Checkpoint - Love Is a Laserquest (Percabeth) escrita por pixxieme


Capítulo 9
Capítulo 9 - Kiss It Better.


Notas iniciais do capítulo

OLAAAAAA GALERINHA
Gnt dois meses sem atualizar, eu sei. Meu notebook quebrou e eu sou pobre, então penei muito pra mandar arrumar
Mas agora estou de volta, postando esse mais curtinho apenas para dar uma atualizada na história, mas vem muita coisa por ai ainda!
Um beijo a todos e boa leitura!



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” So why argue? You yell, but you take me back

What are you willing to do?

Kiss it better, baby”

Annabeth se sentia mais aquecida do que o normal ao despertar. Também sentia mais dores nas juntas, cabeça e pés do que sentia normalmente, mas o calor era a sensação mais predominante. Abriu os olhos com calma, sentindo as pálpebras ainda levemente pesadas. A visão turva decorreu todo o perímetro de onde estava, mas estava escuro demais para conseguir distinguir o lugar. O rosto tranquilo e adormecido de Percy foi a primeira coisa que seu cérebro conseguiu processar, o torso desnudo e seus braços firmemente envoltos ao redor do corpo dela foi a segunda. Sentiu o coração acelerar automaticamente enquanto o encarava, então desviou a atenção para um ponto fixo na parede atrás dele. O estômago revirou de ansiedade pensando na situação em que havia se metido, no que havia feito noite passada e principalmente pelo fato de que era manhã e não poderia evitar de voltar para casa.

E então, olhou para o garoto novamente.

Ele simplesmente parecia tão em paz que Annabeth não conseguiu evitar se acalmar um pouco. Soltou um suspiro leve, Percy era adorável dormindo. O rosto estava pousado tão levemente sobre o travesseiro parcialmente úmido que ele parecia estar atuando para um comercial de enxovais. A tensão da loira se esvaia e ela deixou-se perder no abraço em que estava. O encarou até que seu coração estivesse completamente em calma. Era muito difícil pensar em algo além dele quando o olhava. Tinha certeza de que conseguia ouvir alguma melodia melosa tocando no fundo de sua cabeça, como a trilha sonora de um romance. Franziu o rosto inteiro ao pensar naquilo, sentindo-se envergonhada por si mesma. Além disso, não sabia exatamente o que aquele pensamento significava. Ou talvez soubesse e simplesmente estivesse com medo demais de admitir pra si mesma.

Com certo esforço, soltou uma de suas mãos do aperto firme do garoto e a levou até o rosto dele, tirando alguns fios de cabelo de frente do seu rosto. Ao fazê-lo, timidamente aproximou a palma da mão da bochecha dele, acariciando tão de leve quanto faria a um recém-nascido. Era uma proximidade extremamente nova para Annabeth, nunca havia estado daquela forma com ninguém antes. Tão perto, íntimo e carinhoso. A garota se assustou quando Percy inesperadamente abriu os olhos, os dele encontrando com os dela. Recolheu sua mão ao peito, o encarando como se houvesse cometido um crime. Ele sorriu levemente.

— Bom dia, sabidinha. - Disse. A voz rouca o tornava ainda mais cativante. A loira engoliu em seco, o coração voltando a acelerar. Acabou por dizer a primeira frase que conseguiu formular em sua mente recém despertada.

— Você baba enquanto dorme. - Anunciou. Percy pareceu atônito por uns segundos, a encarando sem dizer absolutamente nada. O estomago se revirou de vergonha, mas para sua surpresa, o moreno sorriu.

— É que eu sonhei com você - A loira não pode evitar de sorrir também. - Por que você está tão longe? - Disse a puxando para perto novamente, o rosto da garota aconchegado em seu peito. Annabeth o abraçou de volta, ambas as mãos pousadas em suas costas desnudas. Ficaram em silêncio daquele jeito, compartilhando calor. O garoto começou a afagar seus cabelos, enquanto ela acariciava timidamente suas costas. – Seu coração está batendo tão rápido. - Percy sussurrou em um tom pretencioso – Por acaso eu te deixo nervosa? - A garota não conseguia ver, mas sabia exatamente o sorriso que ocupava o rosto dele.

