Era Uma Vez... Uma Ilusão escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 18
17. Você não é livre, o seu corpo não é seu, mas do Estado.




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10|02|1801 Palácio de St. James, Londres 

 

Na Capela Real de St. James, após os representantes dos seis padrinhos confirmarem o nome do recém-nascido, o bispo de Londres leva cuidadosamente o bebê a pia batismal e, pegando água com uma concha, fala:

— Adam Aloys Philip, eu te batizo em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém! — Sob o atento olhar de Richard e Cathrine, a água foi derramada sobre a criança, que imediatamente começou a chorar. — Recebemos este menino na congregação do rebanho de Cristo, em sinal...

Oh Deus, isso foi... fechando os olhos, Richard suspirou aliviado. O bebê deles estava inteiro. Mais calmo agora, o marquês olhou para a esposa, ainda atenta no falante bispo com a criança, e pegou a mão dela, apertando fortemente, embora só tenha sido retribuído após o recém-nascido parar de chorar.

Estava batizado, enfim batizado, após quase três anos de espera e um prematuro natimorto, enfim havia um herdeiro, um príncipe hereditário para Niedersieg e conde de Rivers para Bristol. Foi com muito alarde e dificuldade que Adam nasceu na madrugada anterior, mas ele nasceu, frágil, de fato, mas nasceu.

Acabando o "Pai Nosso", o bispo começou a oração seguinte, todos na capela estavam ajoelhados e em silêncio, e foi nesse momento que Richard sentiu Cathrine apertar a mão dele mais forte ainda. Ele sabia o que ela queria dizer e concordava, estava cumprido... o principal dever deles estava cumprido...

— Franz e Maria Theresia, o rei e a rainha, o príncipe regente da Dinamarca e Anne, mas que beleza isso! — Sussurrando apenas para eles escutarem, Robert comentou num divertido tom irônico. — Chega a dar inveja a forma como Adam é disputado. Conosco não foi assim.

— Éramos recém-nascidos, Robert, como saber? — Igualmente zombeteira, Mary respondeu em desafio, recebendo do irmão uma careta. A princesa riu e retornou ao bispo, suspirando tristemente logo em seguida. — É tão triste que Anne não esteja aqui para presenciar essa alegria.

— Anne tem a própria "alegria" para cuidar, bem como um marido na guerra. — Todos os três imediatamente encararam Cathrine com esse... insensível comentário. A marquesa, porém, logo percebeu o erro e tentou soar mais "quente": — São muitas as preocupações dela, desde funções como princesa hereditária até cuidar da pequena Charlotte.

Essa tentativa de explicação não foi o suficiente, Cathrine até mesmo olhou para Richard em busca de ajuda, mas... ele mordeu os lábios e voltou-se ao bispo, não havia como ajudar. Württemberg foi invadido pela França logo após o casamento de Anne, que foi então enviada a Viena, lá ela teve uma filha, enquanto Fritz foi lutar na guerra.

O bispo falou "amém", permitindo assim que todos voltassem a ficar de pé, agora ele falaria mais ainda, só que aos padrinhos. A atenção dos Bristol retornou ao pequeno Adam. Durante um momento, os olhos de Richard dividiam-se entre o filho e Cathrine, cujo olhar era dos mais aflitos. O aviso do médico não foi esquecido.

— De certa forma Robert tem razão, nosso filho já é bastante disputado, Cathrine. — Cansado do silêncio, mesmo sendo próprio para o momento, Richard voltou-se a esposa e comentou alegre. Ela sorriu de lado, fazendo ele acrescentar: — O que é uma pena, pois apenas nós poderemos usufruir dessa alegria.

A simples menção "dessa alegria" fez Cathrine parar de sorrir e retornar a aflição anterior. Oh Deus... o marquês tentou pegar a mão dela, mas a princesa afastou-se.

— Uma alegria muito amarga, por sinal. — Não passou de um simples sussurro, um muito infeliz. Richard mordeu os lábios, sem saber como reagir. Cathrine negou. — Pelo menos nosso Adam não fez escândalo.

— Não seja assim, Cathrine, por favor! Nosso filho...

— Não ser como, Richard? Realista? — Voltando-se para ele, Cathrine falou amargamente. Assim eles acabariam chamando atenção demais. Mas Richard não aguentou e, fechando os olhos, negou veemente, principalmente quando ela sussurrou: — Adam pode morrer!

— O médico não disse isso, você sabe muito bem. — Ainda negando veemente, embora não mais de olhos fechados, ele respondeu impaciente.

— Mas foi isso que deu a entender quando avisou que Adam poderia ter problemas. — O que também não era afirmar que o menino morreria! Richard e Cathrine se encaram fixamente, até que ambos desistiram e viraram o rosto. — Estou sendo cuidadosa, Richard. Você não pode me censurar por isso.

