O vigésimo dia mudou tudo.

Tudo indicava que seria um dia comum. De manhã, o sol raiava fraco, como sempre acontecia. O frio permanecia impiedoso, mas suportável.

Começamos viagem na oitava hora do dia. Partimos sem hesitar, com aproximadamente metade do caminho feito. Agora, bastava-nos atravessar as montanhas Frelve e o mar Logre, congelado à essa época do ano.

Nada era fácil, mas estávamos mais acostumados que outrora. 

"Conversávamos" no caminho, com cuidado para não perder fôlego. Meu nerzoguiano era grosseiro, mas já me sentia bastante confortável com palavras simples.

Apesar de minha pronúncia, Kerp nunca tratava-me com detração; incentivava-me.