Alguém tem que ceder escrita por Nara Garcia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi, povo! Uma leiturinha pra encerrar a noite com chave de ouro!

Boa leitura!



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— O que está fazendo aqui? Você acabou de sair de um turno duplo. Deve estar exausta! - Hawkes diz ao sair do elevador. Há uma bolsa pendurada em seu ombro, e em sua mão direita um copo de café que Stella reconhece como sendo da cafeteria ao lado do laboratório. 

— Mac precisava da minha ajuda para encontrar Mason West. - Explica a grega, passando a caminhar com o amigo em direção a sala de descanso. - A irmã dele nos deu sua localização. Mac e Don foram atrás dele. 

— A irmã dele? A que estava foragida? 

— Ela mesmo. - Ao entrarem na sala, Stella vai até a bancada onde está a cafeteira e começa a preparar seu capuccino. - Só vou esperar ele voltar para encerrarmos, e então vou pra casa. 

— Você deve estar uma fera por Mac ter te acordado tão cedo. - Stella disfarça seu desconforto com um meio sorriso. 

— Mac tem suas táticas para me fazer perdoá-lo. - Confessa, virando-se para olhar Hawkes. O moreno, sentado em uma das poltronas, sorri divertido antes de tomar um gole de seu café. 

Após alguns minutos, Stella pega sua caneca e vai até seu escritório. A grega se acomoda em sua cadeira e tenta focar em alguns relatórios pendentes. Entre uma assinatura ou outra, ela tomava um pouco do capuccino. Volta e meia suas pálpebras pesavam, fazendo-a quase se entregar ao sono. Ela se mexe na cadeira, tentando expulsar tamanha sonolência. Para o seu azar, não funciona.

Stella checa a hora no celular. São exatas 5h30. Hawkes foi pegar os resultados de uma autópsia com Sid e o restante da equipe só deve aparecer por volta das 9h, o que significa que manter-se ocupada os ajudando em algum caso estava fora de cogitação. 

Ela suspira, de novo e de novo. Suas pálpebras pesam novamente, assim como nos últimos 20 ou 30 minutos. Stella então pega alguns dos relatórios e os leva até o sofá, acomodando-se nele. A mudança de cenário ajuda nos primeiros minutos, mas logo o cansaço a vence. 

•••

— Acho que nunca resolvemos um caso tão rápido. - Diz Don, saindo do elevador com Mac. - Matamos dois coelhos com uma cajadada só. Se não tivéssemos encontrado Elena, Mason não estaria preso agora. 

— Foi fácil convencer Elena a nos contar sobre sua localização depois que encontramos a motivação certa. Ela odiava Mason, só o estava protegendo porque ele a convenceu de que, se ele fosse preso, ela ficaria sozinha. - Afirma. - A relação deles era baseada em pura manipulação. 

— Você e Stella acertaram em cheio na teoria. Deve ser aquela sintonia que nunca falha. - Don esboça um sorriso travesso. - Pronto para enfrentá-la? - Indaga, parando em frente a sala de descanso. 

— Não acho que seja uma boa ideia. Talvez eu precise de um tempo também, até porque eu não sou o único errado na história. - Uma sombra de decepção surge em seus olhos no momento eu que as palavras saem de sua boca. 

— Não acredito que vai dar uma de orgulhoso logo agora. Qual é, Mac. Não vale a pena. 

— Não se trata de orgulho, Don. Ela também me magoou. Não da pra simplesmente esquecer. 

— Olha.. Numa situação como essa, alguém precisa ceder. Sei que Stella não é uma pessoa fácil as vezes. Ela é teimosa. - Mac consente quase que instantaneamente. - Mas você também é. Vocês tão brigados há, o quê? 16 horas? E já é nítido que você sente falta dela. 

O ex-marine permanece em silêncio. O orgulho não deixaria que ele admitisse que sente falta dela. 

— Só pense se vale a pena seguir com isso, ok? - Sem esperar por uma resposta, Don se afasta. 

