O Trato - SasuHina escrita por HelenaSantos1510, Alexia_B_


Capítulo 6
Capítulo 06: Como uma Fênix


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!

Genteee, 1.263 acessos! É muito sucesso! ♥

Muito obrigada por dar uma oportunidade para essa essa história. Podem ter a certeza que sempre trarei o meu melhor para vocês.

Peço que não desistam dessa história.

Mesmo que demore, as atualizações irão chegar.

Obrigada por tudo! ♥



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Hinata encarava as nuvens pela pequena janela do avião. Logo estarei em casa. Dessa vez, sentia-se pronta para voltar. Com o espírito e mente mais claros, estava preparada para encarar os desafios. Pegou novamente o livro que deixou em seu colo, voltando a ler. Assim poderia se distrair até o momento do pouso do grande pássaro de metal. Depois de certo tempo, pôde ver as aeromoças agindo de forma sincronizada, passando entre as cadeiras dos viajantes e ditando as instruções e avisos padrões, os preparando para o pouso.

*

Já com suas malas, Hinata foi ao encontro do primo e de TenTen no portão de saída do aeroporto. A ansiedade acompanhava seus passos entre o mar de pessoas que também desembarcavam naquela tarde nublada de domingo. Esperava que os planos que havia planejado durante aquele período em que esteve fora não se desfizessem como castelos de areia. Enquanto tentava não esbarrar nas pessoas a sua volta ou passar as rodinhas das malas no pé de algum desconhecido, Hinata procurava seus preciosos amigos com o olhar. Ao avistá-los, passou a andar com passos ainda mais rápidos, sendo recebidas pelos braços de TenTen. Após tentar segurar Neji o máximo de tempo possível em seus braços, Hinata depositou um beijo carinhoso em sua bochecha.

Enquanto caminhavam até o estacionamento, Hinata contou sobre as férias e as atividades que o Hotel local havia proporcionado. À medida que Hinata contava animada sobre suas aventuras, TenTen soube que havia dito as palavras certas. Em meses não via a amiga tão animada, com aquele brilho típico em seus olhos cor de lua. Após Neji acomodar as malas da prima no porta-malas, cada um ocupou seu lugar no carro. TenTen estava curiosa para saber qual decisão a Hyuuga havia tomado, mas deixou para saber de tudo no momento certo. Após longas horas de viagem, Hinata com certeza estava louca para tomar um banho e descansar. Por não conseguir parar de tagarelar, Hinata nem se deu conta quando Neji parou o carro ao frente ao seu prédio.

— Entregue. – Anunciou o Hyuuga mirando o reflexo da prima pelo retrovisor. – Venha, Hina, irei lhe ajudar com as malas.

— Claro. Até mais tarde, Ten. – Despediu-se Hinata depositando um beijo na bochecha da chinesa. – Eu te ligo.

Após abrir o porta-malas, o Hyuuga colocou as malas de Hinata no passeio. Assim como TenTen, Neji havia notado a diferença em Hinata. Aquela morena que lhe sorria com ternura não carregava em seus olhos nenhuma sombra de tristeza ou amargura. Por um instante, lembrou que Hinata tinha uma decisão a tomar. A julgar por sua aparência e estado de espírito, nada mais lhe atormentava. Se isso era um bom sinal ou não, apenas o tempo poderia dizer.

— Muito obrigada por tudo, Neji. – Agradeceu Hinata abraçando o primo novamente, rodeando sua cintura com os braços.

— Você vai ficar bem? - Questionou Neji envolvendo o ombro de Hinata com um dos braços, trazendo o corpo pequeno para mais próximo de si.

— Claro. – Respondeu Hinata com a lateral da face apoiada no peitoral do primo. Ela podia sentir o aroma do seu perfume amadeirado impregnado no tecido da camisa. – Estou em casa. Como não ficaria bem?

Neji afastou o corpo de Hinata com delicadeza, segurando-a pelos ombros.

— Nós sabemos que esse apartamento pode não ser o melhor lugar do mundo nesses últimos tempos.

— É, eu andei passando por alguns bons bocados. – Comentou Hinata comovida com a preocupação de Neji. – Mas agora tudo está bem.

Decidiu lhe dar um voto de confiança. Se a própria Hinata estava tão convicta de si, quem era ele para duvidar. Após prometer ligar se precisasse de qualquer coisa, Hinata subiu o cabo das duas malas com rodinhas e colocou a bolsa no ombro. O som do motor do carro foi sumindo à medida que se aproximava do portão de entrada do prédio. Já estava prestes a abrir a bolsa para procurar pelas chaves quando escutou o portão se abrir. Conseguiu ouvir sons de passos se aproximando, levantando a face para ver quem era. Era Akira com seu inconfundível uniforme e um sorriso acalentador. O porteiro lhe perguntou gentilmente se poderia ajudar em algo. Algumas coisas não mudam mesmo.

