Construindo meu futuro - HARMIONE escrita por LadyPotterBlack


Capítulo 17
15 - "CLUBE DO SLUGUE"




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Harry e Hermione se entreolharam curiosos. O que será que o professor queria com eles?

Eles realmente teriam se aprofundado no questionamento se não estivessem tão preocupados em sentir aquele aroma que a sala exalava. Aquele aroma que deturpava todos os seus sentidos.

Era tão bom e, ao mesmo tempo, tão familiar. Parecia que aquele cheiro tão delicioso estava chamando-os. Os atraia, os incitava, os hipnotizava.

No final da aula Slughorn havia anunciado que gostaria de falar com eles, os demais estavam liberados, no entanto, isso não impediu que Lily, James, Sirius, Remus, Peter, Alice e Frank permanecessem na sala esperando-os.

O professor limpou a garganta.

— Realmente o que tenho de tratar é só com os dois. — Enfatizou olhando para os alunos que estavam sobrando na conversa.

Sirius e James reviraram os olhos, mas não retrucaram.

— Vamos indo para o almoço. — Disse Alice puxando gentilmente os amigos.

— Nós guardamos os lugares de vocês. — Frank avisou enquanto passava pela porta da sala, segurando carinhosamente a mão de sua namorada, rodeando um braço em sua cintura.

Eles já estavam a meio passo da saída quando Harry ouviu sua mãe murmurar uma pergunta.

— Cadê a Lene?

Foi nesse momento que Harry se deu conta, Marlene não estava na sala e, puxando em sua memória, já fazia um bom tempo desde a última vez que a havia visto.

Rapidamente virou-se para Hermione com a clara pergunta refletida em seus olhos.

"Onde está Marlene?"

Harry e Hermione sempre tiveram uma boa conexão. Entendiam o que o outro queria dizer, o que pensavam, suas angústias e suas aflições, com poucas palavras. As vezes discordavam é claro, o episódio da firebolt no terceiro ano que o diga, mas no geral sempre se compreendiam sem grandes esforços. E agora, após tudo o que passaram, todos os problemas, todos os medos, ali sendo compartilhados, vivenciados juntos, essa conexão, esse laço, não enfraquecera, muito pelo contrário, tinha se solidificado. Então, não era estranho ou esquisito, que Hermione tivesse entendido o que Harry queria pergunta-la com uma simples troca de olhares. Assim como não foi estranho para ele entender o que o leve abaixar de cabeça de Hermione significava.

"Te conto mais tarde."

Por estarem tão imersos nessa conversa silenciosa por olhares, não perceberam quando Sirius levemente arregalou seus olhos, mordeu o canto esquerdo de seu lábio inferior e suas narinas levemente se dilataram, com o simples fato de terem mencionado o nome dela.

De Marlene.

Mas essa concepção não passou desapercebida para os olhos atentos de James, muito menos de Remus, que, simultaneamente, soltaram um longo suspiro e rogaram baixinho.

"Por Merlin"

Harry e Hermione estavam tão absortos que esqueceram que o motivo de estarem ali era para conversarem com o professor. E também de nada ajudava que aquele aroma estivesse os circundando, entorpecendo cada pedacinho de consciência. Era como se com os olhares conectados aquele aroma tivesse encontrado o seu caminho.

— Fico muito feliz que tenham esperado. — Slughorn começou, mas vendo que os meninos estavam absortos nos próprios pensamentos e se atentando ao fato de que o aroma exalando das poções poderia ter lá sua parcela de contribuição para eles estarem tão aéreos, decidiu limpar a garganta e recomeçar. — Me acompanhem até o corredor.

Despertando do mini-transe eles o acompanharam.

Chegando ao corredor, Slughorn os olhou de forma curiosa e expectativa.

— Devo lhes perguntar qual era o aroma que se apresentou para vocês? — Ele perguntou, não conseguindo manter sua curiosidade para si. Horácio poderia apostar um pedacinho da barba de Merlin, que aqueles dois sentiram o cheiro um do outro dentro daqueles caldeirões. Para ele era quase óbvio devido à forma como eles estavam se olhando e a maneira como, quase imperceptivelmente, eles se inclinavam em direção ao outro.

Hermione sentiu suas bochechas esquentarem. Ela ainda não sabia de onde havia sentido aquele cheiro, ou muito menos se pertencia a alguém, mas de uma coisa ela estava certa: Não diria aquilo na frente de Harry, ainda, e muito menos na frente de seu professor. Então, decidiu dar uma resposta espertinha a Slughorn.

— Creio que posso fazer a mesma pergunta, professor. A poção se apresenta de uma forma para cada pessoa. Então, o que o senhor sentiu, professor Slughorn?

Foi a vez de Slughorn sentir as bochechas esquentarem, Harry teve que morder o interior de sua bochecha para evitar que uma risada irrompesse por seus lábios. Essa era uma parte que ele gostava muito de Hermione: Sua atenção aos detalhes e suas respostas espertinhas.

— Pelas barbas de Merlin! — Slughorn murmurou um tanto envergonhado, mas seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso encoberto por seu bigode. — Isso só comprova mais ainda o motivo para eu tê-los chamado para uma conversa.

