Checkpoint - Love Is a Laserquest (Percabeth) escrita por pixxieme


Capítulo 13
Capítulo 13 - Reminder


Notas iniciais do capítulo

boa noite galerinha do mal! trago notícias felizes: COMPREI UM NOTEBOOK NOVO!!! FAVELA VENCEU!!!!
recebi ele essa semana, então já dei uma boa trabalhada no próximo capítulo e como essa história já está chegando perto do final que eu quero pra ela, estou trabalhando numa outra também! Não se preocupem, quando digo "perto" quero dizer uns 8-10 capítulos de distância.
Espero que gostem do capítulo! Até o próximo.



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“Everytime you try to forget who I am 

I’ll be right there to remind you again 

You know me.” 

Annabeth  estava sozinha na cozinha da casa de praia. Usava um avental e trabalhava avidamente em fazer um bolo de chocolate. Os cabelos loiros estavam presos num cabo de cavalo, mas continuava com bastante calor. Suspirou ao misturar a massa num bowl, a consistência e a cor da massa não parecia.. Deu mais uma olhada no livro de receitas que estava acompanhando, tentando descobrir onde havia errado.  

— Farinha, chocolate, açúcar… - a garota lia o texto em voz alta – Ah! Meia xícara de cacau 100%! É isso que falta. – Annabeth abriu o armário de insumos, buscando o ingrediente que faltava. Afastou-se em alguns passos para ter uma visão melhor e encontrou o pacote na última prateleira, na esquerda. – Ah, achei! – Comemorou. Levantou o braço na direção do pacote, mas teve pouco sucesso, o armário era alto demais para que alcançasse. A loira olhou em volta, procurando algo que pudesse usar parar puxar. Resolveu que uma concha provavelmente funcionaria, então pegou uma na gaveta. Mais uma vez, a loira se esticou na direção da prateleira, mas apesar de chegar muito próximo, a concha ainda não era o bastante. Annabeth colocou uma de suas coxas encima do balcão embaixo do armário, se impulsionando um pouco para cima. Finalmente a concha alcançaria o pacote, estava quase o alcançando quando sentiu uma presença em suas costas. 

— Precisando de ajuda, sabidinha? – Uma voz rouca sussurrou em seu ouvido enquanto mãos filmes seguravam em sua cintura por trás, a levantando em alguns centímetros. Annabeth pegou o pacote e então foi colocada novamente no chão. Deu de cara com o clássico sorriso sugestivo de Percy assim que se virou. 

— Você quer me matar do coração? – Disse, tentando se recompor. Percy sorriu ainda mais. 

— Só queria ajudar, minhas intenções sempre são as melhores – O garoto disse, se aproximando. Annabeth deu um passo instintivo para trás, apenas para bater com as costas no balcão. Percy se inclinou na direção dela, apoiando os braços em cada lado seu, a encurralando.  

— O que tá fazendo? Você endoidou? – A garota disse, quase num sussurro. O moreno não se abalou em momento algum, mantendo a posição e o olhar fixo nela. Annabeth engoliu em seco, temendo que naquela proximidade ele conseguisse sentir o coração dela quase explodindo.  

— Só uma coisinha… - Percy se aproximou ainda mais dela, deixando seus rostos perigosamente perto. Annabeth pensou que ele fosse beija-la, mas com um sorriso divertido no rosto ele desviou, tocando os lábios em sua mandíbula. A loira colocou a mão no ombro dele, surpresa, mas não o empurrou. – Chocolate, acho que você se sujou. – Ele sussurrou em seu ouvido e então se afastou um pouco para olhá-la.  

— Você poderia só ter me dado um lenço – A garota disse sem conseguir encara-lo.  

— Provavelmente, mas qual seria a graça disso? – O moreno disse ao colocar uma mexa dos cabelos loiros da garota atrás de sua orelha.  

— Percy… - A mão dele desceu até a nuca de Annabeth, onde enroscou-a em meio das madeixas, puxando levemente o rosto dela para trás, deixando o pescoço mais a mostra.  

— Olha, parece que faltou uma parte aqui. – A garota suspirou quando os lábios dele tocaram a pele de seu pescoço. O corpo inteiro se arrepiou e aos poucos amoleceu nos braços dele. Percy lentamente desceu os beijos até o ombro de Annabeth, baixando a alça do avental juntamente com a de sua blusa conforma seguia o percurso. A loira instintivamente já se encontrava com as mãos nos cabelos dele, onde segurava com firmeza. Percy tocou cada centímetro da pele da garota com seus lábios, descendo até o colo. Annabeth emitiu um muxoxo quando ele subitamente parou para encara-la, o som o fez abrir um sorriso insuportavelmente convencido. 

 – Acho que agora foi tudo, já posso parar – Ele disse. A garota o encarou por alguns segundos, atônita. 

— A-ah, é… - Foi o que conseguiu dizer quando se deu conta de si. Puxou a alça da blusa para cima, tentando se recompor. Percy deu uma gargalhada e segurou a mão dela, a impedindo de continuar.  

