Construindo meu futuro - HARMIONE escrita por LadyPotterBlack


Capítulo 12
10 - "FESTA DA VITÓRIA"




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— Não! Ele não vai! – Exclamou Lily.

Sirius bufou.

— Qual é, ruiva?! Ele já está bem.

— Bem? – Perguntou incrédula – Mal se passou uma hora desde que ele despencou de uma vassoura e foi acertado pela droga de um balaço! – Trovejou cruzando os baraços.

James suspirou.

Estavam nessa havia um tempo já. Desde o momento em que Sirius anunciou que haveria uma festa em comemoração pela partida ganha no salão comunal da Grifinória, Lily havia surtado alegando que Tiago ainda não estava cem por cento curado e que ele não poderia comparecer.

— Mas ele já está bem! – Insistia um Sirius exasperado – Você, ruiva, está dando uma de mãe galinha super protetora – Acusou com um olhar afiado apontando-lhe o dedo indicador.

Lily arfou e imediatamente seu rosto foi beijado por todos os tons rubros possíveis. Todos se prepararam para o que seria – indubitavelmente – o velório de Sirius Black, porquê francamente era loucura e um pedido certeiro de morte irritar Lílian Evans. Remus já estava pensando em quais palavras diria para a despedida do amigo, James se perguntava se teria que usar um terno para a ocasião, Peter estava se encolhendo no canto da enfermaria, só Merlin conseguia entender a falta de amor a própria vida que Almofadinhas e Pontas tinham para provocar a ruiva, Dora tentava inutilmente conter as risadas que insistiam em escapulir de seus lábios traidores, Frank tentava pensar em coisas como balaços errantes, dementadores, feitiços que deram errados... quaisquer coisas que não fossem Lily Evans como uma galinha super protetora, assim como Alice que tentava focar-se nas camas vagas da enfermaria e tentava a todo custo não olhar para a amiga, os lábios de Hermione eram uma linha fina trêmula.

"Sirius não tem amor a própria vida" – Ela pensava.

Harry estava se divertindo, achava fofa a preocupação de sua mãe em relação ao seu bem-estar e tinha que enaltecer a coragem que seu padrinho tinha por provocar sua mãe nesse nível.

Subitamente, o silêncio carregado por tensão foi quebrado por uma gargalhada divertida e gostosa de Marlene. Os olhos azuis brilhavam em diversão e estavam salpicados de lágrimas que escorriam por suas bochechas rosadas.

— Perdão, amiga – Pediu a Lily – Mas o cachorro do Sirius tem razão – Afirmou dando tapinhas no peito de Almofadinhas.

— Até que enfim alguém me ouviu – Sirius disse de forma exasperada erguendo suas mãos para cima como em uma espécie de prece aos céus – Obrigada – Agradeceu com uma piscadinha.

Antes que Lily pudesse tentar se defender, Harry achou melhor intervir, antes que fosse seu padrinho em uma cama na enfermaria.

— Eu estou bem, Lily, é sério – Garantiu olhando nas esmeraldas que sempre lhe encaravam no reflexo do espelho, só que agora estavam estampadas no lindo rosto de sua mãe que brilhava em aflição e angústia.

— Tem certeza? Eu posso chamar a madame Pomfrey só para garantir e você não está sentindo mais dores? Tem certeza absoluta e..... – A ruiva começou com uma enxurrada de perguntas, ela estava genuinamente preocupada com o garoto, seu peito ainda doía com a visão de Tiago despencando daquela vassoura, só para depois ser acertado por um balaço.

"Mas aquele capitão sonserino ainda vai pagar por isso. Ah se vai, porquê quando eu por minhas mãos naque....."

Os pensamentos, certamente criminosos, de Lily foram interrompidos por Harry que soltou um pequeno riso e agarrou das mãos da garota entre as suas.

— Tenho certeza – Garantiu olhando no fundo de seus olhos – Eu estou bem – Afirmou com um leve sorriso brincando em seus lábios.

Lily suspirou derrotada.

— Está bem – Cedeu e então virou-se, olhando de forma ameaçadora para os marotos – Nada de embebedar o Tiago, estão me ouvindo?!

Os marotos fizeram sua melhor cara de inocente, o que só serviu para deixar a ruiva mais preocupada.

— Como nós iriamos embebedá-lo? – Sirius perguntou com uma falsa expressão choque.

Lily semicerrou seus olhos.

— Só Merlin sabe como vocês conseguem essas coisas que tem em Hogsmeade, mesmo sem as visitas terem começado.

— Verdade, como vocês conseguem? – Marlene perguntou interessadíssima.

— Tsk, tsk, tsk – James cortou a garota estalando a língua enquanto maneava a cabeça – Pergunta errada, Lene.

— A qual é, James? – Ela insistiu.

— Segredo de maroto – Sirius, James, Remus e Peter afirmaram em uníssono.

Remus soltou um pequeno riso.

" Se elas, aliás, se todos eles soubessem...." – Ele pensava.