Com um suspiro, Mac segue na direção oposta pelo corredor, rumo ao escritório de Stella. Através da porta de vidro ele a vê deitada no sofá em um sono, aparentemente, profundo. O detetive abre a porta com cautela e entra, aproximando-se cuidadosamente. Ele então junta alguns relatórios que estavam espalhados sobre ela e os coloca sobre a mesa. 

Apesar das circunstâncias, um pequeno sorriso surge em seus lábios. Era bom vê-la relaxada daquela forma. Ele sabia que já fazia alguns dias que Stella não estava conseguindo dormir direito, apesar do cansaço. Esse foi um dos motivos que a fizeram pedir pelo turno B, no dia anterior. Uma distração, já que dormir estava fora de cogitação. 

Mesmo relutante, ele se aproxima e senta na beira do sofá. Como num passe de mágicas, a briga que tiveram volta, pondo um peso sobre seus ombros. Ele estava magoado por tudo o que ouviu, e chateado por saber que também a tinha magoado. Toda essa situação era exaustiva. 

— Stella - ele a chama, baixinho. A grega então se mexe um pouco, mas mantém os olhos fechados. - Stella - ele a chama novamente, dessa vez tocando seu braço levemente. 

Quando Stella finalmente abre os olhos e nota Mac ao seu lado, ela fica desconcertada. Normalmente aquela situação não a incomodaria. Por diversas vezes Mac a pegou dormindo em seu escritório ou até mesmo na sala de descanso. Uma das consequências pela extensa carga de horário. Hoje, no entanto, tê-lo ali tornou o clima levemente desconfortável. 

— Acho que eu estava mais cansada do que imaginava. - Justifica, erguendo o corpo para se sentar. 

— Pode ir pra casa descansar. Eu termino por aqui. - A voz dele é calma e transmite carinho, mesmo que inconscientemente. - Obrigado por ter vindo. Sem a sua ajuda não teríamos encerrado o caso. 

Stella desenha um meio sorriso, mas logo o desfaz. Mac ainda está sentado, o que torna a distância entre eles um pouco menor do que eles estavam tentando manter desde a briga. 

— Está bem para ir sozinha? Posso pedir ao Don para te levar. 

— Não precisa. Mas obrigada.. - Mac assente e se levanta, dando espaço para Stella se ajeitar. 

— Tire o resto do dia de folga e amanhã venha só na parte da tarde, ok? 

— Tudo bem. - Stella se levanta, ajeitando o sobretudo. - Obrigada, Mac. - Ele a olha por mais alguns segundos antes de se virar e deixar sua sala. Stella respira fundo e observa o parceiro sumir pelo corredor. Uma sensação estranha de repente a consome. Ela mexe o nariz, desconfortável. Depois de alguns segundos, um espirro. Em menos de um minuto, outros dois. - Droga! - Resmunga. 

Stella caminha até a mesa e guarda suas coisas dentro da bolsa. De repente, mais um espirro. 

— Conheci um cara uma vez que tinha alergia ao trabalho. - Comenta a voz masculina, entrando na sala. - Ele pediu demissão. 

— Está sugerindo que eu faça o mesmo? - Indaga Stella com uma sobrancelha erguida, enquanto se vira para olha-lo. Don sorri.

— Eu poderia, mas sei o quanto esse laboratório precisa de você! - A grega esboça um meio sorriso, pondo a bolsa sobre o ombro. - Você está exausta. Quer que eu te acompanhe até em casa? 

— Não precisa. Pareço pior do que realmente estou, acredite. - Stella espirra novamente, dessa vez o esforço faz sua cabeça doer. - É um ótimo dia para ter uma crise alérgica! - Ironiza. 

— Acho que não existe um dia muito bom pra isso. - Brinca Don, dando espaço para que a amiga saia da sala. - Tem certeza que não quer que eu vá com você? 

