Saint Seiya: New Classic Universe! escrita por Drygo


Capítulo 1
Os Destinos Escritos nas Estrelas!


Notas iniciais do capítulo

Olá galera. Hoje trago uma grande novidade. O meu reboot de Saint Seiya, um novo Universo criado por mim do zero, com várias referências ao clássico e a outras obras de CDZ. Como citado na sinopse, June de Camaleão se torna a sexta protagonista da história. Espero que gostem. No capítulo inicial teremos o Prólogo + primeiro capítulo. Essa história será dividida por temporadas. Quem puder favorite a história e a acompanhem, me ajudarão a ter alcance aqui no Nyah ;)


Boa leitura!



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PRÓLOGO

 

Athena derrota Hades e o sela, porém tem seu querido cavaleiro de Pégaso ferido pela espada de Hades, ficando assim inconsciente. Em um pulso descontrolado, Athena recorre a Chronos, deus primordial do tempo, para voltar ao passado na Guerra Santa anterior, com a intenção de retirar a maldição da espada de seu amado cavaleiro. (Acontecimentos história clássica – Next Dimension). Ao ver tudo isso uma voz, em algum lugar, fala consigo mesmo.

— Minha filha não faça isso. Chronos vai brincar com você. Minha querida Athena você está agindo de forma precipitada...

— Zeus! — Uma voz interrompe o pensamento despertando quem estava pensando, que era simplesmente Zeus, deus do céu e líder do Olimpo.

— Mmmm... É você... Poseidon!

O deus dos mares se apresenta diante de Zeus, que está deitado em uma cama em seu Templo no Olimpo. Zeus está com uma aparência de veterano, com cabelos longos brancos e imensa barba branca. Poseidon possui aparência parecida com o já conhecido Julian Solo da história clássica, porém com aparência mais madura e com barba.

— Sim meu irmão. Chegou o momento de você despertar do seu sono de anos.

— O que? Sono de anos? Então quer dizer que tudo o que eu vi, todas as batalhas que ocorreram não passaram de um sonho meu?— Grita Zeus se levantando da cama. (As batalhas que ele cita seriam os acontecimentos do Clássico e início do Next Dimension).

Poseidon olha curioso para seu irmão..

— Batalhas? Não temos batalha desde o final do século XVIII meu irmão. Desde que Athena selou Hades.

Zeus olha para seu Templo se mostrando bastante perturbado.

— Poseidon em que ano estamos?

— Em 1990 meu irmão. – Responde Poseidon.

— 1990... Exatamente o ano em que estava pensando que minha filha Athena... – Zeus segue confuso.

— Acho que esse sono de anos não te fez bem, Zeus. – Interrompe Poseidon com um raso sorriso no canto dos lábios.

Zeus guia Poseidon até sua sala em seu Templo enorme no Olimpo. Ele senta no trono com Poseidon a sua frente. No caminho ele contou tudo o que sabera que ocorreu com Athena e seus cavaleiros. Zeus retoma sua aparência jovem, com longos cabelos loiros e agora sem barba.

— Zeus isso foi apenas um sonho. Todo esse tempo Athena esteve aqui no Monte Olimpo. E ela anda bastante preocupada. A Terra não anda nada bem e está chegando o momento dela reencarnar. Você sabe muito bem que a acho incompetente para ser representante da Terra. Os humanos estão cada vez mais gananciosos.

Zeus se levanta do trono e olha para a janela de seu Templo, avistando as nuvens do lado de fora.

— Poseidon o que tive não foi um simples sonho. Foi uma fenda temporal alternativa que Chronos abriu, me mostrando em contato com meu cosmo e entrando na minha mente o que poderia acontecer com o mundo se as guerras ocorressem nesse período em que dormi.

— Você dormiu 17 anos, Zeus. – Relembra Poseidon.

Zeus respira fundo ainda recuperando na totalidade os seus sentidos.

— Exatamente. Agora ficarei desperto e vigiando os próximos acontecimentos dos deuses e da humanidade. Mas não posso deixar o Templo do Céu. Poseidon, eu preciso que você em breve também reencarne na Terra, como sempre em um herdeiro da família Solo.

Poseidon olha contrariado para o irmão.

