Uma Era De Ordem E Honra escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 26
25. Certas decisões não são bem recebidas por todos, principalmente pelos de fora, mas se elas farão bem, se salvarão, devemos tomá-las.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/807475/chapter/26

01|04|1772 Palácio de St. James

St. James não era o melhor palácio real para se viver na opinião de Alfred, era formal e muito atrasado em termos arquitetônicos, não era o belo Hampton Court, e muito menos o confortável Kensington. Mas a situação fez os Bristol trocarem Hampton Court por St. James, então que assim fosse.

Enquanto um criado colocava chá na xícara de Alfred, o marquês analisava um pequeno envelope que lhe foi mandado. Pela caligrafia era possível pressupor que havia sido enviado por George, não era sua letra claro, mas Alfred já havia recebido vários outros bilhetes do rei com essa mesma caligrafia.

Ao acabar de servir o marquês, o criado mudou então para a marquesa. Elizabeth, que estava a frente de Alfred, lia atentamente a última edição do The London Chronicle, um dos jornal mais populares de Londres, e sua atenção era tão grande que os olhos dela se apertavam para melhor ler as miúdas palavras.

Quando o criado acabou de servir seus senhores, ele foi dispensado pela marquesa, que apenas sinalizou com a mão para ele se retirar da sala. O casal ficou sozinho e em um quase completo silêncio. Alfred pegou uma das facas da mesa e abriu o envelope.

— De quem é o bilhete, Alfred?— O envelope estava aberto quase pela metade, e Alfred parou por um momento, apenas para completar a ação logo em seguida. Estava aberto agora.— É de George, não?

— Certamente.— Alfred respondeu ao mesmo tempo que colocava na mesa o envelope e pegava sua xícara.— Imagino que ele deseja me notificar algo. Mais um dos grandes benefícios de estar em St. James.

Balançando a cabeça negativamente o marquês levou a xícara até os lábios, saboreando por um momento o doce gosto de ervas vindas da China.

— St. James realmente não é, Hampton Court.— Também saboreando seu chá, Elizabeth comentou.— Pelo menos o jornal não muda.

Os olhos da marquesa voltaram para o jornal, e as mãos de Alfred novamente pegaram o envelope em que estava o bilhete. Ele olhou para sua mão com a mensagem do rei, depois olhou para Elizabeth e sua atenção no jornal, então com um suspiro Alfred perguntou:

— Tem algum coisa de interesse no jornal? Eu não consegui ler ele ainda.— Elizabeth tirou os olhos do jornal e olhou para Alfred, que apesar de estar olhando ela, abriu o envelope e tirou o bilhete.— É menor do que eu pensava. Não sei se isso é bom ou ruim.

— Só tem uma forma de saber.— O marquês assentiu as palavras de Elizabeth.

— Realmente, apenas não sei...— Por um momento Alfred olhou o bilhete indeciso, ele deveria ler ou não? Suspirando Alfred voltou a olhar para a esposa. Depois.— Você ainda não me disse o que há de interessante no jornal, Elizabeth. Seus olhos estão tão vidrados que fico curioso agora.

Elizabeth ouviu Alfred com uma pequena risadinha e um sorriso, mas que logo ficou menor.

— O London Chronicle está falando do Caso Somerset.— Ah, o Caso Somerset, Alfred ouviu isso quase que fazendo uma careta, já fazia um tempo que esse julgamento estava fazendo um burburinho.— Por que a careta, Alfred? Assim parece até que você não se importa que alguém seja removida da Inglaterra, a força, apenas por ser escravo, ser negro.

— Não seja assim tão... ativista, Elizabeth. Isso pode acabar beirando ao desagradável.— Elizabeth de imediato não lhe deu uma resposta, embora Alfred também não tenha reagido antes da forma certa.— Saiba que meu apoio está com o africano Somerset. Certamente é uma violação você ser vendido, comprado, obrigado a vir a Inglaterra em condições desagradáveis, fugir do dono, ser batizado como anglicano, praticamente se tornar um livre inglês, e depois ser encontrado e obrigado a ir a Jamaica. A lei comum inglesa nem mesmo reconhece a existência da escravidão na Inglaterra. Pelo menos os padrinhos de Somerset agiram rápido.