— O seu também está batendo rápido, engraçadinho. - Murmurou de volta. Percy não respondeu e por algum motivo, pareceu tensionar um pouco o corpo. Aquela informalidade a parecia tão desconcertante, sentia o instinto de se livrar daquela sensação esquisita que Percy trazia ao seu estômago, a amedrontava a ideia gostar tanto daquele enlaço que poderia chegar ao ponto de um dia não conseguir mais dormir sem. Não tinha noção de que tanto sobre o apego estava ligado ao toque.

Apego. Aquela palavra pairou na sua mente por algum tempo. Havia maneira de não pensar nisso quando se estava naquela situação? Annabeth temia a impressão de que assim que se soltassem, não conseguiria jamais arrancar a sensação daquele toque em sua pele. A essência dele a seguiria para onde quer que fosse, a voz narraria seus pensamentos.

Mas a realidade era que não deveria estar se apegando aos detalhes dele, não eram seus para guardar. Foi o que haviam combinado, afinal. Eles poderiam ver-se com seus olhos, compartilharem risadas e toques, mas não havia além. Em outro momento, Percy se deitaria também em silêncio com outra, se não outras. Eles também se olhariam, ririam juntos e compartilhariam calor.

Annabeth finalmente se perguntou se era a melhor ideia do mundo continuar naquele enlaço.

O aperto que sentia no peito pareceu a dizer que não, mas o calor de seu corpo a enganava.

Mas será que era realmente o que ele pensava?

Talvez ele estivesse começando a sentir alguma, não podia ser que tratasse qualquer garota daquela forma. Quem sabe quando se separassem ele também se encontraria tentando se livrar da memória constante de tocar a pele da garota, do aroma inolvidável que adivinha dela e de como sua voz ecoava suavemente dentro daquelas quatro paredes.

O garoto se mexeu, a tirando de seu transe. Ele os afastou e se levantou da cama, alongando o corpo. Annabeth franziu a testa, confusa com o gesto repentino.

— Tenho compromisso agora de manhã. Thalia não está em casa, ela vai pra academia essa hora. Você pode levar seu tempo pra ir embora. - Ele sorriu, simpático, e sem mais, trancou-se no banheiro.

Annabeth encarou a porta por alguns segundos, enquanto uma sensação de desamparo invadiu todo o corpo da garota. Annabeth sentia como se o garoto tivesse acabado de cavar um abismo entre os dois. Já havia sentido o semblante de algo parecido, em alguns dos momentos em que conversavam. Percy sempre estava tão perto para tocar, mas nunca para manter. De repente, teve o pressentimento de não sabia nada realmente sobre ele, talvez nunca chegasse a saber.

O fato de que ele parecia tão bem com isso a deixou um pouco enjoada. A garota se apressou em se trocar e arrumar suas coisas, partindo em silêncio e sem dizer adeus.

Os dias passaram como uma névoa. Annabeth sentia estar fazendo a grande maioria de suas ações no automático. Malcolm havia tirado um pequeno recesso da faculdade devido a toda a “situação Atena”. A mulher aparecia com mais frequência do que a loira desejava, agora. O que mais a irritava era como o irmão parecia completamente tranquilo com a presença dela. Talvez ele tivesse herdado a misericórdia incontestável do pai, enquanto Annabeth ficara com o orgulho inabalável da mãe. Que bela herança ela a havia deixado. 

Tinham se passado vinte e dois dias desde a aparição de Atena, e Annabeth estava vivendo no inferno desde então. Não deu uma resposta definitiva sobre a doação, mas não impediu o pai de convencê-la a pelo menos fazer os exames. Visitou mais hospitais e teve mais sangue tirado de seu corpo naquele período de tempo do que havia feito nos últimos seis anos.

