Sedução escrita por kah_torres


Capítulo 7
anjo da morte


Notas iniciais do capítulo

chorei escrevendo esse capitulo, ficou muito lindo
por favor comentem e digam o que estão achando.
finalmente consegui colocar foto.kkkkkk



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   Não queria dormir aquela noite, não queria sonhar com Jacob, não queria ver as palavras de acusação que sairiam da sua boca. Ao invés de pensar no que foi essa noite desastrosa, me permiti  lembrar do beijo que Jacob me deu na borracharia, essas lembranças me faziam sorrir e chorar. Não sabia por que estava chorando, só em imaginar que Jacob nunca mais olharia na minha cara me dava um aperto no coração e mais lágrimas rolavam pelo meu rosto. As horas passavam lentamente, duas, três, quatro, cinco, seis, sete até minha mãe vir me chamar.

 

- filha, você já está atrasada para a aula- minha mãe falou sentando na cama comigo.

 

-não vou, para aula hoje, aliás, não vou nunca mais. - falei virando o rosto para ela não me ver naquele estado deplorável.

 

-por que não?

 

-porque odeio aquela escola e todo mundo de lá, eu quero voltar a ter aulas com meu pai.

 

-nessie não faça isso...

 

-mãe, eu não estou bem. - eu falei não deixando ela terminar o seu discurso sobre “não estudar em uma escola normal não me ajudaria a entrar em uma boa faculdade”- só quero ficar deitada.

 

-como você se sente filha?por favor me conte o que está acontecendo, estou ficando preocupada.- ela falou com um tom mais baixo que o normal.

 

-está tudo bem mãe. - eu não iria falar tudo o que aconteceu ontem, eu não queria me lembrar de tudo outra vez, não agora que eu já estava começando a esquecer. - só estou um pouco indisposta.

 

-eu ia sair com seu pai hoje, nós íamos visitar Alice ela comprou uma casa em port Angeles para ficar mais perto da gente, mas agora não quero ir e deixar você aqui sozinha, vou ligar para um médico.

 

-mãe corta essa!Eu não tenho mais cinco anos. - também não me lembro de ter cinco anos e alguma doença ser tão importante para ela, mas não vou levar isso em consideração.-vá e se divirta, não preciso de um médico.

 

-está bem, mas promete que vai me ligar caso aconteça qualquer coisa?

 

-claro, claro! Mas me deixe dormir um pouco. - eu falei para cortar qualquer conversa.

 

-está bem, estamos saindo agora, não voltamos para o almoço e você pode pedir pizza ou alguma coisa assim para você. - ela falou indo para a porta. - melhoras filha.

 

      Minha mãe aceitava as coisas tão fácil, acho que ela é meio desligada com o mundo, mas isso não tem importância também. Estava tão cansada que mesmo sem querer eu dormi, graças a Deus não sonhei nem pensei nele. O barulho da campainha me chamou atenção, levantei e olhei para o relógio era meio dia e quinze, desci as escadas me agarrando no corrimão para não cair, percebi que ainda estava com a roupa de ontem, e meus cabelos horríveis, e provavelmente minha cara estaria inchada de chorar a noite toda, mas o que importa?Passei pela sala e a pessoa apertou a campainha de novo.

 

-JÁ VAI! –eu gritei com ódio. Quando abri a porta um frio percorreu meu estômago e pelas minhas costas me fazendo arrepiar, minhas pernas tremeram e eu tive que me segurar para não cair no chão, tamanha foi minha surpresa.

 

-Jacob, o que você faz aqui a essa hora?- eu perguntei com a voz um pouco mais baixa que o normal. - você deveria está na escola.

 

-você também, o que você faz em casa?- ele perguntou me olhando de uma forma meio estranha.

 

-você está me perguntado o que eu estou fazendo na minha casa? Minha!!!- falei de novo só para dar ênfase caso ele não entendesse. – caso você não saiba as pessoas costumam ficar nas suas casas, elas não saem entrando na casa dos outros para dormir.

 

-você sabe o que eu estou falando, foi aquele bilhete suicida que você me mandou ontem- ele olhou estranho para mim de novo eu já estava me sentindo um alienígena pela forma que ele estava olhando. - você não vai me convidar para entrar?