Novamente, não passou de um sussurro amargo. Ao lado deles, Robert e Mary fingiam não escutar nada, embora o fizessem e reprovassem isso. Os Bristol ficaram em silêncio, apenas escutando as palavras finais do bispo de Londres:

— ... nós, que somos batizados, devemos morrer do pecado e ressuscitar para a justiça, mortificando continuamente todas as nossas afeições más e corruptas, e procedendo diariamente em toda virtude e piedade de viver.

Dito isso, Beilby Porteus partiu então para oficialmente a última parte do batismo, onde ele diria novamente que os padrinhos, nenhum deles presentes realmente, deveriam acompanhar a criança durante a confirmação, anos mais tarde. Porém nesse momento Richard virou-se novamente a esposa.

— Estamos brigando por motivos tolos, Cathrine. — Não desejando criar tensões desnecessárias, Richard admitiu num suspiro. Cathrine assentiu lentamente, mesmo que em silêncio. Poderia ser apenas isso, mas... — Mas... não aja como se nosso filho pudesse morrer a qualquer instante.

Não seria de modo algum agradável, e muito menos calmante. O marquês pegou a mão da esposa, que então apertou fortemente, eles fizeram as pazes.

O bispo Porteus terminou o batismo e entregou a criança ao príncipe de Gales, o procurador do rei, que virou-se para trás, liderando uma pequena procissão por St. James, o destino deles era a sala de audiências do rei, onde Adam seria apresentado a George III e a rainha Charlotte.

*****

Acima de tudo, a apresentação do herdeiro de uma coroa, o quão insignificante ou gloriosa que fosse, aos donos de uma outra coroa, principalmente quando infinitamente gloriosa, era um assunto formal e de extrema importância diplomática, para não dizer política.

Tendo isso em vista, toda a corte real de St. James foi reunida na sala de audiências do rei para conhecer o novo príncipe hereditário de Niedersieg. O rei e a rainha estavam sentados em suas cadeiras elevadas, esperando o importante momento, o soberano até mesmo balançava as pernas... até que chegaram.

— Se não por nós, que seja por eles. — Ao lado dos duques de York, Clarence, Kent e Cumberland, o príncipe Augustus comentou irônico no momento que as portas foram abertas.

Os membros da corte, não incluindo os filhos e filhas do rei, imediatamente se curvaram com a entrada do príncipe de Gales com o príncipe hereditário, sendo seguidos pelos outros representantes dos padrinhos e a realeza niedersieger.

— O quão necessário é tudo isso? — Nada satisfeito, o duque de Kent perguntou e disfarçadamente negou. — É só o filho de um almofadinha, e sobrinho de um almofadinha dandy.

Os duques reais, menos York, claro, riram com as palavras de Kent. Enquanto isso, o príncipe de Gales cruzava vagarosamente a sala, aumentando ainda mais a ansiedade do rei, embora a rainha estivesse impassível... a não ser por um olhar de preocupação direcionado ao marido.

— Sinto... é bem forte, sabem? Um fedor de inveja por aqui... é você, Edward? — Sequer tentando disfarçar, o duque de Clarence perguntou ao irmão mais novo, que imediatamente arregalou os olhos, ofendido.

Novamente, mas nem York e nem Kent, eles riram, agora tão altamente que ganharam um olhar censurador da rainha. Porém o príncipe de Gales chegou aos monarcas e, junto da comitiva, fez uma mesura aos pais. O rei, sorrindo largamente, levantou da cadeira e pegou a criança.

— Mas que belo garoto, esse é o futuro que uma dinastia precisa. Não concorda, Georgie? — Foi uma provocação, mas o príncipe de Gales foi obrigado a assentir, por educação. O rei mostrou a criança à esposa. — Olhe, Charlotte, venham cá, minhas filhas, esse momento deve ser plenamente assistido.

— Nunca vi criança tão bela. Charlotte amará tê-lo como companhia. — A princesa Mary, aproximando-se junto de Augusta e Elizabeth, comentou contente.

Apesar da corte observando, esse momento não parecia em nada algo realmente formal, tanto que Richard e Cathrine, assim como Robert e Mary, ficaram apenas parados, sem ao menos saber como reagir. Os duques reais também se aproximaram para ver o pequeno Adam.

— A anjinha teria amado vê-lo. — Olhando o bebê pelo ombro do rei, Clarence comentou... sorrindo de lado. — Uma pena que está em doente em Lower Lodge, quem diria que rosbife faria tão mal.

— Amélia também teria gostado, William, mas está igualmente doente. — Ao lado do irmão seguinte, o duque de York respondeu, levemente incomodado pelo esquecimento da irmã caçula.

A atenção, porém, logo retornou ao rei, que levantou altamente o menino, causando um grande e assustado arfar na sala. Entre os Bristol, o marquês teve que agarrar fortemente o braço da marquesa a fim de garantir que ela não tentasse pegar a criança. O rei não derrubaria Adam... Deus quisesse que não.