— Zeus não penso em regressar a Terra. Se isso acontecer, irei batalhar novamente com Athena.

Zeus sorri. Poseidon não entende.

— Do que está rindo?

— Poseidon tem algo que nunca o revelei. Quando você sofreu a última derrota para Athena, que ela te selou em sua ânfora, eu deveria te punir. Como você mesmo sabe você cometeu erros e que vitimou várias pessoas inocentes, e isso não me agradou em nada.

Poseidon abaixa a cabeça.

— Sei que perdi o controle. Mas todos esses homens já foram guiados novamente para suas vidas na Terra em novas encarnações. E agradeço por sua imensa bondade de após tudo isso me permitir permanecer no Olimpo.

— Não fui eu que tomei essa decisão. Foi um pedido de Athena!

Poseidon arregala os olhos tentando assimilar o que Zeus acabou de revelar.

— O que?

Zeus acena positivamente com a cabeça fitando o deus dos mares.

— Athena disse que não existia entre os deuses outro que comandasse tão bem os oceanos quanto você. Ela me convenceu e com isso te trouxe de volta ao Olimpo.

Poseidon fica travado em silêncio. Athena de fato teve grande bondade com relação a ele. Toda a raiva que ele tinha de Athena passou naquele instante. Zeus atrapalhou seus pensamentos.

— Não é demérito nenhum ser comandante dos oceanos. O planeta Terra possui muito mais água que terra, meu caro Poseidon!

— Me sinto envergonhado... – Poseidon fecha os olhos.

— Por isso preciso que você reencarne em breve. Logo darei mais esclarecimentos. — Zeus lança um sinal de raio em seu Templo, fazendo um alarme. Em segundos, Hermes, o mensageiro dos deuses, aparece em sua sala. Hermes se mostra um homem de cabelos castanhos, não muito alto e de trajes curtos, usando na cabeça um capacete com asas e sandálias nos pés, também com asas. Ele tem em uma das mãos uma vara com o desenho de uma serpente.

— Com licença Zeus. Escutei seu chamado e fico muito feliz em vê-lo novamente desperto.

— Bom revê-lo meu caro Hermes. Quero que chame Apolo, deus do Sol, em minha presença.

— Sim senhor! – Hermes se retira.

Poseidon olha curioso para Zeus, que está com seus olhos brilhando. Ele aguarda em silêncio a chegada de Apolo.

— Meu pai Zeus. Como é bom revê-lo desperto. Me sinto muito emocionado.  – Apolo é o mais alto dos deuses. Ele tem cabelos avermelhados médios e olhos azuis igual safiras.

— Meu filho Apolo, você cuidou muito bem do comando do Olimpo em minha ausência. Evitou qualquer guerra e discórdia entre os deuses. Me responda, conseguiu localizar Ares, o deus da guerra, meu filho e seu irmão?

Apolo olha para Poseidon e depois novamente olha para seu pai.

— Meu pai desde que Ares foi derrotado por Athena na última guerra há muitos séculos, ele fugiu para o Submundo e por lá permanece. Seu corpo verdadeiro sempre esteve guardado no Olimpo, já que ele foi para lá com o corpo encarnado de um humano, que sucumbiu. Porém ano passado quando Hades veio conversar comigo dizendo que estava chegando a hora de renascer na Terra e ter sua derradeira batalha contra Athena, o corpo de Ares desapareceu e desde aquele dia ele criou uma barreira no Submundo evitando contato com o Olimpo.

Zeus não se mostra surpreso.

— Eu já esperava. Hades e Ares estão unidos. Sei que é um momento que muitos deuses podem conspirar para conseguir o comando da Terra.

— Muitos acreditam em uma nova ordem dos deuses com a entrada do século XXI. Temos que tomar cuidado meu pai. Dionísio anda muito suspeito, por ser um deus com ligação humana ele também se vê no direito de exigir sua participação na Terra. – Alerta Apolo.

Zeus coloca a mão no peito e comenta com Apolo e Poseidon seus pensamentos.

— Dionísio é o símbolo de todos os pecados humanos como deus do vinho. Ele alcançou sua divindade e se tornou olimpiano com o pedido de Héstia a mim. Porém suas atitudes me fizeram tirar dele tal posto e devolver a Héstia e ele nunca se conformou. Tenho totais desconfianças quanto a ele.