— Eu estou bem, é sério. Nada que uma boa manhã de sono não ajude. - Eles caminham lado a lado em direção ao elevador. Stella põe as mãos nos bolsos do sobretudo, sentindo um arrepio subir pela sua espinha. 

— Mac me contou sobre a briga de vocês. - Stella tenta se manter inexpressiva, parando em frente ao elevador. - Ele não entrou em detalhes, só disse que vocês se desentenderam e as coisas saíram um pouco do controle. 

— É, foi algo assim. - A grega pressiona o botão do elevador e devolve a mão ao bolso. Com a ausência de comentários, Stella o encara de relance, percebendo o olhar dura do amigo sobre si. - Por favor, não me olhe como se estivesse prestes a me dar uma lição de moral. Não posso lidar com isso agora. - Murmura, fechando os olhos brevemente.  

— Eu não vou te dar lição de moral. Sinceramente, não quero nem mesmo estar no meio disso. Mas vocês são meus amigos, Stella, e eu me preocupo. - Quando o elevador se abre e eles entram, ela nota a sombra de preocupação nos olhos do detetive. Os dois olham diretamente para as portas, em silêncio, até que... 

— Ele não me defendeu. - Afirma, decepcionada. - O vereador Hansen disse que eu coagi sua amada filha de 22 anos durante um interrogatório, e ameaçou prestar queixa. Isso caiu no ouvido de Sinclair e, bom, o resto você já sabe. - Suspira. - Sei que as vezes eu extrapolo, mas dessa vez eu realmente não fiz nada. - Ela se vira para olha-lo, querendo que ele veja em seus olhos a verdade. - Eu nem mesmo mostrei as fotos da vítima a ela, mesmo sendo uma tática comum nossa. Respeitei cada vírgula do regulamento. Mantive minha voz calma do início ao fim. Sério, Don. Já era o meu segundo turno e eu estava exausta. Não tinha forças para extrapolar. - A grega volta a olhar para frente, respirando fundo. 

— O que aconteceu depois? - Ele indaga. 

— Mac veio conversar comigo. Ele sequer perguntou o que havia acontecido, só jogou toda a culpa em cima de mim e disse que não aguentava mais receber reclamações minhas. - Don percebe a tristeza em sua voz. - Ele disse que eu preciso ser mais responsável. - Ela solta uma risadinha, amargurada. - Eu realmente pensei que ele me defenderia, como sempre. Mac sabe como esses políticos se sentem intocáveis. Ele sabe como funciona. 

Don respira profundamente e se volta para a frente, mexendo a cabeça em negação. Stella havia poupado alguns detalhes, é claro. Lembrar-se de todas as palavras dele não estava em seus planos. 

— Nós discutimos. Eu tentei me defender, mas ele não quis escutar. Era nítido que ele só queria descontar em mim todo o seu estresse, então eu revidei. Quando tentamos conversar mais tarde, as coisas meio que só pioraram. - Stella joga a cabeça para trás, encarando o teto por alguns momentos. - Eu disse coisas que não deveria, e ele também. 

— O que você disse? - O elevador se abre novamente. O estacionamento estava deserto, dado o horário. Eles caminham tranquilamente até o carro de Stella, que estava há poucos metros dali. 

— Eu disse que Sinclair pode fazer o que quiser com ele, simplesmente porque ele não se posiciona. - Don a olha, perplexo. - Eu sei, eu sei. Peguei pesado. Mas, Don, eu estava magoada. Não estava pensando direito. 

— O que mais você disse? - Pergunta, receoso. Eles param, já no carro, um de frente para o outro. O olhar duro de Don a faz recuar e desviar o seu próprio. 

— Que ser sua parceira era desgastante. Depois disso a coisa toda tomou um rumo diferente e envolvemos o lado pessoal. - Ela recosta na porta do motorista, olhando para frente. - Ele disse que não podia confiar em mim, nem mesmo como sua amiga. Que nossa relação fora desse laboratório é baseada numa mentira, porque sempre escondo as coisas dele. Daí eu falei que ele era o maior mentiroso da história, e joguei na cara dele o fato de ele não ter coragem de admitir o que sente por mim. - A última parte sai baixa. Stella não tinha certeza se ir a fundo nisso era uma boa ideia. Flack a olha surpreso, mas ao notar o desconforto da amiga com o rumo da conversa, se abstém. 