— Não vamos embebedar o Tiago, Lily – Aluado garantiu a amiga.

— Não prometo nada – Disse Sirius ao mesmo tempo.

Lily lançou lhe um olhar afiado carregado de ameaça implícitas.

— Não vamos forçar embebedar o Ti, Evans – James sinceramente garantiu. Não fazia o estilo dos Marotos, sair por aí embebedando as pessoas, claro que eles não eram os maiores defensores ou os precursores do não consumo de álcool, castidade, celibatário ou inocência... Mas eles não forçavam as pessoas a seguirem por caminhos tortuosos, mas caso elas quisessem, eles certamente não se colocariam contra, não, de forma alguma, eles provavelmente brindariam com doses de alguma coisa com a pessoa se esse fosse o desejo.

Tais palavras foram estranhamente suficientes para acalmar o coração da ruiva.

O coração da ruiva.

Nos anos anteriores, Lílian insistia incansavelmente para que James a chamasse pelo sobrenome. Era a mais defensora do "É Evans, Potter", que sempre era respondido com um "Evans Potter só depois do casamento", que por sua vez acarretava em uma série de gritos, vindos de Lily, e discussões que já chegaram até mesmo a fazer a Grifinória perder 50 pontos em um único dia. Lily o reputava como um estupido, um biltre arrogante e não queria que ele pensasse que tinham a mínima intimidade para se tratarem pelo primeiro nome. No entanto, agora, as coisas estavam confusas, pelo menos era assim que seu coração se sentia. Confusa, não conseguia expressar como sentia-se ao escutá-lo chamando-a por "Evans", soava tão frio, tão distante. Até mesmo "Potter", soava estranho em seus lábios, como algo estivesse errado.

Arrancando-lhe de seus devaneios, Sirius pigarreou.

— Ótimo! – Exclamou – Já que resolvemos isso aqui – Gesticulou de si mesmo para Lily e para Tiago, que ainda se encontrava deitado na cama – Agora é hora da festa! – Concluiu sorrindo tão abertamente que Dora não sabia como as bochechas do primo não haviam sido rasgadas.

~*~

[SALÃO COMUNAL DA GRIFINÓRIA.]

O salão comunal da Grifinória estava abarrotado de estudantes festejando. As risadas reverberavam pelo cômodo, haviam cervejas amanteigadas e Firewhisky para quem desejasse – cortesia, é claro, dos Marotos – antes da festa em si começar, Sirius e James sorrateiramente pegaram a capa da invisibilidade e foram até Hogsmeade para buscar algumas coisinhas, voltando com suas melhores versões de expressões inocentes, alegando que tinham essas coisas no que chamavam de "estoque dos marotos", o que todos sabiam ser uma desculpa esfarrapada para não revelar alguns de seus segredos. A essa altura do campeonato os Marotos já quase não usavam o seu tão estimado e precioso "Mapa do maroto", era incrível, sim, mas eles já conheciam os terrenos de Hogwarts de cor e salteado, só precisavam da capa da invisibilidade para não serem pegos, agora só utilizavam o mapa quando estavam de fato aprontando algumas de suas tão famosas pegadinhas.

Também havia todos os tipos de aperitivos, indo de salgadinhos até tortinhas de abóboras, cortesias dos elfos domésticos os quais os Marotos alegavam serem grandessíssimos amigos e prometeram, um dia, mostrar a Tiago e Bela a tão secreta cozinha de Hogwarts.

Todos que passavam pelo grande grupo, que ultimamente parecia estar unificado – como se realmente fossem apenas um único grupo de amigos e não "Os marotos", "As meninas" e "Os novatos" – paravam para dar tapinhas nas costas ou parabenizar os jogadores do time de quadribol.

Mas o que mais chama a atenção de Harry e Hermione era Sirius Black. Jamais pensaram que aquele homem de aspecto até mesmo cadavérico, com o qual se depararam no terceiro ano, fosse a grande sensação do colégio em seu tempo de estudante. As pessoas o circundavam querendo ouvir as histórias que ele contava, suas piadas... Era como se Almofadinhas imanasse sua própria luz, uma onda de alegria imanava dele em uma espécie de onda, inundando todos aqueles que estavam ao seu redor. O que na opinião de Harry era uma tremenda loucura, ele sabia da vida conturbada de seu padrinho, sabia da fuga para os Potter's, que havia uma guerra batendo nos portões de Hogwarts, que havia projetos de comensais perambulando para cima e para baixo, deliberadamente, pelos corredores da escola. E o principal ele sabia que Regulus Black estava envolvido, sabia que ele beijava o chão que Voldemort passava, por pensar que aquilo era o certo, que ele não era um mostro e sim o salvador dos bruxos que haviam sido oprimidos pelos trouxas, só que diferentemente de Sirius, Harry sabia que o mais novo dos Black's só pensava de tal forma porquê lhe fora ensinado assim, claro, Sirius também fora criado ouvindo as mesmas baboseiras, sobre Voldemort, sobre Grindelwald e o "Bem maior", só que Sirius se recusara a acreditar naquilo, não, ele questionava, não aceitava as coisas calado e bem... Sirius Black era uma força da natureza. Enfim, Harry sabia, por mais que Almofadinhas jamais fosse confessar, ele sofria e se sentia perturbado por saber que a cada dia que se passava Regulus seguia mais a fundo os passos para o caminho das trevas.