— E qual seria esse motivo, professor? — Harry questionou, ele tinha lá suas suspeitas para esse tal motivo, mas queria ouvir expressamente as palavras ditas pela boca de Horácio.

Slughorn entrelaçou seus dedos das mãos na frente de seu corpo, apoiando em sua barriga, então limpou a garganta e disse.

— Bom, eu não sei se já chegou ao conhecimento dos senhores, mas... — Começou pomposo, a essa altura suas mãos já estavam gesticulando. — Eu tenho uma espécie de clube, alguns chamam de "clube do slugue" — Disse soltando uma risada nasalada. — Mas enfim, é um momento para confraternização. Meus melhores alunos são escolhidos para se juntar a mim e alguns dos meus antigos alunos, que, orgulhosamente, tenho o prazer de dizer serem os melhores nos ramos em que escolheram seguir. Independente se seguiram no campo dos estudos ou não, estou lhes dizendo grandes nomes do quadribol já foram ensinados por mim. — Slughorn falava de seus alunos como grandes e suculentos pedaços da mais deliciosa comida do mundo inteirinho.

Harry controlou a vontade de revirar os olhos e soltar uma risadinha.

"Slughorn e sua mania de se vangloriar dos seus alunos. De colecioná-los como prêmios." — Ele pensou.

— Enfim — Retomou, o professor. — Eu gostaria de lhes perguntar se vocês apreciariam se juntar a mim e alguns de seus colegas para as reuniões do meu clube. — Lançou-lhes a proposta acompanhada de um olhar repleto de expectativa.

Harry e Hermione trocaram um olhar cheio de significado embebido em humor. Para qualquer um que olhasse de fora não entenderia a conversa silenciosa que ocorria com aquela simples troca de olhares, mas para eles fazia total sentido.

Hermione foi a primeira a quebrar o contanto visual. Limpou a garganta e se voltou para o professor que continuava os encarando.

— Creio que essa seja uma proposta irrecusável, professor. — Respondeu-lhe com um sorriso, que para Harry, foi particularmente bonito.

Slughorn não conteve a curvatura que tomou conta de seus lábios, então virou-se para Harry com os olhos embebidos em expectativa.

— Não perderia essa oportunidade, professor. — Respondeu-lhe com um sorriso. Um sorriso que continha lá seu toque de ironia e deboche.

Hermione mordeu a vontade de dar um tapa no ombro de Harry pela audácia.

— Creio que os senhores gostaram muito. — Disse Slughorn atraindo, novamente, os olhares para si. — Os senhores, Potter, Black, Lupin... — Parou momentaneamente — E claro a senhorita Evans — Falou e Harry poderia jurar que os olhos do professor brilharam ao proferir o nome de sua mãe. — Também participam das confraternizações.

Harry franziu o nariz e a testa, sabia que sua mãe era ótima em poções e com certeza fazia parte do clube do Slugue, mas seu pai?

— O James também faz parte? — Perguntou não conseguindo manter sua dúvida só para si.

Slughorn soltou uma risadinha.

— Eu também me surpreendi ao vê-lo em uma reunião ano passado. — Confessou inclinando a cabeça na direção de Harry. — Mas bem os Potter's sabem mesmo como preparar poções, não é mesmo? — Perguntou soltando uma risadinha — E digamos que o Sr. Potter já havia recebido alguns convites, mas não havia aceitado. Pelas barbas de Merlin, imaginem a minha surpresa quando ele finalmente compareceu a uma reunião, bem imagino que tenha seus motivos já que a senhorita Ev...

Harry e Hermione olhavam para o professor com os olhares embebidos em curiosidade e expectativa. Mais, mais, mais... Eles queriam que Slughorn continuasse contando, seja lá o que fosse sobre os pais de Harry.

Aquele olhar foi o que bastou para que ele percebesse que estava divagando e falando mais do que deveria ser dito.

Digamos que Slughorn já havia ultrapassado os limites das coisas que bem... não deveriam ser ditas... Havia aprendido a se refrear, mas bem... aquela ocasião em que havia dito demais já havia acontecido há muito tempo, as malditas palavras já haviam sido proferidas há muito tempo. As palavras que uma vez escapuliram de seus lábios não poderiam ser pegas de volta, ou anuladas... e bem, ele teria que conviver com isso pelo resto de sua vida. Não importava que ele tivesse chegado ao ponto de alterar sua própria memória, apenas para tentar se livrar daquela martirização, daquele sentimento de culpa que entremeava sua pele e enchia mente. Ele sempre se lembraria do que disse, e, o pior de tudo, ele sempre se lembraria do estrago que suas palavras impulsionaram.

Também percebeu quando seus pensamentos tomaram outros caminhos. Caminhos embebidos na mais profunda culpa. Balançou a cabeça, aquele não era o momento para isso. Limpou a garganta e decidiu retomar.

— Mas bem caro Potter está mudado. E devo confessar que ele e o senhor Black sempre agitam as reuniões. — Disse soltando uma risadinha como se estivesse se lembrado de alguma situação em uma reunião do clube do slugue proporcionada pelos dois Marotos.