Não falara muito com Percy desde que haviam dormido juntos e pensar nisso a fazia se sentir estranha. Não sabia como aquela delimitação entre eles havia se formado, talvez sempre estivesse ali, mas ela não havia reparado antes. Quando estava com ela geralmente sentia como se o conhecesse a milhares de anos, os dois pareciam estar em sintonia, Annabeth nunca sentia aquele nível de conforto com pessoas novas, as vezes nem as que já conhecia a traziam aquela sensação. Mas de repente as coisas mudavam, Percy se distanciava, como se tivesse esquecido como costumava agir com ela.

Era o que ele vinha fazendo nas últimas três semanas. Passavam dias sem se ver e sem trocar muitas palavras, mas então ele a ligava no meio da noite, dizendo que sentia falta da garota e eles acabavam conversando até o amanhecer, que era quando ele desaparecia de novo. Era tudo muito confuso para Annabeth, não sabia como tratar um estranho que ocasionalmente virava alguém com quem passava a noite em claro. Não que ele ficasse mal-educado ou a tratasse mal do nada, mas era uma frieza sutil, como a gentileza automática que normalmente se usa para pedir licença na rua. 

O aniversário de Thalia estava próximo, então também teve que se preocupar em planejar a comemoração com ela. A morena queria levar os amigos para uma casa de praia, ignorando o fato de que Annabeth mal havia voltado de uma. A loira não se incomodou, gostava do mar e qualquer lugar que pudesse ir com os amigos a deixaria feliz. O fato de que Percy provavelmente iria junto a deixava inquieta. 

Estava tão distraída enquanto fazia a mala que quase colocou um casaco de pelo sintético no meio de suas roupas. Certamente não precisaria daquilo na praia. Chacoalhou a cabeça, tentando recuperar sua atenção. Eram quase 7 da manhã, que era quando Thalia ficou de vir buscá-la de carro. Clarisse e Chris haviam se mudado a alguns dias para a faculdade, então não iriam. Combinaram que Silena, Piper, Jason e Rachel iriam no carro de Beckendorf. Thalia, Annabeth e Percy iriam no carro de Luke. Nico já estava por lá na casa de praia da família de Will, as coisas tinham escalado rápido entre eles.

Vasculhou sua gaveta de roupa intima, desejando ter alguma opção de biquini que não se lembrava. Havia comprado três peças na sua última visita ao shopping com Silena, mas não sabia se estava muito confortável em usá-las. Por fim decidiu que iria ter que lidar com a consequência de suas escolhas. Optou por um biquini azul claro, com uma amarração cruzada na cintura. A parte de baixo era linda, mas bastante reveladora, então vestiu uma saia curta branca. Amarrou uma parte das madeixas loiras, deixando o resto solto. Não colocou maquiagem, mas aplicou um hidratante nos lábios.

— Querida? - a voz do pai soou do outro lado da porta.

— Pode entrar – Ela disse enquanto arrumava alguns fios de cabelo fora do lugar. Frederick adentrou o quarto, o usual sorriso melancólico no rosto.

— Thalia está na frente te esperando – Disse.

— Okay, papai. - Disse, um pouco sem jeito. As coisas estavam um pouco estranhas entre eles desde que Atena aparecera. O dilema em tentar ajudar ou não a mãe estava a consumindo. Uma grande parte de si tinha vontade de simplesmente deixar a mulher definhar em desespero, a outra parte a crucificava por sentir isso. Não gostava de pensar no quanto aquele orgulho a fazia semelhante a mãe e acima de tudo, a aterrorizava a ideia de que o pai acharia o mesmo. Frederick não disse mais nada, parecia estar percebendo a tensão da filha. Annabeth colocou a mochila de viagem no ombro e o deu um sorriso amarelo.

— Está bonita, divirta-se. - O homem a deu um beijo carinhoso na testa.

— Obrigada, pai. Te vejo daqui uns dias, se cuide! - A garota desceu as escadas, com ele a seguindo. Malcolm estava usando o notebook na mesa da sala de jantar, o garoto a olhou de cima abaixo quando a viu chegar.