Mas lá estava seu padrinho, todo sorrisos, piadas, piscadinhas para quem quisesse ouvi-lo.

Harry estava conversando com seu pai quando uma garota se aproximou dos dois, ela era bonita, ele tinha que admitir. Era alta, olhos castanhos profundos, curtos cabelos negros que pareciam roubar a luz com sua escuridão, lábios avermelhados e a pele era bronzeada como se tivesse sido beijada pelo sol.

— Hey, capitão – Cumprimentou James e mal se importou em cumprimentar Tiago.

— Hey, Emme – Cumprimentou e deu um pequeno pigarreio sem graça percebendo que ela mal havia falado com seu amigo – Hm, acho que vocês dois não foram apresentados ainda, esse é o Tiago Star.

Emme soltou um leve riso. Ela não se importava muito com o outro garoto em questão, mas mesmo assim cumprimentou-o.

— Hm, oi – Disse então voltou-se para James – Você foi muito bem hoje, capitão – Parabenizou e deu lhe um pequeno soquinho em seu ombro, acompanhado de um pequeno sorriso, prendendo seu lábio inferior de uma forma, que Harry julgou ser para tentar seduzir seu pai.

E essa pura constatação fez seu estômago revirar, não queria ter que presenciar uma garota flertando com seu pai e Merlin, seria pior ainda se ele correspondesse seu flerte. Até pensou em sair, quem sabe deixar os dois ali sozinhos, no entanto, teve uma ideia melhor.... Ele iria atrapalhar!

— Foi um trabalho do time – James afirmou, em outros anos não teria problema algum em considerar como um feito pessoal, mas agora não, faria questão de ressaltar que foi trabalho do time.

— Mas você é o capitão! – A garota insistiu e a mão que havia dado um soquinho no ombro de James, continuava no mesmo local, só que agora ela tinha começado a se movimentar, de forma a fazer carinho em seu ombro, avançando, perigosamente para seu pescoço.

Do outro lado do salão, Lily, ao lado de Bela e Marlene, observava o sorriso sem graça de James e a mão de Emmeline Vance avançando perigosamente em direção ao pescoço de Potter. Não saberia dizer de quem estava sentindo mais raiva.

"Ele não é nada seu" – Uma voz em sua mente lhe dizia.

"Mas poderia ser" – Uma outra voz em sua mente retrucava.

Balançou a cabeça tentando afastar os pensamentos conflituosos. Mas seu coração não pode se refrear ao fazer uma pequena dança vitoriosa quando viu James afastar-se do toque de Vance, se aproximando mais de Tiago, como se ele fosse uma espécie de escudo humano.

Se Emmeline percebeu que James afastou-se de seu toque, ela não deixou transparecer.

Harry tomou a atitude do pai como um sinal verde de que ele poderia começar a atrapalhar aquele joguinho ridículo.

Não achava que Emmeline estava sendo uma atirada ou qualquer outra coisa do tipo, não, de forma alguma. Ela queria James e estava tentando conseguir o que queria, não tinha nada demais nisso.

"Mas tinha que ser justo o meu pai" – Harry pensava.

— Olha temos uma fã de quadribol aqui! – Exclamou com um falso entusiasmo – Para qual time você torce? – Tiago perguntou, forçando Vance a desviar a atenção de James para olhá-lo.

— Na verdade eu não entendo muito de quadribol – Respondeu um tanto ríspida, mas então voltou-se para James com um pequeno sorriso, que na visão dela, era completamente sedutor – Mas creio que o capitão poderia me explicar um pouquinho sobre – Disse dando de ombros enquanto lhe dava uma piscadinha.

Harry teve que se segurar para não revirar os olhos, mas então forçou um sorriso animado nos lábios.

— Não seja por isso – Respondeu antes que James tivesse a oportunidade de abrir a boca – Funciona assim são dois batedores....

E Harry explicou todas as malditas regras do quadribol e como o maldito esporte funcionava, James teve que se segurar para não rir enquanto Emmeline tinha que se segurar para não mandar o menino calar a boca e parar de atrapalhar.

Continuaram assim por algum tempo, Emmeline fazendo elogios forçados ou tentando interagir de alguma forma com James enquanto Tiago se intrometia, as vezes concordando com algum absurdo que a garota falara ou dizendo algo mais absurdo ainda.

— O que diabos o Tiago está fazendo? – Remus perguntou divertido para Lily, Marlene e Bela, enquanto ele Sirius e Peter se aproximavam do trio.