Foi a vez de Hermione soltar uma risadinha.

Para ela a ideia de Sirius e James se sentarem e ouvirem o professor contar um bando de baboseiras sobre os famosos alunos que ele já ensinara, era simplesmente absurda. Ela conseguia imaginar Lily e Remus, mas Sirius e James sentados em uma mesa redonda, com roupas um tanto formais... Isso? Jamais! Eles mal colocavam os uniformes da forma correta, Sirius sempre estava com, pelo menos, três botões abertos de sua camiseta, as gravatas sempre tortas e James... Bem, seus cabelos falam por si só.

— Espero vê-los na próxima reunião. E antes que eu me esqueça todo convidado ter direito a um acompanhante. — Slughorn informou sorrindo como se estivesse contando a melhor notícia de todas.

— Mal posso esperar, professor! — Hermione disse dando um soquinho no ar, que até para ela pareceu ridículo. Mas em sua defesa ela estava tentando demostrar animação. Animação essa que ela não tinha, se lembrava de todas as maçantes reuniões do clube de Slugue e só podia rogar a Morgana que Sirius e James realmente animassem as coisas.

Harry riu do soquinho animado de Hermione, mas o olhar que ela o direcionou foi o suficiente para fazer sua risada morrer em sua garganta.

— Estaremos esperando sua coruja, então, professor. — Disse Harry olhando para o Slughorn que tinha seus olhos brilhando por arrastar mais dois alunos, os quais ele considerava ótimos, para sua "coleção". Harry não queria ficar mais ali, sabe sei lá o que Horácio poderia inventar de propor, e Harry já havia esgotado sua cota de "eventos estranhos com o professor Slughorn", por Merlin, o "velório" de Aragogue havia sido o limite. Então, ele limpou a garganta e disse. — Acredito que está na hora de mim e a Bela, aqui, irmos para o almoço. — Olhou para Hermione com uma pequena súplica impressa em seu olhar para que ela concordasse e eles pudessem sair dali o mais rápido possível.

— Nos vemos na próxima aula. — Ela disse em forma de despedida e logo agarrou o braço de Harry para que eles pudessem partir dali o mais rápido possível.

Saíram a passos apressados daquele corredor das masmorras e, assim que tiveram a certeza de que não seriam escutados por Slughorn, pararam em um corredor vazio e desataram em gargalhadas.

— Por Merlin! — Harry começou um tanto sem fôlego devido à crise de risos. — Eu não acredito que nós entramos nessa furada outra vez.

— O clube do slugue? — Hermione, que estava com suas bochechas coradas pelos risos e com as costas apoiadas na parede tentando controlar sua respiração, perguntou.

Harry assentiu.

— Eu só peço a Morgana que seu pai e o Sirius realmente animem as coisas.

Harry fez uma careta.

— Eu não consigo imaginar o papai e muito menos o Almofadinhas escutando aquelas baboseiras ditas no clube do slugue.

Hermione soltou uma risadinha.

— Nem era tão ruim assim. — Disse dando de ombros.

Harry virou-se para ela com um olhar ultrajado.

— Eu vou fingir que eu não ouvi esse absurdo, Mione.

— Esse tempo com o Sirius realmente está te deixando dramático. — Ela disse revirando os olhos e, quando viu que ele retrucaria, decidiu mudar de assunto. — E que história foi aquela que Slughorn estava contando de o "James ter seus motivos"?

Harry se encostou na parede ao lado de Hermione.

— Eu acredito que Slughorn estava tentando dizer que o papai só vai nessas reuniões por causa da mamãe. — Soltou uma risadinha antes de voltar a falar. — O que eu acho muito provável. — Ponderou maneando sua cabeça, fazendo seus fios revoltos caírem em sua testa.

— Por que isso é tão a cara de James? — Hermione perguntou rindo. — Você já percebeu que Slughorn adora a sua mãe? — Questionou enquanto esticava sua mão para afastar os cabelos de Harry da testa.

Harry fechou os olhos por um instante diante do sussurro de um carinho de Hermione.

— Sim e você já percebeu como parece que os olhos dele brilham sempre que ele fala o nome da mamãe? — Questionou abrindo seus olhos e com uma careta se formando em seu rosto.

Hermione riu.

— É meio bizarro. — Disse fazendo uma careta, o que resultou em uma risada de Harry. — Mas a Lily é uma ótima aluna, não é de se estranhar que os professores gostem muito dela. — Deu de ombros, então levantou seu braço para olhar em seu relógio e assustou-se quando percebeu que já era tarde. — Droga, Harry, o almoço já deve estar perto de acabar.

Um sorriso maroto brotou nos lábios de Harry.

— Então, acho que nossa melhor chance é correr. — Disse se desencostando da parede pronto para disparar rumo ao salão principal. — Eu aposto um sapo de chocolate que eu chego primeiro.

Hermione desencostou-se da parede com um sorriso muito semelhante ao de Harry em seus próprios lábios.