— É um alívio saber disso.— Alfred duvidava muito que iria voltar a dormir com Elizabeth se ele falasse algo que a desagradasse em relação a escravidão.— Embora eu sinta que ainda terá um mas na sua fala.

— Ah mas de fato há.— Com um risonho sorriso no rosto Alfred respondeu.— Acho que esse caso está ganhando muita atenção dos jornais. E embora isso ajude o lado de Somerset, também...

— Também pode ajudar a oposição. Sim eu sei.— Com um suspiro Elizabeth dobrou o jornal e o colocou na mesa, talvez Alfred o iria ler depois.— Mas acho que Somerset vai ganhar. Lord Mansfield certamente irá tomar o lado de Somerset.

Havia tanta certeza nas palavras de Elizabeth.

— O que dá a você tanta certeza, Elizabeth?— Ela se preparou para responder, mas Alfred acrescentou:— Antes que você me pergunte novamente de que lado estou, lembre-se que apesar de Lord Mansfield ser o chefe de justiça, ele não é abolicionista e pode muito bem ser levado pelo preconceito.

— Somerset não tem apenas um advogado, mas cinco, ele vai ganhar. Além do mais, eu confio na justiça de Lord Mansfield.— Alfred também confiava nessa justiça, mas...

— Nunca se deve ter certeza de tudo.— Poderia acontecer de estar errado. Alfred pegou a xícara de chá, que estava esfriando, e bebeu todo o conteúdo.— Talvez você esteja certa. Mansfield é um homem justo, que preza o seu cargo, a justiça, e as coisas melhores muito desde que ele se tornou chefe de justiça. No âmbito judicial.

Eles ficaram calados por um momento, momento esse que fez Alfred se recordar do bilhete do rei, a mensagem ainda estava na sua mão. O marquês começou então a analisar o bilhete, não parecia muito grande, mas as letras estavam mais pequenas que o normal. Na frente de Alfred, Elizabeth bebeu também seu chá, ao mesmo tempo que lembrou de algo:

— Falando em Lord Mansfield, Lord Barnander certa vez de disse algo curioso sobre o barão.— Elizabeth deu uma pequena pausa esperando alguma reação de Alfred, por um momento ele parou de olhar para o bilhete e olhou para ela.— Barnander disse que Mansfield tem uma sobrinha neta que é negra... uma mestiça, filha de uma escrava. Ela é criada como se fosse da família, como uma dama.

— Uma sobrinha neta, negra, mestiça, criada como uma dama.— Alfred repetiu, embora olhasse o bilhete.— Não conheço o barão tanto assim para confirmar essa informação. Sei apenas que eles cuidam de uma outra sobrinha neta, a honorável Elizabeth Murray, filha do visconde Stormont.

— Estou curiosa com isso. Talvez um dia eu faça uma visita a Lady Mansfield em Kenwood House.— Elizabeth falou com um pequeno risinho. Novamente um silêncio se instrumento, e Alfred finalmente começou a ler o bilhete do rei.— O que diz aí?

Com a mão Alfred sinalizou pedindo silêncio, ele ainda estava lendo e... Os olhos de Alfred se arregalaram, cada palavra que ele lia aumentava mais ainda sua surpresa. George havia conseguido? Depois de alguns minutos, minutos esses em que Alfred leu o bilhete mais de uma vez, ele finalmente olhou para Elizabeth. Nesse olhar a marquesa percebeu toda a surpresa dele, Alfred a encarava com tanto assombo.

— Veja por si mesma.— Alfred respondeu entregando o bilhete para Elizabeth, que rapidamente o pegou e começou a ler.— Não sei se fico perplexo ou admirado com o que aí está escrito.

