Depois que meus pais morreram achei que a vida não podia ser pior tive que trabalhar estudar, e me tornar maduro muito rápido. Logo depois minhas irmãs saíram de casa, Rebecca casou-se e foi para o Havaí, Rachel foi morar com Paul, pois não agüentava mais ver meu sofrimento. Comecei a sair com todas as meninas da reserva para tentar a minha “cara metade”, me sentia sozinho e a tristeza por não ter ninguém me consumia durante as noites frias, por isso procurei calor nos corpos de quase todas as mulheres de La push. Chegou a um ponto que eu não sentia mais prazer em tranzar com aquelas vadias que se jogavam em cima de mim, e foi num desses dias que eu a vi pela primeira vez.

        Estava saindo para ir para escola quando uma louca bateu na minha porta me chamando para dar um “rapidinha”, eu a levei para praia, pois nunca sujaria os lençóis da minha cama com uma vadia qualquer, em uma casa que já havia tido tanto amor entre os meus pais não poderia ser impregnada com essa sujeira toda. Já estávamos na praia quando percebemos que um carro parou, tirei a garota de cima de mim e mandei ela se arrumar, já não estava com saco de fazer isso pela manhã imagina com alguém olhando. Subi as escadas que levavam para o estacionamento e passei na frente do carro. Nesse segundo que olhei para dentro do carro vi os olhos mais lindos do mundo, aqueles olhos eram como imãs para mim, algo me puxava para eles. A garota que estava dentro do carro estava um pouco assustada e constrangida, o que a deixava simplesmente linda, tudo o que queria naquela hora era ficar ali parado contemplando aqueles olhos castanhos, mas a vadia que estava comigo me puxou para longe, acho que ela só conseguiu fazer isso por que não tinha comando sobre eu mesmo, se ela me deixasse ficaria o dia todo ali parado.

        O dia estava horrível não conseguia prestar atenção direito nas aulas, ficava repassando na minha mente aqueles olhos castanhos. Na hora do almoço fui encontrar os meus amigos que estavam no refeitório, quando abri as portas um frio percorreu meu estomago, era ela que estava sentada onde costumo me sentar todos os dias isso fez um sorriso espontâneo sair dos meus lábios e andei em direção a mesa, Kim nos apresentou... ness...esse era o nome dela, a voz dela era um pouco mais que um sussurro mas era perfeitamente audível para mim, poderia passar horas escutando ela falar que nem perceberia o tempo passar, o almoço todo ficamos nos encarando e estranhas sensações percorriam todo meu corpo. Antes de tocar me ofereci para levá-la a aula, no corredor eu a prendi em uma parede fazendo perguntas idiotas, perguntei se ela não queria me beijar. Eu me senti um idiota, mas era isso o que eu queria: beijá-la queria sentir o seu gosto passar cada segundo do meu dia a beijando. Não conseguia tirar os olhos dela a aula toda, na hora de fazer o exercício com a corda percebi que ela estava super excitada para ganhar, então a deixei ganhar, a recompensa foi um pirulito, que ela chupava até eu pega-lo de sua boca. O gosto dela invadiu minha boca, meu corpo e meus sentidos, queria tomá-la em meus braços e não a soltar nunca mais.

       Sonhei a noite toda com ela e seus olhos castanhos, de tarde ia para uma festa com meus amigos na praia e avistei o carro de Sam no sinal, pare do lado para dar um oi, e a vi beijando ele. Queria sair correndo queria socar Sam de está tocando nela queria a levar dali e não voltar nunca mais, mas ao invés de fazer isso fui o mais rápido que pude em direção a praia para tentar me acalmar. Ela chegou lá e pareceu nem perceber que eu estava lá, isso só me deu mais ódio, todos foram para água quando percebi que ela ia sair de fininho comecei a puxar assunto e a obriguei a ir à praia comigo, quando ela tirou o vestido tive a visão do paraíso e sabia que de uma forma ou de outra iria ter ela para mim só para mim, se Sam não tivesse interrompido a teria beijado lá. Já estava com muito ódio de Sam, mas ele era meu amigo quase um irmão e não poderia bater nele mesmo que quisesse (muito). Fiz com que eu a levasse para casa e ela ficou com muito medo de andar de moto, quando chegamos na frente de sua casa a mostrei o que tinha feito em meu abdômen, quando as mãos dela me tocaram um calafrio passou do dedo do pé até o ultimo fio de cabelo.