As garotas riram.

Estavam adorando observar a cena ridícula que estava se desenrolando diante de seus olhos. Era hilário observar James se esquivando dos toques de Emmeline, Tiago se intrometendo e Potter tentando a todo custo não rir do amigo ou Vance tentando não ser grossa com Star sendo que era nítido como ela estava usando de todo o seu autocontrole para não ser grossa com ele, ou não revirar os olhos toda maldita vez que ele abria a boca.

Hermione já havia entendido o que seu amigo estava fazendo e não podia fazer outra coisa a não ser gargalhar. Mas ela o compreendia, francamente, deveria ser muito estranho ver alguém dando em cima de seu pai, ainda mais com sua mãe a poucos metros de distância.

O puro pensamento já lhe fazia estremecer.

— A querida Emmevaca, como eu gosto de chamar, está dando em cima do Jamesito... – Marlene começou com a explicação.

— E – Continuou Lily - O Tiago achou que seria muito divertido...

— O que de fato é – Marlene intrometeu-se para dar sua opinião.

— De fato é – Lily concordou – Enfim, ele está atrapalhando a Emmevaca.

Sirius explodiu em gargalhadas.

"Genial" – Ele pensava, embora não entendesse o motivo de Tiago interromper Emmeline.

— Emmevaca? – Perguntou Remus prendendo o riso.

— É um apelido carinho – Marlene replicou piscando docemente seus olhos azuis.

— Percebe-se.

— Até você, ruiva? – Sirius perguntou erguendo uma sobrancelha.

Lily revirou os olhos.

— A qual é eu também tenho o direito de falar algumas besteiras – Ela retrucou.

— E a querida Emmeline é sim uma vaca.

Lily e Marlene não eram lá as maiores fãs de Emmeline, ela tinha uma capacidade impressionante de irritá-las com todas aquelas piscadinhas e os sorrisinhos.

Sirius riu novamente.

Ele estava adorando descobrir mais esse lado de Lílian.

Antes do sexto ano, ele a julgava como uma quadradona.

Francamente no quinto ano, quando ela se tornou monitora, parecia que a diversão da ruiva era mandar os marotos para a detenção, não podia nem enfeitiçar o pergaminho de algum colega, para que ele fugisse toda vez que tentassem pegá-lo, que a ruiva já estava berrando com os Marotos. Certo, certo, uma vez essa brincadeira pode ter dado um pouquinho errado, fazendo com que o pergaminho fujão fosse parar dentro de um caldeirão com uma poção que, posteriormente, eles descobriram ser extremamente volátil. Mas hey, nada demais, foi só uma pequena explosão, mal justificava o berreiro que a ruiva abriu ou as três semanas de detenção que ela os deu. Sem contar com os espetáculos que ela e o Pontas proporcionavam para toda Hogwarts ou quem tivesse bons ouvidos em Hogsmeade.

Mas agora ele se divertia muito descobrindo o humor ácido e sarcástico da ruiva.

— Então você, senhorita Evans, está se divertindo com o flerte fracassado de Vance para o Pontas? – Sirius provocou.

Lily nem teve a decência de corar, apenas deu de ombros.

— Vai dizer que você não está se divertindo também? – Retrucou.

Hermione já tinha entendido tudo, assim como os outros amigos. Lily já havia cedido a James Potter. Agora só faltava a ruiva admitir, primeiro a si mesma.

— Devemos ir lá e quem sabe.... tentar ajudar? – Aluado perguntou levemente preocupado com a situação em que seu amigo se encontrava.

— NÃO! – Lily, Marlene e Sirius negaram em uníssono fazendo-o rir.

— É uma pena que a Dora não poder vir, ela adoraria ver essa cena – Remus lamentou.

Um sorriso torto nasceu nos lábios de Sirius.

— É claro que você acha uma pequena a pirralha não poder vir – Provocou maliciosamente.

Remus corou e achou melhor prestar atenção na saia justa de seu amigo e não na qual havia acabado de se colocar.

Depois que Tiago a interrompeu pelo o que deveria ser a vigésima vez a paciência de Emmeline pareceu encontrar seu fim.

— Você não quer, sei lá ir dançar, comer, beber, ou fazer qualquer coisa longe daqui? – Perguntou ao garoto e não fez questão de disfarçar o aborrecimento em seu tom de voz.

Tiago deu o que James não podia não chamar de sorriso maroto.

— Seria um prazer Emmeline – Concordou fazendo uma espécie de pequena reverência com a cabeça, então voltou-se para seu pai – Você me acompanha, James? – Perguntou travesso.

James não fez questão de esconder a diversão que brilhava em seus olhos castanhos-esverdeados ao passar os braços pelos ombros de Tiago os dirigindo para longe de Emmeline.

— Nos vemos por aí, Vance – Despediu-se sem nem a olhar.

Foram diretamente para o grupo de amigos, Lily, Marlene, Bela, Sirius, Peter e Remus. Sendo recebidos com muitos sorrisos.

