14 de Janeiro de 2014

     A data escolhida para o casamento coincidia com o aniversário do noivo. Após um pouco mais do último quase casamento na igreja, o casal optou por uma cerimônia mais íntima. O clima era leve entre os presentes, embora nos últimos dias as irmãs Black tenham quase feito a caveira do irmão quando souberam que o casamento não seria em Forks, elas não tinham certeza se poderiam ir.

     Quando Rebecca, que era a irmã mais velha, surgiu na entrada da capela junto a Rachel, Jacob não soube dizer como se sentia. Ele já estava nervoso, não era segredo pra ninguém mas também estava feliz com a chegada do grande dia e com a sua família ali a sensação se triplicava.

      - Iremos te levar ao altar. – Rebecca disse, entrelaçando Sue bravo ao do irmão, Rachel fez o mesmo do outro lado.

     - Viemos também nos certificar que a noiva não fugirá do altar dessa vez. – brincou Rachel

      - Eu a amarro no altar se tentar. – ele disse em meio a risos.

      - Vocês serão felizes juntos, tenho certeza disso. – disse Rachel – Torço muito para que esse casamento de certo.

     O homem de smocking preto estava impecável no altar, esperando o momento em que sua mulher estaria pronta unir-se para sempre a ele. As mãos dele estava unidas em frente ao corpo, Claire reconhecia aquele sinal como um clássico quando o mesmo estava nervoso. Um pequeno atraso de dez minutos devido ao trânsito nova iorquino fez com que ele já imaginasse que ela havia desistido de se casar.

       - A noiva chegou – alguém responsável pela decoração e organização do casamento disse aos músicos da igreja, e enquanto do lado de fora ela se preparava para entrar lá dentro ele quase podia ouvir o bater do próprio coração.

        Com ajuda de Marie, Renesmee conseguiu sair do veículo e ao chegar no último degrau que dava acesso à porta da igreja pediu para que a garota soltasse a calda do vestido.

       Emmett não estava ali, no lugar em que seu irmão deveria estar estava Jasper.

      - Mudança de planos, Emmett acabou torcendo o pé e parece ter sido um sério machucado. – disse o loiro – Ele está lá dentro, não se preocupe, acho justo que seja eu a te entregar ao meu amigo.

     - Isso não está certo! Eu amo você Jaz, mas é apenas meu cunhado. – ela murmurou indecisa.

      - Nessie, antes mesmo que Bella e Rosalie percebessem eu vi seus olhinhos de pré adolescente brilhando por o homem que está te esperando lá dentro. Então, não me negue esse gosto de ser alguém importante para esse grande dia.

     Um passo de cada vez ela seguiu pela igreja ao som da música Flaws ( Callum Scott) interpretada por os músicos presentes. Enquanto quase todos olhavam para a noiva, os olhos da irmã caçula se desviaram para o noivo e viu que o mesmo nem percebia que seu sorriso quase batia na orelha e lágrimas grossas escorriam pelo seu rosto.

    - Não achei que isso fossem possível- murmurou Quil ao lado de Claire.

     - Ele chorando? – ela questionou

    - Não, isso já era previsível. – deu de ombros – Ele só não chorou por ela perto de vocês, eu e o Embry já vimos e ouvimos essa cena diversas vezes. – Claire entreabriu os lábios, chocada com a afirmação do namorado – Ele se casar é que é algo inacreditável, sempre ficou claro que ele não queria se casar.

     - Bem, acho que ele nunca quis mesmo. Mas, se trata de Renesmee, ele não quer correr riscos com ela. O casamento é quase uma maneira definitiva de que eles ficarão juntos para sempre. – ela respondeu observando os passos lentos da noiva na companhia do cunhado.

      Haviam três degraus que se erguiam bem em frente ao altar, Jacob os desceu rápido para receber sua amada das mãos de seu amigo.

     - Cuida dela. – disse o loiro

     - Com a minha vida – lhe respondeu, segurando nas mãos dela beijou cada uma por cima das luvas e só então ela percebeu que ele havia chorado.

          O polegar dele acariciava o dorso da mão dela a todo instante enquanto ouviam atentos a fala do pároco.

       - Jacob e Renesmee, vistes hoje unir-vos em matrimônio, é de livre é espontânea vontade que os fazeis?

       - Sim

      - Sim

      (...)

        - Eu, Renesmee Cullen, te recebo Jacob Black como meu legitimo esposo e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe.