    O domingo fiquei em casa passando na minha mente todos os momentos que tive com ela, e imaginava o que ela estava fazendo, na maioria das vezes a imaginei com Sam e isso me dava uma raiva que jamais senti por alguém, só de imaginar ele a tocando dava vontade de matá-lo eu faria isso se ele ousa-se tocá-la alguma vez na vida.

A segunda ela não foi para aula e isso me deixou angustiado imaginando mortes, catástrofes Não queria ficar imaginado isso fui para oficina e fiquei arrumando alguns carros até tarde para me distrair, quando ouvi a sua voz atrás de mim, tentei brincar um pouco, mas estava preocupado, pois parecia que ela havia chorado muito.

-eu não senti sua falta. - ela falou e tive que desviar o olhar para ela não ver a minha decepção.

-vou fazer que você sinta está noite então. - voltei a olhá-la e sorri.

-então faça. – ela provocou e eu a beijei, os seus lábios eram macios e quentes. Comecei a beijá-la lentamente percorrendo minha língua em todos os cantos da sua boca, me permiti sentir todo o prazer de uma vida inteira sem amor- então era isso- estava apaixonado por aquela menina que me provocava tanto. Passei minha mão por dentro da sua blusa, senti os seus seios rígidos na minha mão queria-lhe dar prazer, queria dar a ela tudo o que ela quisesse.

-peça Jacob. - aquilo era como um tapa na minha cara, como ela queria que eu pedisse o corpo dela? Eu tinha acabado de descobrir que estava apaixonado e ela me vem com essa de pedir. Ela foi embora chocada porque eu não pedi.

   A noite foi insuportável, ficava imaginando o porquê de ela me fazer passar por tudo isso e lembrei-me do que meu pai falava. “quando beijei sua mãe pela primeira vez foi como se o sol brilhasse mais forte, como se qualquer coisa nesse mundo fosse simples diante de tal amor” era exatamente isso que eu estava sentindo, mas estava atordoado demais com o que ela queria que eu fizesse. Ela não me ama.

  Estava disposto a esquecer tudo, se ela quisesse, mas ela marcou de se encontrar a noite com embry e isso me deixou muito puto. Na lanchonete embry era só sorrisos tentou vir puxar papo comigo antes de ness chegar deu-me uma vontade de espancá-lo ali mesmo, mas tive que controlar minhas emoções. Eles sentaram em um banco afastado depois que ela chegou, fiquei a noite toda esperando eles saírem, e quando isso aconteceu não tinha quase ninguém na lanchonete. Lá fora eu o vi beijando-a o que me deu muita, muita, muita raiva dele queria matá-lo, mas não poderia fazer isso ali na frente dela. Procurei o seu carro e fiquei a esperando lá na frente, quando ela voltou falei que iria dirigir e ela entregou as chaves.

   Levei-a nos penhascos lá era o lugar aonde ia para pensar e esfriar a cabeça, estava precisando muito esfriar a cabeça para não voltar e bater em embry. E novamente tudo deu errado tivemos uma briga feia e voltei para casa a pé no meio do caminho ela me encontrou e me entregou um papel, falou que era para eu abrir em casa.

Jacob,

   Queria te pedir desculpas pelo que te falei, você não merecia saber quem eu sou de uma forma tão patética, me sinto uma idiota de está te escrevendo isso , mas não posso deixar você ir embora achando que eu sou um monstro.você já está um pouco longe de mim e vendo você ir embora desse jeito me da um dor no peito, não sei o que é isso(estou tentando ser sincera),por favor não conte isso a ninguém, esta é a primeira vez  que moro em uma cidade e tento ter uma vida normal, prometo não fazer nada com Sam, você não precisa mais olhar na minha cara eu sei que sou uma idiota,mas meus pais estão tão felizes de mudar para uma casa e ter uma vida normal, eu não quero tirar isso deles, eu não quero tirar isso de mim.não vou mais me aproximar de você ou dos seus amigos,só peso que não conte a ninguém o que te falei hoje.não prometo mudar, mas prometo não fazer isso de uma forma que te atinja.apesar de tudo sou essa vadia que você acha que eu sou.