— O que diabos aconteceu ali? – Sirius foi o primeiro a questionar, os olhos brilhando em diversão.

James deu de ombros.

— Pergunte ao Ti. – Respondeu fazendo todos os olhares recaírem sobre o garoto.

Harry tentou reprimir o riso que escapulia de seus lábios e levou uma mão ao peito, fazendo sua melhor expressão de ofendido.

— Eu estava apenas tentado explicar para a querida Emmeline...

— EmmeVaca – Marlene, Lily e até mesmo Sirius corrigiram-no, ganhando dois pares de sobrancelhas arqueadas, vindas de James e Tiago.

Harry deu de ombros.

— Como quiserem chamá-la, enfim eu estava explicando sobre quadribol pra ela. – Disse sorrindo inocentemente.

James tossiu.

— Você não fez só isso não, você falou sobre toda a maldita temporada, sobre vassouras e você falou até mesmo da grama, Tiago – Potter corrigiu, fazendo os amigos gargalharem.

— Tinha razão então pra ela parecer que estava prestes a pular no seu pescoço. – Considerou Lily.

— Tsk, tsk, tsk – Harry estalou a língua. – Ela queria pular no meu pescoço porquê ela queria o capitão. – Disse zombeteiro piscando os olhos, da mesma forma que Vance estava fazendo, na direção de James.

Potter gargalhou e deu um tapa no braço de Tiago.

— Idiota. – Murmurou.

Talvez, Lily tenha se sentido incomodada por ouvir que Emmeline queria James, mas só talvez.

— Eu vou pegar uma bebida. – James anunciou, virando-se para Tiago. – Você quer também?

— Eu vou lá com você.

~*~

Deviam estar a uma hora conversando, bebendo e comendo. Estavam Hermione, Lily, James, Harry, Remus, Peter e....

— Hey, cadê o Almofadinhas? – Perguntou Harry aos amigos.

Remus deu de ombros.

— Deve estar enfiando a língua na boca de alguém por aí. – Aluado respondeu casualmente, aquilo não era novidade pra ninguém ali, talvez para os dois novos integrantes do grupo.

— E a Marlene? – Bela perguntou.

Lily soltou um pequeno riso.

— Também deve estar enfiando a língua na boca de algum menino ou menina. – Respondeu dando de ombros.

Toda festa era assim, Lily já estava acostumada, no início Marlene até ficava ao seu lado, mas logo depois procurava algum menino ou alguma menina para trocar alguns fluidos corporais.

— Tem alguma chance de eles estarem com as línguas enfiadas na boca um do outro? – Harry perguntou com um sorriso que tinha um leve toque de malícia.

James e Lily gargalharam ao invés de responder.

— Vocês definitivamente ainda não conhecessem esses dois – Peter murmurou e estremeceu como se estivesse se lembrando de alguma coisa.

Hermione e Harry franziam o cenho.

— Eu pensei que rolasse alguma coisa entre os dois – Harry disse ainda confuso.

— Sim – Concordou Hermione – Eles parecem tão íntimos, tão parecidos... – Explicou de forma confusa.

James e Lily compartilharam um olhar que dizia que eles sabiam alguma coisa que aqueles dois ali não sabiam.

Remus bufou e começou a explicar.

Em um verão, quando todos estavam no quinto ano, Sirius e Marlene estavam, assim como todos os outros adolescentes, com 15 anos de idade e os hormônios estavam fervilhando nos corpos, implorando por um alívio. Foi em uma noite no salão comunal que os dois tiveram a grandíssima ideia de terem um "lance", uma amizade colorida. No começo deu tudo certo, eles se encontravam, meio escondido, meio público, para se agarrarem, geralmente em alguma sala de aula vazia ou abandonada, algum armário de vassoura, na torre de astronomia... Qualquer lugar em que não estivessem muitas pessoas e eles tivessem o mínimo de privacidade. Era para ser um "alívio" algo puramente sexual.

Mas então uma nuvem nebulosa pairou sobre os dois.

Sentimentos.

Os dois sabiam, Merlin, como eles sabiam, que aquilo não era só desejo carnal, tinha sentimento envolvido, mas ambos se negavam a acreditar e fingiam não perceber isso.

E foi em uma noite já no final do quinto ano, em um pequeno armário de vassouras na ala leste do castelo, em que os dois estavam para mais uma sessão de agarramentos, que tudo desmoronou.

O corpo de Sirius prensava o corpo de Marlene contra a porta do pequeno armário de vassouras. Seus lábios percorriam o pescoço da loira, que a essa altura respirava a longas arfadas, Marlene já tinha afastado seus cabelos para dar a ele mais acesso, assim como também tinha pendido sua cabeça para a esquerda enquanto aproveita todos os arrepios que os lábios de Sirius podiam proporcioná-la.