— Não é necessário, Akira. – Disse Hinata afastando uma das alças de bolsa que carregava no ombro. Puxou o zíper para o lado, vendo a bolsa se abrir. Vasculhou por alguns minutos até encontrar suas chaves. – Mas obrigada. Chegou alguma correspondência?

— Sim. – Respondeu Akira. - Estão no escaninho.

— Certo. Irei buscá-las mais tarde.

*

Uma das coisas ruins de tirar um tempo dos problemas era desfazer as malas. Como essa era uma tarefa chata, Hinata a deixou para mais tarde, colocando as malas e a bolsa no canto do quarto. Retirou o vestido bege longo de alças, revelando o corpo esbelto. Caminhou até o armário, abrindo-o para revelar um espelho de cor inteiro. Seus olhos encaravam o sutiã de rendas que escondia os seios fartos, descendo até a barriga lisa e quadril, sem se esquecer das coxas e perna grossas. O cabelo estava solto, caindo pelos ombros e batendo até o fim das costas, emoldurando a face quase angelical. Eu disse quase. Ainda vou parecer um anjo quando fizer a proposta?

Por fora, estava cansada da viagem. Só que seu interior estava agitado novamente. Para o início de seu plano, era necessário encontrar o Uchiha. E ao pensar em Sasuke, suas pernas permaneceram firmes. E era sobre isso. Manter-se inteira em frente ao homem que um dia havia se doado por inteiro. Não é que ainda não o amasse, agora as regras seriam outras. Seria uma espécie de amor condicionado. Hinata não iria se apegar ou sofrer feito uma filha da puta. Abandonando seu reflexo, a Hyuuga foi até o banheiro e abriu o box. Após fechá-lo, abriu o registro, deixando a água morna atingir os fios sedosos do cabelo e a pele macia. Lavou o cabelo e tomou um banho demorado, sentindo-se renovada ao fechar o registro e se enrolar na toalha. Secou-se e enrolou os fios negros azulados na toalha, torcendo-os. Em seguida, abriu o armário para procurar o creme de corpo.

Ao abrir a embalagem, o cheiro adocicado de morangos atingiu suas narinas. Passou um pouco do creme em cada pedacinho do corpo, voltando ao quarto. Escolheu uma lingerie um pouco mais velha e um conjunto que consistia em uma camiseta e uma calça de moletom. O tempo ainda estava cinza e fazia um pouco de frio e nesse momento se lembrou de bater um secador no cabelo, pois sabia que ele demoraria a secar. Enquanto separava algumas mechas para secar, Hinata encarou aquela quantidade de cabelo em suas mãos. Um pensamento passou por sua mente e seu reflexo lhe abriu um sorriso.

*

Hinata encarou as longas mechas de seu cabelo organizadas na pia. A tesoura estava logo ao lado, junto de seus outros produtos para a pele e maquiagens. Retirou as buchinhas do cabelo, ajeitando os fios agora mais curtos com os dedos. Claro que precisaria ir ao salão para dar de fato um corte ao cabelo, mas não se arrependia. Agora seu cabelo atingia o final do pescoço e lhe conferiu um ar mais maduro. Foi até a cozinha e abriu dos muitos armários em busca de um rolo de saco plástico. Pegou uma sacola apenas, deixando o rolo em cima da máquina de lavar. Ao voltar para a cozinha, separou as mechas na pia ao meio, as prendendo com as buchinhas. Colocou as mechas com cuidado no saco plástico e o deixou perto da sua bolsa.

Abriu a bolsa para pegar o celular e foi até a sala, esparramando-se no sofá. Com o controle em mãos, procurou por algum programa interessante. Quando passou por um canal de receitas, lembrou-se que precisava se alimentar. Pelo app do iFood, passou por vários restaurantes, até se decidir por uma pizza pequena e um refrigerante médio. Após fazer o pedido e escolher o método de pagamento, Hinata abriu o aplicativo do banco e realizou o pagamento. Dentro de uma hora seu pedido estaria ali. Zapeou por mais canais até escutar uma notificação no celular. Era do WhatsApp. Hinata tinha poucos contatos em seu celular, a maioria se resumindo a colegas de trabalho. Quando viu quem lhe mandou uma mensagem, outro sorriso brotou em seus lábios. Ela não queria mandar mensagens, então selecionou a conversa e apertou a opção de telefonar por áudio.

A situação não estava bem entre eles, mas Hinata não queria que coisas ficassem assim. Após deixar tudo acertado no escritório e comprar as passagens, Hinata tomou a iniciativa de ligar para o loiro. Incialmente, Naruto não quis aceitar suas ligações, até que por fim, cedeu. Marcaram de conversar em um café perto para ambos após o trabalho. Naquele pub, quando a noite engolia o céu, em uma mesa afastada de todos, Hinata abriu o coração para Naruto. Não havia muralhas construídas por Hinata, isso Naruto precisou reconhecer. O loiro a escutava, mas não proferia uma só palavra, o que deixou a morena ainda mais nervosa. “Eu preciso que você tome uma decisão. Apesar de tudo, eu gosto muito de você, Hinata. Não quero sair da sua vida.”. Após a sua viagem, Hinata voltaria com a sua decisão e, assim como Naruto, não queria mais perder contato.

