Uma Era De Ordem E Honra escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 12
11. Não choramos, não mostramos fraqueza, tristeza, vulnerabilidade... mas se for necessário...




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05|02|1760 Yorkshire, Grã-Bretanha

Em 15 de setembro de 1759, nasceu a mais jovem princesa da casa dos Tudor-Habsburg, Katherine Rose Elizabeth Anne de Niedersieg e Bristol, ou simplesmente Katherine. A princesinha nasceu sem alarde ou anúncios, sendo a família real os únicos não Tudor-Habsburg a saberem.

Foi decidido que o anúncio do nascimento da princesa seria feito apenas em dezembro, no dia de seu batismo. E eles nunca deveriam comentar a data de seu nascimento e muito menos comemorar seu aniversário. E assim se foi, em 15 de dezembro a menina foi batizada na Capela Real de Hampton Court, com olhares curiosos e confusos, mas em geral alegres.

E em janeiro ocorreu a desastrosa anglicização de Alfred, uma espécie de coroação em que estavam presentes o rei, o príncipe de Gales e praticamente todos os pares do reino. Foi pomposo, luxuoso, e um grande fiasco. O frio do inverno foi impiedoso com todos, tanto com o bispo de Bristol como pelas damas e cavalheiros com a regalia.

Mas não foi o ponto final, e era por isso que Alfred e Elizabeth estavam em sua carruagem, em uma estrada em Yorkshire.

  — Eu espero que cheguemos a tempo, Alfred.— Com um ar triste e sombrio, Elizabeth olhava pela janela. Alfred já havia desistido de tentar fazer o mesmo, Yorkshire era um lugar muito sombrio no inverno.— Não podemos chegar tarde. Não podemos.

Elizabeth falou com tanta dor. Ela estava tão preocupada, desde o momento em que eles recebem a carta de Lady Carlisle suplicando para a filha ir imediatamente ao Castelo Howard, Elizabeth não parecia ela mesma.

  — Tenho certeza que vamos chegar a tempo.— Alfred sorriu docemente para Elizabeth, tentando lhe dar algum conforto. Ela também sorriu de lado, mas logo voltando sua atenção para a paisagem fria.— Não olhe tanto pela janela, vai entristecer mais ainda você.

Ele pegou as mãos de Elizabeth e com a outra trouxe o rosto dela em sua direção. Elizabeth suspirou.

  — Alfred, eu estou triste. Meu maior desejo é chorar, mas não posso.— A voz de Elizabeth saiu tão carregada. Ela fechou os olhos ao sentir a mão dele em sua bochecha, mas logo abriu.— É meu pai, eu sou tão grata a ele, por tantas coisas. Agora ele...

  — Não! Não se deve chorar, Elizabeth. Devemos mostrar força.— Alfred olhou para ela sério, e Elizabeth começou a respirar para se acalmar.— Eu sei como é, sei duplamente. Mas chorar, não ajuda.

  — Você estava chorando naquele dia em Kensington.— Mas ora. Elizabeth lhe olhou divertida, e começou a rir.— Perdão, eu... tão contraditório.

Ela riu mais um pouco. Ver Elizabeth rir nesse momento era tão bom, fez um sorriso alegre surgir no rosto de Alfred, mas que logo ficou preocupado quando o riso dela morreu e voltou ao olhar preocupado de antes.

  — Você deve estar sofrendo tanto.— Isso doia em Alfred, ele sentia a dor de Elizabeth.

  — Alfred, me abraçe, por favor.— A voz de Elizabeth saiu tão suplicante. Por um momento Alfred corou com o pedido, mas ele a abraçou.

Elizabeth enterrou seu rosto no peito de Alfred, enquanto ele apertava corpo dela contra o dele, acariciando seu cabelo. Nesse momento ela estava sofrendo tanto. A incerteza em relação ao pai era pior do que uma notícia de morte. Alfred queria que Elizabeth se sentisse protegida, que ela soubesse que não estava sozinha.

Ainda acariciando o cabelo de Elizabeth, Alfred pegou o rosto dela e o levou em sua direção. Sorrindo de lado, ele tentou a reconfortar:

  — Quando você quiser uma abraço, um ouvido, é só falar, Elizabeth. Eu sou seu marido, você é minha esposa, estamos eternamente juntos... em cumplicidade.— Elizabeth sorriu grata. Estendendo a mão, ela pegou no rosto dele levemente.

  — Eu sei, Alfred. Sou tão feliz por ter sua...— Ela olhou por um momento para o lado pensando, e um sorriso nasceu nela logo depois.— Sua cumplicidade.

Alfred sorriu e colocou sua mão na bochecha de Elizabeth acariciando ela, tão doce, macio, assim como a dona. O rosto dos dois estava tão perto. Ele se aproximou dos lábios dela. Alfred fechou os olhos, Elizabeth também.

Eles por fim se beijaram, tão docemente e lentamente. Mas foi um beijo que durou cinco segundos...

  — Elizabeth! Elizabeth! O que você está fazendo!?— Os dois se afastaram rapidamente, e com o susto cada um caiu sentado em um lado da carruagem. Quando eles haviam chegado?

Era o irmão de Elizabeth, o visconde Morpeth. Que estava pulando ansiosamente pela janela da carruagem, enquanto apenas agora a condessa saiu para fora acompanhada por suas filhas.

Alfred sentia suas bochechas ficando vermelhas. Mas ele teve que olhar para Elizabeth, e viu o mesmo dela, além de muita vergonha. Por Cristo! Eles ainda sentiam tanta vergonha em momentos assim.

  — Alfred! Eu... não sei nem... ah, Jesus.

  — Não! Elizabeth... deveríamos ter dado mais atenção a estrada.