Quando Sirius encontrou aquele bendito ponto sensível próximo a sua clavícula, um gemido baixo escapuliu de seus lábios e ela pode sentir o sorriso malicioso que ele abrira contra a pele de seu pescoço. Continuaram a explorar seus corpos, as mãos de Marlene se perdiam passeando no tão querido e cuidado cabelo de Sirius, indo para debaixo de sua blusa de uniforme, explorando aquele abdômen fascinante e se perdendo nas costas dele.

Era uma tortura guardar dentro de si todo aquele sentimento, não poder falar por sentir medo de estragar o... o que quer que fosse que aqueles dois tinham.

A mente de Marlene estava enevoada por todos aqueles beijos, toques e carícias trocadas, mas quando uma das mãos de Sirius abandonou sua cintura e se aventurou por debaixo de sua saia, a mente de McKinnon pareceu encontrar o estopim para entrar em combustão com todo aquele sentimento reprimido e perdeu todo o controle das palavras que sairiam a seguir de seus lábios.

— Sirius, eu... droga eu estou apaixonada – Murmurou no mais desesperado dos tons, quando, com um dedo, Sirius a tocou no mais íntimo dos toques bem ali, não aguentava mais guardar aquilo para si e duvidada que aquilo fosse platônico, não poderia ser.

Se a mente enevoada por desejo e paixão de McKinnon pensou que ao confessar tudo o sentia por Sirius isso fosse, de alguma forma, incentivá-lo a prosseguir com aquela carícia que fazia suas pernas estremecerem e seu corpo entrar em chamas, ela estava extremamente engada.

Ao ouvir aquelas palavras, aquela confissão, Sirius congelou, os lábios os dedos... tudo parou.

Afastou o seu pescoço do colo de Marlene e a olhou com os olhos cinzentos arregalados.

— Você... Você se apaixonou? – Perguntou incrédulo aquilo não podia ser real.

Marlene corou e apenas assentiu com a cabeça.

Estava se amaldiçoando por não ter conseguido manter o controle da sua maldita boca.

"Por que eu fui dizer aquilo?" – Ela se perguntava.

Black ofegou.

— Nós, isso aqui – Gesticulou para os corpos unidos – Não pode mais acontecer – Murmurou antes de sair daquele pequeno armário de vassouras.

Remus chacoalhou a cabeça quando terminou de explicar a história maluca dos dois.

— Não interpretem mal o Almofadinhas, por favor. – James pediu. – A verdade é que graças aquela família horrorosa do Sirius ele não entende o que é amor, paixão...

— Ele só se envolve quando é puramente carnal. – Peter continuou.

— Quando os sentimentos começam ele some. – Remus disse.

— Ele só ficou apavorado quando a Marlene disse que estava apaixonada. – James explicou.

 Ele foi babaca isso sim. – Lily contradisse.

Antes que Lily e os meninos começassem a discutir por defender seus amigos Bela intrometeu-se.

— Tudo bem, mas como vocês sabem de tudo isso? – Questionou porquê, por Morgana... Aquela história teve detalhes demais.

James deu de ombros como se contar da intimidade de casais fosse algo rotineiro, algo super normal.

 Almofadinhas chegou no dormitório dos marotos como se tivesse visto uma assombração... – Potter começou.

— E quando nós perguntamos o que tinha acontecido ele vomitou toda a história... – Remus concluiu.

— Todos os detalhes sórdidos. – Disse Peter estremecendo.

Os olhares, então, voltaram-se para Lily, que revirou os olhos e contou como sabia da história.

— Era meu dia de fazer ronda e quando eu passei pelo corredor da murta que geme, acho que vocês dois ainda não conhecem esse fantasma ou o banheiro dele – Lily começou a devanear, então balançou a cabeça voltando ao foco da conversa – Enfim, eu estava passando por lá quando eu ouvi a Murta, ela parecia dividida entre querer rir ou fofocar, mas ela parecia meio espantada então eu resolvi entrar... e uou, a Marlene estava agachada abraçando as pernas e tinham algumas lágrimas rolando por suas bochechas. Foi aí que eu entendi o motivo da Murta estar chocada.

— Marlene McKinnon não chora – Os três marotos presentes disseram em uníssono.

Quando Harry e Hermione ergueram as sobrancelhas James continuou.

— É sério, uma vez um balaço a acertou derrubando-a da vassoura, ela até quebrou o braço e não escorreu uma única lágrima. – Contou e em sua voz tinha um pingo de abismo e de admiração.

— Mas naquele dia o cachorro do Sirius a fez chorar, depois que ela parou de chorar ela me contou o que aconteceu. – Lily terminou dando de ombros.

— E depois? – Harry questionou.

— É e depois, não rolou mais nada entre os dois? – Hermione questionou de forma certeira.

Os quatro balançaram a cabeça negativamente.

— Nadinha. – Responderam em uníssono.

— Depois daquele dia, eles fingiram que não havia rolado nada entre os dois. – James contou.

— Na verdade eles fingiram que não se conheciam. – Lily disse.

— Foi assim o verão inteirinho – Peter contou.

