CAPÍTULO 18

Mas todo sonho, pode virar um pesadelo: na sua terro dos sonhos, onde Elizabeth e Nathan, estavam, em seu mundinho próprio, quando seguiam de mãos dadas pelo caminho até suas casas geminadas, eles não notaram, quando olhos malignos estavam à espreita. Nathan até tinha sentido uma sensação estranha, mas não venda nada suspeito, resolveu aproveitar sua família.
Um sorriso maligno apareceu naquele rosto, seu olhar ficou bem apertadinho e ali só via maldade. Sua vingança seria perfeita e poderia acabar com Elizabeth Thorton e Jack Thorton e ainda machucar Nathan. Ele tinha muitos motivos para acabar com todos eles. Se aquela professora enxerida não tivesse se intrometido, seu irmão Júlio Spurlok estaria livre, e Jack nunca teria o capturado. Seu irmão era inteligente, mas ao mexer com a mulher de um mountie, ele procurou guerra com toda a corporação. E ali estava Nathan, o homem que quando soube da primeira fuga de Júlio Spurlok, foi o responsável por rastrear e capturar seu irmão, onde ele agitado em sua tentativa de fuga, atirando contra os mountie, acabou levando dois tiros e morreu imediatamente. Dois tiros dado por mountie Nathan Grant. O homem que jurou que iria proteger a viúva de Jack Thorton.
Charles Spurlok, vingaria seu irmão, ele aguardava a chegada de seu irmão por parte de pai, Wade Licky, pois ninguém iria perceber a ligação deles, pois seus nomes eram diferentes, e quando percebessem seria muito tarde.
E Charles, vendo aquele casal tão feliz, resolveu castigá-los, antes de suas mortes. Iria fazer com que eles sofressem e sentissem medo e dor, dia após dia e começando no dia seguinte. Ele iria fazer aquela mulher sofrer muito e Nathan um bobo apaixonado, iria sofrer mais ainda vendo o estado da sua mulher.
Na manhã seguinte, Nathan levou Elizabeth e Alien até a escola, ele notou o olhar de todos para eles, mas Alien foi logo contando a todos que iriamos se tornar uma família, e agora ela teria uma mãe.
Vários pais e alunos, vieram parabenizar o casal. Hoje seria um dia diferente, as aulas seriam somente até o horário do almoço, pois a cidade iria se reunir com o conselho para começarem a tomar as devidas providências para as chuvas. Eles temiam que quando as chuvas chegassem pouco antes do natal, pudessem fazer estragos como no ano anterior. Precisavam fazer planos com antecedência, pois isso evitaria perder vidas.
Atrás da escola, Charles Spurlok já havia deixado uma pequena surpresa escondida... Na hora certa ele iria usá-la. Hoje aquela professora iria receber sua primeira surpresa.
Elizabeth passou a parte da manhã, entre aula de matemática e álgebra, de todos os seus alunos, ela podia notar o grande interesse de Alien por aquelas matérias. Precisava conversar com Nathan, talvez fosse hora de estimular seus estudos. Elizabeth sabia que cada aluno que ali estava, tinha muito potencial. Eles se tornariam grandes adultos e ótimos profissionais.
Assim que a aula terminou, ela dispensou os alunos. Alien se despediu, pois ficaria com Opall e Emily, e a mãe de Opall iria ensiná-las a fazer bolo de chocolate.
Elizabeth estava varrendo a sala e colocando todos os bancos no lugar, precisava deixar tudo arrumado, pois pastor Frank usaria aquele local, para a celebração de amanhã cedo. Seria um dia especial, pois era a celebração de morte dos mineiros da mina. Elizabeth ainda não acreditava, o quanto o tempo corria. Parecia que aquela tragédia, havia acontecido ontem. Mas Elizabeth, agora analisando, percebia que já se passava oito anos daquele incidente, a maioria dos seus alunos eram filhos ou parentes daqueles mineiros, e Elizabeth conhecia a dor de todos. Ela fechou a janela e foi juntar a cesta, precisava ir embora ou se atrasaria para a reunião. Enquanto estava de costas para a porta, ao lado de sua mesa, ela ouviu uma risada sombria e a porta se fechando. Uma escuridão tomou aquele lugar e ela sabia que precisaria ascender novamente a chama da lanterna, pois com as janelas fechadas, a claridade era quase nula. Ela começou a andar, rumo a janela e quando deu o segundo passo, ouviu um barulho...
... Um arrepio passou em seu corpo, um frio em sua alma, seu sangue gelou...
Novamente o barulho...
Mas não era só um barulho, eram dois; não eram Três... O barulho vinha de três lugares diferentes daquela sala, ela viu algo se movendo no corredor, mas não era possível… aquilo era...
— Uma cascavel! Gritou Elizabeth.
Elizabeth começava a ficar louca, ela tinha pavor a cobras, e tinha certeza que ali dentro havia três e alguém fechou a porta com ela lá dentro. Lágrimas escorriam em seu rosto, ela percebeu que o barulho estava cada vez mais perto dela. Não sabia se alguém iria sentir sua falta na reunião. Não conseguia nem saber quantas horas seriam. Ela precisava tomar uma decisão urgente...
Enquanto isso, no salão do bar, estavam todos na reunião, vários assuntos já estavam decididos. Nathan, olhando para Rosemary, foi falando:
— Achei que Elizabeth, iria estar na reunião?
— Eu também Nathan. Mas deve ter acontecido algo para ela estar tão atrasada.
— Sim. Mas isso não condiz com a nossa Elizabeth. E hoje de manhã, quando a deixei na escola, me confirmou que estaria aqui. Tanto que as aulas iriam encerrar na hora do almoço, para que ela se preparasse para essa reunião, ela tinha algo importante a falar.
— Vamos manter a calma Nathan! Nada de mal vai acontecer.