Elizabeth leu cada palavra que estava escrita no bilhete, e depois que finalizou ela olhou para Alfred, assim como ele a marquesa estava perplexa. Entregando para Alfred novamente o papel, ela perguntou:

— O que significa exatamente isso que George escreveu, Alfred?

— Simplesmente que agora os casamentos da realeza sem a permissão do rei são ilegais, inválidos, ilegítimos.— Tentando ser o mais claro possível, Algum esclareceu. Era a Lei dos Casamentos Reais.— Todos os descendentes de George II só poderão se casar com a permissão do monarca. George conseguiu o que tanto queria, estou perplexo.

Alfred tinha que ser sincero, quando George lhe disse que iria ordenar ao primeiro-ministro que essa lei fosse proposta ao parlamento, ele não tinha confiança alguma que iria ser aceita, e era bem verdade que o parlamento não ficou nada feliz ao saber dela. Mas no final George havia vencido, que coisa.

— Estou surpresa também. É uma retroativa?— Elizabeth queria saber se a lei fazia os casamentos antes dela serem inválidos.

— Não, certamente o único erro dela.— Mas não era possível ter tudo.— Anne Horton continuará sendo duquesa de Cumberland.

Ele iria depois falar com George, sim, Alfred iria fazer isso. Era necessário, e muito, ir parabenizar o rei pela sua conquista. No século passado o duque de York, que mais tarde iria ser o malfadado rei James II, se casou com Anme Hyde, a filha o Chanceler do Tesouro, foi uma inconsequência infeliz, uma que certamente não iria acontecer.

Entre Alfred e Elizabeth um silêncio confortável novamente se instaurou. E cada um voltou a dar atenção para uma coisa. Até que a própria Elizabeth acabou com esse silêncio:

— Eu estava pensando em algo, Alfred. Lord Shaftesbury morreu, e novo conde é muito novo, uma criança. O barão Laytmer também morreu, e o novo barão é um jovem inexperiente. Temos um problema.— Onde Elizabeth queria chegar com isso? Os dois lords haviam morrido ano passado, não era um problema novo.— Você não acha que seria bom o Conselho de Bristol ter mais dois membros então? Para compensar a baixa... Estava eu pensando no visconde Gray e no barão Barnander, eles seriam...

*****

Demorou, e não foi pouco, mas finalmente Elizabeth estava em Kenwood House, a casa londrina do barão e da baronesa Mansfield. Não era, pelo menos na opinião da marquesa, uma das grandes casas londrinas, não era uma Devonshire House, mas os Mansfield ainda tinham ao menos uma criadagem de respeito.

Elizabeth chegou de surpresa em Kenwood, e mesmo assim o mordomo a levou para a sala de visitas como se estivesse muito acostumado em receber a realeza continental na casa de seus senhores, pelo menos foi isso que ele mostrou depois de quase um minuto de surpresa.

Enquanto ela era conduzida para a sala de visitas, era impossível Elizabeth não deixar de pensar em como ela adiou essa visita, desde abril ela estava planejando, e em que mês eles estavam agora? Em junho, quase em julho. Mas em sua defesa, Elizabeth estava esperando a melhor situação para fazer essa visita, e foi apenas a alguns dias atrás, no dia 22, que essa melhor situação aconteceu.

Depois de meses em julgamento, o Caso Somerset chegou ao seu fim. Lord Mansfield ouviu todas as partes, e por fim decidiu a favor do africano Somerset, o homem seria libertado e iria viver sua própria vida livre na Inglaterra. Foi uma exultação ler o jornal, e mais ainda ler as palavras de Lord Mansfield, principalmente a parte na qual ele afirmou que a escravidão nunca existiu segundo a lei comum da Inglaterra e Gales. Foi uma exultação para os abolicionistas.

Abrindo a porta da sala de visitas, o mordomo dos Mansfield sinalizou para Elizabeth sentir-se a vontade, ele iria chamar Lady Mansfield. Com um sorriso simples a marquesa assentiu e o mordomo saiu.