Os ombros de Bela e Tiago caíram, parecia tanto que eles eram certos um para o outro.

— Eles voltaram a se aproximar no final do ano passado, quando a Lily não tentava mais matar o James. – Remus disse naturalmente.

Lily corou ao se lembrar que realmente houve uma época de sua vida que ela pensou que um Avada Kedavra em James não seria lá a pior coisa do mundo.

Como se lesse seus pensamentos, James soltou uma risada.

— Você realmente queria me matar não é, Evans? – Questionou com os olhos brilhando em provocação.

Os tons vermelhos das bochechas de Lily se intensificaram, mas ela não iria ficar pra trás na provocação.

— Não me faça querer novamente, Potter. – Ameaçou dando um sorriso que prometia destruir a sanidade de James.

— Então agora você não quer mais?

Harry sorriu ao ver seus pais se provocando.

"Estão tão pertinho de admitir" – Ele pensava.

James e Lily continuaram a se provocar e simplesmente se esqueceram do restante.

— Remus – Tiago chamou –Você acha não existe mais a chance de acontecer algo entre os dois?

Aluado suspirou.

— Acho – Disse fazendo Harry abrir um sorriso – Mas só quando Sirius conseguir lidar com os sentimentos.

— Ele magoou a Marlene né? – Bela questionou.

Remus suspirou novamente.

— Acho que a reação dele não foi a melhor, né? – Disse na tentativa de descontrair um pouco o clima pesado.

~*~

A festa já havia acabado, as meninas já estavam em seu dormitório e os meninos estavam no próprio.

[DORMITÓRIO DOS MAROTOS.]

— Cara a Mary McDonald... Merlin, vocês não estão entendendo o quanto ela beija bem. – Sirius disse enquanto se jogava na sua cama.

— Hug, poupe-nos dos detalhes sórdidos, Almofadinhas. – Remus pediu quanto se sentava em sua própria cama.

Sirius, em uma atitude muito madura, mostrou-lhe a língua, então se voltou para James.

— Hey, por que você não ficou com a Vance? Ela é bonita – Black perguntou.

James deu de ombros.

— Não estava afim, além de que o Tiago foi muito bem em afastá-la – Respondeu tranquilamente e no final soltou uma risadinha por causa da atitude do amigo

Sirius se voltou para Star.

— Por que você atrapalhou a Vance? – Perguntou erguendo uma sobrancelha.

"Porque ela estava dando em cima do meu pai e adivinha? Ela não é minha mãe" – Harry pensou sarcasticamente. Mas preferiu não responder aquilo.

— Você não entenderia – Respondeu dando de ombros.

— Hum, enigmático. – Sirius provocou.

— Mas você não respondeu, Pontas, qual foi o motivo do fora na Emmeline. – Remus voltou ao assunto.

— É, você já até beijou ela no quinto ano. – Peter disse.

Harry tentou a todo custo não fazer uma careta, Merlin, ele só queria apagar a imagem mental de seu pai com a língua enfiada na boca daquela garota.

James revirou os olhos.

— Já disse, não estava afim.

— Isso aí está me cheirando a cabelos vermelhos – Sirius provocou enquanto fingia estar cheirando o ar.

Harry riu enquanto eles falavam sobre garotas e seu pai falava sobre o quanto Lily era bonita, ou o quanto os cabelos dela eram fascinantes, mas não tão fascinante quanto o sorriso dela.

Ao notarem que Tiago ria baixinho os meninos se voltaram para olhá-lo.

— O que foi? – Questionaram-no em uníssono.

Harry corou um pouquinho ao perceber que não havia sido exatamente discreto.

Achou melhor não contar que achava engraçado ouvir seu pai falando como um tolo apaixonado de sua mãe, como se não acreditasse que um dia Lily poderia chegar a retribuir seus sentimentos.

— É só engraçado ouvir vocês falando sobre as garotas – Contou uma meia-verdade.

Os meninos o olharam curiosos.

Será?

Sirius o mais sem vergonha foi quem perguntou.

— Por que? Você gosta de garotos? – Indagou.

— Somos sem preconceitos aqui – James apoiou.

Harry riu um pouco e então respirou fundo.

"Como é que vou falar que eu nunca exatamente conversei sobre garotas?" — Ele se perguntava.

Por fim decidiu que seria o mais sincero possível, eles eram sua família, então poderiam conversar com eles sobre tudo, né?

Respirou fundo e começou.

— Não é isso, é só que... Bem vocês já sabem que eu sou órfão, né? Então eu não tive muito bem um pai pra conversar ou coisa do tipo e bem na escola, eu meio que namorei, tive algo com a irmã do meu melhor amigo, então eu não exatamente falava sobre garotas com ele, eu sempre fui amigo da Bela e acredito eu, que falar sobre meninas com ela não seria a coisa mais certa a se fazer – Harry desembuchou e ao final de seu minidiscurso constrangedor ele estava com as bochechas levemente coradas.