— E você vai sair assim? - Ele disse, os braços cruzados.

— Malcolm, me poupe. Eu já tenho um pai, lembra? Está bem aqui do meu lado?

— Sei... E por acaso algum menino vai nessa viagem?

— Ugh... - Annabeth murmurou, revirando os olhos. - Papai?

— Malcolm, deixe sua irmã em paz. Ela sabe o que está fazendo. - Frederick a olhou – Mas... Vão ter meninos nessa viagem? - Annabeth respirou fundo.

— Sim, vinte homens barbudos, malvados, cheios de hormônios e possuídos pela libertinagem sexual prontos para engravidar moças indefesas. Satisfeitos? - Ambos eles a olharam com feições assustadas. - Vejo vocês em alguns dias, se cuidem! - A loira depositou um beijo rápido na bochecha do pai antes de passar pela porta.

— Mas já não era sem tempo, loirinha. Se perdeu no corredor? - Thalia disse assim que a garota fechou a porta atrás de si.

— Já íamos embora sem você. - Luke disse, do banco do motorista.

— Como se vocês tivessem coragem. - A loira respondeu. O carro era um conversível azul, o teto estava aberto e uma música do The Weeknd tocava no rádio. Annabeth notou que somente os dois estavam dentro do veículo. Estava prestes a perguntar quando alguém assoprou seu ouvido, a fazendo dar um pulo no lugar que estava – Filha da PUTA.

— Ei... Mais respeito com a minha querida progenitora, por favor. - Percy disse, passando pela garota. Ele a olhou de cima abaixo rapidamente, um discreto sorriso pretensioso se formando em seus lábios.

— Você estava escondido pra me assustar, seu cretino?

— Calma, esquentadinha. O mundo não gira ao seu redor. Estava acendendo isso aqui a pedido de sua querida amiga, está ventando muito aqui. - Percy levantou tragou um cigarro aceso e então o entregou a Thalia. Annabeth arqueou uma sobrancelha.

— Você não estava brigando com Luke um dia desses para ele parar de fumar?

— Não é tabaco, loirinha. E geralmente não fumo, mas não tive tempo de fazer brownies então estamos indo do jeito antigo. - Ela deu uma tragada antes de passar para Luke. Percy abriu a porta do carro e deu um passo para o lado.

— Senhorita – Disse, indicando que ela adentrasse. A loira reprimiu um sorriso revirando os olhos e adentrou o veículo. Percy se sentou ao lado dela.

— Quer? - Luke esticou o braço na direção da garota.

— Ei! Tá maluco? – Thalia disse, arrancando o objeto da mão dele. Ao lado de Annabeth, o moreno franziu a testa.

— E ela não pode escolher se quer ou não? – O garoto perguntou.

— Não preciso que você me defenda, Percy. – A loira o cortou com certa agressividade, o que o deixou mais confuso. – Eu não quero, mas Thalia se você bancar a mãe de novo eu volto pra casa na hora. – A morena suspirou, mas assentiu.

— Você que sabe. – A garota virou-se para frente – Bem, vamos? – Luke assentiu, dando partida no veículo. Annabeth encostou no banco do carro, respirando fundo. Quando olhou para o lado percebeu que Percy a encarava, uma grande interrogação pintada em sua feição. A loira o ignorou, virando o rosto para a janela. A verdade é que o comportamento ausente do garoto a havia irritado profundamente, mas ela não tinha percebido o quanto até finalmente se encontrar com ele.

Pelo canto do olho conseguiu vê-lo pegar o celular no bolso, o seu próprio aparelho em seu notificou com um som segundos depois. Ela ignorou, ele mandou mais uma mensagem. Ignorado mais uma vez, mais uma notificação.

— Garota, mas quem tanto quer falar com você? Responde isso – Thalia falou.

— É, Annabeth. Responde isso. – Percy concordou.

— Não estou afim, é só um idiota que eu conheci na internet. – A garota respondeu. O moreno semicerrou os olhos na direção dela, mas um sorriso desafiador surgiu em seus lábios.

