Coração de Sombra escrita por llRize San


Capítulo 11
O novo prisioneiro




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Lee Minho observava Jisung com intensa curiosidade, alerta a qualquer movimento inesperado que ele pudesse fazer. Os olhos de Han brilhavam com uma inocência que fazia Min Ho questionar se aquele humano poderia realmente ser perigoso. Dominado pela curiosidade, Min Ho estendeu a mão e tocou as bochechas de Han, surpreso em como eram macias e gordinhas. Han parecia excessivamente adorável para representar qualquer ameaça. No entanto, mesmo diante dessa aparência inofensiva, os poderes de Min Ho falhavam em afetá-lo, uma realidade que Min Ho achava difícil de aceitar.

— Temos um acordo, Senhor Min Ho? — Han sorriu — O senhor já viu que não sou perigoso. Pareço fraco mas posso ser útil para o senhor. Posso servir no seu castelo ou fazer qualquer outra coisa. Só por favor, não tire minha vida, eu meio que valorizo muito ela, sabe. 

Lee Min Ho continuou a observar Han, encarando-o como se o jovem fosse uma criatura envolta em profundos mistérios.

— Vou fazer um teste com você, se passar, pouparei sua vida e pensarei no que fazer com você, já que é um infrator que estava tentando furtar meu estabelecimento.

— Manda, gosto de teste e costumo me sair muito bem — Jisung torceu para não ser nenhum teste lógico ou de matemática, muito menos teste físico. 

Concentrando todo o seu poder, Min Ho fixou o olhar em Jisung. Os dois permaneciam imóveis, travando um intenso confronto visual. Era a primeira vez que Min Ho canalizava tanto de sua força de maneira tão deliberada. A magnitude de seu poder era tão intensa que até Changbin e Seungmin sentiam seus efeitos.

Seungmin começou a sentir os olhos pesarem, dominado por uma onda de sono quase irresistível. Suas pernas vacilaram, e ele quase desfaleceu, mas foi abruptamente trazido de volta à realidade quando Changbin segurou sua mão. O contato renovou sua força, permitindo que Seungmin permanecesse consciente e firme diante da poderosa manifestação de poder de Min Ho.

Enquanto isso, Han Jisung observava calmamente, ainda à espera do início do que ele acreditava ser um teste. Intrigado e curioso, ele questionava-se internamente sobre o momento em que o tal teste começaria, aparentemente imune à intensidade do poder que emanava de Min Ho.

— Está sentindo algo? — Perguntou Min Ho se aproximando cautelosamente de Han. 

— Não… fisicamente não — Han estava confuso, sem saber ao certo o que responder. 

— Então você está sentindo algo? 

— Pode se dizer que sim. 

— E o que está sentindo? — Min Ho não conseguia esconder sua curiosidade. 

— Dito de um modo muito simples, eu estou me cagando todo. 

Min Ho se afastou um pouco e, com uma expressão intrigada, arqueou as sobrancelhas. Discretamente, ele cheirou o ar, tentando entender o que Jisung queria insinuar com aquela alegação. Movido pela curiosidade, Min Ho se aproximou novamente de Jisung e, sem ocultar suas intenções, inclinou-se para cheirá-lo mais de perto. Jisung inicialmente recuou, surpreso com a ação inesperada, mas logo ficou imóvel, supondo que aquilo deveria ser parte do teste.

Com movimentos deliberados, Min Ho cheirou os cabelos de Jisung e, em seguida, aproximou-se do seu pescoço, inalando profundamente. Han sentiu um arrepio percorrer seu corpo e lutou para manter a compostura diante da situação inusitada e íntima.

— Você não está com fedor de fezes, como pode estar “todo cagado”? Você tem um cheiro agradável e doce. 

Han lutava para conter a risada, mesmo diante do risco que sua vida corria. A despeito da tensão, ele não conseguia evitar achar Min Ho um tanto ridículo naquela situação.

Enquanto isso, Seungmin se aproximou discretamente de Min Ho e cochichou algo em seu ouvido. As palavras de Seungmin foram esclarecedoras, fazendo com que Min Ho finalmente entendesse o que Jisung quis dizer com a expressão “estar todo cagado”. Com essa nova compreensão, Min Ho voltou sua atenção para Jisung, agora com uma perspectiva mais clara do que o jovem realmente queria comunicar.

— Então você está com medo de mim? — Perguntou Min Ho. 

— Acho que isso seria meio óbvio — Han não estava mais com medo, mas sentiu que deveria estar, talvez falar isso massageasse o ego de Min Ho — Como não ter medo diante de um ser tão poderoso? 

— Mas meu poder nem faz efeito em você.