A decisão de Lord Mansfield foi uma benção, embora ela não acabasse com a escravidão, e não obrigasse os donos de escravos a libertar os escravos, já se lia nos jornais muitos casos de senhores libertando seus escravos, centenas, alguns milhares. Isso não iria acabar com a escravidão, era um tipo de mal que precisava de uma cura lenta para ter o mínimo de cicatrizes possível. Mas ainda era uma vitória.

Suspirando satisfeita com essa situação, Elizabeth olhou ao seu redor na sala. Estava tão... silencioso e calmo. A marquesa olhou para a porta e começou a encará-la, Lady Mansfield ainda iria demorar muito? A resposta de Elizabeth não veio, muito ao contrário, outra coisa foi ouvida por ela. Elizabeth começou a ouvir pequenos gritos vindos do corredor, acompanhados de risadas, correrias e passadas fortes. Eram crianças, era impossível não reconhecer.

Elizabeth quase que inconscientemente foi se aproximando lentamente da porta. Ela estava curiosa, e relembrando de certas coisas. A sobrinha neta de Lord Mansfield, a sobrinha mestiça do barão, esses eram risadas de crianças, e elas... A porta da sala foi abruptamente aberta, assustando a marquesa e a fazendo dar alguns passos para trás. Mas era ela, quem entrou foi ela!

— Elizabeth! Elizabeth! Beth!— De imediato a menina não percebeu Elizabeth.— Você sabe que não podemos vir para essa parte, pode ter na sala... visitas...

A menina, a mestiça como alguns diziam, percebeu a visitas, e paralisou em seu lugar. E não era apenas ela, mas Elizabeth também. O que dizer? O que fazer? Quando Elizabeth abriu sua boca para falar algo, mais passos apressados foram ouvidos, e mais uma menina entrou na sala correndo.

— Eu ganhei Dido! Você demorou muito e...— A outra menina, certamente a filha do visconde Stormont, a sobrinha neta do barão, veio até a companheira de brincadeiras com risadas, que morreram assim que ela viu Elizabeth.— Quem é essa Dido?

— Elizabeth! Seja educada por favor! É uma visita.— A menina negra, Dido, esse era seu nome, como uma rainha fenícia do passado. Um sorriso se formou nos lábios de Elizabeth. Um que aumentou ainda mais quando as duas meninas fizeram uma respeitável mesura.— Vamos ser respeitosas, Beth. Peço desculpas, madame, pela forma como minha prima lhe comprimentou.

— Não somos acostumadas a receber as visitas.— Elizabeth sorriu com o comentário da pequena Beth, ao mesmo tempo que olhava novamente para Dido.— A senhora é tão bonita, parece até uma das nossas bonecas de porcelanas, não é Dido?

— Como é o nome de vocês? Sou muito curiosa.— Com um pequeno risinho e um sorriso, Elizabeth fez a pergunta olhando para Dido.

As duas primas se entreolharam, e juntas assentiram uma para outra. A pequena Dido olhou para Elizabeth.

— Eu sou Dido Elizabeth Belle.— Dido Elizabeth Belle, certamente ela era ilegítima e recebeu o nome da mãe. Dido apontou então para a prima.— Essa é a honorável Elizabeth Murray, filha de Lord Stormont. E a senhora? Quem seria?

— Bem, eu também sou uma Elizabeth. Assim como vocês duas e sua tia, Lady Mansfield.— As duas meninas riram e olharam curiosas, ela não respondeu.— Meu nome é Elizabeth, sou a marquesa de Bristol.

As duas meninas ficaram surpresas, muito surpresas com essa revelação, elas novamente fizeram uma mesura, uma ainda mais respeitável. Elizabeth sorriu, quase riu na verdade, as duas estavam paralisadas, era tão...

— Minha marquesa, nós...— Dido parou sua frase assim que a porta foi aberta novamente e Lady Mansfield entrou.— Mama!