— Concordo com vocês. Dionísio inclusive pediu para eu passar o comando dos mares para ele quando eu queria comandar a Terra. Ele está com muita sede de poder! – Avisa Poseidon.

Zeus fica alguns segundos pensativo. Ele se levanta do trono.

— Muito bem. Apolo regresse a seu Templo do Sol e cuide de tudo por lá. Peça para sua irmâ gêmea Ártemis ficar em alerta, o Templo da Lua possui o acesso a Terra, ao Santuário e o Templo de Athena. Temos que nos precaver.— Diz Zeus. – E você Poseidon, meu irmão, posso contar com você para regressar a Terra e ajudar Athena?

— Com certeza Zeus!

— Agora usarei meu cosmo para envolver todo o Olimpo. Nessa próxima década isso evitará ações dos deuses contra a Terra. Mas em breve darei os procedimentos. – Zeus se concentra enquanto Apolo e Poseidon se retiram.

Assim se passam quatro anos. Zeus está pensativo em sua sala quando sua esposa Hera se aproxima.

— Meu senhor Zeus, estou há muito tempo para te perguntar. Por que deixaste Apolo no comando do Olimpo quando você adormeceu? Por que não deixou a mim?

— Porque Apolo era mais capacitado Hera. Você é muito temperamental e não se dá bem com todos os deuses, principalmente com meus filhos que não são seus. Fora que passa a mão na cabeça de Ares. – Responde Zeus sem titubear.

— Ares está ausente há muito tempo Zeus. Não tem porque citá-lo nesse momento. Você o condena sem ele ter feito nada. – Reclama a esposa de Zeus.

Zeus que estava de pé à frente de seu trono se vira de costas para Hera e olha para a janela do fundo de seu templo.

— Hera depois conversamos sobre isso. Pedi para Hermes chamar aqui Deméter, Afrodite e nosso filho Hefesto, com quem você tem problemas. Não quero brigas no Olimpo, então é melhor você se ausentar.

— Tudo bem meu senhor. Mas ainda voltaremos a esse assunto. – Hera se retira.

Minutos depois estavam presentes no Templo de Zeus Deméter, deusa do cultivo e das estações, Afrodite, deusa do amor, e Hefesto, deus do fogo. Deméter era deusa muito bela, possuia cabelos longos castanhos claros e olhos verdes. Já Afrodite era uma deusa de estonteante beleza com cabelos longos loiros e olhos claros verdes. Ela possuia um corpo escultural e sendo a mais bela das deusas chamava a atenção por onde passava. Hefesto era um deus de aparência estranha, com uma cara carrancuda e grosseira,, olhos pretos e cabelos curtos castanhos escuros, com uma barba curta moldando seu rosto.

— Com licença meu pai! – Diz Hefesto tomando a frente.

— Deuses do Olimpo, muito bom vê-los. A Terra vai começar um período decisivo. Minha filha Athena em breve reencarnará, para isso já caiu em seu sono. Mas sinto que além de Hades outros deuses querem investir contra a Terra, para seu domínio e destruição. Acredito que Ares nesse momento possa vir a ser uma ameaça maior do que o próprio Hades. Apolo está de prontidão no Templo do Sol, que tem acesso direto ao meu Templo, e Ártemis no Templo da Lua, sendo que seu Templo tem acesso ao Santuário de Athena. Então eu gostaria de pedir a vocês que se liguem indiretamente nessa guerra.— Pede Zeus.

— Zeus antes disso eu gostaria de pedir ao senhor para me permitir tentar invadir o Submundo.  – Diz Deméter.

— O que? – Zeus é pego de surpreso.

Deméter se aproxima de Zeus, tomando a frente dos demais deuses em reverência. Ela relembra o ocorrido.

— Aquele maldito Hades roubou minha filha Perséfone e tornou sua esposa. Não posso permitir isso.

— Eu sei disso. Mas é exatamente por conta disso que quero os pedir para participarem indiretamente da próxima guerra. Você e Afrodite não têm nenhuma experiência em batalha, invadir o Submundo é suicídio. Meu filho Hefesto, você é um grande ferreiro que criou diversas armas dos deuses e precisarei de você.