. – Eu, Jacob Black, te recebo Renesmee Cullen como minha esposa, e te prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença até que a morte nos separe.

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         13 de Março de 2017

      Renesmee acabara de sair de sua última cirurgia, ela tiraria algum tempo para a família pelos próximos meses. Ela e Jacob tinham planos que já adiavam a algum tempo, e agora que ele tirou também algum tempo de férias após anos de casados eles prometeram que passariam mais tempo juntos e resolvendo tudo o que deixaram “engavetado” esses anos.

        Estava prestes a deixar o hospital quando a recepcionista lhe chamou

  - Doutora Cullen – a moça loira e gentil lhe chamou. – Um paciente idoso deu entrada ontem a noite, ele pediu para ver a senhora assim que soube que ainda trabalhava nesse lugar.

    - Paciente idoso? De quem se trata?

   A mulher passou seus olhos pela ficha em suas mãos. É de livre é espontânea vontade que

     - Cullen, Anthony Cullen. É algum parente seu?

    Ela congelou no lugar. Tinha perdido a conta de a quanto tempo tinha ouvido falar no homem que tanto mal a queria. Sentiu uma vertigem, uma sensação de desmaio.

      - Doutora? Sente-se aqui. – a mulher agiu rápido, ofertando uma das cadeiras de roda que haviam ali. – Ajudem! – ela gritou, chamando a atenção de alguns enfermeiros que passavam ali.

— chamem meu marido! - ela orientou antes de ceder para a escuridão.

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         Quando ela tornou a abrir os olhos, seu marido estava bem ao seu lado segurando em sua mão e acariciando seus cabelos.

       - Jake, ele tá aqui. – falou em desespero.

      - Eu sei amor, eu sei. Fica calma. Quando você desmaiou eles me ligaram, a moça da recepção me contou o que houve e a polícia já foi acionada. Nessie, eu o vi mesmo que de longe. Anthony não representa mais risco pra ninguém, duvido muito que passe dessa noite.

       Renesmee o puxou, sentindo o calor do corpo do marido. Se havia algo que dava medo a ela era aquele homem internado a pouco metros do próprio quarto onde ela estava. Jacob estava prestes a dizer que o Cullen também pediu para falar com Marie, quando a mesma entrou no quarto da tia aos prantos. A garota jogou a mochila encima da poltrona e se sentou no leito aos pés da tia.

        - É verdade, ele tá aqui? Meu avô tá internado nesse hospital, tia?

       A ruiva não soube o que responder. Marie não era maior de idade ainda, mas tinha total liberdade para ver quem bem quisesse, ela também poderia ter optado em ir logo ao encontro do avô no quarto onde ele estava. Mesmo sem saber todos os detalhes do passado que o fizeram sumir novamente, ela preferiu pedir a permissão da tios para poder ver o idoso.

        - Marie, eu não quero que veja aquele homem. Ele, ele me fez muito mal. – ela secou as lágrimas e se ajeitou na cama – Ele fez coisas erradas, e por causa dele nossa família inteira pagou o preço. Nesse momento ele está entre a vida e a morte, não representa mais perigo e só por isso eu vou deixar a decisão nas suas mãos, mas não entrará naquele quarto sozinha, Jake estará ao seu lado

       - O que ele fez?

     Renesmee contou, sem entrar em detalhes ela contou tudo o que sbaia a respeito da vida de Anthony. A menina agora encostada na janela, era abraçada pelo tio que tinha medo da garota fazer besteira estando tão próxima da janela, o histórico dela não era dos melhores.

          - Ele tentou te entregar em troca da minha vida – ela disse com clareza - Ele iria me tirar até você! – agora ela estava com raiva.

         - Eu não queria que soubesse disso. Da forma torta dele, ele queria te proteger e te livrar das consequências dos próprios atos. Se não quiser ver ele, não precisa. Podemos continuar nossas vidas ignorando a existência dele como fizemos nos últimos anos.

      Marie baixou os olhos, encarando as próprias mãos e as do tio que estava por sobre as dela, enquanto permanecia a envolve do com seus braços ao lado da janela aberta.

      - Promete que vai ficar o tempo todo comigo, tio?

      - Sempre pequena. – ele meio que puxou a menina para longe da janela, e se inclinou para selar os lábios nos dá esposa. – Eu já volto, e vamos conversar sobre um certo tratamento que está fazendo escondida – ela arregalou os olhos sem saber como ele soube daquilo – A enfermeira Margot me contou, não gostei de saber que está escondendo algo de mim.