— Nossa. - Don diz, com os olhos arregalados, recostando ao lado dela. - Vocês realmente pegaram pesado dessa vez. 

— Saí daquela sala me sentindo a pior pessoa do mundo por tê-lo magoado. A maioria das coisas que eu falei nem são verdade. Eu não sabia o que dizer, então falei das coisas que eu sabia que o deixariam irritado. - Admite. - Eu me orgulho da forma como ele sempre se posiciona não só com Sinclair mas com qualquer outra pessoa que ache que tenha poder sobre ele. E sobre nossa parceria.. Ela é o que me da forças nesse trabalho. Queria que ele soubesse disso. 

— Então por que não conta a ele? - Questiona, como se fosse óbvio. Stella puxa o sobretudo, tentando espantar a onda de frio que começara a sentir. 

— Por que eu não sou a única errada da história. - Don revira os olhos. 

— Parece até que vocês combinaram. - Resmunga. - Olha, eu vou dizer a mesma coisa que disse a ele. Um de vocês precisa ceder pra que essa situação se resolva. São quase duas décadas de amizade. Você e o Mac não conseguem ficar nem mesmo um dia sem se falar. Ao fim do turno, sempre que você está de folga, ele diz pra mim com aquele olhar cansado que precisa falar com você, porque é você quem da forças pra ele.

Stella se vira para olha-lo, surpresa. 

— Quando é ele quem está de folga, sei que você sempre arruma um jeito de ir até o apartamento dele para ver como ele está, como se precisasse disso para continuar seu dia. - Diz Don, sentindo-se levemente irritado por ver os amigos naquela situação. - Droga, Stella. As vezes a teimosia de vocês me irrita. Eu disse que não ficaria no meio disso, e não vou ficar. Mas, se quer um conselho de alguém que já sofreu muito com o "tarde demais", deixe esse orgulho de lado e vá até ele. Em um trabalho como o nosso o tempo quase nunca está ao nosso favor. Ir atrás de um suspeito pode ser como assinar nossa sentença de morte, você sabe disso. 

Stella assente, desviando o olhar para o chão. Assim como Mac, há alguns longos minutos atrás, ela também tentava digerir as palavras do amigo. 

— Eu preciso voltar para a delegacia. Pense nisso, ok? Sei que tomará a decisão certa. 

Stella o vê se afastar, indo até o seu próprio carro. Quando Don está longe o suficiente, ela permite que aquela lágrima teimosa role pela sua bochecha. Como foi que eles deixaram as coisas chegarem àquele ponto? 

Como foi que ela deixou isso acontecer? 

•••

Quando Stella chegou em casa, tudo o que estava sentindo se intensificou, desde seu mal estar até aquele mix de sentimentos em seu coração por tudo que havia acontecido. 

Ao contrário do que ela pensava, dormir não foi uma tarefa difícil. Stella conseguiu descansar praticamente a manhã inteira. Quando ela finalmente acordou, por volta das 11h 30, o mal estar já havia passado. Seu corpo, no entanto, doía um pouco. Reflexo da sua corrida atrás de um suspeito na manhã de ontem. Imediatamente as palavras de Flack voltam a sua memória. 

"Ir atrás de um suspeito pode ser como assinar nossa sentença de morte, você sabe disso." 

Ela suspira e se levanta, sabia que continuar deitada só a faria remoer toda aquela situação. O cansaço ainda estava ali, é claro. Foram dois dias loucos e intensos. Ela saía de um caso e já entrava em outro, instantaneamente. Mas voltar a dormir realmente não parecia uma opção naquele momento. 