— Só nos seus sonhos que você chega primeiro, Potter. — Ela provocou e, não o esperando, Hermione disparou rumo ao grande salão.

Harry arfou em indignação.

— Isso não vale, Granger! — Exclamou enquanto corria na tentativa de recuperar o prejuízo.

~*~

[GRANDE SALÃO – HOGWARTS.]

Passos apressados vindos do corredor atraíram a atenção de Lily, que mantinha a cabeça abaixada e seus olhos fixos no prato a sua frente.

O almoço estava sendo... estranho? Constrangedor? Embaraçoso? Tenso?

Todas as opções?

Assim que partiram da sala de poções Alice e Frank engajaram uma conversa animadíssima sobre a poção Amortentia e os aromas que sentiram. E, para a surpresa de um total de zero pessoas, eles haviam sentido o cheiro um do outro em seus caldeirões.

Outro fator abordado foi a poção do Remus. Todos ficaram curiosos para saber o que diabos tinha acontecido, afinal, todas as outras poções estavam normais, só a dele havia se apresentado com diferentes cores, intrigando a todos. Quando questionado sobre o aroma da poção, Remus se negou a contar o que havia sentido. Assim como Lily e James, Peter dissera que havia sentido cheiro de sapos de chocolate, o que arrancou muitos risos de todos os amigos, ou melhor, quase todos.

Sirius, assim que saiu da sala nas masmorras, permaneceu em pleno silêncio. Um silêncio que chegava a ser ensurdecedor, considerando que Almofadinhas sempre gerava, piadas, risadas, pegadinhas, caos, gritos, mas nunca o silêncio.

James sabia que tinha algo de errado com Sirius. Conhecia o amigo por tempo demais para saber quando tinha algo de errado. E por conhecê-lo a tanto tempo, também sabia que se tentasse intervir seria pior.

Sirius tinha que perceber aquilo sozinho.

Remus podia jurar conseguir ver os neurônios de Almofadinhas trabalhando, ele também podia jurar que da cabeça de Sirius saia fumaça, assim como naqueles seriados trouxas que sua mãe tanto amava assistir.

A mente de Sirius trabalhava a todo vapor. Ele estava tentando entender o que diabos estava acontecendo e, o mais importante, o porquê.

Por que isso estava acontecendo? Qual o significado? Por que ela? Por justo agora?

Estava imerso em pensamentos, seus pés seguiam no modo automático, não saberia dizer o que seus amigos tanto falavam ao seu redor, afinal, as vozes deles eram meros zunidos em seus ouvidos naquele momento.

Só saíra desse modo automático quando chegou a porta do grande salão e a imagem de Marlene McKinnon sentada na ponta da mesa dos leões agraciou sua visão.

"Linda! Ela estava absoluta, estonteante e fodidamente linda!" — Esses foram os primeiros pensamentos a florescerem na mente de Sirius quando a viu.

Também foram os primeiros pensamentos a serem repreendidos.

Sirius jamais tivera problemas em exaltar a beleza feminina. Ou muito menos a beleza de Marlene McKinnon, especificamente. Jamais. Isso nunca, nunquinha, fora um problema.

Muito pelo contrário, Sirius era um dos maiores precursores dos elogios a beleza feminina, porquê segundo ele, aquilo que é belo deve ser exaltado. Aaah, e Sirius Black sabia muito bem como exaltar a beleza feminina, aaah e como sabia. Começara no final do terceiro ano, quando os hormônios da pré-adolescência começaram a florescer e a entorpecer a mente do garoto de treze anos. Mas fora no quarto ano, quando os hormônios deram uma trégua que ele começara o que ele gostava de chamar de "a arte do flerte".

Sirius não fazia o tipo "Hey, linda, vamos nos casar, adotar dois cachorros e ter um filho? Hein, hein?" Não, nada disso, ele fazia mais o tipo "Hey, linda, vamos a Hogsmeade? A tarde é uma criança, a noite também."

Ele não fazia o tipo romântico incurável, como James fazia por Lily, também não fazia o estilo sou tímido e fofo como Remus fazia, dessa forma, conquistando grande parte do público feminino de Hogwarts. Nah, Sirius não era assim, ele não fazia juras infundadas de amor, não prometia namoros, ou romances. Não fazia isso, não era do tipo mentiroso e muito menos meloso. Ele prometia bons encontros, bons beijos e uma noite que a faria flutuar.

"Amores de uma noite ainda são amores" — Esse era o seu lema.

E estava tudo bem, de verdade estava tudo bem mesmo, até que o final do quarto ano chegou e, com ele, Sirius começou a perceber a beleza que irradiava de Marlene McKinnon, percebeu como seus olhos azuis eram tão intensos, como seus cabelos louros escuros tão curtos lhe davam um ar atrevido. Também percebeu as curvas que começaram a nascer em seu corpo, Merlin, não tinha como não perceber.

No quinto ano começaram a curtir juntos, saiam, bebiam, ficavam, transavam... Não tinham um rótulo para aquilo e também não sentiam a necessidade de ter um. Eram apenas Sirius Black e Marlene McKinnon.

