Uma Era De Ordem E Honra escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 30
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Pois é, eu não aguentei e postei o epílogo logo hoje, no mesmo dia.



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1. Lealdade, essa é uma das mais belas qualidades que existem... Por isso ela deve estar plantada em cada Tudor-Habsburg... Devem ser leais a nação, aos preceitos estabelecidos, aos cônjuges e a família, e principalmente família.

4. A honra deve ser uma das mais marcantes virtudes dos Tudor-Habsburg, pois essa é uma bela qualidade... Os membros de nossa família devem se mostrar sempre honrosos... É inadmissível manchar o nome Tudor-Habsburg, e o seu próprio como consequência.

12. A educação de uma pessoa define como ela será no futuro. Pode significar sucesso, ou derrota... Os membros de nossa família devem ter uma educação mais do que esmerada... devem ser versados em línguas modernas, latim, grego, as ciências do homem, filosofia, história, geografia música, canto, números e ciências naturais... Todos devem ser bem instruídos, sem distinção entre homem ou mulher.

19. ... Um Tudor-Habsburg deve sempre praticar da bondade e da filantropia, e esses devem ser feitos de boa vontade, não apenas por obrigação...

21. Durante todas as Quintas-Feiras Santas, pelos próximos séculos, os Tudor-Habsburg devem mostrar sua bondade para com os pobres e necessitados, dando esmolas e abrindo as portas de suas residências para essas pessoas... Cumprindo assim a décima nona e a vigésima ordem.

7. ... Os Tudor-Habsburg devem mostrar apenas uma face: da gentileza bondosa... Irritação, raiva, desprezo e excessiva arrogância são coisas que devem ser evitadas de mostrar... Apenas causam problemas essas características.

73. É completamente inapropriado falar, assim como dirigir diretamente a palavra, a um criado que serve aos Tudor-Habsburg, ou a qualquer outra pessoa... Todos têm o seu lugar no mundo, e isso deve ficar visível... Mas apesar disso, todos os criados devem sempre ser tratados com respeito e justiça... não devemos nos refrear de os ajudar quando necessário também.

2. Dignidade, honra, bom comportamento e orgulho. Assim um Tudor-Habsburg deve agir... não se deve ser parcial, não se deve mostrar tristeza, sofrimento ou imperfeição em público... Perfeição em tudo devemos mostrar.

37. O Conselho de Bristol é um meio de o marquês ter ajuda ao cuidar de si mesmo e sua família, assim como um meio de não se perder nas mudanças que o mundo traz. A esses lords se deve ter confiança, e a eles sempre se deve buscar conselhos e ajuda, e tais conselhos sempre devem ser seguidos.

38. Durante as reuniões do conselho é bom, assim como apropriado, que o consorte do marquês ou marquesa, seja homem ou mulher, também esteja presente durante as reuniões... seus bons conselhos e visão externa são sempre agradáveis.

100. Por fim, sempre sigam esses conselhos. Eles foram dados por quem viveu e errou. Não vieram de qualquer um, mas sim da voz da experiência. Não cometa os mesmos erros... Siga esses conselhos, faça o seu máximo, e tudo será bom.

Com essas últimos palavras Alfred acabou o seu livro, estava feito. Suspirando aliviado ele colocou a pena no lugar e se acomodou na poltrona. Estar no Castelo de Ocenia, junto ao mar, realmente fazia milagres.

— É realmente um livro, Alfred. E um grande.— Ao lado de Alfred estava Elizabeth, que agora analisava com cuidado tudo que ele escreveu.— Você não acha que exagerou um pouco?

— Talvez eu tenha.— Depois de pensar por um momento Alfred respondeu, apenas para logo em seguida dar de ombros.— Tudo se resume a "tenha orgulho, honra, seja um príncipe, um perfeito príncipe Tudor-Habsburg". Mas como você bem sabe, Elizabeth, os preceitos que mamãe nos ensinou não foram o suficiente, então talvez seja melhor especificar o que é ou não permitido.

Com o resultado sendo um novo livro de Levíticos. De qualquer forma, se isso já não fosse claro o suficiente, Alfred não tinha ideia do que seria. Elizabeth deu mais algumas olhadas no livro, apenas para logo ela o fechar e voltar sua atenção para o marido.

— Bem, pelo menos você conseguiu acabar algo, a guerra teve alguma pena de você.— Com um belo sorriso no rosto Elizabeth comentou para o alegrar.

— Sim.— Sorrindo Alfred respondeu, antes de pensar em algo e rir levemente depois.— A guerra me deixou escrever uma segunda Bíblia.

Elizabeth balançou a cabeça negativamente. Uma ideia passou então pela cabeça da marquesa, algo para animar Alfred. Sorrindo belamente, Elizabeth se aproximou mais ainda do marido, e para a sua surpresa, a marquesa sentou entre as pernas de Alfred, e segurando a cabeça dele, ela disse:

— Você deu a essa família uma direção, os deu ordem.— Alfred levantou uma das sobrancelhas. Elizabeth estava tão perto dele, e sentada em um lugar tão sensível.— A marquesa Anne pôde realmente nos fazer permanecer na Inglaterra, ela sim foi Anne, a Vitoriosa. Mas a sua mãe deixou um caos, Alfred, e você organizou ele.