— Espera aí. Você namorou a irmã do seu melhor amigo? – Sirius perguntou levemente em crédulo, mas em seus lábios um sorriso malicioso era exibido.

Harry riu ao notar que de tudo o que falara seu padrinho só tinha se atentado a isso.

— Não foi exatamente um namoro... – Explicou meio sem jeito.

— Amizade colorida? – James ofereceu.

— Não tinha muito bem um rótulo, mas foi um erro, acho que a gente misturou as coisas e....

Estava falando quando Sirius o interrompeu com uma expressão de puro horror.

— ESPERA! – Exclamou exasperado atraindo a atenção de todos. – Você é órfão, não é?

Harry assentiu confuso.

— E você não falou sobre garotas com esse tal melhor amigo e nem com a Bela, né?

Harry negou.

— Nem com a pessoa que cuidou de você quando seus pais morreram? – Sirius continuou questionando.

Harry soltou uma risada puramente sarcástica.

— Merlin, não! Tio Valter preferiria me expulsar de casa a ter esse tipo de conversa comigo.

A cada negação de Tiago a expressão de horror de Sirius se intensificava, então ele voltou-se para os marotos, ignorando a presença de Tiago.

— Gente, ele não teve "a conversa" — Disse com a expressão de choque ainda em seu rosto.

Os meninos estremeceram com a menção de "a conversa".

— Você não está sugerindo que a gente de "a conversa" para ele, não está? – Remus perguntou levemente incrédulo.

Sirius bufou.

— É nosso dever – Apontou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Se vocês não quiserem, tudo bem, eu falo.

— NÃO! – Os três exclamaram em uníssono.

Sirius ergueu as sobrancelhas.

— Se for você a falar vai traumatizar o menino com detalhes sórdidos – Remus explicou.

— E se for você não vai falar nadinha – Sirius retrucou levemente ofendido.

— O James – Peter falou, atraindo o olhar dos amigos para si.

Harry estava se sentindo perdido, não entendiam do que diabos eles estavam discutindo.

— Tem que ser o Pontas para dar a ele "a conversa", ele tem tanta experiência quanto o Sirius, mas ele vai poupar os detalhes da coisa e sejamos sinceros o Aluado preferiria sumir a ter que dar "a conversa" para alguém. – Peter explicou arrancando risadinhas com a última parte.

— Tudo bem, eu falo – James concordou. Então os quatro voltaram-se para Harry.

— Sentadinho aí – Sirius mandou – Porquê agora, você, Tiago Star terá "a conversa".

— Ok, mas primeiro o que seria "a conversa"?

— Merlin, ele nem sabe – Sirius exclamou chocado.

— Você terá um grande trabalho, Pontas – Remus disse dando tapinhas no ombro do amigo.

James suspirou.

— A conversa, é um momento que pode ser extremamente constrangedor, no qual geralmente seu pai, mas no seu caso, eu e os meninos – Disse apontando para si e para os amigos – Fala sobre garotas.

— Como ser gentil com elas – Remus disse.

— Sobre como tocá-las – Peter contribuiu.

— Sobre sexo seguro – James disse por fim.

Harry corou.

Ele teria que ouvir seu pai, que não sabia que era seu pai, seu padrinho e seu tio lhe falando sobre "sexo seguro"? Merlin ele só queria enfiar sua cara em um buraco e não sair mais de lá.

— Não precisa – Ele negou.

— Tsk, tsk, tsk – Sirius estalou a língua indicando com as mãos que ele deveria ficar sentadinho e caladinho – Nós não queremos ser titios tão cedo – Black brincou.

— Olha, no meu caso e no do Sirius foi meu pai que deu "a conversa" e acredite em mim é bem mais constrangedor quando é seu pai falando – James ofereceu em uma tentativa de confortá-lo.

"Mas você é meu pai" – Uma voz em na mente de Harry berrava.

— Começa falando sobre aquela namoradinha que você teve, Pontas – Sirius disse.

— Não. – Harry negou – Eu não preciso saber das namoradas que o James teve. – Quando os meninos o olharam pedindo um motivo ele apenas balançou a cabeça – Vai por mim é melhor eu não saber.

E na próxima hora Harry teve que escutar James falando sobre garotas, que deveria ser previamente concordado se ele poderia ou não tocar em algumas partes do corpo dela, até onde deveria ir, sobre os tipos de beijo. James até lhe disse sobre opções contraceptivas, falou sobre poções e sobre feitiços que poderiam ajudar. Não que Harry precisaria deles tão cedo, na visão dele, pelo menos.

Quando a conversa encontrou seu fim, Harry ficou mais do que satisfeito em se enfiar debaixo dos lençóis.

"Está tudo bem, foi só um momento constrangedor" – Ele pensou até adormecer.

Estava tudo bem.

 

NOTAS DA AUTORA

Espero que estejam gostando da história ;)

Deixe aqui em baixo o que você está achando da história, sugestões e opiniões ;)

 


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