— Naruto-kun. – Anunciou Hinata deitando-se de barriga para cima e apoiando a cabeça em uma almofada. – Tudo bem?

— Tudo. E... – Começou a dizer, guardando para si alguns segundos antes de prosseguir. A respiração de Naruto era tudo que Hinata conseguia escutar. – Como foi a viagem?

— Foi tudo bem. Tenho muitas coisas para contar. – Respondeu Hinata verificando pelo app do iFood se seu pedido estava chegando, por isso colocou no viva voz.  – Quer me encontrar no pub novamente? Amanhã ainda estou de férias.

— Pode ser. Nos vemos lá? – Perguntou o loiro. - Posso passar no seu apartamento e te buscar, se quiser.

— Nos vemos lá, tenho uma surpresa.

*

Hinata pediu um expresso enquanto esperava por Naruto. Ria sozinha ao se lembrar da reação de TenTen e Neji quando a viram por ligação de vídeo assim que saiu do salão. “– Você ficou doida? Que bicho te mordeu?” foi uma das perguntas do casal. No calor do momento, Hinata respondeu aos dois que apenas executou uma ideia que lhe passou pela mente. Não havia exatamente um porquê. Pensando melhor sobre o assunto, considerou a sua atitude como um renascimento, assim como uma fênix. Aquele corte a havia deixado um “baita mulherão” como disse o próprio cabelereiro. Quando o expresso chegou e o garçom se afastou, Hinata pegou a aba da xícara com delicadeza. Foi quando vi no pratinho um pedaço de papel com o seguinte escrito “Posso pegar seu telefone?”. Não dessa vez, amor. Pegou o celular para ligar para Naruto, mas nem mesmo precisou. Ela logo viu o loiro atravessar as portas do pub. Levantou os braços para que Naruto pudesse vê-la. Demorou um pouco, mas logo capturou sua atenção.

Enquanto Naruto caminhava até a mesa, Hinata percebeu que ele ainda continuava tão lindo quanto antes. À medida que se aproximava da mesa, Naruto percebia que havia algo diferente em Hinata, como se algo estivesse fora do lugar. Quando estava perto o suficiente, logo percebeu a mudança. Levantou-se para cumprimentar Naruto, lhe dando um abraço e um beijo demorado na bochecha. Enquanto mantinha um dos braços na cintura de Hinata, passou os dedos por seu cabelo. Não havia mais ali as longas madeixas negro azuladas, mas isso não tirou a beleza da Hyuuga. O cabelo curto havia acentuado ainda mais esse atributo de Hinata. Aproximou os lábios da orelha da Hyuuga, sussurrando “- Você está linda”. Da mesma forma, Hinata agradeceu ao Uzumaki, sussurrando em seu ouvido, seus lábios roçando de leve a pele do outro.

— Vamos nos sentar? Tenho várias coisas para contar. – Pediu Hinata voltando ao seu lugar.

— Acredito que o cabelo seja uma dessas coisas? – Perguntou Naruto sentando-se de frente para a Hyuuga.

— Podemos dizer que sim, mas há outra coisa mais importante.

Antes que pudesse prosseguir, o garçom veio novamente à mesa em que Hinata estava para poder anotar o pedido de seu acompanhante. Pedindo o mesmo que a morena, o garçom saiu.

— O que eu quero dizer é o seguinte. – Disse Hinata afastando a franja dos olhos cor de lua. – Eu pensei muito nesses dias em que estivesse fora e cheguei a uma conclusão.

— Que seria?... – Perguntou Naruto que não aguentava mais de ansiedade. – Vá direto ao assunto, Hina.

— Que eu quero você na minha vida como um amigo. – Respondeu Hinata segurando as mãos de Naruto por cima da mesa. – Eu tinha que tomar uma decisão e, além do mais, eu não podia continuar te machucando. Nos machucando.

Hinata parou para fitar os olhos azuis de Naruto. Não identificou raiva. Decepção? Talvez. Ela poderia ter ido com mais calma, mas o Uzumaki não gostava de rodeios.

— Você escolheu o Sasuke. – Concluiu o Uzumaki. Não era uma pergunta e sim uma afirmação. – Parte de mim já sabia que você poderia escolhê-lo, mas esperava um desfecho diferente.

— Eu não consigo arrancar Sasuke do meu coração, mas isso não quer dizer que vou apagar o que vivemos. – Disse Hinata com o tom de voz firme. – Nós não queremos sair da vida um do outro, certo?

— Certo. – Disse Naruto. – Eu vou continuar cuidando de você, mas agora como um amigo. Mas Hina em relação ao Sasuke... Você tem certeza do que está fazendo?

— Tenho, Naruto-kun. Eu já tenho tudo planejado. – Disse Hinata com uma piscadela. – Dessa vez quem vai dar as cartas eu sou.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura! Volte sempre que quiser ♥



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