Através de Robert escrita por HEILA HANS SHEFTER


Capítulo 19
CAPÍTulo 19




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CAPÍTULO 19

Elizabeth, não sabia onde doía mais, parecia que tinha sido pisoteada por vários cavalos bravos. Sua cabeça começava a doer, e ela sabia que isso só acontecia, quando estava nervosa e ansiosa. Ela sentiu um arrepio, como se alguém estivesse lhe olhando...
Não imaginava ela, que ali atrás da igreja Charles Spurlok, tudo observava com maior alegria; Ele estava tão satisfeito em ver o pavor daquela mulher dentro da escola, quando percebeu as cobras. Ele tinha de admitir “ela era esperta, logo percebeu os animais e o qual bicho estava ali. “Mas o que Charles nunca esperou, é que essa mulher fosse corajosa de pular de uma janela daquela altura..., mas agora, ela estava ali deitada, toda machucada ou dolorida e seria uma presa fácil para ele...
E assim Charles, se levantou e começou a sair do seu esconderijo, quando ouviu um grito;
— Senhora Thorton! Senhora Thorton!
Charles viu um jovem correndo ao encontro de Elizabeth Thorton. O rapaz a olhou, conversou com ela e ouviu a sua explicação. Ela tinha sangue nos braços, no rosto e quando o jovem tentou ajudá-la a se levantar, ela não conseguia ficar de pé.
Ela o mandou buscar ajuda, e Charles viu o jovem correndo. Ele iria aproveitar o momento e acabar com ela, e isso seria a vingança perfeita contra Jack Thorton, quando usasse aquele corpinho dela, tinha certeza que Jack iria se revirar em seu tumulo. Aquela cidade iria se surpreender, quando encontrasse aquela mulher morta, ria Charles.
Mas novamente ouviu aquele jovem gritando e correndo de volta para a escola.
— Senhora Thorton! Senhora Thorton!
Ele chegou perto e disso:
— Eu não posso te deixar aqui sozinha. Eu fui, mas quando cheguei naquela subida, eu senti como se alguém me mandasse voltar e não te deixar sozinha. Eu posso estar louco, mas eu ouvi o mountie Jack falando, que um mountie não deixa uma pessoa em perigo.
— Mas Robert, eu não consigo andar...
— Venha; levante-se! E abaixando em sua frente, Robert mandou que ela subisse em suas costas.
Elizabeth não sabia se ele conseguiria carregá-la, mas não poderia desapontá-lo, pois ele estava agindo super protetor.
Elizabeth fez o que lhe foi pedido.
Sangue de suas mãos sujavam a camisa branca de Robert. Ela notou que o menino estava cansado, mas ele não aceitava suas palavras e continuava seu caminho devagar.
Elizabeth, sabia do sonho de Robert em ser um mountie como Jack e Nathan, e agora tinha certeza que ele seria um ótimo mountie. Aquele menino já tinha o senso de justiça e o respeito pela vida e pela saúde, embutido seu sangue...
De longe, Nathan, Bill e Lee viram Robert carregando alguém. Eles começaram a andar rápido e depois a correr, vendo sua dificuldade, Quando Nathan gritou:
— É Elizabeth!
Todos os três homens correram e ajudaram; retirando assim o fardo e o peso dos ombros de Robert. Eles olharam para Elizabeth toda machucada, ela estava pálida e na cabeça escorria um filete de sangue. Eles se juntaram e Nathan a pegou em seu colo e foram correndo para a enfermaria.
Antes de ser tratada, ela chamou Nathan e falou:
— Nathan, alguém me trancou dentro da escola, tem três cascavéis lá dentro, e elas estavam mais agitadas do que o normal, foi por isso que pulei da janela para fugir. Mas eu não pensei que fosse tão alto. Ela fez uma careta de dor, olhando para baixo, estava morrendo de vergonha de ter caído daquela forma.
— Amor, está tudo bem; eu e Bill, vamos cuidar das cobras, daqui a pouco. Se elas estão trancadas lá, não oferece perigo para mais ninguém.
— Desculpa Nathan. Mas eu não sou muito corajosa, ainda mais quando se fala em cobra. Jack viu isso e agora eu faço você passar a mesma vergonha...
Nathan segurou seu rosto com as duas mãos, beijou seu rosto e seus lábios e sorriu:
— Você é a mulher mais corajosa que já vi; ficou lá dentro presa com as cobras, segurou seu medo e ainda pulou uma janela tão alta. Eu estou muito orgulhoso de você, minha linda noiva.
— Ainda bem que Robert estava chegando na escola e viu tudo. Eu nunca imaginaria que ele fosse consegui me carregar.
— Ele está se tornando um bom homem, Elizabeth.
Carson entrou com Faith, eles iriam fazer todos os exames em Elizabeth, enquanto os homens iriam à escola. Elizabeth estava preocupada com Robert e pediu a Carson, para examiná-lo e ver se ele não se machucou ao carregar todo o seu peso.
— Robert! Eu preciso de sua ajuda.
— Sim, mountie Nathan... O que você precisar. Robert se sentia o máximo, pois um mountie lhe pedia ajuda.
— Preciso que você vigie e proteja a senhora Thorton, até que eu volte da escola. Nós vamos lá capturar aquelas cobras.
— Sim senhor... Eu estarei aqui.
Nathan notou as manchas de sangue nas roupas de Robert. Sangue da sua noiva, Iria procurar até encontrar quem havia feito aquilo com ela. Não aceitaria nem hoje e nem nunca que alguém a machucasse.
