Uma Segunda e Verdadeira Chance a Nós escrita por AndyWBlackstorn


Capítulo 2
Capítulo 2




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—Isso foi ótimo, meu querido, mas eu tenho uma ideia para deixar as coisas melhores - ela contou, ainda os mantendo por perto.

—Eu adoraria ouvir - ele sorriu de lado.

—Pra mostrar o quanto eu estou disposta ao nosso relacionamento, eu gostaria de me casar com você, Crowley - ela declarou com alegria, o que o deixou estupefato - eu sei que pode não ser nada convencional pra você, ou muito convencional, mas eu quero fazer isso, pra te mostrar que eu quero mesmo uma eternidade com você.

—Eu... é, bem, eu já estou acostumado com esse lugar e viver com você era tudo que eu queria, então por mim, pode até ser agora - ele resolveu tudo em segundos, não se esquivando mais de seu amor.

—Bom, eu até convidaria uns amigos, mas eu sei que você preferiria algo reservado - Aziraphale ponderou as ideias.

—É sim, mas podemos ter um baile a la Jane Austen e roupas a caráter - Crowley acrescentou.

—Me parece perfeito - ela o beijou por gratidão e ele se aproveitou do gesto mais uma vez.

—_________

 Estalando os dedos, Aziraphale provocou pequenos milagres. Transformou a livraria num salão de baile muito mais iluminado e enfeitado por flores por toda parte. Seus trajes comuns deram lugar à um lindo vestido de casamento da época da regência, com direito a luvas compridas, joias de pérolas e os cachos caindo perfeitamente de um coque frouxo. Crowley deu um assobio admirado.

—Você está de dar inveja à própria Lizzie Bennet - ele comentou.

—Sua vez - ela pediu, se mantendo em pose.

—Está certo, é uma ocasião especial, sem dúvida - ele estalou os dados e se igualou aos trajes dela, direto do período regencial, negros, exceto pela camisa e pelas meias.

—O que fazemos agora? Juramos amor eterno um pelo outro? - Crowley perguntou com expectativa.

—Creio que sim, depois vamos para isso aqui - ela fez surgir um documento com entusiasmo, ele o leu por cima rapidamente e percebeu que se tratava de uma certidão de casamento.

—Claro - ele assentiu, concordando com tudo.

—Meu querido Crowley - Aziraphale pegou as mãos dele - foi uma surpresa e tanto poder te conhecer, sem contar das aventuras que tivemos e tudo que vivemos juntos, eu posso ter sido tola, mas agora, aqui com você, não me arrependo de me tornar sua esposa, eu não poderia viver sem você e aprendi isso do jeito mais difícil, mas agora nunca mais.

—Uau, Zira, isso foi... uau... bem - ele se recompôs - você faz a minha vida ter sentido, Aziraphale, toda a sua empolgação e otimismo podem ser irritantes às vezes, mas é o que eu simplesmente adoro em você, você consegue ver o bem nas pessoas e em mim, eu nunca vou poder te retribuir por tanto, eu só posso te amar, apenas te amar...

Olhando profundamente nos olhos dela, Crowley não pôde se conter e beijou Aziraphale, acreditando selar o que chamavam de "pode beijar a noiva", os tornando oficialmente casados.

Ele tirou uma aliança do bolso depois de finalizar o beijo, o que a surpreendeu, e a fez criar uma para ele por outro milagre. Trocando suas alianças, eles então se voltaram para a certidão.

"Fica registrado aqui no dia de hoje, o enlace matrimonial de Anthony J. Crowley e Aziraphale Fell, tornando-a oficialmente Aziraphale Crowley, legalmente casados".

Uma única assinatura dos dois e estava tudo concluído. Por forças humanas e deles próprios, estavam unidos por casamento para sempre.

—O que acha de uma comemoração pequena e modesta no Ritz, esposa? - Crowley sugeriu a olhando por cima dos óculos.

—Me parece uma ideia maravilhosa, marido - ela concordou, se aproximando e beijando seu nariz.

No Ritz, eles compartilharam uma refeição e um brinde juntos, como sr. e sra. Crowley. Os rouxinóis cantavam ao fundo não muito longe dali.

—____________

 O casal se deu ao trabalho de arrumar sua cama juntos, deixando-a da melhor maneira possível, agora que a compartilharam. Tinham se desfeito dos trajes do passeio e agora usavam trajes noturnos. Crowley tinha optado por apenas uma bermuda enquanto Aziraphale ostentava um conjunto delicado de seda branca, incluindo um robe.