Mas não sabiam eles que lá na escola, Elizabeth ouvia o chocalho das cobras, elas estavam cada vez mais agitadas, e assim Elizabeth começou a andar em cima dos bancos, e conseguiu abriu uma janela. Ela colocou seus pés no batente e sentando ali, olhou para o chão lá em baixo... era muito alto, ela sabia que o tombo seria grande, mas aqueles animais estavam muito agitados, e a qualquer momento poderiam atacá-la. E neste momento, Elizabeth ouviu o som do chocalho bem embaixo da janela ao qual ela estava sentada, e reunindo sua maior coragem, tomou sua decisão e pulou da janela...
Nathan estava impaciente, ele andava de um lado para o outro. Elizabeth...
Ele sentiu um arrepio, no corpo, que descia por toda sua espinha..." Precisava vê-la." Pensou Nathan.
— Bill, eu não posso mais esperar. Vou atrás de Elizabeth.
— Ela não chegou… disse Bill, olhando para todos os lados.
Lee encerrou a reunião, pois notou que Bill e Nathan, estavam preocupados com alguma coisa, foi quando Rose chegou e bem baixinho falou em seu ouvido:
— Elizabeth está sumida, ela não apareceu aqui na reunião.
Lee, olhou espantado para sua esposa. Todos sabiam que ele era muito amigo de Jack e de Elizabeth e após ela ficar viúva, Lee a assumiu como uma irmã, ao qual ele sempre cuidava.

Em sua casa, Robert notou que havia esquecido seu livro em baixo de sua mesa. Ele precisava chegar lá rapidamente e pegá-lo, pois tinha muita atividade para fazer e sem o livro não seria possível resolver as questões. Ele sabia que nos fundos, embaixo do vaso de flor, sua professora sempre deixava uma chave escondida, assim quem precisasse entrar na igreja para conversar com Deus, poderia fazê-lo sem muita dificuldade. Ele sabia que não haveria ninguém por lá nesse horário, pois todos os adultos estavam na reunião na cidade. Quando avistou a escola Robert, ficou arrepiado com o que viu, sua professora, senhora Thorton, estava pulando a janela, e logo ele a viu no chão caída e sem se mexer.
Ele mesmo de longe ouviu o barulho dela caindo ao chão...