— Eu brinquei com seu bisavô, garotinho, vi sua bisavó ser apresentada a corte do meu avô, segurei sua avó no colo, bem como seu pai e tios, agora está sendo você. — Bastante afetuoso, mais com as lembranças que com Adam, o rei falou. — Não é lindo, Charlotte? Consegue vê-los nele?

— Vejo uma criança bela e frágil, um perfeito Tudor-Habsburg. — A rainha cautelosamente tocou no braço do marido e o abaixou, ele estava muito agitado hoje, bem como vidrado no recém-nascido. — Não segure-o assim, George, lembre-se que esse é especialmente frágil.

— Sua prima é minha bisneta, sabia? Afinal, mesmo não sendo a mãe, foi minha filha que acabou de criar Friedrich. Ela recebeu o nome de Charlotte, em homenagem às minhas Charlotte. — O rei não deu ouvidos ao aviso, parecia falar até com um velho amigo. — Também sou tio-bisavô da sua prima. Estamos unidos, pois Deus quis assim.

— Creio que já chega disso, George... — Tentando pegar o bebê, a rainha ganhou um furioso olhar do rei, tanto que ela recuou, assim como a realeza e a corte. Charlotte, porém, não calou-se: — Adam tem suas necessidades, temos que devolvê-lo aos pais.

Foi o suficiente para lembrar o rei, trazê-lo à razão, melhor dizendo. George, franzindo o cenho, encarou a criança e... rapidamente a deu para Cathrine, cujo aperto em volta do filho tornou-se quase desesperador. O silêncio instaurou-se na sala de audiências, a corte observava em silêncio.

— Eu... perdão por isso. — Envergonhado, o rei virou o rosto, a cabeça dele não estava funcionando bem esses tempos. Porém... respirando fundo, George encarou Richard. — Parabéns, Bristol, você cumpriu o seu dever.

— Muito obrigado, Majestade. Adam já é nosso orgulho. — O príncipe de Niedersieg respondeu, ganhando um assentimento do rei, e então voltou-se aos príncipes e princesas. — Suas Altezas Reais.

Nenhum outro... incidente voltou a acontecer, mas as conversas entre a realeza britânica e niedersieger foi breve e rápida. O rei logo foi levado para descansar e os Bristol retornaram para Hampton Court, com Cathrine nunca soltando o frágil filho.

*****

Palácio de Hampton Court, Londres

Assim que chegaram em Hampton Court, cada um dos três — Robert havia permanecido em St. James para ir ao clube, apesar dele sequer ter idade para ser oficialmente membro — voltou às suas tarefas normais. Mary passou à sala de estudos; Cathrine subiu para os aposentos, com Adam, claro, e Richard... foi trabalhar.

A pior parte de ser um soberano, pelo menos para Richard, era justamente agir como um soberano. Nem 21 anos ele tinha completado e já tinha problemas demais para lidar. A coalizão estava praticamente perdida, o que não dizia muito a respeito dele; a Grã-Bretanha tornou-se Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda e agora os russos antagonizavam os britânicos.

— Certos males vêm para o bem, não? Sem casamento anglo-russo. — Pelo menos era isso que o imperador Pavel estava dando a entender desde a derrota anglo-russa na Holanda. Richard passou então para outra caixa de documentos e... suspirou. — Por que me enviar isso se existe uma regência em Niedersieg?

Nunca também era algo importante, vez ou outra surgia uma lei, petição de perdão e, mais raramente, problemas monetários e comerciais, não que fosse fácil governar um principado, mas não era realmente Richard que fazia isso. Talvez os maiores trunfos dele fossem a diplomacia e construções.

— Outra ponte no Siegeskanal? Daqui a pouco terão que mudar o nome de Niedersieg para Brückenstadt. — Já era a terceira desde 1798, isso sem contar as reformas anteriores, praticamente todas as ruas da cidade velha se ligavam ao Noblerstadtteil. Entretanto, Richard assinou. — O que Cathrine...?

Deixando os documentos de lado, o marquês levou uma mão ao queixo e encarou fixamente a porta. Seria bom ele ir vê-la? Cathrine estava tão preocupada com Adam, talvez não fosse bom deixá-la sozinha, ela precisava de apoio... não? Richard novamente fitou os papéis e... levantou da poltrona, Niedersieg poderia esperar.

Tudo estava muito calmo em Hampton Court, bastante silencioso, porém tudo mudou assim que o marquês se aproximou dos aposentos da marquesa:

— Minha marquesa, por favor, esse não é o costume britânico! — Richard imediatamente franziu o cenho, era a condessa Spencer... muito alarmada. O que...?