 

-ah! É claro entre- eu fiz sinal para ele entrar e levei-o até a sala onde ele sentou em um dos sofás. - que bilhete suicida? Eu não falei que ia me matar.

 

-“não vou me aproximar de você ou dos seus amigos...” mais não ir para a escola hoje me fez pensar nessa hipótese, em outras também, mas essa foi a pior de todas. - ele falou olhando para o chão.

 

-e como você sabia que eu não tinha ido para a aula? Não me diga que você fugiu da escola. - eu falei tentando fazer um tom severo.

 

-eu fui para aula,cheguei lá e não te vi, pensei que você só estava se escondendo de mim, mas quando você não apareceu no almoço e Kim falou que você não tinha ido para aula, eu vim perguntar aos seus pais o que tinha acontecido. - ele falou tendo parecer que aquela era uma explicação lógica.

 

-tá! Agora você já viu que eu não me matei e tudo mais, o que você quer?

 

- quero que você se arrume porque vai sair comigo, e não adianta me falar não, por que você me fez sair da aula e vim ter ver, eu tenho direito de te pedir qualquer coisa, então pode ir se arrumar, só não demore muito porque eu estou com fome.

 

    Ok! Informação demais para o meu cérebro, Jacob foge da escola para ver se eu não morri, manda eu me arrumar para sair e não me deixa escapatórias, depois de tudo o que aconteceu ontem?Ele era mais louco do que eu pensava que fosse. Ele ainda estava olhando para mim quando eu o puxei pelo braço e levei ele até o meu quarto.

 

-senta ai na minha cama, pode ver TV enquanto eu me arrumo.

 

-ta certo. - ele pegou o controle remoto e ficou passando os canais enquanto eu foi até o meu closet peguei uma roupa e fui para o banheiro.tomei um rápido banho fiz uma leve maquiagem para disfarçar o rosto inchado e as olheiras.estava feliz por Jacob ter se preocupado comigo mesmo depois do que aconteceu ontem. Sequei e prendi os meus cabelos em um rabo de cavalo, passei perfume, escovei os dentes, e quando estava saindo parei na porta antes de abri-la. O que eu estou fazendo? O que ele está fazendo?Talvez fosse melhor eu pedir para Jacob ir embora. Não!Eu não iria conseguir fazer isso, sai do banheiro e vi ele segurando Teddy.

 

-pensei que ursinho fosse coisa de criança, e esse aqui não é um dos mais novos. - ele falou me mostrando Teddy.

 

-não fale assim do Teddy. - eu falei tirando Teddy das mãos de Jacob. - ele é o meu único amigo.

 

-ah! Desculpe isso é coisa de criança. - ele falou dando o sorriso que eu amava, quase me fazendo derreter. Ele se levantou e se aproximou.

 

-é eu sou uma menina, e meninas gostam de ursos, eu acho, parece ser meio criança mesmo, mas eu gosto. -falei olhando ele nos olhos.

 

-minha menina. - ele falou e deu um beijo na minha testa, isso me fez gelar de medo, a lembrança do sonho, Jacob morrendo em meus braços.

 

-tanto faz! Vamos- puxei-o pelo braço até chegar à porta. Ele fez sinal me mandando ir para a moto.

 

-eu sei que você gosta de andar de moto. - ele falou ironicamente.

 

-eu não quero ir nesse troço.

 

-vamos nessie- ele colocou o capacete em mim.- você um dia vai acostumar.

 

     Ele me levou até um restaurante simples que tinha lá perto. Ele falou que era tudo que ele podia pagar, eu disse que podia pagar outra coisa, ele ficou meio bravo com isso. Orgulho machista! Quem entende isso. Quando terminamos de almoçar e estávamos parados na frente da moto ele me falou que iria contar a história dele. Isso me deixou um pouco chocada a principio, mas depois eu gostei de saber que conheceria Jacob um pouco mais do que aquele galinha da escola. Nós subimos na moto e ele passou por uma floricultura comprou duas rosas brancas e uma vermelha. Quando chegou até a moto ele me deu à rosa vermelha e sorriu para mim, percebi que a atendente da floricultura não parava de olhar para ele, e isso me deixou com um pouco de raiva por ele ser tão bonito e as mulheres sempre olharem para ele. Um pouco depois ele me levou até uma curva da estrada fora da reserva e parou a moto desceu e tirou o meu capacete.