Mas, no fundo Almofadinhas sabia que tinha alguma coisa acontecendo, não era do tipo que saia com a mesma garota mais de duas vezes e, muito menos, que gostava disso.

Apesar disso, ele não conseguia não ficar com Marlene, ela era viciante, mais, mais, mais, ele sempre queria mais quando estava com ela. Eles eram completos iguais, viviam com joguinhos, com provocações... Juntos irradiavam tanta tensão que por si só poderia derrubar todo o castelo de Hogwarts. Merlin, aquilo seria sua perdição, a perdição para ambos.

E foi naquele fatídico armário de vassouras na área leste do castelo que Sirius Black percebeu que as coisas entre os dois atingiram um patamar irrefreável e também um patamar com o qual ele definitivamente não sabia lidar.

"Sirius, eu... droga eu estou apaixonada." — Essas palavras escapulidas dos lábios de Marlene foram sua ruína.

Não as palavras em si, mas o significado por de trás de tudo aquilo.

Sentimentos.

Sirius nunca soubera de fato como lidar com os seus sentimentos.

Intensidade, essa era a palavra que melhor definia Sirius Black. Se ele estava feliz, ele estava feliz para caralho, se estava triste, estava triste para um inferno, quando estava com raiva, por Morgana, seus olhos pareciam duas tempestades impiedosas prontas para despencar, castigar e destruir tudo ao seu redor. Mas no que se dizia respeito ao amor ele era evasivo.

Não sabia como lidar com aquilo. Mal sabia se ele era capaz de sentir aquilo.

Para Sirius, amor era aquilo que ele sentia por Pontas, Aluado e rabicho, aquilo que um dia sentira por Regulus também. Ele os amava de tamanha maneira que enfrentaria o próprio Merlin para defendê-los, porquê é isso o que se faz por quem ama.

Foi com eles, com os Marotos, que Sirius aprendeu a amar, que se descobriu capaz de sentir aquele sentimento maravilhoso que era o amor. Na visão dele amor era aquilo, somente aquilo. Amor entre duas pessoas era a maior enganação, tivera o maior exemplo disso com Órion e Walburga Black. Vira o que era aquela farsa que eles intitulavam como amor. E ele definitivamente não queria viver aquilo.

Então quando Marlene dissera-lhe que estava apaixonada, ele não soube como lidar, estagnou.

"Nós, isso aqui — Gesticulou para os corpos unidos — Não pode mais acontecer." — Essa foi a brilhante resposta que ele lhe dera.

As palavras têm poder, não são como a arte dos feitiços, mas tem o poder, são nossa fonte inesgotável de magia. As palavras têm o condão, elas podem fazer bem ou mal, podem mudar o mundo, construir uma realidade, gerar um universo novo, tudo depende do jeito que você irá usá-las.

Em um momento de aflição, Sirius dissera palavras insensíveis a Marlene, palavras que a magoaram profundamente. Marlene estava ali abrindo seu coração a ele, escancarando todos os seus sentimentos, sendo corajosa e Sirius simplesmente dissera-lhe que aquilo não poderia mais acontecer. Saiu daquele armário de vassouras sem nem a olhar uma última vez.

As palavras são capazes de gerar grandes sofrimentos e algumas servem apenas para magoar, trazer a ruína e a devastação para as relações. As vezes as palavras que saltam de nossos lábios doem e ferem mais que um belo tapa na cara. E agora Sirius teria que lidar com o peso que suas palavras causaram para Marlene.

Sem pensar muito Sirius foi em direção a Marlene, sentou-se à sua frente.

— Você sumiu. — Essa foi a primeira coisa que se passou em sua cabeça para dizer a ela.

Ao ouvir a voz de Sirius um tremor percorreu a espinha de Marlene. Respirou fundo tentando acalmar os batimentos de seu coração que parecia querer lutar boxe naquele momento, e, ao respirar fundo, teve a certeza de que cometera um grande erro. Assim que inspirou, o cheiro de Sirius invadiu seus pulmões, aquele aroma mentolado, misturado com aquele perfume que era tão conhecido por ela, que ela sabia como era a exata sensação de ter em seus lábios...

"Chega! — Marlene repreendeu-se. — Esse não é mais o momento para isso!"

Não, não era mais o momento para pensar em nada daquilo. Era o que Marlene repetia a si mesma toda vez que pensara em Sirius depois daquele fatídico momento no armário de vassouras.

Assim que saiu da sala de aula nas masmorras, Marlene disparou como uma estrela-cadente até o banheiro feminino, especificamente o banheiro da murta-que-geme porquê ninguém ia até lá. Ficou em uma das cabines, tentando fazer o ar entrar em seus pulmões e o café-da-manhã não sair de sua barriga. Todo o tempo que passou lá repetiu a si mesma que não era nada e que deveria esquecer tudo o que um dia sentiu por ele.

Então, Marlene lentamente ergueu seus olhos do pedaço de assado que encarava em seu prato.

— E desde quando isso te importa? — Perguntou impetuosa.

Sirius teve que cravar seus dentes em seu lábio inferior para evitar que um sorriso invadisse seus lábios.