Bill, Nathan, e Lee foram para a escola; eles sabiam, pelos detalhes de Elizabeth, que elas faziam muito barulho de chocalho, e que cada vez ficava mais alto e se moviam rapidamente na escuridão da sala.
Lee falou com eles, que não podia imaginar uma só pessoa naquela cidade, com maldade ou com coração tão ruim, para fazer algo assim com Elizabeth.
— Eu não admito isso! Ela é uma pessoa tão gentil, tão meiga. Quem poderia pensar em machucá-la assim? Bill, estava muito nervoso. Ele parecia uma abelha furiosa, pronta para picar.
— Eu não sei Bill, mas vou descobrir, quem ousou assustá-la e machucá-la daquela forma. Não vou deixar ninguém fazer mal a minha Lizbeth.
Eles chegaram à igreja e viram a janela aberta. Ela havia pulado da janela mais alta. A porta estava trancada. Nathan subiu na lateral até alcançar a janela e com uma lanterna foi jogando luz em alguns lugares dentro da escola. Estava tudo em silêncio completo, mas quando a luz clareou um canto, próximo à mesa de Elizabeth, Nathan mesmo daquele local, percebeu o tamanho da cobra que logo começou a fazer barulho com seu chocalho, ela foi ficando cada vez mais agitada, aquela cobra não estava no normal; Normalmente elas só se agitavam assim, quando você mexia com elas, tipo quando se sentissem em perigo, ou alguém as mantiveram presas em cativeiro para que ao menor contato com luz ou barulho se agitasse para atacar.
— Bill, são cinco cobras. Ao menos que vi. Estou vendo uma embaixo da mesa, uma perto da janela, tem duas enroscadas próximo ao fogão, uma está em cima da lenha e a outra em baixo na abertura do fogão, e a última que vejo está na porta, você vai abrir a porta e ela vai dar o bote, vai estar cara a cara com ela.
Eles combinaram como agir. Nathan iria atirar em duas mais perto dele e Lee e Bill entrariam matando a da porta e as duas do fogão. Ninguém poderia errar, pois se uma delas fugisse iriam atacar um deles. Não poderia ter erro. E assim eles fizeram.
Nenhum deles gostava de matar animais, normalmente eles capturavam e soltavam os bichos em alguma área próximo, mas aquelas cobras eram perigosíssimas, além do que aquele agitamento delas, poderia colocar alguém em risco de vida.
Bill, avisou Nathan que iria dar uma investigada no local. Enquanto isso, Lee limpava a escola e recolhia os animais mortos. Lee mostrou a Nathan, as cobras... Todas elas tinham um arame com várias pequenas pontas como um prego, que fazia ferimentos em seu corpo sempre que elas se movimentavam ou tocavam seu chocalho. Alguém colocou aquilo nos animais, para que elas ficassem mais agitadas e atacassem Elizabeth.
Nathan olhou o lugar da queda de Elizabeth, havia marca de seu corpo e sangue. E ali as marcas dos sapatos de Robert...
— Nathan venha cá! Gritou Bill.
Bill, havia encontrado marcas de sapatos, tamanho 44,era de um homem alto e adultos e não era eles pois ninguém ali tinha esse tamanho de sapato, e pela forma da marca a pessoa tinha boa forma física o que fez a pegada mais profunda, elas estavam em vários lugares, também foram encontrados os sacos onde deveriam ter transportados as cobras e patas de cavalo saindo dali. E aquele não seria um lado que nenhum deles estariam seguindo de cavalo ao menos nos últimos dias.
— Nathan! Isso foi premeditado; Veja, alguém esteve aqui.
— Bill, eu não estou gostando disso. Não tenho um bom pressentimento.
Lee apareceu e combinaram de irem ver como Elizabeth estava passando, e mais tarde eles sentariam e analisariam tudo calmamente.
Carson examinou Robert, por insistência de Elizabeth. Ela ainda não percebeu que seu aluno não era mais uma criança e sim um jovem adulto, mas ela não teria paz até saber que o menino estava bem após carregá-la, e por isso Carson rindo aceitou seu pedido.
— Obrigada Robert. Eu não sei o que seria de mim sem você;
— Senhora Thorton. Você não tem que me agradecer. Eu fiz hoje com o maior prazer, o que qualquer um dessa cidade faria por você. Eu vou estar para te proteger sempre, que você precisar ou quando mountie Nathan não estiver por perto. Não vou deixar nada de mal te acontecer, eu prometo...
Bill, Nathan e Lee estavam na porta da enfermaria e com Faith, que já tinha seus olhos cheios de lagrimas. Carson sorria, e eles resolveram ficar ali e ouviram tudo, admirados com o amor dele por sua professora.
Foi quando todos ouviram a voz de Elizabeth:
— Venha cá Robert! Era uma voz que não deixava dúvida, ela com uma simples frase estava pedindo ou melhor ordenando.
E abrindo os braços, ela viu um Robert correndo e ali se aninhando e ouviu:
— Robert, eu estou bem! Mas agora, por uns minutos, vou te abraçar e você pode voltar a ser só o meu menino, meu pequeno e eterno aluno...
Robert deixou suas lágrimas rolarem;
— Eu tive tanto medo, quando vi você pulando a janela... E continuava a chorar.
— Shi… shi... Eu estou bem! Meu garoto...


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