— Essa sua carinha de decepção é de covardia, sabia? – O garoto disse, umedecendo os lábios. – Você gosta quando eu te toco tanto assim? – Sussurrou, os olhos fixos nos dela. Annabeth abriu os lábios levemente, sem conseguir responder. Percy reprimiu um sorriso satisfeito mordendo o lábio. As mãos desceram até o quadril de Annabeth, onde segurou firmemente e impulsionou para cima, a colocando sentada no balcão. Ele selou os lábios com os dela tão ferozmente que a garota suspirou, logo estava com os braços ao redor do pescoço dele. Percy segurava firme em sua cintura, a puxando para mais perto. A garota sentia o corpo inteiro pegar fogo.  

Tudo sobre Percy era completamente hipnotizante. As mãos firmes e confiantes dele em seu corpo, o jeito intenso que ele a beijava, o olhar carregado de desejo, o cheiro de maresia. Quando se deu conta já estava tentando despi-lo, desabotoando os botões de sua blusa. O garoto em nenhum momento a questionou, deixando que ela o fizesse. Logo a peça já estava jogada em um canto da cozinha ao lado do avental que a garota não se lembrava de ter tirado, Annabeth não hesitou em correr as mãos pelo corpo dele. Sabia que Percy era um atleta de natação, mas era impressionante o que um pouco de água podia fazer. Tocou os braços firmes dele, descendo a mão por seu torso, parando onde começava o cós da calça que ele usava.  

— Meio injusto, não? – Ele sussurrou, deslizando as mãos pela coxa dela até o quadril por baixo do vestido solto que usava. Quando Percy tocou a lateral de sua calcinha, Annabeth suspirou. Ele a olhou diretamente nos olhos, completamente libidinoso. – Posso? – Perguntou. A loira sabia que estava completamente vermelha, mão não evitou o contato visual.  O fato dele ter perguntado só a deixou ainda mais extasiada. Annabeth colocou as mãos sobre a dele e desceu a peça por suas pernas com ele, ainda com os olhos nos dele. A garota deixou o pequeno tecido rendado cai no chão e Percy a beijou novamente, quase agressivo. Ele puxou o quadril dela em direção ao dele, Annabeth claramente conseguia dizer que ele estava tão empolgado quanto ela. O garoto se afastou um pouco e começou a se abaixar, não perdendo a oportunidade de tocar cada centímetro dela no trajeto. Annabeth arfou quando o rosto dele parou na altura de suas coxas. O moreno não tirou os olhos dos dela quando começou a distribuir beijos na parte interna de suas coxas, subindo até o meio delas. A loira não conseguiu segurar um gemido audível quando ele finalmente chegou ao seu destino final. A garota agarrou os lençóis com toda força, arqueando as costas.  

“Lençóis?” A garota pensou, num raro momento de lucidez.  

Annabeth acordou ofegante, como se alguém tivesse acabado de a dar um susto. Piscou os olhos pelo menos umas vinte vezes antes de abri-los normalmente, eles ardiam tanto que parecia ter espremido gotas de limão neles. Respirou algumas vezes até voltar a si, sentindo as pernas bambas. Estava suada e o coração não era a única parte de seu corpo que sentia pulsar. De fato, agarrava os lençóis com toda força, mas fazia mais sentido agora que percebeu que estava sonhando. Sentou-se na cama, passando as mãos pelos cabelos. Um sonho, era isso que tinha acontecido. Arfou, desacreditada. Não conseguia acreditar que havia tido um sonho tão brutalmente explícito daqueles com Percy, principalmente não depois de ter tido uma briga enorme com ele. Estava convencida de que seu subconsciente simplesmente não era consciente coisa nenhuma.  

— Mas que inferno – Murmurou. Olhou em volta do quarto, feliz em ver que nenhuma das meninas estavam presentes para ver seu estado catastrófico. Tocou o rosto, o sentindo mais quente do que o normal, poderia facilmente estar com febre. Annabeth colocou a mão sobre o peito e respirou fundo, tentando se acalmar. Não parecia ter sido um sonho, tinha quase certeza de que conseguia até mesmo sentir o cheiro dele em algum lugar, o corpo estava reagindo como se estivesse sobre o efeito da presença dele. A loira se jogou na cama de novo, apertando os olhos. Tudo o que mais tinha vontade era sair dali, ir imediatamente na direção do quarto de Percy e se trancar lá dentro com ele. Não sabia que era possível sentir tanto desejo que chegasse a causar dor.  

De olhos fechados, as cenas de seu sonho se repetiam em sua cabeça. Não apenas isso, a imaginação se misturou com suas memórias, recordando momentos em que sua pele havia estado em contato com a do garoto. Escondidos na cozinha da casa de Thalia, no quarto dele, na dispensa, no carro, ali naquele quarto. Parecia nunca enjoar, nunca era o bastante. Sempre que o beijava era como se fosse a primeira vez. Estava com tanta raiva de Percy. Se estivesse em sua total consciência tudo o que pensaria era em como queria nunca mais o ver novamente, mas naquele momento a raiva parecia funcionar até mesmo como um fator que evidenciava seu desejo. As mãos se dirigiram a sua parte mais íntima, na tentativa de se livrar daquele sentimento. Pensou nos ombros dele, nas costas, em suas mãos firmes sobre seu corpo. O corpo se contorceu na cama pelo prazer recebido. Divagou nas palavras que Percy a havia dito, sobre como ele a achava linda, como a desejava.  