Sentia-se novamente no quarto ano quando começou a reparar e sentir-se meio enfeitiçado pelas respostas espertinhas e atrevidas de Marlene.

— Ficaria surpresa se soubesse que eu me importo? — Respondeu-lhe com uma outra pergunta, arqueando uma sobrancelha.

Marlene apoiou seu cotovelo na mesa e descansou seu rosto na palma de sua mão.

— Ficaria imensamente surpresa ao saber que minhas ações lhe dizem respeito. — Disse calmamente, mas seu tom de voz sugeria que ela não estava no clima para conversas, principalmente com ele.

E simples assim, a torta de climão estava servida, com direito a um pedaço para cada um do grupo.

Lily quase agradeceu a Morgana quando os passos apressados chamaram a atenção de todos, porquê francamente estava começando a ficar difícil fingir não ver os olhares intensos que Sirius dirigia a Marlene. Assim como estava se tornando cada vez mais difícil não perceber como Marlene cortava sua fatia de assado como se estivesse cortando a pele de alguém. E se pedissem para Alice tentar supor de quem era a pele que Marlene estava imaginado cortar, ele responderia sem sombras de dúvidas que era a pele de Sirius Black.

— Quem chegou primeiro? — Um Tiago esbaforido perguntou.

Frank o olhou com plena confusão estampada em seu olhar.

— Como?

— Vamos — uma bela totalmente corada e sem fôlego pediu. — Quem chegou primeiro?

Lily soltou uma risadinha entendo o que estava acontecendo.

— Eu diria que a Bela, por um passinho, chegou na frente. — A ruiva respondeu e se divertiu quando viu os ombros de Tiago despencarem.

— Verdade. — Alice concordou. — A Bela totalmente chegou na frente.

Se os ombros de Harry caíram ao ouvir sua mãe declarando a vitória de Hermione agora eles tinham despencado.

Por outro lado, Hermione estava radiante.

— RÁ! Eu ganhei! — Ela disse empolgada se sentando ao lado de Alice e Remus.

Harry bufou.

— Você saiu correndo na minha frente. — Ele disse emburrado cruzando seus braços, enquanto se sentava entre sua mãe e Frank.

— Cara — Frank o chamou apoiando uma mão em seu ombro. — Não se discute com as garotas. — Sussurrou na tentativa de que sua namorada não o ouvisse dizendo aquele tipo de coisa. Algo que se comprovou totalmente inútil já que Alice estava com seus lindos olhos castanhos, que mais pareciam duas balas de chocolate, fixos nele.

— O que você disse, querido? — Seu tom de voz era suave, mas Frank sabia muito bem o que aquele "querido" significado, e, Merlin, definitivamente não era coisa boa.

Engoliu em seco.

— Nadica, Ali. — Ele garantiu e, antes que ela pudesse contestá-lo, roubou-lhe um beijo.

— Acho bom mesmo. — Ela disse assim que se separaram, queria que seu tom de voz tivesse saído mais firme. Mas o que ela poderia fazer? Ela amava quando Frank tinha esses pequenos gestos carinhosos.

— Hug! — A voz de Peter lhes despertou. — Vocês são tão melosos. — Disse fazendo uma careta.

Frank riu.

— Talvez seja a hora de você arrumar alguém, Peter.

Peter fez uma careta ainda maior.

— Estou muito bem com a minha comida, obrigada! — Disse agarrando mais um pedaço de tortinha de abóbora. — Mas o assunto não sou eu. O assunto é o Tiago que pelo visto não superou a derrota.

Harry bufou.

— Não foi uma derrota. — Contradisse.

Hermione riu.

— Eu ganhei, aceite isso, Potter!

Remus franziu as sobrancelhas.

— Mas foi o Tiago que perdeu. Não o Pontas. — Ele disse confuso.

— Verdade. — James concordou, seu rosto também estava expressando confusão. — Eu estou quietinho na minha, Morning.

Hermione corou ao perceber o deslize que tinha cometido.

"Ótimo, Hermione" — Uma voz em sua mente debochou.

— Verdade, eu ganhei do Tiago Star. — Disse lentamente com seus olhos parecendo que iriam saltar de seu rosto a qualquer instante. — Não do Potter, porquê o Tiago não é Potter. Ele é Star. — Mecanicamente ela explicou.

Todos olharam-na como se ela estivesse ficando louca naquele momento, afinal, por que diabos ela estava agindo daquela forma?

Hermione sabia que não era uma boa mentirosa, então sua melhor chance era desviar o assunto.

— Mas, James, o professor Slughorn estava contando para a gente sobre o clube do Slugue e....

— Espera, aí — Sirius cortou-a. — Ele prendeu vocês dois para falar do "clube do slugue"?

Harry assentiu.

— Merlin, deve ter sido uma conversa super entediante. Como vocês não dormiram?

Lily acertou um tapa no braço de Sirius que estava descansando em cima da mesa.

— Primeiro, não ofenda o clube do Slugue, ele é realmente legal. Segundo, não interrompa a Bela para falar baboseiras do professor Slughorn.

Sirius fez um biquinho em seus lábios.