— Não dou a mínima importância ao costume britânico, Lady Spencer! É meu filho! — Ouvindo a furiosa voz da esposa, o marquês abriu a porta e... encontrou Cathrine de um lado, segurando fortemente Adam, e as damas de companhia do outro. — Oh, Richard, graças a Deus. Diga a elas que posso fazer o que bem desejar.

Mas... franzindo o cenho em confusão, ele olhou para todas no lugar, o que estava acontecendo!? As damas pareciam horrorizadas, enquanto uma alça do vestido de Cathrine estava caída. Richard encarou a esposa.

— O que seria esse bem desejar?

— Ela queria amamentar o bebê, como se fosse uma vaca leiteira! — Amamentar? Com a acusação de Lady Carlisle, Richard voltou a encarar Cathrine, muito confuso. — Minha marquesa, entendo seu desejo materno, mas saiba que passará com o tempo. Depois do terceiro, você vai querer até distância do bebê.

— Saia do meu quarto, Lady Carlisle! Já! — A condessa recuou ofendida com as altas palavras da marquesa, que então apontou para a porta. — Vocês também, saiam daqui! Saiam todas daqui!

As seis damas recuaram para trás, muito assustadas com essa reação explosiva da sempre calma marquesa, porém, após receberem um assentimento do marquês, rapidamente saíram dos aposentos da marquesa. Richard e Cathrine ficaram sozinhos, com Adam, claro, e o silêncio era profundo entre eles.

Tudo, porém, acabou quando Cathrine suspirou aliviada e caminhou até uma poltrona, tão calmamente que nem parecia que fez o que fez. Richard voltou-se à esposa.

— Tudo isso foi só porque você queria amamentar? — Ela assentiu, sequer percebendo a ironia disso. Richard suspirou e negou. — Cathrine, isso é...

— Poderia segurá-lo? — Oh... isso deixou o marquês sem jeito, mas ele pegou o filho. Era tão pequeno e frágil, porém... quente. Enquanto isso, Catherine tirou o vestido, sobrando apenas a chemise quando pegou novamente Adam. — Dizem que o leite materno é muito mais saudável que o das amas de leite.

— Quem disse isso? Só acredito se for um médico formado em Edimburgo. — Que diferença poderia haver? Era só leite! Cathrine, porém, não deu atenção, apenas sentou e começou a amamentar o filho. Richard suspirou e falou preocupado: — As damas da alta sociedade falarão de você, irão ridicularizá-la.

— Não dou a mínima importância ao que as damas da alta sociedade dirão! — Resoluta, quase autoritária, Cathrine respondeu e então encarou o filho. — O que me importa é que nosso Adam seja forte e saudável.

Era perceptível toda a preocupação de Cathrine, beirava ao desespero. Novamente suspirando, Richard sentou-se no braço da poltrona e, envolvendo um braço nos ombros da esposa, começou a assistir o filho.

— Adam crescerá feliz e saudável, não posso garantir, mas ele irá. — Era uma promessa, embora não garantida. Richard abraçou Cathrine e sorriu para o bebê. — Será o primeiro da ninhada, tenha certeza.

Agora Cathrine também sorriu, encostando em seguida a cabeça no ombro de Richard. O silêncio instaurou-se entre os dois, porém não um silêncio desagradável ou ruim, mas sim calmo e reconfortante... Adam viveria.

*****

Abril|1801 Palácio de Hampton Court, Londres

No centro do "Deserto" de Hampton Court, um labiríntico jardim cheio de sebes e densas árvores, enquanto os cavalheiros jogavam uma espécie de peso, a marquesa, as damas de companhia e Mary descansavam sob um alto teixo... ou pelo menos era isso que tentavam, que Cathrine tentava.

— Ouvi dizer que bebês mordem os seios, é verdade, Cathrine? Adam faz isso? — Como ele faria isso se nem dentes tinha? Cathrine, sequer olhando para a cunhada, negou. Isso irritou Mary. — Eu ficaria muito feliz se você olhasse para mim, Cathrine.

De fato, até mesmo o tom de Mary mostrava irritação. Mas... a marquesa não virou o rosto, ela permaneceu olhando para Adam, deitado num pequeno fáeton empurrado por Lady Pembroke e puxado por um dos filhos de Lady Spencer, Robert, poderia ser um pônei, de fato, mas Cathrine não deixaria o filho dela ser puxado por um pônei!

— O que você disse mesmo? — Sentindo que Mary novamente iria chamá-la, Cathrine voltou-se à cunhada, que franziu o cenho. — Sim, morder. Adam nunca fez isso, mas levando em consideração que só tenho permissão para amamentá-lo uma vez, não posso garantir nada.

— Eles mordem sim, minha princesa. — Tendo percebido a provocação nas palavras da marquesa, Lady Carlisle respondeu... a Mary. Cathrine negou. — A duquesa de Devonshire, mãe da esposa do meu filho George, também amamentou os filhos e, certa vez, reclamou das mordidas.