 

-aqui foi onde a minha história começou, pelo menos o que eu sou hoje começou aqui. - ele falou olhando para mim.

 

-nessa estrada?

 

-sim, precisamente nessa curva. - ele falou me olhando nos olhos com uma expressão triste. - foi aqui que meus pais sofreram um acidente de carro, meu pai estava dirigindo, minha mãe estava no outro banco, eles estavam voltando de uma festa, meu pai estava um pouco cansado e cochilou no volante, ele jurou que foram só dois segundos, e perdeu o controle do carro, um caminhão passava na mesma hora e tentou desviar- ele olhou para o chão.-mas não conseguiu , o caminhão bateu do lado onde minha mãe dormia, e ela morreu na hora.-ele parou e voltou a olhar para mim.- as vezes me pergunto se ela sofreu, ela pode ter acordado antes da batida e pode ter sentido dor.

 

-Jacob, não pense assim, não imagine como foi a sua morte, lembre como foi sua vida. - eu fale e acariciei o rosto dele, ele deu um sorriso torto e amargo.

 

-obrigado. - ele puxou a mão que estava em seu rosto e deu um beijo nela. - vamos que tem mais coisas. Ele subiu na moto e voltou para la push. Dessa vez paramos em frente a um cemitério que estava escrito “cemitério municipal de La push”. Jacob me levou ate um túmulo que tinha as inscrições. Sarah Black 1975-2005 e Billy Black 1963-2006, ele colocou as duas rosas brancas em cima do túmulo e me abraçou.

 

 -ele a amava muito, mais que tudo nessa vida, quando ela se foi ele ficou muito mal, se culpava pela morte dela, foi tão horrível. Eu passava cada segundo com meu pai porque sabia que ele não iria agüentar, o que mantinha ele aqui era eu e minhas irmãs, quando fez três meses da morte da minha mãe ele chamou a mim e a minhas irmãs para conversar. -ele abaixou a cabeça em meu ombro e me apertou mais forte, senti um lágrima dele passar pelo meu ombro. -ele falou que nos amava, contou a história dele com minha mãe contou como se sentiu depois da morte dela, e eu percebi o quanto ele estava sofrendo, ele falou também que nós éramos as únicas coisas que o ligava a este mundo. Ele pediu nossa permissão para morrer! Eu lembro que ele falou “ meus filhos queridos, fruto do amor que jamais sentirei por ninguém nessa vida ou em outra qualquer, saibam que você são a parte mais bonita de um amor que eu levarei para onde eu for, mas não tenho mais forças para continuar nesse mundo sem o meu anjo, peço desculpas para vocês mas não agüento mais , preciso está onde meu anjo está, quero a permissão de vocês para partir e me encontrar com ela”.- as lágrimas rolavam pelo rosto dele e eu comecei a chorar também.-nós não queríamos perder nosso pai também, mas também não podíamos deixar ele sofrer , e permitimos ele partir quando chegasse a hora.-ele parou e voltou a falar- ele partiu no mesmo dia, ele morreu sorrindo.acho que ela veio buscar ele.- ele terminou e sorriu para mim.- por que você está chorando? Essa é uma história de amor e não um drama.

 

-Jacob, - eu mal conseguia falar- sinto muito por você. - eu o abracei e chorei mais um pouco no ombro dele. Depois ele me levou de volta a moto e seguiu para perto da praia, ele parou em frente a uma casa de madeira vermelha já bem velhinha. Nós descemos da moto e seguimos para frente da casa, ele pegou uma chave que estava junta no chaveiro da moto e abriu a porta me dando passagem para entrar primeiro. A casa era aconchegante, tinha uma pequena televisão e um sofázinho na sala, dali dava para ver a cozinha e um corredor.

 

-sente – ele falou e foi andando para a cozinha.