— Você só está defendendo-o porquê é a favorita do velho Slughorn. — Resmungou e, vendo que ela retrucaria, continuou. — E nem tente discutir isso comigo, ruivinha. — Ouviu Lily resmungar alguma coisa e viu seu rosto se contorcer em uma careta. — Agora, eu vou retirar o meu braço de cima da mesa, você não vai me bater outra vez, porquê como eu já te disse uma vez, quem gosta de apanhar de mulher bonita, é o Pontas, não eu.

— Hey! — James protestou.

Sirius revirou os olhos.

— Nem adianta querer discutir isso, Pontas. — Disse desviando o olhar da ruiva a sua frente, para seu melhor amigo, que resmungou, mas não retrucou. — Mas voltando ao que eu estava dizendo, agora, eu vou fechar a minha boca e nós vamos voltar a nossa atenção para o que nossa querida Bela estava dizendo.

Dito e feito, todos os olhares estavam em Hermione que limpou a garganta ante de continuar.

— Então, James, o professor Slughorn disse algo sobre "os Potter's sabem mesmo como preparar poções, não é mesmo?" — Disse lembrando-se das palavras ditas pelo professor que lhe causaram confusão. — O que isso quer dizer?

James soltou uma risada incrédula.

— Ele realmente disse isso?

Hermione assentiu.

— Eu não acredito.

— Pontas — Remus chamou, suspirando — é o Slughorn, é claro que ele diria. — Disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo enquanto esticava seu corpo para alcançar mais um copo de suco de abóbora.

— Mas, o que isso quer dizer? — Harry perguntou. Bem dizia respeito aos Potter's e ele era um Potter, quer dizer, bem agora era um Star, não era?... Mas bem, ele era um Potter, então queria saber do que se tratava.

James suspirou e ajeitou os óculos antes de contar.

— Acredito que ele estava se referindo ao papai. Quer dizer ele é simplesmente fascinado com a ideia de que eu convença o papai a vir em uma dessas reuniões.

— Seu pai trabalha com poções? — Hermione perguntou.

Lily quase cuspiu seu suco para fora da boca.

— É sério que vocês não sabem quem é o pai do James? — Perguntou abismada.

Harry apenas negou com a cabeça e seu coração se afundou ao constatar que ele realmente não sabia nada de seus avôs.

— Bem, o papai trabalha com poções. — James passou a mãos por seus cabelos antes de continuar. — Para falar a verdade ele cria poções.

— Aposto que vocês já ouviram falar da poção sleekeazy. — Sirius intrometeu-se, cortando toda a enrolação de James.

Hermione arregalou os olhos.

— É claro que sim! É de Fleamont Potter. — Bateu a mão na própria testa sentindo-se tremendamente idiota por ter se esquecido. — Potter! Fleamont Potter. É claro que ele é o pai de James.

Peter riu. Era normal esse tipo de reação. As pessoas tinham a tendência a terem um mini-surto quando descobriam sobre o pai de James.

— Então — começou Harry — o vov... quero dizer, o seu pai é o pocionista que faz os produtos que a Bela passa no cabelo? — Perguntou divertido.

Hermione até poderia ter ficado brava pelo comentário de Harry, no entanto, estava muito empolgada por saber sobre Fleamont para se importar com as provocações de Harry.

— Os produtos de seu pai são realmente ótimos, quero dizer eu adoro suas poções. — Disse animadamente.

— Tiago — Lily chamou-o. — Você já percebeu como a poção que a Bela passa nos cabelos cheira a morangos? — Perguntou com um sorriso torto nos lábios enquanto balançava suas sobrancelhas de maneira sugestiva.

Harry não entendeu o que sua mãe queria dizer, então olhou-a de forma confusa.

Lily revirou os olhos e mordeu seu lábio inferior para evitar que um palavrão lhe escapasse.

"Não, ele não pode ser tão lerdo assim." — Ela pensava.

Para Lily estava mais que óbvio que estava se referindo ao aroma que a poção amortentia tinha se apresentado para ele. Mas pelo visto estava óbvio só para ele, já que Harry franziu as sobrancelhas e lhe enviou mais um olhar confuso antes de se virar para James e Hermione que conversavam animadamente.

Hermione estava empolgadíssima, até que uma dúvida sombreou seus pensamentos.

— James. Por favor não me leve a mal — pediu com suas bochechas adotando um leve tom rosado. James quase podia ouvir o que ela estava prestes a perguntar, era normal, todos queriam saber a respeito quando descobriam quem era seu pai. — O senhor Potter, seu pai, desenvolveu a poção sleekeazy.

— Certíssimo. — Confirmou, mesmo não sendo uma pergunta, o riso estava preso em sua garganta. É claro que ela lhe perguntaria aquilo.

— E a poção sleekeazy é uma poção para... você sabe... — Gesticulou passando a mão por cima de sua cabeça.

Remus soltou uma risadinha, mas foi Sirius quem esclareceu as coisas.

— Você quer saber por que o velho Fleamont tem uma poção para deixar o cabelo no lugar e o Pontas aqui, tem esse ninho de ratos na cabeça? É isso? — Perguntou rindo.