 À noite não consegui dormir e só pensava que ela não iria mais olhar na minha cara, pensei que ela poderia ir embora, imaginei que nunca mais a veria na vida, isso me dava uma angustia. Pensar em não vê-la nunca mais doía, como eu iria respirar sem o meu ar? Como iria sobreviver sem o meu coração? Não conseguiria. Na manhã seguinte a procurei na escola e ela não estava na hora do almoço fui falar com Kim.

- Kim! – eu falei a chamando para uma mesa afastada.

- oi jake! O que foi?- ela perguntou me encarando.

-onde a ness está?- eu falei já sabendo a resposta mais eu queria uma confirmação.

-ela não veio hoje.-kim falou com a cara de ponto de interrogação.

-preciso ir embora. -falei e sai correndo. Peguei minha moto e fui o mais rápido possível para casa dela, estava com medo de não a ver nunca mais. Toquei a companhia duas vezes, ela atendeu a porta, estava com o rosto inchado e as mesmas roupas de ontem a noite, achei que ela não dormiu,  inventei uma desculpa qualquer e consegui a levar para almoçar. Durante o almoço decidi que a contaria a historia dos meus pais e depois falaria que estava apaixonado, imaginei que ela ficaria feliz e seriamos como aqueles namoradinhos de cinema. Passei em uma floricultura para comprar uma rosa meus pais, comprei uma rosa vermelha para ela também. Contei a história da morte e do amor que os meus pais sentiam um pelo outro. Contei que meu pai chamava minha mãe de anjo, era assim que eu queria chamá-la de “meu anjo”, agora eu sabia exatamente o que meu pai sentia quando olhava para minha mãe. Ela chorou muito depois que contei a história dos meus pais. Resolvi levá-la para minha casa e dar um copo d’água para ela se acalmar, depois falaria tudo o que estava sentindo.

  Quando chegamos fui para a cozinha e voltei trazendo um copo com água, ela olhava a foto da minha família. Tentei explicá-la que não era uma história triste, mas sim um romance. Ela recitou a fala de Romeu quando soube da morte de sua amada. Cheguei mais perto, queria tirar essa tristeza que a consumia e a beijei. Foi um beijo calmo mais com todo o amor que eu tinha para dar queria tê-la para sempre comigo, iria fazer tudo para fazê-la feliz nem que isso custasse a minha própria vida, enquanto a beijava lembrei o que meu pai falava sobre o amor “amor só se tem uma vez na vida, aquele que você não pode se esconder, quando se ama alguém você quer vê-la bem e feliz mesmo que não seja ao seu lado. Poucos têm essa chance e quando você a achar não a deixe escapar”. Eu não deixaria escapar daria a ela todo o amor que eu tinha iria cuidar sempre, iria a proteger, ela seria a mulher mais feliz do mundo ao meu lado. Queria gritar para o mundo todo ouvir que eu estava apaixonado, amando aquela criaturinha frágil que estava em meus braços, mas ela se afastou do meu amor.

-não posso fazer isso Jacob- meu mundo caiu, ela não me amava, talvez ela amasse Sam ou embry. Todo o amor que eu estava disposto a lhe dar tinha sido desprezado, mas não poderia ficar longe dela só de pensar em ficar longe meu coração sangrava. Não posso, não posso deixá-la sair da minha vida assim.

-desculpa ness.- eu falei porque seria melhor tê-la como amiga do que não a ver, não sentir seu cheiro, não ver o jeito tímido e o jeito mal. A partir daquele momento não me importaria se o meu coração estivesse quebrado e sangrando, só me importava a sua felicidade mesmo que fosse nos braços de outro, eu a iria proteger e respeitá-la como um amigo, enxugaria cada lágrima que rolasse pelo seu rosto, daria todo o carinho que ela precisasse, mas não como homem só como um mero amigo.

“Acredita em anjo? Pois e, sou o seu Soube que anda triste Que sente falta de alguém Que nao quer amar ninguém

Por isso estou aqui Vim cuidar de voce Te proteger, te fazer sorrir Te entender, te ouvir E quando estiver cansada Cantar pra voce dormir

Te colocar Sobre as minhas asas Te apresentar As estrelas do meu céu Passar em Saturno e roubar O seu mais lindo anel

Vou secar Qualquer lagrima Que ousar cair Vou desviar todo mal Do seu pensamento Estar contigo a todo momento Sem que voce me veja Vou fazer tudo Que voce deseja”

      (poema anjo- banda eva)