“Me deixa aliviado, nesse caso.”  

Um tom frio de repente invadiu os devaneios dela, Annabeth franziu a testa, tentando se livrar daquilo. Focou-se na última vez que sentira os lábios de Percy nos seus.  

“Tive a impressão de você estar começando a achar que o que temos significa mais do que é.”  

Não. 

“Fico feliz de estar errado.”  

Annabeth abriu os olhos, sentindo-se irrevogavelmente fria. O calor de seu corpo havia apagado completamente, agora que tudo o que via era o olhar gélido de Percy sobre si. A garganta havia fechado, tomada por angústia. Sentiu os olhos encherem de lágrimas, como na noite passada, mas rapidamente se levantou. Não queria chorar novamente, definitivamente não faria aquilo consigo mesma, não deixaria ele ter esse poder. A garota andou rapidamente até o banheiro, ignorando o aperto em seu peito.  

— Ah, a vida é realmente muito boa. – Silena disse em meio a um suspiro. Ela, Annabeth, Rachel, Thalia e Piper estavam deitadas em toalhas na areia, pegando sol.  

— Acho que não fica muito melhor do que isso. – Piper respondeu, dando um gole em seu drink.  

— Acho que ficaria melhor com comida, esses homens não terminam nunca? – Thalia disse. As cinco garotas viraram para trás, encarando os garotos que faziam os preparos para o almoço. Nico e Will estavam sentados numa mesa improvisada cortando verduras para um vinagrete, Percy e Lee pareciam estar disputando pela liderança do fogo. Jason e Beckendorf apenas estavam por perto observando, ocasionalmente fazendo um comentário para apartar a discussão entre os outros dois.  

— Parece que a coisa ali tá agitada. – Piper comentou. 

— Garotos são tão estúpidos, o que eles teriam para brigar sobre? – Thalia disse, bufando. 

— Você ficaria surpresa. – Silena disse, segurando um sorriso. Annabeth a lançou um olhar de alerta, mas ela apenas a deu língua.  

— Mas vocês tem que admitir, não é tão ruim assim ver garotos sem camisa trabalhando. – Rachel disse entre um suspiro, as outras a acompanharam.  

— Ei Rachel, e você e a Reyna, ein? – Piper perguntou. Annabeth não olhou na direção delas, mas de repente os ouvidos estavam bem mais aguçados do que antes. A ruiva suspirou pesado e virou-se para frente. 

— Reyna é complicada, vocês sabem. Ainda tá no armário pros pais dela. Eu não julgo, já estive no lugar dela, mas não quero ter que voltar pra lá, não depois de ter me esforçado tanto pra sair. – Todas as garotas assentiram, lamentando. Annabeth sentiu o peito pesar um pouco. Estava com tanto ciúme de Percy que quase havia se esquecido de que Rachel era sua amiga muito antes disso. Ouvi-la falar sobre suas dificuldades a fez perceber o quanto estava sendo idiota.  

— Sinto muito, Rach. Eu sei que você gostava dela. – A ruiva olhou na direção dela, parecendo levemente surpresa. Talvez também tivesse notado o comportamento defensivo que a loira havia adotado nos últimos dias.  

— Valeu, Annie. – Ela disse com um sorriso sincero nos lábios. – Mas enfim, águas passadas. Logo volto pra faculdade e ocupo minha cabeça, vou sobreviver.  

— Ugh, nem me fale de faculdade. Estou pensando se deveria simplesmente casar com um ricaço e virar dona de casa. – Piper disse. 

— É por isso que você tá de olho no meu irmão? Sua interesseira! – Thalia acusou claramente brincando, mas Piper ficou vermelha instantaneamente.  

— N-nada a ver… Eu e J-jason, casar… Socorro – Ela gaguejou, escondendo o rosto entre as mãos. Todas as garotas riram. – E-enfim, mas falando de faculdade. E você Annabeth, quando começa na Nova Roma?  

— Uh? Ah. Tipo uns 6-7 meses ainda, por ai.  

— Ah, é mesmo. Sabia que Percy tá pensando em pagar um período lá? – Thalia disse. Annabeth quase se engasgou com a notícia inesperada, mas manteve a postura. 

— É-é mesmo? E por que? – A loira perguntou, a voz mais aguda do que o normal.  

— Aparentemente eles tem um convênio com o National Geographic. Um professor dele sugeriu que ele aplicasse pro estágio lá, mas ele teria que se transferir pra isso. – Dessa vez Annabeth se engasgou de fato.  

— National Geographic? Tipo, o canal de tv? – Silena perguntou, exasperada.  

— É, é um estágio de pesquisa. É pra um documentário sobre cavalos marinhos, algo assim. – Thalia disse, como se fosse uma ocorrência corriqueira.  

— Então ele não é só um rostinho bonito, interessante… - Silena comentou. Annabeth tossiu novamente, se abandando.  