— Estou as suas ordens meu pai! – Responde Hefesto. Deméter abaixa a cabeça.

— O poder divino de vocês será imensamente importante. Por isso peço que escolham humanos para serem seus representantes e os guiem em suas vidas. Homens ou mulheres que devem seguir Athena na Terra.

Os deuses concordam com o grandioso Zeus. Eles se retiram com suas missões. Zeus fica satisfeito, mas segue apreensivo.

Afrodite, querendo semear o amor na Terra vai imediatamente em forma de alma escolher seu representante na Terra. Ela vasculhou países e encontrou na Suécia um lindo bebê que acabara de nascer, que sua beleza chamava atenção. Ela sentiu vindo dele um cosmo interessante.

— Não tenho dúvidas, será esse meu representante.

A deusa Afrodite consegue mexer com a mente da mãe do garoto, que estava a escolher seu nome.

— Coloque o nome dele igual ao nome do meu filho. Ele se chamará Eros! E será um cavaleiro de Athena que espalhará o amor!— Sorri a mais bela das deusas. Ela deixa ao lado do berço do bebê uma medalha com pingente de coração. A mãe do garoto a vê e a acha linda, colocando com um cordão no pescoço de seu filho.

Hefesto e Deméter resolvem esperar um pouco mais para escolher seus representantes. Na Terra, os dois cavaleiros sobreviventes da guerra anterior já começam a sentir que o retorno de Athena está próximo. Eram Shion e Dohko.

PRIMEIRA TEMPORADA

 

CAPÍTULO 1: OS DESTINOS ESCRITOS NAS ESTRELAS!

 

TÓQUIO – JAPÃO – 2007

 

Se passam treze anos. Na capital japonesa, uma garota de cabelos castanhos médios e olhos cor de mel que tem 5 anos está com seu irmão no colo, que possui apenas 1 ano. Ela se mostra bastante ansiosa na entrada de um orfanato, esperando ser atendida. Uma senhora que ajuda a cuidar do orfanato vai conversar com o dono do orfanato. Um homem chamado Mitsumasa Kido, milionário dono da fundação GRAAD, fundação que cuidava do treinamento de novos atletas de modalidades olimpicas. Esse orfanato tinha sido adquirido por sua fundação, e se chamava “Os Filhos das Estrelas”. Mitsumasa se interessou pelo orfanato na intenção de conseguir novos atletas. Após conversar com o homem, a senhora se aproxima de Seika.

— Garota Seika, você foi aceita no orfanato.

A menina se sente aliviada.

— Muito obrigada. Pensei que ficaria na rua. Já faz dois meses que minha mãe partiu e ficamos eu e meu irmãozinho Seiya sozinhos. Agora teremos abrigo. Obrigado senhora.

— Só tem um problema. Só temos vagas para meninas. O alojamento dos meninos está lotado.

Seika se desespera.

— Não fale isso senhora, por favor. Eu não posso deixar meu irmão sozinho, ele é apenas um bebê.

— Acalme-se, não se preocupe. Ele ficará, mas não posso te dizer quanto tempo. Espero que abra logo uma vaga para o alojamento dos meninos, mas caso o contrário quando ele crescer um pouco mais deverá ir para outro lugar. Mas vamos pensar nisso mais para frente. Vocês dois ficarão no alojamento das meninas. – Responde a senhora.

— Tudo bem senhora, vamos Seiya. – Seika faz carinho em Seiya, que sorri.

 

BERLIM – ALEMANHA

 

Na Alemanha existe um castelo chamado Castelo Heinstein, que pertencia a uma família muito rica e conhecida, já que era dona do principal Banco da região. O castelo ficava em um lugar cercado por um belo lago e possuía uma boa quantidade de vegetação. A família continha um casal que tinha uma pequena filha de 5 anos. A esposa estava grávida. A casa tinha muitos empregados e eles viviam em um enorme luxo.

— Papai, papai, posso brincar lá fora com meu cachorrinho Adolf?  – Perguntou a menina de longos cabelos negros e olhos vermelhos.

— Pode minha filha Pandora, mas já sabe, fique só aqui na frente e nada de ficar lá fora quando escurecer. – Responde o pacato homem de cabelos brancos, assim como seu bigode.

A menina brinca na frente do castelo com seu cachorro. O cachorro sai correndo e ela corre atrás.

