Skins - Recomeço escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Voltei, finalmente!!

Boa leitura!



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O show do Linkin Park começou a todo vapor, com a música "Nova Divisão" que foi tema de filme, o público cantava junto, o vocalista com aquele jeito imponente e agitado dele, dominava tudo, deixando o show ainda mais incrível com aquela voz poderosa dele.

Assim que a primeira música acabou, antes que eles tocassem a segunda, abracei Effy de lado, mostrando o quão empolgado estava com aquele show, era tão incrível estar ali e eu não poderia estar mais feliz. No começo, ela pareceu um pouco surpresa pela minha atitude, ao abraçá-la assim, tão de repente, mas logo depois ela acabou cedendo e sorriu.

O show estava incrível, eu cantava as músicas que eu conhecia, que não eram muitas; enquanto Effy me acompanhava vez ou outra. Em certo momento, ao final de uma música, olhei para ela, empolgado:

— O QUE TÁ ACHANDO ATÉ AGORA?! - perguntei no ouvido dela, um pouco alto devido ao barulho da música.

— INCRÍVEL! E VOCÊ? - ela perguntou de volta.

— INESQUECÍVEL!!

Ela sorriu com esse meu comentário e voltou a olhar para o palco, pois Chester voltava a cantar mais uma música.

Nem sei quanto tempo passou desde que entramos no lugar, mas sei que assim que o show acabou, eu estava exausto, faminto e rouco, tanto que nem consegui gritar quando Chester pegou o microfone pela última vez e gritou:

— Obrigado Londres! 

Aquela voz com o sotaque americano dele foi impagável, toda aquela multidão que o acompanhava estava eufórica com tudo aquilo, apresentação fantástica, com certeza eu queria ir em outros shows deles nas outras vezes que eles viessem para Londres.

— Que baita show! - sorri enquanto levantava.

— Também adorei! - sorriu ela, animada.

Depois de caminharmos para a porta, olhei no meu celular, a bateria estava em 15% de carga, já que eu havia passado praticamente o show inteiro filmando e tirando fotos, então a bateria acabou gastando muito; mas não importava, valia a pena.

 

Quando saímos, percebi que havia uma multidão na porta, nem todas as pessoas haviam ido para o lugar de carro próprio, preferindo pegar uber. Então, algumas iam para seus respectivos veículos e outras preferiam pegar uber.

— Vambora? - perguntei a olhando.

— Vamos.

Começamos a caminhar juntos pelas ruas de Londres, a caminho do mesmo ponto de ônibus que havíamos saído, nessas horas um carro faz falta.

— Effy, você não tem carro? - perguntei, enquanto andávamos.

— Não, só a permissão para dirigir um - respondeu ela - Por quê?

— Nada, achei que você tivesse um. Em eventos como esse de hoje, ir de carro seria uma ótima ideia.

Ela deu um leve sorriso.

— Eu sei que você deve estar cansado, realmente também estou sentindo falta de um carro. Eu já tive, mas ficou em Bristol, minha cidade natal - explicou ela.

— O Tony podia ter emprestado o dele para nós, né? - sugeri.

— Ele vendeu o dele pra pagar o casamento, nem sei se vai comprar outro.

— Eita.

Chegando no ponto do ônibus, ele demorou alguns minutos para chegar e entramos nele. Sentei na janela e apoiei minha cabeça na mesma, estava quase dormindo de tanto cansaço, embora ainda fossem oito da noite, meu estômago roncava e meu corpo estava todo suado, inclusive a minha camisa, o que me impedia de relaxar, queria chegar logo em casa.

Depois do que pareceu uma eternidade, finalmente Effy se levantou, indicando que era o nosso ponto. Me levantei também e fomos até a porta, onde desembarcamos.

— Você parece esgotado - ela disse, enquanto caminhávamos.

— Sim, eu estou... - confessei, também andando - Eu gosto de sair, caminhar, conhecer novos lugares, mas são raras as vezes que fico em um show, gritando e cantando; principalmente na hora da fome.