Os lábios de Alfred e Elizabeth começaram a se aproximar, era um futuro beijo que estava surgindo. Mas antes que eles pudessem concluir o ato, que ficou tão perto de se finalizar, alguém bateu na porta, e fez isso insistentemente.

O marquês e a marquesa se afastaram então, as vezes era necessário ter decoro e honra até mesmo na intimidade da casa. Quando eles se arrumaram em seus lugares, Elizabeth então permitiu a entrada dessa pessoa, que surpreendentemente se mostrou ser Katherine.

— Devo dizer que estou surpreso com sua presença aqui, Katherine. Você nunca entre nessa parte de Ocenia.— Alfred falou apontando para a filha se sentar a sua frente. Ele realmente estava surpreso, nenhuma das três princesas parecia gostar do escritório.— O que você deseja, minha rosa?

— Mamãe, papai, eu estou apaixonada.— Era tão simples assim? Com uma seriedade na voz Katherine revelou a seus pais o que a muito guardava. Alfred e Elizabeth se surpreenderam, não apenas com a revelação, mas também como o modo direto da filha falar.— Eu creio, na verdade tenho certeza, que estou apaixonada pelo príncipe Frederik Adolf da Suécia.

Paixão? Ah Senhor, Alfred queria rir. Sua filha estava apaixonada por um príncipe sueco!

Mas de fato, agora as coisas pareciam fazer certo sentido. Durante a temporada o duque de Östergötland não saia de perto de Katherine, eles imaginavam que era apenas orgulho, mas não.

— Katherine, minha rosa, creio que você sabe que a paixão não é o único sentimento que move pessoas como nós a se casar, existem coisas a mais.— Elizabeth tentou avisar a filha, falando dos interesses.— E você bem sabe o que acontece na corte em Estocolmo? Coisas quase tão ruins quanto em São Petersburgo.

— Mas Frederik é tão bonito, honroso, gentil, engraçado e os olhos dele são tão expressivos.— Alfred balançou a cabeça, assim ela parecia amar apenas a aparência.— E ele sente o mesmo. Frederik até mesmo me disse que tinha um desejo muito grande de me fazer sua, ele quer se casar comigo.

Isso de forma alguma tornava um casamento com a Suécia viável. A monarquia sueca era antiga, poderosa, eram séculos de tradição, e seus príncipes, apesar da má fama, ainda eram muito importantes. Casar uma simples princesa Tudor-Habsburg, uma princesa de Niedersieg, com um príncipe sueco parecia...

— Katherine, nosso apoio não é o único fator que importa.— Alfred também tentou diálogar.— Um casamento real deve trazer acima de tudo benefícios, para os dois lados. Nem mesmo eu e sua mãe escapamos disso.

— Eu sei! Sei também que vocês se casaram para trazer o verdadeiro sangue inglês para nossa família. Mas por favor! Eu não estou prometida a ninguém, e o rei pode usar o meu casamento para conseguir um aliado na guerra, já que não temos nenhum.

O marquês balançou a cabeça e olhou para a esposa, isso não era viável, não era adequado! Mas Katherine estava pedindo, quase implorando. Com um grande suspiro frustrado, ele cedeu:

— Muito bem, Katherine. Se esse é o seu desejo, que assim seja.— Alfred respondeu, ao mesmo tempo que sentiu a mão de Elizabeth em seu ombro.— Vou escrever uma carta a rei da Suécia, dependendo da resposta você vai casar com o príncipe.

Katherine ficou terrivelmente alegre com a concordância do pai. Ela abraçou Alfred, o beijou, fez isso também com a mãe, e depois saiu do escritório. Deixando o casal sozinho.

— Alfred, vamos realmente fazer isso? Mandar nossa filha mais velha para aquele lugar?— Depois da saída da princesa, Elizabeth desabou.— Você sabe o que o rei faz com a rainha Sofia Magdalena?

— Não vamos nos preocupar Elizabeth, vou sim escrever a carta, mas é muito pouco provável que o rei Gustav III aceite.— Pelo menos era isso que Alfred desejava. O coração de Katherine seria quebrado, mas...

Houve um pequeno silêncio entre os dois, um que Elizabeth o quebrou:

— E se ele aceitar?— Sempre havia essa remota possibilidade. Passou mais um momento de silêncio, Alfred tinha medo de falar, mas...

— Se ele aceitar, não iremos poder fazer nada contra.— Respondendo seriamente, Alfred pegou um novo papel. Como se iniciava uma carta aos monarcas suecos?

— O rei não vai gostar disso, nenhum pouco.

Apesar de estar ouvindo esposa, Alfred começou então a escrever sua carta ao rei da Suécia. Realmente, o rei não iria gostar, mas o que ele também poderia fazer?


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Notas finais do capítulo

Com muito prazer eu notifico que no dia 09 de janeiro do ano de 2023, irá sair o primeiro capítulo de "La belle anglaise", que terá como foco Katherine, a filha primogênita de Alfred e Elizabeth.
Eu não vou colocar sinopse, simplesmente porquê eu não pensei em uma. Mas eu devo dizer que o de Katherine foi o romance mais diferente que eu escrevi, pela primeira vez teremos uma espécie de antagonista que faz vilanias.
A expectativa as vezes pode decepcionar, mas eu com certeza vou entregar algo decente, ou talvez não tão "decente" assim.