— Espere Adolf, espere!

O cachorro late para uma isolada cabana que tinha no fim do jardim da entrada do castelo.

— Meu pai disse para eu não ir lá. Ele já ouviu falar de algumas lendas. Mas por que Adolf está latindo tanto?

A menina sente uma sensação estranha. O cadeado na cabana se quebra. Ela curiosa resolve entrar no local com seu cachorro. O local é um pouco escuro, e em cima de uma mesa tinha uma pequena caixa.

— Que caixa é essa? Está escrito algo aqui, mas não é no nosso idioma...

Pandora abre a caixa. O que estava escrito na caixa era Athena em grego, ou seja, a caixa possuía um selo de Athena. Duas cosmoenergias saem de dentro dela. A pequena Pandora fica com medo.

— “Muito obrigado por nos soltar Pandora. Nossas almas estavam aprisionadas por mais de 200 anos.”— Diz uma das escuras almas.

— Mas quem são vocês? – Pergunta a menina trêmula de medo.

— “Eu sou Hypnos, deus do sono.”

— “E eu sou Thanatos, deus da morte.”

Pandora da um grito assustada. Hypnos e Thanatos são os deuses gêmeos do Submundo de Hades. Hypnos a tranquiliza.

— “Escute Pandora, em breve a alma de sua majestade Hades renascerá como seu irmão. Assim que sua mãe der a luz o Imperador das trevas estará de volta a Terra. Você precisa proteger a alma de Hades até o momento adequado.”— Diz a alma de Hypnos.

— Que momento? – A menina está tonta.

— “Os 108 espectros irão ressuscitar mais tarde. Nesse momento Hades irá iniciar sua última guerra Santa. Você irá comandá-los e até lá irá proteger sua majestade. Em troca disso você ganhará a vida eterna.”— Diz Thanatos.

Pandora se sente diferente. É como se ela fosse possuída e a partir daí viveu em transe. Cuidar de Hades agora seria sua missão. De uma forma e de outra, ele era seu “irmão.”

Três meses depois a mãe de Pandora deu a luz. Ela morre no parto. Inexplicavelmente, um a um que morava naquele castelo foram morrendo de causas não descobertas, sobrando apenas Pandora.  A vegetação do local também morreu assim como quem se aproximava. O lugar foi dito como amaldiçoado e foi demarcado pelo governo local. Na realidade Hades já tinha demarcado seu território.

Pandora se desespera e quando vai ao berço de seu irmão não vê nenhum bebê. Apenas um universo que se via na manta do bebê. Hypnos aparece para ela.

— “Não se assuste Pandora. A alma de Hades nasce separada do corpo. O corpo de Hades não pode nascer aqui onde é seu castelo. Nessa geração, o corpo receptáculo de Hades nasceu no Japão, na cidade de Hiroshima. O garoto é um órfão e deve estar à procura de um orfanato para viver. Te guiarei até lá Pandora. Faça isso, e você só terá boas recompensas. Quando Hades dominar o mundo ele o transformará em um paraíso, em que todos os seus habitantes ganhará vida eterna”.

Pandora em transe aceita imediatamente. Hypnos a guia e Thanatos observa.

— "É melhor ela acreditar nisso hahaha. Em alguns anos o grande eclipse iniciará. O senhor Hades transformará esse mundo em trevas e será o dono de toda a Terra. – Comenta Thanatos consigo mesmo, ao ver o irmão partindo com a menina."

 

HIROSHIMA – JAPÃO

 

Em uma casa bastante simples, um homem alto, magro e de bigode que tem por volta de 30 anos conversa com um menino pequeno. O menino de cabelos curtos azuis e olhos azuis escuros têm apenas 4 anos e segura em seu colo um menino de apenas 1 ano, de cabelos médios verdes, mesma cor de seus olhos. O homem após dar um chá ao menino se vira para ele.

— Não se preocupe jovem Ikki. Em Tóquio existem vários orfanatos e sem dúvidas você encontrará lá um para você e seu irmão se abrigarem. Infelizmente não posso abrigá-los aqui, não tenho condições como você pode ver em minha pequena casa. Mas amanhã te levarei até Tóquio e te ajudarei a encontrar um lugar.