— Não creio que isso seja tão prejudicial...

— Deve ser uma satisfação muito grande sentir-se mãe, sentir que está criando uma vida. Apesar de que... não acho que terei essa coragem. — Mary interrompeu docemente a cunhada, certamente que buscamos um meio termo, porém... logo em seguida ela olhou para baixo e sussurrou: — Não quero eles murchos.

Não que eles fossem "inflados", claro, eram normais para uma garota com quase 16 anos. O silêncio retornou as damas no teixo, permitindo assim que Cathrine voltasse a atenção ao filho. Lady Pembroke foi babá de Richard, mas... isso não acalmou o suficiente a marquesa. Continuou assim, até que...

— Seus parentes dinamarqueses enviaram alguma notícia nos últimos dias, minha marquesa? — Lady Chartents perguntou curiosa, tentando ao máximo não parecer desagradável. Talvez ela estivesse tentando saber se alguém reclamou das ameaças britânicas, se fosse isso...

— Se enviaram, ainda não chegou a mim.

— Talvez eles tenham descoberto os planos da intervenção em Copenhagen de Sir Hyde Parker. — Lady Cavenbush comentou preocupada, ao mesmo tempo que começou a cortar bolo para a marquesa. — Sir Hyde Parker já pôde até ter começado.

— Não acho que os dinamarqueses tenham percebido nossa frota naquelas águas. — Mais zombeteira que indiferente, Lady Spencer acrescentou... fitando Cathrine e sorriu. — Chá, minha marquesa?

Um dia, e não demoraria muito, Cathrine dispensaria todas essas espiãs de Anne. Porém, enquanto esse dia não chegava, ela só pôde assistir em silêncio. Lady Spencer colocou chá numa xícara e entregou à marquesa.

— Espero apenas que a Dinamarca veja a razão e pare de tentar interferir numa guerra que nem dela é. — Por fim, Lady Carlisle acabou e, não surpreendentemente, foi bastante fria.

Todo esse assunto... a intervenção em Copenhagen... estava irritando tremendamente Cathrine. Essas mulheres estavam falando da casa dela, dos parentes dela... do povo dela! A expressão da marquesa era calma, de fato, mas a xícara na mão dela estava prestes a rachar e o bolo virando pó.

Não aguentando mais, ela levou e afastou-se das damas, bem como do teixo. Cathrine era obrigada a fazer várias coisas nessa vida, mas não dizia em lugar algum que ela precisava escutar as damas de companhia. O melhor seria fazer um passeio pelo Deserto. A última coisa que ela escutou foi Mary falando:

— Creio que não seja bom comentarmos sobre algo que está acontecendo a milhas daqui, miladys.

Afastando-se o suficiente das damas, a marquesa parou e pensou no próximo destino. A primeira ação dela foi olhar na direção de Adam, mas... logo a atenção de Cathrine voltou-se a Richard e Robert, ambos estavam jogando pesos entre as sebes, porém... não estavam simplesmente conversando.

— Mas isso seria roubar Niedersieg! — A julgar pela exclamação, praticamente grito, de Robert, eles estavam discutindo sobre dinheiro.

— Roubar!? É apenas mármore, Robert, um que é muito mais barato que o grego, por sinal, embora igualmente bom. — Ao responder ofendido, Richard preparou-se e jogou um peso longe. Feito isso, ele encarou o irmão mais novo. — Goldenhall precisa desse mármore, e eu sou o príncipe.

— Você não teria esse problema se não gostasse tanto assim de gastar. — Nada disposto a recuar, Robert respondeu desafiador e... também jogou um peso, embora muito rapidamente. — Não vamos ter dinheiro para sempre... merda!

A julgar pela reação do jovem duque de Kendal, o peso dele não atingiu o lugar desejado. Isso foi o bastante para fazer Cathrine se aproximar deles. Nesse momento, Richard virou-se ao irmão e, sorrindo arrogantemente, se impôs em altura.

— Vamos sim, enquanto formos da aristocracia poderemos gastar o quanto desejarmos! — Havia uma tremenda certeza nas palavras dele. Robert, porém, também impôs-se, aumentando assim o sorriso do irmão. — E não fale como se gastasse pouco. E suas diversões? Seus jogos?... suas mulheres? Irmãozinho, você não tem nem 18 anos.

Essas palavras definitivamente afetaram Robert, o modo raivoso como ele fechou os punhos e encarou o irmão... isso não iria acabar muito bem. Negando consigo mesma, Cathrine decidiu então interferir e foi em direção aos irmãos.

— Os cavalheiros estão brincando? Qual o jogo? — Richard e Robert imediatamente se viraram na direção dela, surpresos e... envergonhados. Cathrine sorriu e olhou para os pesos. — Parece... divertido.