— E nem precisa, você é tão poderoso que só a ideia do tamanho do seu poder me deixa completamente amedrontado. Olha, to até tremendo — Han mostrou a mão “tremendo”. 

Min Ho sorriu satisfeito, mesmo sem entender como Han era imune aos seus poderes. Porém, ele sabia que Han o temia, e esse temor era tão grande que o deixava completamente envolto pelo medo. Ao menos era isso o que Han queria passar. 

— Você me convenceu, vejo que não representa nenhum perigo — Lee Minho o examinava dos pés à cabeça — Mas ainda assim ficarei de olho em você por um tempo. Changbin, o levará para uma de nossas celas e não se preocupe que lhe tratarei de forma justa, terá alimento e uma cama confortável enquanto for meu prisioneiro. Em breve marcarei seu julgamento para saber se será ou não liberado. 

Han expressou sua gratidão sincera; apesar de estar sendo levado para a prisão, ele reconhecia que era uma situação melhor do que enfrentar a morte. Ele sabia que precisava encontrar uma maneira de ganhar a confiança de Min Ho, esperando que isso pudesse eventualmente levar à sua liberdade.

Quando Han foi conduzido à sua "cela", ficou impressionado com o que viu. Era totalmente diferente do que havia imaginado. Longe de ser uma cela tradicional, o espaço parecia mais um quarto de hotel, com uma decoração elegante e convidativa. Nunca antes ele havia estado em um ambiente tão bonito, limpo e confortável. Jogou-se na cama macia e abraçou os travesseiros, radiante por poder passar a noite em um local tão agradável.

Changbin, observando a cena, arqueou as sobrancelhas, confuso com a reação de Han. Ele não conseguia entender como um prisioneiro poderia estar tão contente por estar encarcerado.

— O sol logo irá nascer e um novo dia começará. Passou rápido, mas a madrugada já está acabando. O café da manhã será servido em breve. Precisa de algo mais? — Perguntou Changbin. 

— E ainda tenho um café da manhã! Isso aqui é um verdadeiro hotel… bom, se não for pedir muito, poderia por gentileza trazer meu violão? 

— Aquela coisa velha? 

— É velho, mas é meu e gosto muito dele, só está um pouquinho desafinado. Gosto muito de tocar violão e cantar, isso acalma minha alma. 

— Sem problemas, trarei o seu violão — Changbin saiu e trancou a porta. 

Jisung pulou na cama, celebrando com euforia, como se estivesse vivendo as férias de seus sonhos. Sua alegria era tão genuína que parecia esquecer completamente sua situação de prisioneiro.

Enquanto isso, Lee Minho se preparava meticulosamente para uma reunião importante com o Senhor Yang, um influente general de dez estrelas. Yang havia solicitado o encontro, buscando estabelecer um acordo que beneficiasse ambos os países, com o objetivo de criar uma parceria estratégica duradoura. Min Ho, após uma análise preliminar, estava otimista; Yang parecia ser um homem de boa índole.

A caminho da sala de reuniões, Min Ho notou um jovem de estatura alta parado no corredor, profundamente concentrado em admirar uma das pinturas. Mesmo de longe, Min Ho podia sentir a pureza da aura do jovem, que brilhava com traços de coragem e benevolência. Intrigado e sentindo uma conexão imediata, Min Ho decidiu se aproximar do jovem, curioso para saber mais sobre ele.

— É um quadro realmente lindo — Disse Min Ho.

— Ah, desculpe, acabei me distraindo. O senhor deve ser Lee Min Ho, é um prazer conhecê-lo pessoalmente. Sempre soube dos seus feitos e de como transformou esse país num lugar tão próspero e perfeito para os cidadãos. A propósito, me chamo Yang Jeongin e vim acompanhar meu pai para esta reunião tão importante — Jeongin estendeu a mão e Min Ho o cumprimentou com um sorriso no rosto.

— É um prazer conhecê-lo Jeongin — Min Ho sentiu que diferentemente de muitos filhos de políticos ou pessoas influentes, Jeongin tinha um coração repleto de luz e bondade, assim como Han. Era raro ver isso nos humanos — Sinta-se à vontade, já vamos começar a reunião. 

Min Ho conduziu Jeongin até a porta da sala de reuniões e a abriu para que ele pudesse entrar primeiro. Ao seguir para dentro da sala, Min Ho deparou-se com o pai de Jeongin, o Senhor Yang, e imediatamente sentiu um arrepio percorrer seu corpo — um mal súbito e incontrolável. Encarando Yang, Min Ho percebeu as sombras escuras que emanavam do coração do general, espalhando-se e tomando conta de toda a sala. 


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Notas finais do capítulo

To sentindo que vai dar merda...

Obs: O póbi Lino não entende sarcasmo, então por favor Han, seja mais claro nas suas afirmações kkkkkkk



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