— Luke, por que não paramos numa conveniência que tem no caminho? Tem uma a uns 30 minutos daqui, deixa eu te mostrar. – Percy sentou-se mais perto de Annabeth e esticou o corpo para frente, se posicionando no espaço entre as duas cadeiras da frente, de uma maneira que Thalia e Luke não conseguiam ver o banco de trás. Enquanto o moreno mostrava alguma coisa em seu celular para ele, usou a mão esquerda para tocar suavemente a perna da loira. Subiu da canela até a parte interior da coxa, chegando perigosamente perto da barra do biquini de Annabeth. A garota tensionou, o coração acelerado. Sua raiva quase a fez ter o impulso de afasta-lo, mas se estivesse sendo muito honesta consigo mesma, não teve a menor vontade de fazer isso. Instintivamente abriu um pouco as pernas, dando mais conforto para que ele a explorasse. – Bem, acho que já conseguiu entender, não é?

— Sim, acho que sei como chegar. – Luke respondeu. Percy apertou a coxa da loira e então voltou ao seu lugar, um sorriso cafajeste no rosto. Annabeth ficou estática por um segundo e então arrumou sua postura no assento.

— Nossa, o que é isso aqui? – A garota disse, no tom mais cínico possível e então desferiu um soco no braço de Percy.

— AI, SUA DOIDA!

— Ah, desculpa... Achei que tinha visto um inseto no seu braço... – A garota disse, um sorriso irônico estampado nos lábios. – Percy acariciava o local onde havia sido atingido enquanto a encarava com os olhos semicerrados.

— Acho melhor fechar o teto então – Luke disse. Ele apertou um botão no painel e logo o carro se fechou num veículo normal. As janelas também foram fechadas e os vidros cobertos de insulfilm faziam o automóvel parecer blindado.

O rádio tocava as músicas contidas num pendrive, todas muito provavelmente selecionadas por Thalia, que as cantava alegremente do topo de seus pulmões. As vezes os presentes do carro a acompanhavam e sempre riam quando ela desafinava horrivelmente. A garota também mencionou sobre uma festa que ia ter num clube perto da praia, mas somente ela e Percy se animaram com a ideia. Depois de alguns minutos na estrada, Luke estacionou ao lado de uma conveniência.

— O que vocês vão querer? – O garoto perguntou.

— Hm... Quero um pão de queijo e uma limonada. – Annabeth disse. – Se eles tiverem algum docinho na vitrine também quero, me surpreendam.

— Okay, Percy?

— Eu quero dois mistos, um pão de queijo, um suco de laranja e uma fatia de qualquer bolo que eles tiverem.

— Minha nossa, mas o negócio bateu fortíssimo pra você, ein? – Thalia disse, entre risos. Annabeth e Luke a acompanharam. – Vou com você, amor. Não vai conseguir trazer tudo sozinho. – O loiro sorriu a agradecendo e os dois saíram do carro juntos. Quando eles entraram na conveniência, Percy a olhou parecendo prestes a dizer algo, mas Annabeth o interrompeu dando um tapa em seu braço.

— AI, PORRA! PARA DE ME BATER, SUA MALUCA! PARAFUSO FALTANDO!

— VOCÊ QUE TÁ COM PARAFUSO FALTANDO! O QUE FOI AQUILO?

— AQUILO O QUE?

— VOCÊ TOCANDO... VOCÊ... VOCÊ SABE! – A garota balbuciou, gesticulando muito. Percy parou de acariciar o braço dolorido e sorriu.

— Ah, você está falando disso aqui? – Ele se inclinou na direção de Annabeth, a mão subindo pela lateral da coxa, por baixo da saia que a garota usava. A loira arfou ao toque, os lábios dos dois quase se tocavam na pouca distância.

— Você enlouqueceu? – Disse, quase em sussurro – Eles vão ver.