— De qualquer forma agradeço senhor Toio. O senhor nos abrigou essa semana. Seis meses atrás, o seu inquilino que morava aqui, que era nosso vizinho nos abrigou logo que nossa mãe morreu e aqui ficamos até seu retorno, e agora ele voltou para sua cidade natal. O senhor nos permitiu ficar aqui e ainda vai nos levar até um orfanato. Agradeço muito. – Responde Ikki.

— Não precisa agradecer. Deixarei vocês dois na porta de um orfanato. Você é muito pequeno para sair sozinho com um menino ainda menor que você. Hoje já escureceu, amanhã estarei de folga do trabalho e os levarei. Antes que me esqueça, meu inquilino disse para eu te entregar isso quando fosse partir. – Diz o homem.

Toio entrega uma foto para Ikki. O garoto se assusta com o que vê. Um garoto extremamente igual a ele está na foto junto a sua mãe. Ele era um bebê na foto.

— Mas quem é esse? É idêntico a mim!

— Ikki você teve um irmão gêmeo. O nome dele era Isao, mas ele morreu quando tinha pouco mais de 1 ano. Sua mãe nunca quis te contar e você era um bebê e não se lembra, mas ela contou para meu inquilino, que era um grande amigo de infância dela. Ele a ajudou quando seu pai desapareceu sem saber que ela tinha engravidado de Shun. – Explica Toio.

Ikki fica surpreso e confuso, mas está muito agradecido a Toio. Ikki dorme com o irmãozinho Shun no chão, em um tapete. Porém mesmo bem pequeno Ikki tem sexto sentido apurado. Ele não consegue dormir e algo o incomoda. Ele vê Toio andando devagarzinho, saindo do seu quarto e indo para os fundos da casa com um celular na mão. Ikki percebe que Toio não o queria acordar, pensando que ele estava dormindo. Ikki se levanta, olha para seu irmão dormindo e vai devagarzinho atrás do homem. Ele escuta a ligação.

— Senhor Naoto tem que ser amanhã. Esses moleques insuportáveis já estão me enchendo o saco aqui. Cansei de bancar o bonzinho. Se aquele meu inquilino idiota não tivesse cuidado deles eu não teria esse aborrecimento. Até a maldita foto e a tal história que ele me contou já falei para o garoto mais velho. Mas pelo menos vou ganhar uma boa grana hahaha. Mas tem que ser amanhã. Eu fiquei de levá-los até Tóquio para encontrar um orfanato. Foi a desculpa que encontrei para levá-los até o senhor. Então entenda, tem que ser amanhã. O garoto mais velho já é bem fortinho, vai te ajudar muito, e você que já fez negócio comigo sabe que é uma boa garantia. Duas crianças muito saudáveis para serem seus escravos. Você não encontrará crianças tão boas no mercado negro de escravidão infantil. Podemos marcar amanhã as 8?

O sangue de Ikki ferve de raiva ao ouvir tudo aquilo.

— Cara maldito, desgraçado. Queria nos vender para o tráfico de crianças.

Ikki volta rapidamente para a sala e percebe a carteira de Toio na mesa. Ele encontra alguns trocados dentro dela.

— Será o suficiente para eu ir até a estação e pegar uma condução até Tóquio. Além de não nos vender terá prejuízo, seu babaca.

Ikki envolve Shun em uma manta e vai embora com pressa. Já passava da 1 da manhã e Ikki, pequeno, leva Shun menor ainda em seus braços. Toio chega à sala e vê que os irmãos não estão mais lá.

— Miseráveis! Onde eles foram?

Ikki anda o mais rápido que pode para não ser encontrado pelo homem. Ele percebe uma caminhonete parada em uma esquina e pula dentro do compartimento de carga. O motorista que tinha ido ao mercado chega à caminhonete, a liga e parte, deixando Toio totalmente sem pistas de onde os irmãos foram. A caminhonete para minutos depois e o motorista chega em casa. Ao perceber que o homem abriu o portão, Ikki salta com Shun e sai correndo, buscando o caminho da estação.

— Preciso encontrar onde é a estação. Tenho que perguntar a alguém, mas essa hora é tão complicado saber para quem perguntar... – Pensa Ikki assustado olhando para Shun.