Preocupada, ela enlaçou meu braço no dela.

— Já estamos chegando, vou fazer algo pra você comer quando chegarmos - garantiu e eu sorri.

— E tomar um banho também - falei, rindo.

Ao chegarmos na esquina, eu já enxergava o apartamento. Ao colocar a mão no bolso pra pegar a chave, ouvi um barulho de passos rápidos atrás de nós e acabei sentindo algo me empurrar nas costas, me fazendo cair de barriga pra baixo, depois, só senti pés me chutando nas costas, na barriga e no rosto. Já estava quase perdendo a consciência quando ouvi uma voz masculina gritar:

— Vambora, vambora, vambora!!

Aquela palavra repetida duas vezes me fez abrir os olhos, mesmo com a visão embaçada, pude ver Effy sendo carregada, tamparam a boca dela com uma mão e outros a imobilizavam com as mãos. Logo em poucos segundos, eles entraram no carro e saíram correndo, eu ainda tentei pedir socorro, mas acabei desmaiando.

                                   ***

Só me lembro de ter sido acordado com alguém me chacoalhando desesperadamente. A voz saiu como um eco, inicialmente, mas aos poucos ela foi ficando mais perceptível e eu fui abrindo os olhos, era Tony.

— Dean! Dean! Acorda! Anda cara, acorda! - ele pedia, desesperado.

Abri meus olhos rapidamente, logo vi que Tony vinha acompanhado de Michele, que me olhava igualmente assustada.

— Dean, o que houve? Que machucados são esses? - perguntou ela.

Só então eu pude sentir as dores no corpo voltando, de modo que quase não conseguia me mexer muito; sem dúvida estava com algum osso fraturado. Tossi um pouco, saindo uma pequena gota de sangue, o que me preocupou; aquilo não era bom sinal.

 - Effy... - chamei, num sussurro, olhando em volta.

— Quer falar com ela? Vou chamá-la pra você! - ofereceu Michele.

— Levaram ela... - respondi antes que ela pudesse se levantar.

— Quem a levou? - dessa vez Tony perguntou, ainda mais preocupado.

— Não sei...

Com muitas dores, o casal teve que me ajudar a levantar, cada um segurando meus braços, enquanto eu tentava levantar. Quando me equilibrei, agradeci aos céus por conseguir mexer as pernas, pois significava que eu não havia quebrado elas nem minha coluna, o que já era bom sinal.

Após muita dificuldade, nós três conseguimos chegar ao apartamento, me levaram até o meu quarto e eu deitei na cama. Depois, Tony saiu apressado, indo até o quarto de Effy.

— Ela não está aqui! - disse ele.

— Calma, vamos deixar ele se recuperar primeiro, isso está horrível! - disse Michele.

Após limparem o sangue do meu rosto e dar um jeito nos machucados, ainda me sentia fraco.

— Está com fome? - perguntou Michele.

Rapidamente assenti.

— Espera aí, vou fazer algo pra você comer. Tony, fica de olho nele.

— Claro amor, vai lá - respondeu Tony, vindo até a cama, me olhando preocupado.

— Tony... - falei, baixo e com a voz fraca.

— Diga... Você viu alguma coisa? - perguntou ele.

Novamente assenti.

— Fomos ao show do Linkin Park... estávamos voltando pra casa... quando chegamos ali, senti alguém... me empurrar no chão, então me chutaram o corpo todo.  

O recém-casado pensou um pouco, depois assentiu.

— Então, foi um sequestro - deduziu.

Michele entrou no quarto com uma bandeja de comida e me entregou. Rapidamente eu comecei a comer, estava muito faminto e angustiado.

— Estavam todos mascarados, não deu pra ver quem era... - falei, ainda tentando lembrar.

— Calma, nós vamos conseguir descobrir o que aconteceu com a Effy - garantiu Michele.

— Eu também espero isso... - disse Tony, preocupado.


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Notas finais do capítulo

Vixi gente, será que foi sequestro? E por qual motivo?



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