— Não estamos brincando, Cathrine, mas sim competindo. — Mesmo? Ela acabou rindo, principalmente pela forma como Robert falou. Isso deixou ele mais irritado ainda. — Por que desse sorrisinho? Isso é sério! Eu sou o melhor!

— Realmente, Cathrine, é muito sério. Se o gigante disse, não podemos negar. — Também irritando o jovem príncipe, o marquês disse desdenhoso.

— Você não é assim tão superior, Richard. Lembre-se que já tem 21 anos, enquanto eu ainda farei 18. — E isso significava quê? Cathrine encarou curioso o cunhado, cuja expressão mostrava que a resposta era óbvia. — Eu serei o mais alto.

Oh, então era isso? Mas... olhando os irmãos lado a lado, Cathrine inclinou a cabeça, eles tinham praticamente a mesma altura. Claro que Richard era mais alto, Robert chegava apenas no ombro dele, mas... todos eles eram mais altos que ela, até mesmo Mary tinha alguns centímetros a mais.

— Que seja, gigante. — Revirando os olhos, o marquês mostrou que não dava a mínima importância às palavras do irmão, ele sorriu para Cathrine. — Você perguntou sobre o jogo, não? Nós achamos divertido. O peso nunca deve ficar atrás do anterior, ou perdemos prontos. Eu ganhei as últimas quatro partidas.

— Parece... interessante. — Foi apenas isso que ela conseguiu dizer, certificando-se mentalmente de nunca participar. Porém... Cathrine franziu o cenho. — Você ganhou?

— Só as quatro últimas partidas. Ano passado eu fui o "champion maximus". — O orgulho de Robert ao falar isso foi tanto que... Cathrine negou e, dando as costas, negou divertida.

Era apenas mais um dos joguinhos idiotas deles. Certa vez Mary disse que eles competiam até para ver quem ficava mais tempo na água gelada, ela afirmou que "meninos gostam de tentar se mostrar, é como nós e nossos diamantes". Cathrine riu e foi em direção a Adam.

Porém, antes dela afastar-se muito, Lord Maurs retornou correndo e gritando de uma alameda de sebes, ele parecia estar querendo dizer algo. Cathrine inicialmente não entendeu, mas assim que um grande sorriso surgiu nos lábios de Richard, seguido por um revirar de olhos de Robert, ela entendeu.

— Ha! Eu venci, Robert, pela quinta vez consecutiva! Quinta! — Rindo alto e pulando de alegria, Richard praticamente gritou no rosto do irmão mais novo e então correu para junto de Cathrine, que ele abraçou e beijou. — Eu venci, Cathrine! Venci!

— Eu percebi, Richard, e todos os outros também. — Mesmo com a vergonha de Cathrine, ele novamente a beijou.

— Quanta animação, parece até assassinaram os líderes do Diretório. — Porém Mary logo tratou de acabar com essa... situação desconcertante, mas ao lado dela vinham também o visconde Irvington e... o barão Linzmain. — Lord Irvington disse que Linzmain trouxe notícias urgentes.

Ambos os homens tinham nos rostos expressões... Richard e Cathrine, bem como Robert, imediatamente franziram o cenho, sombrias. O marquês e a marquesa se aproximaram do enviado niedersieger.

— Foi o barão von Frieden que enviou notícias? — Linzmain negou ao marquês, que encarou Cathrine e novamente o diplomata. A marquesa apertou as mãos, seria...? — Mas então... foi a Dinamarca!? Ela se rendeu pacificamente?

— A expedição em Copenhagen foi um sucesso. — Os olhos de Cathrine arregalaram com essas frias palavras de Linzmain. Isso significava quê... — A frota dano-norueguesa foi vencida e rendeu-se, um bloqueio foi iniciado. Lord Nelson e o príncipe regente assinaram um armistício no dia seguinte. A cidade saiu praticamente ilesa.

Oh Deus! A marquesa levou ambas as mãos ao pescoço, tentando ao máximo não mostrar-se afetada. Ela ouviu tudo calada, tendo o orgulho de um dinamarquesa. Todos os olhares estavam nela, seja preocupados ou curiosos, porém Cathrine manteve-se calma.

— Que Deus ajude para que apenas a paz prevaleça. — Foram as únicas palavras dela. Cathrine fez então uma mesura a Richard e afastou-se. — Com licença, tenho um assunto urgente a tratar.

Cartas e mais cartas deveriam ser escritas. Ela precisava saber que Copenhagen e a família dela estava segura. A pressa com que Cathrine deixou o centro do Deserto foi tamanha, que até mesmo Adam elas esqueceu. Ficando para trás, os três irmãos Bristol se entreolharam, muito preocupados... mas nada fizeram.