— EI! — James resmungou. — Meu cabelo não é um ninho de rabichos. — Protestou ofendido enquanto passava sua mão pelos fios desgrenhados. — Mas só para esclarecer a poção sleekeazy não funciona para os Potter's.

Foi a vez de Lily o olhar com suas esmeraldas arregaladas.

— Como assim não funciona? Pensei que funcionasse para todos os cabelos.

— Não faz sentido. — Alice murmurou. — A poção funciona para todo mundo menos para quem criou?

James as olhava com plena diversão estampada em seu rosto.

— Vamos, conte a história, Pontas. — Peter incentivou.

— A gente sabe que você adora essa história. — Remus concordou.

Um sorriso torto lhe escapuliu nos lábios, ele de fato adorava aquela história.

— Você me ajuda? — James perguntou virando-se para Sirius.

— Como eu poderia não te ajudar a contar a história do papai e da mamãe? — Perguntou retoricamente, em seus lábios pairava um sorriso torto muito parecido com o de James, ele também adorava aquela história.

James limpou sua garganta e se voltou para os amigos que o olhavam cheios de expectativa.

Harry mal saberia dizer se estava realmente respirando, não queria perder nadinha daquela história.

— O papai e a mamãe se conheceram em Hogwarts. Só que não foi exatamente amor à primeira vista— James começou.

— Tia Euphemia acreditava que o tio Fleamont era um tremendo brigão. — Sirius continuou.

— Por quê? — Frank perguntou.

— Papai ganhou o nome de solteira da sua avó paterna. Fleamont. E esse pode não ser um nome muito legal quando se tem 11 anos de idade.

— Os pirralhos zoavam o nome do tio Fleamont e bem... ele não ouvia as coisas calado.

— Papai é ótimo em duelos por causa disso. Quando as pessoas vinham ofendê-lo ou até mesmo atacá-lo ele as desafiava.

— Então ele não era um briguento. — Harry murmurou, defendo de alguma forma seu avô. — Ele só estava se defendendo.

James sorriu.

— Mas não era isso que a mamãe pensava.

— Então um dia o velho Fleamont, que na época era jovem, chamou a linda e formosa Euphemia para sair. — Sirius disse voltando a narrativa.

James soltou uma risadinha.

— Mamãe disse que não sairia com um briguento como o papai.

— Ele pediu uma chance. — Contou Sirius.

— A mamãe disse que não sairia com alguém que mal conseguia deixar o cabelo no lugar.

— Fleamont esperto como é, perguntou se caso ele conseguisse manter o seu cabelo no lugar se ela sairia com ele. Um encontro.

— Mamãe disse que tudo bem, mas, no fundo ela tinha certeza de que ele não iria conseguir.

— Então o seu pai fez a poção para tentar sair com a sua mãe? — Hermione perguntou maravilhada.

James assentiu.

— Mas espera. — Lily intromete-se. — Você disse que a poção não funciona para os Potter's.

James até abriu a boca para responder, mas Sirius foi mais rápido.

— E a poção realmente não funciona. Mas dona Euphemia tem o coração mole, ela achou fofa a tentativa de Fleamont e aceitou sair com ele.

— Só que acabou que o encontro deu muito certo e o próximo também e seguinte....

— E agora nós temos que aturar o Pontas. — Sirius disse suspirando como se aquele fosse um fardo realmente muito pesado.

James lhe acertou um tapa no braço.

— Eu sei que você me ama, Almofadinhas.

— Acredite no que você precisar para lhe fazer dormir à noite. — Sirius disse dando de ombros, mas dava para ver no brilho em seu olhar que ele realmente amava ao amigo.

— É muito bonita a história dos seus pais. — Harry disse com seus olhos brilhando.

James assentiu com um sorriso genuíno.

Comeram por mais algum tempo, o silêncio fazia o sono pesar nos ombros daqueles que haviam passado a noite em claro correndo em suas formas animalescas. Remus bocejou, sendo acompanhado por James, Sirius e Peter.

— Eu acho melhor vocês irem descansar um pouquinho. — Alice disse um tanto preocupada com seus amigos.

— Eu também acho. — Peter concordou.

— Eu também. — James e Sirius murmuram em uníssono, então se viraram para Remus encarando-o com olhares afiados. Remus tinha a tendência de insistir em dizer que estava tudo bem, que não precisava de descanso.

Remus levantou suas mãos para o alto em sinal de rendição.

Então os Marotos se levantaram da mesa e partiram para seu dormitório.

— Hey, — Hermione chamou Harry — o que você vai fazer agora?

— Eu vou atrás de Regulus. Já faz tempo que quero conversar com ele.

 

NOTAS DA AUTORA.

Espero que estejam gostando da história ;)

Deixe aqui a baixo o que você está achando da história, sugestões e opiniões ;)

Eu tenho uma perguntinha para vocês. Tem alguma música que vocês ouvem e pensam "MEU DEUUUUUS ISSO É MUITO HARMIONE!" tem? Porque se tiver por favor comenta aqui a baixo 


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