sauna, sacou? Vou perder uns seis quilos, no mínimo.

— Fred – disse Honey Lemon – Isso foi nojento demais.

Fred tem olhos azuis, cabelos loiros e um tanto bagunçados, pele clara e tem mais ou menos a idade de GoGo. Ele está usando uma fantasia esquisita de monstro, com causa, dois chifres e três olhos, com boca cheia de dentes, porém, como está com o torso, braços e cabeça para fora dela, não incomoda ninguém.

Acontece que Fred teve receio de assustar Ágata, por isso preferiu usar a fantasia só até a cintura (ideia que GoGo ainda considerou estúpida, já que o grupo estava no meio do deserto).

Wasabi caminhou até o avião, junto com Glorinha, para trazer os ingredientes do bolo.

Ele ainda estava usando sua armadura verde, mas suas feições eram fáceis de distinguir: cabelos castanhos em estilo dreadlock (que Aethel confundiu com um vaso de plantas), olhos castanhos e pele morena, com barba aparada, restando apenas um cavanhaque ralo.

Honey Lemon seguiu o amigo, temendo que ele esquecesse a panela, mas só queria conversar qualquer coisa com Wasabi.

Talvez ela tenha ficado um pouco incomodada com a nova história que Aethel estava contando ao redor da fogueira: uma narrativa sobre morte, sangue e auto sacrifício.

Honey foi em direção ao avião, ajeitou sua armadura rosa (também cheia de areia) e depois se olhou em um pequeno espelho.

Ela tem lindos cabelos castanhos, bem claros, olhos castanhos e pele clara. 

Após alguns minutos, Glória, Honey Lemon e Wasabi retornam à fogueira, mas Baymax começa a olhar ao redor; seu scanner de análise acaba de detectar qualquer coisa estranha no ambiente.

— Dr Gemma, o senhor e sua equipe devem se afastar – ordenou Aethel – Glorinha, Richie, fiquem juntos de Gemma. Honey e senhorita Tomago, protejam-nos. Quanto aos outros, estejam preparados – o rei cerrou o olhar – “Eles” estão aqui.

A noite (que deveria estar gélida aquela altura) começou a ficar cada vez mais quente, até que um nevoeiro se formou.

De seu interior, surgiram Radamanthys, o juiz do mundo dos mortos, juntamente com quatro homens e uma mulher de cabelos verdes com duas franjas laranjas na frente.

O juiz voou até o avião próximo e se sentou em seu bico, esperando o desfecho do combate iminente.

Um dos homens ficou a cerca de trinta passos de Aethel e fez as aproximações:

— Saudações, vossa majestade. Eu sou o general Blue, da extinta Red Ribbon. Venho pedir que, por gentileza, vossa alteza imperial devolva o selo que pegou, enquanto explorava a cidade.

Aethel olhou para a pele pálida do adversário, seus cabelos loiros sem luz e seus olhos azuis e frios:

— Não quer me apresentar seus amigos também?

Blue se curvou, em sinal de sincero constrangimento:

— Perdões, vossa alteza. Estes são Reto (primeiro Kazekage), Shomon (segundo Kazekage) e aquele outro é o terceiro Kazekage, mas como não quis dizer seu nome, nós o chamamos apenas de “Minoru”. Quanto à moça, seu nome é Pakura; todos são de um lugar chamado Sunagakure, que fica em um mundo dominado por ninjas – terminou Blue, ajeitando o uniforme militar.

O oficial tirou o quepe da cabeça e pediu compreensão por parte de Aethel, pois servir a Hades era melhor do que padecer de todos os martírios no submundo:

— Se eu pudesse – disse Blue – preferia voltar para minha família e viver uma vida tranquila. Talvez até encontrar uma garota legal e formar uma família. Mas tudo acabou assim.

— Eu te perdoo… – respondeu o rei – e perdoo seus amigos. Façam o que devem fazer. 

— Sabe o que é mais curioso? – perguntou Blue – Graças aos martírios que sofri no mundo inferior, agora abandonei tudo que eu era no passado, a ponto de nem sentir mais satisfação em eliminar quem se põe na minha frente; pecado, perversidade, ambição, frieza… Não existe mais nada.

— Isso é bom, não acha?

— Sim, majestade – concordou o general – porém, também não tenho mais liberdade, logo, estou preso ao acordo que fiz com Hades. A única chance de ter uma nova vida é cumprir a missão que ele me deu, para que sua utopia se torne realidade; antes eu era servo da Red Ribbon, agora, sou escravo de Hades!

— Como eu disse – repetiu o rei – Está perdoado. Agora vá e faça o que lhe é exigido.

O oficial voltou a se curvar, caminhou até os os companheiros e disse, com voz embargada:

— Matem todos… e peguem o selo de Gilgamesh…


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