— Ver o que, Sabidinha? Não estamos fazendo nada. – Percy roçou os lábios dele no canto da boca dela, a provocando. – Por que você está brava comigo? – Sussurrou próximo ao ouvido dela, Annabeth suspirou quando ele a deu um beijo no pescoço.

— Porque você é um babaca – Ela balbuciou sem nenhuma raiva na voz. O garoto riu, a respiração dele em seu pescoço fez a loira se arrepiar.

— Isso eu sei, mas ainda não explica porque você está irritada. – Percy puxou o corpo de Annabeth para si, forçando-a a encara-lo. A garota permaneceu calada. – Tudo bem, já que você não quer me dizer o que aconteceu, não me resta nada além de tentar te fazer me perdoar, não é? – Ele a segurou gentilmente pelo queixo e a puxou para um beijo ardente.

Annabeth o devorou, não se dava conta que sentira tanta falta daqueles lábios. Percy a puxou para seu colo, onde a loira se posicionou sem demora. Emaranhou uma das mãos nos cabelos dela, enquanto a outra explorava o resto de seu corpo. A tensão era tanta que a garota se viu reprimindo gemidos. Annabeth abria aos poucos a blusa de botão que ele usava, as mãos explorando seus ombros e tronco. Percy interrompeu o beijo, desviando a carícia para o pescoço dela até o colo desnudo.

— Essa roupa... Você deve estar querendo me enlouquecer. – A garota sorriu.

— Talvez seja exatamente essa a intenção. – Percy levantou o rosto para ela, o olhar cheio de malícia de luxúria.

— Muito cuidado com o que você diz, Annabeth Chase. – O garoto sorriu, suas mãos desceram até o quadril dela, pressionando ambos os seus corpos.

— Por que? O que você vai fazer? – Perguntou, cínica. Percy respirou fundo e mordeu o lábio. Ele a beijou novamente, as mãos explorando por baixo da saia. Ele a explorou das coxas até a parte traseira, onde desferiu um leve tapa. – Aí! – Annabeth reclamou, mas com um sorriso no rosto.

— O que? Só você pode bater? – Ele mordiscou o ombro dela e baixou a alça do biquini com os dentes, quase deixando a garota parcialmente nua. Desceu os beijos até aquela região, prestes a retirar a peça. Annabeth gemeu quando ele a apalpou, sentia o corpo inteiro ferver. Percy estava prestes a explorar o local ainda mais, quando o soar incessante do alarme do carro disparou. Era o som que ele fazia quando a chave do veículo estava se aproximando. Os dois pularam em seus lugares pelo susto, Annabeth se apressou em arrumar o biquini e passou as mãos no cabelo, enquanto o garoto desesperadamente tentava fechar a blusa e esconder o volume terrivelmente óbvio em sua bermuda. Quando a porta do motorista abriu, a loira já estava fingindo usar o celular.

— Pelos deuses, nunca achei que ia demorar tanto pra fazer um chocolate quente! Acredita que foi o que mais demorou? – Luke disse enquanto dava a garota um copo de isopor e uma embalagem de papel. Annabeth tentou disfarçar que estava prestes a ter um ataque cardíaco e apenas agradeceu com um sorriso.

— Pois é! Eu sei que ainda é cedo, mas só uma funcionária pro lugar inteiro é foda. – Thalia deu a Percy uma sacola cheia de coisas e um copo de plástico com suco. – Annabeth eles só tinham brigadeiros lá, peguei dois de beijinho pra você. – A garota se contentou em assentir enquanto enchia a boca de limonada. Os dois se sentaram em seus devidos lugares e Luke deu partida no carro novamente. Percy a olhou ao morder um de seus sanduiches, reprimindo um sorriso. Annabeth suspirou e deu mais um gole no seu suco.

Aquela ia ser uma viagem bastante longa.


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Notas finais do capítulo

Perguntinha de hoje: Estão animados para o livro 6 de PJO? AAAAAAAAAAH, EU SURTEI!
Se puderem deixem suas reviews! Comentários inspiram muito! Obrigada pela leitura e até o próximo capítulo!



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