Ele deu um passo cauteloso na frente dela, enquanto o olhar de Aziraphale o seguia em cada movimento, um tanto apreensiva.

—Não se preocupe - ele assegurou - confie em mim.

—Eu confio - ela engoliu em seco, passando a encarar o peito dele com certa vergonha.

—Não era isso que esperava? - ele notou para onde estava o olhar dela.

—Não é isso, eu já vi seu peito exposto antes, não é novidade pra você que nunca tive um momento íntimo com ninguém antes - ela suspirou, nervosa.

—Se serve de algum consolo, anjo, eu também nunca fui íntimo de ninguém, por mais que minha reputação possa parecer o contrário - ele explicou para acalmá-la.

—Mesmo? - ela estreitou os olhos em surpresa.

—Claro, você sabe que eu sempre fui um lobo solitário - ele deu de ombros - minha única companhia foi e sempre será você.

—Eu pretendo nos manter assim - ela assentiu, decidida a confiar nele - eu amo você.

—Também amo você, Aziraphale - Crowley sorriu, de forma doce e genuína.

Tocou o rosto rechonchudo da esposa de forma delicada, vendo as bochechas dela tomarem um tom vermelho. Ele deslizou as mãos pelos ombros dela, sentindo o robe descer para baixo, mas Aziraphale se moveu de forma brusca e fechou a peça de roupa, cruzando os braços.

—Qual o problema, meu amor? - ele foi paciente com ela.

—Meu corpo... - ela murmurou, desviando o olhar, envergonhada - você sabe que eu posso me incorporar de outras formas, mas sinceramente... eu adoro essa forma, tenho medo que você se decepcione, eu não tenho o padrão ideal de beleza.

—Eu jamais pediria para você mudar sua forma - ele deixou claro - você não seria você, Aziraphale, sem suas belas curvas e eu amo elas justamente por fazerem quem você é, entendeu?

—Entendi - ela assentiu, emocionada.

Um pouco mais confiante, Aziraphale descruzou os braços, chegando a ajeitar a postura de forma mais disposta.

Crowley tocou os ombros dela novamente, empurrando o robe para baixo de forma delicada. A roupa caiu no chão, deixando os ombros, o ventre e as pernas de Aziraphale à mostra.

—Como eu disse, linda - ele reiterou sua opinião.

Suas mãos foram até a cintura dela, a empurrando devagar para trás. Sentir a cama tocando sua perna a assustou um pouco.

—Talvez um pouco mais devagar - ela pediu, engolindo em seco.

—Está bem, tudo que quiser - ele compreendeu, também começando a se sentir nervoso.

Ele estendeu uma mão, no que ela entendeu como um convite à uma dança. Aziraphale aceitou, sentindo Crowley segurar suas costas com um braço e segurar sua mão do outro lado. Ela se apoiou no ombro dele. Ele a enpurrou para um pouco mais perto dele, e ajeitou suas mãos nele, uma em seu pescoço e outra em seu peito. Ele a conduziu em pequenos passos de dança pra lá e pra cá, contornando o lado da cama.

Ele a inclinou devagar para mais baixo, a fazendo se deitar no colchão. Ele tocou seu rosto e beijou sua testa, tocou seus ombros outra vez, deslizando pelos braços, passando pela lateral do seu tronco. Seus polegares se encontraram bem em cima de seu umbigo grande e fundo. Aziraphale riu um pouco ao toque.

Crowley se abaixou e beijou com referência ali. Ela acabou o abraçando, procurando mantê-lo por perto. Ela então o beijou firmemente, enquanto ele se apoiou em suas pernas, segurando seus quadris largos.

Sentir um ao outro tão de perto só confirmava o quanto era certo estarem juntos, não por só por aquele momento, mas por toda eternidade.

 


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Notas finais do capítulo

Bom, eu estou de folga por dois dias, escrevendo outras histórias, mas a minha mão escorregou e aqui está. Na verdade, eu sempre tive vontade de escrever alguma coisa Aziracrow desde a primeira temporada da série, mas depois dessa segunda... bem, ela foi complicada pra mim, por mais de uma razão, mais do que pela razão que todos estão chateados. Aqui está um pouco de alegria e conforto da minha parte. Teremos mais alguns capítulos aqui, que serão atualizados durante o fim de semana. Até mais!



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