 

    Eu sentei no sofá, olhei tudo a minha volta vi que do lado do sofá tinha uma mesinha com um porta-retrato, eu peguei , e outra lágrima rolou do meu rosto.na foto tinha um homem forte com um rosto de traços marcantes ele estava sorrindo e olhando para uma moça que estava ao seu lado,a mulher tinha os cabelos pretos e lisos parecia uma índia, ela era linda e também estava sorrindo , no seu colo tinha um menininho magrinho e pequeninho e de cada lado da foto uma menina, que mais pareciam duas indiazinhas, eles estavam tão felizes, o olhar do homem para a mulher era de veneração de perfeição de amor, amor puro e simples, que até de uma simples foto dava para ver a admiração que ele tinha por aquela mulher, parecia que ele estava olhando para a mais bela jóia de todo mundo, como Jacob disse, ele parecia está olhando para um anjo.

 

-acho que você ficou meio chocada com a minha história. - ele falou sorrindo. - tome isso. - ele me passou um copo com água.

 

-é tão triste Jacob. -eu falei antes de beber a água.

 

-não é triste, é uma história de amor, Romeu e Julieta também morrem no final, e nem por isso a história é um drama, a historia continua sendo um romance. -ele falou sorrindo.

 

-Oh! poderei chamar clarão a esta hora? Ó meu amor! querida esposa! A morte que sugou todo o mel de teu doce hálito poder não teve em tua formosura. Não; conquistada ainda não foste; a insígnia da beleza em teus lábios e nas faces ainda está carmesim, não tendo feito progresso o pálido pendão da morte. Tebaldo, jazes num lençol de sangue? Oh! que maior favor fazer-te posso do que com esta mesma mão que a tua mocidade cortou, destruir, agora, também, a do que foi teu inimigo? Primo, perdoa-me. Ah! querida esposa, por que ainda és tão formosa? Pensar devo que a morte insubstancial se apaixonasse de ti e que esse monstro magro e horrível para amante nas trevas te conserve? Com medo disso, ficarei contigo, sem nunca mais deixar os aposentos da tenebrosa noite; aqui desejo permanecer, com os vermes, teus serventes. Aqui, sim, aqui mesmo fixar quero meu eterno repouso, e desta carne lassa do mundo sacudir o jugo das estrelas funestas. Olhos, vede mais uma vez; é a última. Um abraço permiti-vos também, ó braços! Lábios, que sois a porta do hálito, com um beijo legítimo selai este contrato sempiterno com a morte exorbitante. Vem, condutor amargo! Vem, meu guia de gosto repugnante! Ó tu, piloto desesperado! lança de um só golpe contra a rocha escarpada teu barquinho tão cansado da viagem trabalhosa. Eis para meu amor. Ó boticário veraz e honesto! tua droga é rápida. Deste modo, com um beijo, deixo a vida. declamei para Jacob as ultimas frases de Romeu ao saber que sua amada estava morta.

 

    Jacob sorriu para mim, o sorriso que me fazia parar de respirar, ele sentou-se lentamente do meu lado, enxugou as lágrimas que insistiam em cair dos meus olhos. Aproximou-se mais um pouco e me beijou. O beijo tão esperado, que me fez passar a noite acordada imaginando,eram os mesmos lábios quentes que tocavam os meus delicadamente, o mesmo gosto doce de desejo que eu senti naquele dia que ele me beijou pela primeira vez.o beijo era sem pressa, eu sentia cada parte dos seus lábios tocando os meus, a minha boca abriu-se dando passagem a sua língua, o toque da sua língua na minha me fez estremecer de tanto desejo, minhas mão agarram a sua nuca e seus cabelos o puxando para mais perto de mim, suas mão contornaram a minha cintura me puxando para mais perto dele, pressionando nossos corpos juntos.o beijo foi melhor do que eu imaginei, era tão quente, e doce, e tão calmo sem presas.naquele momento eu percebi uma coisa.

 

    Eu Renesmee Carlie Cullen estava, completamente, incondicionalmente e irrevogavelmente apaixonada por ele, Jacob Black, o cara que me atormentava em sonhos, o cara que eu subestimei, o cara que sabia o meu maior e pior segredo, o cara mais lindo do mundo, o mais carinhoso, e o unico que eu não poderia ter na vida.

 

 

 


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