A Mente escrita por Akemi Mori
Notas iniciais do capítulo
IUPPIIIIII!!!!!
GEEENTE AMADA E CONTENTE:
PASSAMOS DOS 300 REVIEWS!!!
Sério gente, eu estou tão feliz! É muito mais do que eu esperava! Muito obrigada mesmo!
Um avisinho: nessa e semana que vem tenho as provas unificadas, então não estranhem se os capítulos saírem no meio da tarde e coisa assim.
Obrigada de novo! Isso me dá esperanças.
Droga.
Eu não conseguia falar ou gritar. Rouca.
Mal sentia minha perna. Meus olhos se reviravam nas órbitas. Dor, era só o que eu sentia. Dor.
Minha cabeça estava girando. Ainda não conseguia raciocinar direito.
Havia sangue...
E então a memória veio junto a tona.
Levantei num sobressalto. Ignorei a ardência ou o sofrimento.
Tínhamos que fugir. Não sabia do quê. Mas tínhamos que fugir.
Olhei em volta. Lá estava. Com as mãos apertando firmemente a barriga, Peter resistia.
Mancando, fui até ele. Observei melhor. A camiseta estava quase que ensopada de vermelho. Pingava na terra úmida.
Foi profundo. Muito profundo.
Lentamente, me ajoelhei e comecei a levantar sua camisa para ver melhor.
E quase vomitei.
Pior que o meu. Sim, estava muito pior que o meu.
O sangue jorrava. Não parecia que ia estancar em breve. O corte era quase que retangular. Meio aberto.
Eu conseguia enxergar a carne.
Tirei um moletom que havia posto quando saí de casa e coloquei em cima do machucado. Não ia adiantar muito. Já começava a avermelhar.
- Preste atenção!- ordenei para o garoto sem saber se o mesmo estava consciente ou não- Você vai ignorar a dor. Vai pressionar essa blusa contra o corte com força inimaginável. Vai levantar e vamos continuar a correr. Certo?
Para minha surpresa, ele assentiu. E então, com certa dificuldade, se levantou e começou a andar.
E eu, novamente, o segui.
Repentinamente ele acelerou o passo.
- Corra. Corra o mais rápido que puder. – disse-me.
- Para onde?
- Para longe.
Uma coisa que eu tinha aprendido durante essa loucura: nunca questioná-lo.
Comecei a correr em uma direção aleatória. E parei.
Ele não em seguia. Continuava parado.
- Vamos! – gritei.
- Você primeiro. – falou.
- Não vou sem você.
Ele me olhou com uma expressão incrédula. E eu lhe devolvi um olhar desafiador.
- Certo. – disse- Vamos juntos.
Peguei sua mão para me assegurar que ele não fugiria ou ia voltar no meio do caminho e continuamos o percurso invisível.
E então as árvores foram se distanciando umas das outras, deixando uma luz pálida nos iluminar.
Eu mal tinha me tocado que já era noite.
Conforme corríamos, o bosque foi se arrastando para o fim. Como que para nos refrescar, uma fina garoa começou a cair.
E então finalmente acabaram as árvores e começou o cimento.
Gritei.
A garoa se transformou em uma chuva cortante familiar. Os cortes reabriram e a dor veio com mais intensidade que antes. O sangue voltou a escorrer.
- Ah!- berrei enquanto desabava sobre o asfalto, sem conseguir me manter em pé- Inferno!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!