— Eii, e ai meninas – A voz súbita de Percy chamou a atenção de todas. Ele trazia um prato com espetinhos de carne e pão de alho em uma mão e um copo de vidro em outra. As demais garotas comemoraram quando ele colocou o prato na mesinha na frente delas. – Aqui, toma. – O garoto disse, acanhado, enquanto estendia o copo que segurava na direção de Annabeth. A loira olhou confusa para o objeto e então para ele, percebendo assim que ele não a olhava de volta. Ao invés disso, seu olhar estava focado no mar, como se olhar pra ela fosse incomodo. O gesto chamou a atenção das demais meninas que agora também o encaravam, curiosas. Percebendo isso, Percy pegou a mão de Annabeth e a fez prender os dedos ao redor do copo. – Eu tava trazendo o prato, mas Luke disse que ouviu você tossindo de lá então fez e mandou eu trazer. – Disse enfim, afastando-se dela.  

— Ah. – A garota murmurou, mesmo que ele não fosse escutar. Ela deu um gole no copo, apesar de sentir que o nó que havia se formado na garganta dificultaria o líquido de descer. A loira se retraiu um pouco surpresa  ao perceber que o conteúdo do copo era caipirinha, não achou que Luke a oferecia algo alcoólico sem que pedisse. Deu um gole mais longo, na esperança de que o álcool aliviasse o peso que sentia no peito, agora que Percy estava ali.  

— Engraçado, a gente tava falando de você agora. – Rachel disse, tocando o braço dele. Percy pareceu surpreso com o toque, mas não se afastou dela. Na verdade, ele até mesmo se apoiou na traseira da cadeira dela. Annabeth umedeceu os lábios, sentindo o ciúme que havia considerado idiota a pouquíssimos minutos atrás retornando como se nunca tivesse ido embora.  

— É mesmo? As senhoras acham bonito fofocar? – Ele brincou com um sorriso enorme no rosto. Annabeth suspirou e desviou o olhar para o mar, sentindo o coração pular no peito. 

— Não foi uma fofoca, ein? Estávamos falando de como você vai ser famoso no National Geographic em breve. – Piper defendeu-se.  

— Thalia… - Ele disse num tom de repreensão. Curiosa, Annabeth não pode evitar de espiar a expressão dele.  

— O que? Você não contou que era segredo. – A morena disse, emburrada. 

— Eu nem apliquei pra transferência ainda, quem dirá o estágio!  

— Mas vai entrar assim que aplicar. E de qualquer forma, por que ainda não? – Ela disse. Percy desviou o olhar rapidamente na direção de Annabeth antes de falar, fazendo o coração dela falhar uma batida. O moreno limpou a garganta, parecendo contrariado de repente.  

— Er.. Bem, não é da sua conta. – Disse, piscando na direção dela.  

— Ih… Parece que a fama já subiu a cabeça. – Piper comentou, fazendo com que todos, exceto por Annabeth, gargalhassem. Percy sorria abertamente ao conversar com elas. “Como ele ousa sorrir assim quando eu estou morrendo de raiva dele?” pensou. A garota bufou com o próprio pensamento e deu mais um longo  gole em sua bebida, fez uma careta ao sentir o gosto do álcool mais forte no fundo do copo.  

— Vai com calma, coloquei vodca ai. – Percy a interrompeu, se aproximando. Annabeth levantou uma das sobrancelhas, confusa. Ele queria ficar próximo depois da maneira que a havia tratado na noite passada? Se o moreno não sofria de amnésia, era certamente um total sem noção.  

— Colocou? Achei que Luke tivesse feito pra mim. – A garota perguntou, cínica. O olhar do garoto encontrou com o dela firmemente pela primeira vez no dia inteiro, Annabeth não desviou, apesar de sentir o coração doer. As garotas continuaram conversando entre si, não dando muita importância ao diálogo entre eles.  

— É, eu… Eu que mandei ele fazer. – Disse, cruzando os braços na frente do peito, tentando parecer confiante em sua mentira.  

— Ué, mas achei que ele tinha te dado quando você tava trazendo o prato – Annabeth perguntou, mais cínica do que antes. Percy abriu e fechou a boca de novo, sabendo que tinha sido pego. – Quantas inconsistências numa história tão simples, ein? – A loira sorriu, vitoriosa. Ela deu mais um gole na bebida, o encarando. Sabia que ele havia feito aquilo de propósito. Não queria ficar com ela, mas não suportava a ideia de que ela o esquecesse. Não havia sido por acaso, Percy estava lembrando Annabeth que ele ainda estava ali, mesmo que por um gesto simples e gentil. Ele sabia que era o bastante. O ódio fez o sangue da loira ferver. – Vou dar um mergulho lá na piscina. – Anunciou para as amigas. As meninas apenas assentiram.  