— Dido! Elizabeth! O que fazem aqui?— A baronesa entrou e perguntou severamente.— Já não lhes foi dito que a sala de visitas não é lugar de crianças!

— Perdão mama, estávamos brincando e acabamos entrando aqui.

— Na verdade eu que entrei nessa ala da casa, não sabia... não sabíamos que havia visitas.— Primeiro foi Dido que tentou explicar, e logo ele foi seguida por sua prima.— Nós...

— Já chega agora, meninas!— Sinalizando com a mão para Elizabeth "Beth", se calar, Lady Mansfield estava sendo severa, mas de forma alguma desnecessária. A baronesa suavizou o semblante.— Voltem para o berçário. A governanta está esperando vocês duas para as aulas.

A ordem de Lady Mansfield foi rapidamente seguida, e logo Dido e Beth fizeram para Elizabeth uma mesura, beijaram a mão da baronesa e saíram quase que correndo. Elizabeth não conseguia evitar, havia um sorriso em seus rosto, uma satisfação quase que... desnecessária.

— Não seja muito dura com elas, milady. Acidentes acontecem e... bem, quem de nós nunca entrou onde não deveria?— Lady Mansfield assentiu lentamente para a marquesa, e elas sentaram no sofá assim que a baronesa sinalizou. Havia uma certa apreensão no olhar de Lady Mansfield em Elizabeth, e ela sabia o motivo.— Foi muito agradável conhecer suas sobrinhas. A querida Dido me contou que Elizabeth é a filha o sobrinho de Lord Mansfield, o visconde Stormont.

— Sim, como Sua Alteza Sereníssima deve saber, David é embaixador, ele até mesmo já serviu na corte de Maria Theresa.— Ainda com certa apreensão, Lady Mansfield respondeu. E sim, Elizabeth sabia disso. Um vez ou outra a imperatriz viúva mencionou o visconde em suas cartas a Alfred.— Por conta disso Beth... Elizabeth, mora conosco. William e eu criamos ela e Dido como se fossem nossas filhas. E falando em Dido, peço perdão se ela de alguma forma a tenha... incomodado.

Incomodar? Elizabeth balançou a cabeça e sorriu conciliatória ao ouvir isso. Ela nunca iria sentir-se desconfortável com... duas crianças como aquelas. Embora muitas outras pessoas na mesma situação da marquesa iriam sim sentir desconforto.

— Não se preocupe, Lady Mansfield. Dido parece-me um amor, tão educada como uma dama feita.— A baronesa sorriu agradecida e satisfeita.— Ela é sobrinha de Lord Mansfield também? Quanto tempo ela mora em Kenwood?

— Dido... eu não sei como dizer isso, mas bem, ela é sobrinha de Lord Mansfield, um filha natural de Sir John Lindsay, um sobrinho de William.— Realmente, Dido era uma filha ilegítima então.— Desde de muito pequena ela vive conosco. Apesar de não ter fortuna, ser ilegítima e dos protestos da sociedade, William e eu vemos Dido como um filha que nunca tivemos, ela e Beth. William fala que elas valem mais do que sete filhos. Criamos as duas como damas da sociedade, e embora Dido seja ilegítima, e isso a deixe um pouco escondida dos outros, meu sonho é que ela se case bem, com um cavalheiro de respeito.

Lady Mansfield falou com um sorriso, nas palavras dela havia tanto amor, não só para Elizabeth ou para Dido, mas para as duas, de forma igual.

— Que feliz.— Elizabeth respondeu sorrindo. Ela estava muito mais satisfeita agora, Elizabeth já estava antes, mas agora estava mais ainda. Lord Mansfield poderia não ser um abolicionista, mas o movimento não iria encontrar o inimigo nele.— Ah, com essa conversa até me esqueci do motivo de minha visita. Como sou as vezes.

— Devo confessar que estou surpresa. Qual o motivo?

Elizabeth sorriu, os Mansfield eram amizades que se deveria cultivar, cultivar muito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!