Ikki corre e vê uma luz com energia sinistra. Ikki se assusta e corre. A luz vem em direção aos dois irmãos. Ikki tropeça e cai, mas protege Shun na queda.

— Shun eu vou te levar a um lugar seguro. Nunca irei te abandonar.

A luz para de ofuscar e se mostra diante de Ikki. Era uma menina. Era Pandora, que também tinha em seus braços algo enrolado em uma manta.

— Não adianta tentar fugir de mim, eu sou Pandora. Você deve me entregar esse menino!

— Quem é você? Por que quer levar o Shun? – Pergunta Ikki.

— Esse menino é meu irmãozinho! – Responde Pandora.

— Isso é impossível. Eu e Shun temos a mesma mãe e o mesmo pai. – Grita Ikki.

Pandora com os olhos vidrados parecendo estar em transe insiste.

— Você não tem como entender. Shun assumiu uma forma humana para renascer na Terra, esse é seu destino. Chegou a hora de eu tomar conta dele.

Pandora abre a manta e mostra o universo, aquele que nasceu de dentro de sua mãe, para Ikki. Ikki se assusta.

— O que é isso que você está carregando?

— Eu já disse. É a alma do Imperador das trevas, Hades.

Pandora explica para Ikki que Hades renasceu após pouco mais de 200 anos e que ele precisa possuir o corpo de um ser humano puro... O mais puro possível. E que o irmão de Ikki foi escolhido. Ikki não permite.

— Você não tem escolha. Esse bebê nasceu para cumprir o destino de um deus. Você deveria ficar feliz como seu irmão mais velho! – Diz Pandora.

— Um deus do mal! Se é do mal não importa se é um deus! – Retruca Ikki.

— Não vou mais discutir. Entregue a criança! — Pandora envolve uma energia nos braços de Ikki. Shun fica cada vez mais pesado.

— Argh... Parece que passou uma corrente elétrica no corpo do Shun.

— Você não irá aguentar muito tempo! Solte o bebê ou irá perder os braços. – Diz Pandora.

Ikki se nega e diz que mesmo que perca os braços não irá soltar Shun. Pandora lança a alma de Hades no corpo de Shun. O impacto é imenso. Ikki desmaia agarrado a Shun.

— Apesar de tudo ele não soltou o Shun. Reconheço sua enorme força. – Diz Pandora.

Pandora tenta pegar Shun, mas um cosmo não a permite tocar nele. Ikki segue abraçando Shun e desperta.

— Mesmo que eu morra não vou deixar possuírem o corpo de Shun!

Pandora se assusta com o poder de Ikki e percebe que se continuar pode ferir o corpo de Hades. Ela coloca um pingente com o desenho de uma estrela em Shun para ele não conseguir fugir dela.

— Ikki cuide de seu irmão até a alma de Hades o possuir. Onde quer que esteja ele será atraído pela alma do Imperador das trevas.

Pandora parte e deixa Ikki e Shun desmaiados. Logo um homem acode os irmãos.

— Garotos acordem, estão vivos?

— Mmm... O que aconteceu? Onde estou? – Pergunta Ikki.

O homem diz que os encontrou na rua desmaiados. Ikki só se lembra de ter fugido de Toio, entrar na caminhonete e depois sair correndo. Ele diz ao homem que precisa ir a Tóquio. Ikki percebe que o dia já amanheceu. O homem os leva até a estação e os acompanha até chegar Tóquio. Ele lhe entrega um cartão.

— Garoto aqui está o nome de um orfanato aqui da região, chamado Os Filhos das Estrelas. Ele pertence à Fundação GRAAD. Tenho certeza que os aceitarão lá. – Diz o homem para Ikki.

— Muito obrigado senhor.

Ikki agradece o homem e parte com Shun. Ele percebe o pingente no pescoço de Shun.

— Não me lembrava desse pingente... Deve ser uma lembrança deixada dos nossos pais! – Diz Ikki sem se lembrar de nada.


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Notas finais do capítulo

*O início do Prólogo faz uma alusão a história clássica, que seria uma fenda temporal aberta por Chronos para Zeus verificar em seu sono profundo.


Próximo capítulo de Saint Seiya: New Classic Universe:

"As Novas Crianças do Orfanato Japonês."



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