Annabeth andou em passos tão pesados para a piscina da casa que achou que fosse afundar na areia. Subiu a escada da entrada, passando como um furacão pelos meninos e indo em direção do corredor  externo da casa, que dava na piscina. Ali não tinha visão da frente as casa por causa da parede lateral, então era perfeito para ter um surto psicótico. Annabeth despiu-se do blusão que vestia por cima do biquíni e então jogou-se dentro da piscina. A garota se deixou afundar até estar totalmente submersa. Quando as pernas finalmente tocaram o fundo, Annabeth gritou com toda a força, até que a faltasse força nos pulmões. Também desferiu golpes esperneados a sua volta, como se aquilo fosse expulsar a agonia em seu peito. Quando já estava próxima de ficar sem fôlego, de repente alguma coisa caiu na água bem na sua frente, fazendo com que bolhas surgissem em sua volta. Quando percebeu que se tratava de Percy, o garoto já havia agarrado seu corpo e a estava puxando para cima.  

— O QUE VOCÊ TA FAZENDO SEU IDIOTA? – A loira gritou ao submergir, enquanto o estapeava para que a soltasse.  

— AI! VOCÊ TAVA SE AFOGANDO! AI!! – o garoto gritou de volta, enquanto tentava controlar-la.  

— EU NÃO ESTAVA ME AFOGANDO SEU COMPLETO CABEÇA DE ALGA! – disse, ainda o estapeando.  

— PAROU, PAROU! – O garoto disse, segurando os pulsos dela firmemente contra ele e prendendo as pernas dela entre as dele. Annabeth esperou que afogassem de novo naquela posição, mas não aconteceu. Aparentemente Percy ficava em pé tranquilamente na piscina até com os joelhos um pouco dobrados. A loira respirou fundo, raivosa. Jogou o rosto um pouco para o lado, tentando tirar uma mecha de cabelo na frente de seus olhos. Percy segurou os dois pulsos dela com uma mão só e usou a outra para colocar o cabelo atrás da orelha dela. – Se acalmou? – Perguntou num tom mais baixo dessa vez. Os olhos terrivelmente verdes dele invadiram os dela, prendendo totalmente sua atenção.  

Percy não tinha mais o olhar frio de antes. Na verdade, a garota não se lembrava se algum dia ele a tinha olhado da maneira que estava olhando. Era quase uma súplica, como se Annabeth fosse um objeto de adoração e ele estivesse prestes a fazer um pedido. O moreno lentamente soltou os pulsos e as pernas dela, as prendendo e volta da cintura dele para que a loira não afundasse. O garoto tocou o rosto dela tão delicadamente quanto tocaria um vaso de porcelana. A garota não conseguiu se impedir de deixar-se aconchegar ao toque dele. Estava sonhando com aquilo desde que dormiram juntos, tinha a impressão de que não conseguiria se livrar do constante anseio de estar perto de Percy. De repente a angustia em seu coração sumira, nem se lembrava mais do jeito que ele havia quebrado seu coração na noite passada.  

A noite passada. 

E então, Annabeth se deu conta do quanto Percy a havia magoado. Estava nos braços quentes e aconchegantes dele, olhando em seus olhos amorosos e suplicantes, mas em sua cabeça ainda ouvia a voz dele ecoando.  

“Você é linda, nós nos divertimos e tal, mas nada mudou.” 

Annabeth o empurrou, afastando seu corpo do dele.  

“Tanto faz, como queira.”  

O eco em sua cabeça deixou um gosto amargo na boca. Como era possível que ele a estivesse olhando daquele jeito agora, quando havia a esnobado a menos de 24 horas? A loira sabia que ele era territorial, sabia que ele a lembraria da existência dele, mesmo que não a quisesse. O que não sabia era que ele conseguia ser cruel daquele jeito. Fingir toda a ternura com a qual a olhava, apenas para que Annabeth permanecesse presa a ele. A loira tirou as mãos de Percy de sua cintura e mergulhou, nadando até a borda da piscina. A garota se impulsionou para fora, andando rapidamente na direção de uma toalha estendida no varal. Sentia os olhos lacrimejando ao secar-se. Ouviu Percy emergindo atras de si e desejou que ele simplesmente fosse embora, não queria dar ao garoto satisfação de a ver chorar por ele. “Por favor, vá embora” ela desejou.  

— Annabeth, eu… - O garoto se aproximou, a água pingando por onde ele andava. A loira se recusou a virar, ainda passando a toalha pelo seu corpo. Enxugou os olhos rapidamente, tentando se livrar das lágrimas.  

— Esquece, Percy. – A garota disse em uma voz turva, torcendo o cabelo.  

— Não dá. – O garoto disse, a voz vacilante. O instinto de Annabeth quase a fez encara-lo imediatamente. – Deixa eu… Vamos conversar, Sabidinha. Por favor. – A loira travou o maxilar ao ouvir o familiar apelido, agora soava quase como uma ofensa. A garota suspirou e mascarou sua expressão o máximo que pode antes de virar para encara-lo. Sua feição dura quase se desmanchou quando se deu de cara com a cara de cachorro abandonado dele. Quantas facetas novas de Percy estava descobrindo naquele dia? Não sabia se podia confiar em alguma. 

— Acho que você deixou as coisas bem claras ontem, Percy. – Disse firmemente. O garoto mordeu o lábio e baixou o olhar. Annabeth esperou que ele dissesse mais alguma coisa, mas nada aconteceu. – Ótima conversa, obrigada. – A garota fez menção de se virar, mas ele segurou seu braço.  