Stella caminha até o banheiro que há em seu quarto e encara o reflexo no espelho. Sua aparência está minimamente melhor do que há algumas horas atrás. Pelo visto, as poucas horas de sono a ajudaram. 

Ela veste um roupão após tomar um banho relaxante e prende os cachos em um coque despojado. A grega caminha descalça até a janela do quarto, observando o movimento do lado de fora. Sua mão corre até seu pescoço, esfregando-o na tentativa de espantar um pouco daquele desconforto. De repente, mais um espirro. 

— Eu odeio isso. - Resmunga, irritada. Stella caminha de volta até o banheiro e pega um lenço para assoar o nariz, que acaba ficando avermelhado no processo. De longe ela escuta o toque do seu celular. Stella vai até o quarto e o pega sobre a cama, atendendo-o logo em seguida. - Bonasera.

— Ei, é o Don. Só liguei pra saber como você está. - Stella vai até a janela, voltando a observar o movimento. 

— Eu estou bem. Melhor do que há algumas horas atrás, pelo menos. E como estão as coisas por aí? 

— Tranquilas, na medida do possível. Danny e Hawkes estão em um caso, perto do Brooklyn. Mac assumiu um sozinho, mais ao norte da cidade. Ele está uma pilha, não para nem pra tomar café, o que é estranho levando em conta que ele não vive sem isso. - Don suspira. - Sinclair ainda está no pé dele por conta daquele caso envolvendo Gerrard, sem contar que... - Stella o interrompe. 

— Donald Flack, está tentando me deixar preocupada? 

— Acha mesmo que eu faria isso? - Questiona, fingindo inocência. Stella revira os olhos e se vira, recostando na parede. 

— Eu entendo. Mac está sobrecarregado. O que você quer que eu faça? 

— Não é só isso, Stell. Aquele homem vive sobrecarregado. Apesar de eu achar que é um atentado contra a própria saúde, não é exatamente isso que está me preocupando. - Ela não responde de imediato, pensando por alguns segundos se deveria ou não perguntar. Por fim, a curiosidade - e preocupação - falam mais alto. 

— O que aconteceu? 

— Ele está descontando todas as frustrações dele nesse caso; seguindo pistas sozinho e agindo como se fosse intocável. Lindsay se ofereceu para ajudá-lo e adivinha? Ele a colocou no caso junto com Danny e Hawkes. - Conta Don. - Olha, eu sei que Mac é uma máquina as vezes, mas ele é sempre muito racional e meticuloso. Hoje, no entanto... 

Stella encosta a cabeça na janela, fechando os olhos. Mac sempre agia dessa forma quando algo o incomodava. Ele se afundava ainda mais no trabalho esperando esquecer todo o resto. Aquela atitude quase o matou algumas vezes, e esse pensamento causa um tremendo desconforto nela. 

— O que você quer que eu faça? - Ela refaz a pergunta, dessa vez sem aquele tom irônico em sua voz. 

— Sinceramente? Eu não sei se há muito o que fazer. - Diz. - Você sabe, quando ele está assim é difícil convencê-lo do contrário. É só que, apesar de tudo, eu sei o quanto você se preocupa e me sentiria mal se não contasse o que está havendo. Não precisa fazer nada, se não quiser. Só queria que você soubesse. 

— Obrigada, Don. Te ligo mais tarde, tá? - Ele concorda, e ambos desligam. Stella suspira pesadamente, batendo o celular levemente contra a palma de sua outra mão. Seus olhos continuam fechados, mais apertados do que realmente era necessário. 

Ela então abre os olhos novamente e encara o celular por alguns segundos, pensando se seguir a mais recente ideia que surgiu em sua mente era, de fato, sensato. Por fim, ela decidiu que isso não importava. Stella completa a ligação e leva o celular à orelha, respirando fundo enquanto espera. 

— Adam, Mac está por aí? Sabe onde ele está? Preciso que rastreie o celular dele e me envie a localização. É importante, então não demora. 

Continue... 


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