*****

Julho|1801 Vila de Preston, Weymouth

Não era uma casa muito grande, apesar dos dois pisos, nem muito luxuosa ou ricamente decorada, deveria ser alugada apenas ocasionalmente por turistas, mas era longe o suficiente da vila, e isso já tornava o lugar perfeito. Porém, justamente por ser pequena, o choro e lamento ecoava por toda a casa.

Até mesmo na pequena sala era possível escutar os desolados gemidos, o que acabava por atrapalhar a conversa entre o médico, não muito velho, e... uma misteriosa senhora de turbante, estrategicamente virada de costas ao doutor. O choro parou um momento.

— Minha filha ficará bem, doutor? — Olhando de soslaio para o médico, a misteriosa senhora perguntou baixo... como sempre fazia.

— Certamente que sim, madame, não há motivo algum para preocupação. — O médico respondeu semicerrando os olhos, achando-a vagamente familiar, mas então a mulher virou-se novamente. — Basta ela seguir cuidadosamente minha receita. Afinal, todos os anos mulheres...

— Fico mais aliviada, doutor. — E toda vez que o assunto era tocado, ela ficava perturbada e desviava. Ao médico coube apenas assentir. — Seus serviços foram muito úteis, obrigada.

Tão rápido quanto foi chamado, o médico foi dispensado. Ele estava na casa desde a madrugada, agora já era quase noite de novo, não foi uma experiência normal. Porém o doutor assentiu e começou a sair, cada passo ecoando no piso de madeira, porém...

— Uma pergunta, Sra... Mirow: e o marido da jovem? — O doutor novamente voltou-se a mulher, que dessa vez o encarou... ele não reconhecia, mas falava… com a própria rainha Charlotte, que franziu o cenho. — Nesses momentos, é natural, próprio até, que o marido...

— Morto em batalha, não faz muito tempo. — Aproximando-se lentamente do homem, a rainha respondeu de forma curta. — Por isso mesmo fiquei tão preocupada com a... saúde da minha filha.

— Morto em batalha, mas que pena. — O médico repetiu pensativo, fazendo Charlotte semicerrar os olhos. Principalmente quando ele perguntou: — Qual batalha? Se não for...

— Não acha que está fazendo perguntas demais, Dr. Owen? — Antes disso tudo fugir do controle, a rainha cortou friamente o homem, que recuou. Charlotte não se aproximou mais, pois tinha medo de ser reconhecida. — O senhor não foi pago para fazer perguntas, mas sim para tratar da... situação da minha filha, esqueceu?

O Dr. Owen simplesmente assentiu e, fazendo uma mesura, saiu da presença da "Sra. Mirow". Respirando fundo, a rainha então arruma a roupa e sai da sala, subindo imediatamente a escada. Nesse percurso o choro recomeça, fazendo Charlotte franzir o cenho em irritação. Até que... ela entra no "quarto do choro".

— Chega disso! A única que deveria estar chorando aqui sou eu! Sabe como foi difícil encontrar essa casa? Encontrar um médico que nunca esteve em Londres!? — Por um momento o choro parou, mas logo recomeçou, mais forte. A rainha perdeu a paciência. — Eu mandei calar a boca, Sophia!

Deitada na cama, na mais profunda tristeza e doença, a princesa Sophia calou-se, embora imediatamente depois tenha começado a soluçar. Toda essa situação... era por causa dela, pelo pecado dela.

— Oh mamãe, perdão por isso! Por tudo isso! — A princesa tentou não chorar, mas as lembranças do que aconteceu retornaram e ela voltou às lágrimas. — Meu coração está tão desolado pelo...!

— Perdões e lamentações não mudarão a situação em que estamos, Sophia! — Muito dura, beirando a frieza, a rainha respondeu ao aproximar-se da cama. — Sua inconsequência e tolice causou isso, então suporte com honra os resultados do seu caso com…!

— Eu amava ele, mamãe! Ele disse que me amava! — Mas tudo não passava de uma paixão, fogo de palha. Apesar do grito de Sophia, a rainha negou. A princesa voltou a chorar, lamentando. — Agora estou arruinada, o que dirão quando descobrirem que eu...!?

— Não! Não ouse falar nisso, sequer pense.

— Mas... eu queria poder ve... — A princesa estendeu suplicante os braços a mãe, que negou.

— Já disse para não falar nisso! Quanto menos ver ou pensar, melhor será. Demos um destino ao... fruto do seu pecado. — Mesmo rispidamente, essa última parte foi uma espécie de consolo. A rainha sentou ao lado da filha na cama e suavizou o rosto. — Foi melhor assim, Sophia, um dia você concordará.

A princesa imediatamente abraça a mãe e volta a chorar amargamente, a única ação da rainha é acariciar a cabeça da filha. Minutos passam depois disso, talvez até horas, é difícil de saber, mas Sophia para de chorar e, ainda fungando, encara fixamente Charlotte, agora impassível.