— Espera, Sabidi… 

— CARALHO! Pare de me chamar disso! – A loira exaltou-se. Percy deu um passo para trás, surpreso. – O que você ganha fazendo isso, em? É pra massagear seu ego? – Annabeth gesticulava ao falar, frustrada.  

— Ego? Do que você tá falando, Annabeth? – O moreno fez menção de toca-la, mas a loira se esquivou. Percy recuou, o rosto franzido de mágoa. – Eu… Eu queria conversar. Não queria ter brigado com você, não era pra… - O garoto correu as mãos pelo cabelo, visivelmente estressado. – Eu não queria ter magoado você. Não era isso que eu queria fazer. – Percy finalizou sem conseguir olha-la. Annabeth também não tinha coragem de olha-lo, sentia que cederia muito facilmente se estivesse.  

— Mas magoou, Percy. E continua fazendo isso. – A loira respirou fundo, tentando não se descontrolar.  

— Desculpa. Eu realmente queria ter tido aquela conversa de outro jeito. Eu estava… Estressado Não justifica, mas é o que aconteceu. Eu sinto muito. – Annabeth mordeu o lábio, angustiada. Sabia que ele estava sendo sincero, provavelmente não queria te-la magoado. 

Mas não mudava o que tinha acontecido, não mudava que o que ele havia dito era verdade. 

Não mudava que realmente nunca haveria nada entre eles, ou a frieza e a indiferença com a que ele a havia tratado, não mudava que ele propositalmente a havia afastado. Annabeth sabia que aquilo não poderia continuar porque havia quebrado sua parte do trato. Estava apaixonada por ele, não havia mais sentido em negar aquilo, mas não faria aquilo consigo mesma. Não aceitaria as migalhas de afeto que ele oferecia só porque gostava dele. Sabia que merecia mais do que isso. 

— Então por favor, fique longe de mim. – Annabeth disse, sentindo uma lágrima teimosa descer por um dos olhos. Percy finalmente levantou o rosto para olha-la, desolado. – Pare de aparecer assim, pare de me olhar desse jeito, pare de me lembrar que você existe! Se você está arrependido, por favor, me deixe em paz.  

— Annabeth… - A loira saiu andando antes que ele pudesse falar mais alguma coisa. Correu até o banheiro do corredor e se trancou lá, deixando-se cair sentada no chão com as costas apoiadas na porta. A garota respirou fundo sentindo que havia aberto mais ainda o buraco em seu coração.  

Depois do almoço todos resolveram tirar um cochilo antes da festa da noite, já que como se tratava do dia do aniversário de Thalia, certamente seria mais agitada. Annabeth e Silena também passaram um bom tempo decorando e cozinhando juntamente com Lee, Jason e Piper. Beckendorf e Percy tinham ido comprar mais bebidas e buscar o bolo e salgados na cidade. Quando a noite já estava se aproximando, todos já haviam terminado seus afazeres e estavam se arrumando para a festa. O tema escolhido era “Ícones dos anos 2000”, então é óbvio que já podia-se ouvir Nelly Furtado e Pussycat Dolls tocando nas caixas de som na frente da casa. Annabeth estava terminando sua maquiagem na frente do espelho banheiro, competindo com Silena por espaço na frente do objeto. Thalia, Rachel e Piper também se arrumavam em lugares diferentes do quarto.  

— Sua roupa tem tantas camadas que eu ainda não consegui entender como que você se vestiu. - A loira disse observando a amiga terminar de aplicar gloss. Silena estava vestida de Suki do filme “Velozes e Furiosos”.  

— Você que é muito básica. - A garota disse, mostrando a língua. Ela passou uma última camada de glitter no meio da pálpebra antes de se afastar do espelho e sorrir. - Como estou? 

— Linda, é claro. Nunca tinha reparado o quanto esse estilo combina com você, deveria usar mais. - A loira disse.  

— Não sei, é meio imprático. Uma abaixadinha errada aqui e pago uma calcinha tremenda. Mas é bonito.  

— Uau, acho que vou pagar pra ver essa abaixadinha errada. - Beckendorf, que estava parado na porta, disse ao ver a namorada. Silena emitiu um gritinho animado e andou até ele, o dando um beijo assim que se aproximou. O garoto estava vestido de Tej, o personagem que é namorado da personagem de Silena no filme. Os dois ficavam absurdamente fofos um ao lado do outro.  

— Arrumem um quarto! - Annabeth brincou.  

— Quer saber? Nós vamos mesmo! - A morena disse, mostrando a língua. Ela saiu do quarto arrastando o namorado consigo. A loira riu consigo mesma, balançando a cabeça. Deu um gole no copo que estava próximo ao seu pé, no chão. Era a mistura de algum álcool com suco e refrigerante que Thalia tinha feito para se aquecerem pra festa, Annabeth certamente já se sentia bastante alegrinha depois do segundo copo. Finalizou o líquido antes de devolver o recipiente ao chão.  

— UGH. Se eu soubesse que era tão difícil fechar essa droga desse corset nunca teria colocado isso pra começo de conversa. - Piper disse ao sair do banheiro, Thalia e Rachel estavam logo atrás dela.  

— Se EU soubesse certamente teria abandonado seu barco, agora estou toda suada. - A morena disse, abanando o rosto. Thalia estava vestida de Alice do filme “Crepúsculo”, o que significava que ela estava usando muitas camadas de roupa. O cabelo repicado fazia com que ela combinasse perfeitamente com a personagem. Piper se debateu ao arrumar algo no cinto amarrado em volta da sua cintura, ela sentou-se na cama, bufando. 

— O prêmio de consolação é que ficou lindo! - Rachel disse. A morena se contentou em suspirar. A fantasia dela era de Susana de “As Crônicas de Narnia”, então claro, tinha bastante ornamentos.  

— Droga de fantasia apertada. - Piper murmurou, pousando a mão sobre o estômago. 

— Por que você a escolheu se não gosta? - Thalia perguntou.  

— Eu esqueci que precisava trazer uma... Era a única que eu tinha em casa, usei no halloween a tipo, uns cinco anos. Não faço ideia de como ainda fechou. - Piper disse, ofegante ao terminar de falar.  

— Eu to sem ar só de olhar pra você - Rachel disse. A ruiva estava vestida de Mary Jane, especificamente com uma roupa dos primeiros filmes de “Homem-Aranha”. Ficava bem nela, considerando o cabelo vermelho.  

— Eu não sei se isso foi um flerte ou preocupação, mas agradeço de qualquer forma. - Piper disse, fazendo com que todas rissem.  

— Todas prontas, então? Podemos sair? - Annabeth perguntou.  

— Acho que sim. E a Silena? - Piper perguntou.  

— Está em algum canto da casa com seu cunhado. Eu os deixaria em paz. - A loira respondeu de maneira sugestiva. Piper fez uma careta rápida, mas riu. As garotas começaram a sair do quarto em direção a festa que acontecia do lado de fora. Annabeth aproveitou para dar uma última olhada do espelho. Sua fantasia de Aquamarine tinha ficado exatamente do jeito que queria. Tocou as mexas azuis que havia pintado com tinta temporária e deu uma última arrumada nos fios. Depois disso, seguiu o mesmo destino que as amigas.  

O ambiente da festa estava mais iluminado do que o normal. Lâmpadas coloridas deixavam o lugar furta-cor, a música estava tão alta que Annabeth se sentiu um pouco tonta ao se aproximar. Seus amigos já estavam bastante animados, dançando e bebendo. Conseguiu ver Nico e Will sentados na areia num canto mais afastado. O moreno usava maquiagem e roupas pretas, Annabeth reconhecia o personagem de algum lugar, mas não estava certa. Will claramente estava vestido de Peter Pan, a roupa estava idêntica ao que o Jeremy Sumpter usava no filme de 2003. Era engraçado ver o contraste entre eles. Ao lado da mesa das bebidas Piper, Jason e Percy conversavam animadamente sobre alguma coisa. Jason estava muito obviamente vestido de Fred de “Scooby Doo”, Annabeth teve que segurar uma risadinha ao se aproximar.  

— Perdeu o resto da sua turma? - A loira perguntou. Todos se viraram na direção dela, a garota se esforçou para não desviar o olhar para o moreno ao seu lado.  

— Muito engraçadinha. E você, não vai definhar se ficar fora da água esse tempo todo? - O garoto rebateu, mas com um sorriso. A loira riu em conjunto a ele, se esticando até a mesa para pegar uma dose. Engoliu o líquido rapidamente, sentindo a garganta queimar. 

— Ave... Não fez nem careta. - Piper disse, boquiaberta – O que te aconteceu, loirinha? - Annabeth se contentou em a dar um sorriso como resposta. 

— Vocês que estão fracos pelo que eu tô vendo. Ninguém vai beber o segundo comigo?  

— Vou ter que te abandonar nessa, meu estômago tá sensível hoje – Piper disse com uma careta, passando a mão novamente por cima do corset apertado.  

— Eu imagino que você também não vai? - A loira perguntou, olhando para Jason.  

— É... Acho que já bebi demais esses dias. Vou ficar só na cerveja. - Annabeth suspirou, frustrada. Um reflexo fulminante passou por sua mente, como se uma lâmpada tivesse acendido em cima de sua cabeça. A loira casualmente olhou para Percy, como se não estivesse claramente o ignorando desde que chegara. O moreno obviamente que obviamente já a encarava desde antes dela se aproximar, parou no meio de um gole de sua cerveja, surpreso ao ser notado. 

— E você? - A loira perguntou, despojada. Annabeth o encarou diretamente nos olhos, o que pareceu o confundir ainda mais. Percy afastou a garrafa de seus lábios, sustentando o olhar dela. A garota não sabia exatamente o que a estava dando o impulso de iniciar aquele contato repentino, considerando que havia dito a si mesma e até mesmo a ele que queria que mantivessem a distância a pouquíssimas horas atrás. Gostaria de já ter bebido o bastante para culpar o álcool, mas não era nada daquilo. Annabeth estava completamente enfurecida com Percy e queria que ele percebesse. Queria que ele notasse sua presença, que ficasse inquieto com sua indiferença e casualidade. Sentia vontade de ser tão fria quanto ele havia sido na noite passada, talvez mais. Não era saudável e não ajudaria a situação, mas Annabeth não se importava. Sempre havia sido rancorosa. A loira travou o maxilar quando conseguiu ver o vislumbre de um sorriso irônico nos lábios dele. 