— O que será de mim?

— Tudo aconteceu como deveria acontecer, então você será enviada a Weymouth, onde oficialmente está. — Ficaria com Amélia e... Charlotte suspirou, essa era outra problemática com homens. — Nunca pensei que diria isso, mas a insanidade do seu pai em fevereiro foi uma benção. Ele pensa que um rosbife deixou você doente.

Negando, a rainha suspirou ao lembrar daquele mês terrível. Sophia, porém, assentiu resignada com as palavras da mãe, embora logo em seguida uma outra dúvida tenha surgido.

— O que diremos ao rei? — Charlotte imediatamente negou a filha, George jamais deveria saber disso, ele ficaria louco, definitivamente. Então Sophia repetiu, mais clara:

— E caso ele descubra?

— Você dirá que foi violentada. — Sem receio algum, a rainha respondeu. Sophia imediatamente arregalou os olhos e, negando, afastou-se.

— Mas... foi da minha vontade...! — Antes dela acabar, Charlotte levantou furiosamente da cama.

— Que importância tem o seu consentimento, Sophia!? Você é uma princesa britânica, lembre-se disso! — A rainha gritou, fazendo a princesa recuar na cama, lágrimas surgiram. — Se o rei não consentiu, se eu não consenti, se o parlamento não consentiu, você foi violentada! Você não é livre, o seu corpo não é seu, mas do Estado!

Dito isso, Charlotte simplesmente deu as costas e saiu do quarto. Ela tinha coisas a resolver, esse... problema indesejado ainda não havia sido resolvido. Sozinha no quarto, chorando livremente, Sophia conseguia apenas amaldiçoar a própria inconsequência e, principalmente, condenar o maldito dia que conheceu… Thomas Garth!


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Notas finais do capítulo

* Confesso que não sabia muito bem o que estava fazendo na hora do batismo, isso antes da edição. A primeira versão desse capítulo é levemente diferente, as falas são as mesmas, mas acontecem durante a procissão. Todas as falas do bispo de Londres são as mesmas que um ministro anglicano, seja reverendo, bispo ou arcebispo, diz ao batizar uma criança. É algo moderno, creio que sim, mas eu realmente não pesquisei sobre cono eram os batismos na Inglaterra da Era Georgiana. Em relação aos padrinhos, aparentemente não existe um número base. Então eu coloquei seis.

* E quanto a Adam? O que acharam dele? Originalmente ele não teria os nomes Aloys e Philip, mas eu coloquei assim, fica mais harmonioso. Para falar a verdade, esses nomes não eram muito comuns na realeza alemã, mas eu gostei e fiz assim. Outra coisa, ele nasceu em 9 de fevereiro de 1801... curiosamente — eu nem mesmo havia percebido, pois adiantei o nascimento dele em dez dias — foi nesse mesmo dia que a Áustria assinou com a França o Tratado de Lunéville, saindo assim da guerra.

* o rei George III realmente teve um surto de loucura em fevereiro de 1801, durou apenas um mês, mas não encontrei em lugar nenhum quando começou ou acabou. Então fiz Adam nascer e ser batizado no início do mês, embora tenha mostrado o início desse surto no rei. Não sei se vocês perceberam, mas George III geralmente sempre tem as maiores falas em quantidade de palavras. Foi um artifício sutil que eu encontrei, pois os relatos dizem que ele falava por horas e horas.

* Outro fato: vocês perceberam que, pela primeira vez, quase todos os duques reais estavam no mesmo lugar, essa foi a primeira aparição do príncipe Edward. Isso é raro. Adolphus estava na Alemanha durante esse período, é uma pena.

* Falei também da Batalha de Copenhagen, não? Não foi uma grande batalha, mas acabou sendo algo muito ruim para o relacionamento entre a Grã-Bretanha e a Dinamarca, eles estavam neutros na guerra e, com a ajuda da Rússia, criaram uma liga pela neutralidade do Báltico. O que aconteceu depois da batalha em Copenhagen? O imperador Pavel da Rússia foi assassinado e a liga desfeita.

* Falemos agora do final. O que foi que aconteceu em Preston? Agora terrivelmente desagradável, direi apenas isso. Quanto ao médico não reconhecer a rainha Charlotte, devemos levar em consideração que não existe TV, nem Internet e muito menos fotografia, a maioria das pessoas não sabia como era o rei e a rainha. No máximo havia pinturas, algumas não tão fiéis, impressões e charges, então a maioria das pessoas, principalmente no interior, não sabia como era o rei e a rainha. O relacionamento de Sophia e Thomas Garth realmente aconteceu na vida real, os resultados não sabemos. Aqui, farei um certo mistério, mas um dia revelarei.

* "Era Uma Vez... Uma Ilusão" também está no Pinterest: https://pin.it/6oEr8i3



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