— Com certeza. Mas vamos beber algo de verdade, não tomo vodka saborizada. - Ele disse, claramente se divertindo. Ele alcançou um copinho um pouco mais alto do que os de shot e um vaso de vidro, arredondado e marrom. - Cachaça de cana, 8 anos de carvalho, diretamente da adega do meu amado tio. 54% de teor. - O garoto recitou ao despejar o líquido vistoso no copo.  

— Percy... Ela não vai aguentar isso. - Jason comentou, relutante. - Eu ainda tenho flashbacks... - Ele murmurou.  

— Claro, você pode tomar um outro de vodka, se quiser. É uma bebida MUITO forte, você vai ter que parar de beber pelo resto da festa. - Percy disse. Surpreendentemente, não havia zombaria em sua voz ou rosto. Ele estava realmente se assegurando de que Annabeth ficasse ciente do que estava se metendo. O cuidado dele a amoleceu, teve que se esforçar para relembrar porque estava tão brava com ele. Só então havia se dado conta de chegar à fantasia dele. Harry Potter. Uma blusa de botão meio amassada, uma gravata vermelha e um raio desenhado na testa, o cabelo preto bagunçado completava perfeitamente.  

— Eu aguento, não vou beber mais. - A loira confirmou, não reconhecendo mais a aspereza que estava presente na sua voz antes. Percy assentiu com um sorrisinho e encheu o copinho de shot que ela ainda segurava, mas somente até a metade. Annabeth levantou uma das sobrancelhas na direção dele. 

— Annabeth, existem ABSINTOS mais fracos do que isso. Agora preste atenção no que eu faço, ok? - O garoto separou seu copo, uma fatia de limão e alguns amendoins cobertos por chocolate. Ele deu o gole mais rápido de todos os tempos e mordeu o limão por alguns segundos. Balançou um pouco a cabeça e então sorriu na direção dela. - Ok, sua vez. - Disse.  

— Cuidado, Annie... Engole que nem remédio senão você vai cuspir tudo. - Piper alertou. A loira assentiu e respirou fundo. Olhou para Percy mais uma vez e o garoto assentiu a encorajando. Annabeth engoliu o líquido mais rápido do que conseguiria respirar e gritou. Tinha a impressão de que conseguiria aquele mesmo efeito se tivesse tomado acetona. A garganta queimava tanto que parecia ter engolido cacos de vidro. Percy rapidamente alcançou o limão e levou até a boca dela. Annabeth mordeu a fruta com vontade de olhos fechados, segurando a mão do moreno na mesma posição. Nunca imaginou que algum dia sentiria alívio ao morder um limão. Abriu os olhos aos poucos quando se livrou da sensação, apenas para encontrar Percy mais perto do que esperava. Sentiu o coração acelerar, mas não tinha certeza se era por causa dele ou do álcool. A garota relaxou a mão que segurava a dele e soltou o maxilar em volta da fatia de limão. Quando eles se afastaram, Percy a ofereceu alguns dos chocolates. A loira mordeu o doce, saboreando. Percebeu então que Piper e Jason a olhavam como uma bomba prestes a explodir. Annabeth gargalhou. 

— Estou viva, podem ficar tranquilos. - Os dois parecem soltar a respiração ao mesmo tempo, aliviados. Claro, a loira não comentou o quanto tinha ficado instantaneamente tonta depois daquilo. Talvez mais do que estava acostumada a ficar. Colocou os demais na boca, os terminando - O limão já tira o gosto, pra que serve o amendoim?  

— Hm? Ah, nenhum motivo. Sei que é seu favorito. - O garoto disse, casualmente. Annabeth o encarou, inexpressiva. Não queria que ele soubesse que o fato de que sabia seu doce favorito fazia o coração dela acelerar. - E também, provavelmente te vai ajudar com a ressaca que isso vai te dar amanhã. - Ele a deu um sorriso e colocou mais perto dela uma garrafa de água - Isso também. Annabeth desviou o olhar do dele, ignorando a inquietação em seu peito e o quanto a cabeça estava girando.  


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Notas finais do capítulo

E é isso gente! Queria agradecer a todos que estão acompanhando a história, gente. Fico muito feliz de verdade.
Até o próximo capítulo gente! Beijos.

links das fantasias pra quem quiser saber como são:
silena: https://pin.it/5hnn7ebuG
rachel: https://pin.it/4vPwrIvkb
thalia e luke: https://pin.it/3iXFt4DF5
annabeth: https://pin.it/IhyQtz0GM
beckendorf: https://pin.it/3FM1UOAwM
nico: https://pin.it/1UMLWVqk4
will: https://pin.it/2hg70M30V
percy: https://pin.it/v1I53GKvB
piper: https://pin.it/2QplyPTeT
jason: https://pin.it/47U8tlnJc (vamos ignorar a menina

a do Lee descobriremos no proximo capitulo!!! hihihi

OBS: CRIANÇAS, NÃO BEBAM!



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