Talvez Elizabeth ainda fosse dizer algo. Mas dessa vez foi a própria condessa que foi até a janela e bateu nela, sinalizando impacientemente para eles descerem. Era reconfortante ver que certas coisas não mudavam nem em momentos de grande tristeza.

Elizabeth sorriu fracamente para ele, com Alfred retribuindo.

A porta da carruagens logo foi aberta, então Alfred desceu, e logo em seguida ajudou Elizabeth a descer. E os dois se posicionaram de braços dados a frente da condessa, agora com todos os filhos ao seu lado, embora ela estivesse segurando fortemente o ombro do jovem visconde Morpeth, talvez para o fazer ficar quieto. Os Howard então fizeram uma mesura para o príncipe e a princesa.

Elizabeth apertou forte o braço envolta do de Alfred. Ela estava ansiosa por notícias, embora tivesse no rosto um sorriso, um melancólico por sinal.

  — Agradecemos muito, mamãe, por vir nos receber. Nós viemos... os mais rápido que... que foi possível.

A condessa deu um passo para frente. Ela estava muito abatida.

  — Você veio no momento certo, minha filha. Então venha me abraçar!— A condessa abriu então os braços, sua expressão era de dor. As bases de força de Lady Carlisle estavam ruindo, ela falou com uma voz tão carregada, embora não estivesse chorando.

De imediato, Elizabeth não sabia o que fazer realmente. Ela agora parecia mais tensa, sua expressão era tensa. Para deixar mais fácil para ela, Alfred soltou o braço de Elizabeth, a deixando livre para ir a sua mãe. E foi isso que ela fez. Lentamente, Elizabeth caminhou até a condessa e a abraçou fortemente.

As duas estavam compartilhando sua dor, de uma forma que apenas uma mãe poderia fazer com um filho. Alfred apenas observava tudo, muito calado. Poderia ser estranho, mas Alfred não se lembrava da mãe dele fazendo o mesmo, não haviam abraços tristes na família deles.

  — Mamãe, como está papai?— Assim que Elizabeth se separou de sua mãe, ela fez essa pergunta com uma voz mais calma e triste.

A expressão da condessa ficou mais abatida. Ela inclinou a cabeça tristemente e olhou para sua filha.

  — Melhor ele não está.

Os olhos da condessa se encheram de lágrimas e ela começou a soluçar, fazendo com que Lady Anne e Lady Frances se aproximassem para consolar a mãe.

  — Não vamos fazer uma cena, mamãe.— A condessa quase deu um tapa na mão de Lady Anne

 — Podemos chorar depois.— Lady Frances complementou a irmã, mas de nada adiantou.

Alfred foi até Elizabeth, e pegando sua mão ele a trouxe para perto de si. Elizabeth estava muito assustada agora, mas ainda pôde olhar para Alfred, que tentou mostrar um sorriso reconfortante. As coisas estavam pior do que eles imaginavam.

*****

  — Você gosta de cachorros?

 — Tenho um problema com eles, infelizmente.— Frederick ouviu isso e ficou completamente indignado.

  — Quem não gosta de cachorros, filhotinhos?

A resposta: Alfred e sua família. Pobre de Alfred, ele iria ficar com os irmãos mais novos da Elizabeth. Era possível ver uma certa confusão em seu olhar, e um pequeno descontentamento também.

  — Elizabeth, você está ouvindo a mamãe?— Andando um pouco mais devagar agora, Anne chamou a atenção de Elizabeth.— Você sabe como ela é.

Assentindo levemente, a marquesa voltou seu rosto para frente, em direção a sua mãe, que estava falando algo. Pobre Frances, ela estava bem ao lado da mãe, dava até uma pena da eterna confidente da condessa. Elizabeth deu um suspiro cansado e começou a andar mais rápido para alcançar ela.

  — Mamãe! Eu tenho uma dúvida. O que papai está sentindo exatamente? Qual é a doença dele?

A condessa se virou para a filha, confusa e com certa medida de vergonha. Ela trocou olhares com Frances ao seu lado e com Anne mais atrás. Era tão estranho.

  — Não sabemos... exatamente o que seu pai sente, e muito menos qual... qual a doença dele.— Como?

Uma coisas dessas não era possível. Elizabeth parou de andar por um momento, para tentar pensar, sua mãe e suas irmãs continuaram a subir a escadaria de mármore do castelo. Ela respirou fundo, e olhou para trás tentando encontrar Alfred. Mas logo ela percebeu que ele havia sido levado aos jardins por seus irmãos.

 — Como assim não sabem exatamente?— Elizabeth voltou a subir a escadaria.— Porque quando se está doente, é...

  — Papai nos expulsou do quarto dele.— Anne recebeu um olhar feio da mãe, mas não se importou com a repreensão.— E também proibiu nosso médico de dizer a doença dele.

  — Ele sabe como mamãe é.— A condessa também direcionou a Frances um olhar feio.— Perdão, mamãe.

Agora fazia mais sentido. Elizabeth em parte concordava com essa ação, se eles levassem em consideração como Lady Carlisle era. Mas ainda assim, era muito angustiante não saber o que afligia o pai dela. Poderia tanto ser algo muito ruim, como algo sem importância. E se fosse a mesma doença que afligiu o falecido duque de St. Martin? Ele morreu sem mover uma parte do corpo.

  — O pai de vocês é um homem muito orgulhoso. Ainda cuido dele simplesmente porque...— A condessa parou, perdendo o rumo do olhar por um momento.

 — Mamãe?— Frances perguntou preocupada, acordando a condessa, que balançou a cabeça.— A senhora...

  — Estava pensando em algo, Frances. Vamos subir logo.

Com a ordem, as quatro damas subiram o resto da escadaria praticamente caladas. A única coisa que se poderia ouvir eram os passos delas ressoando pelos silenciosos corredores do Castelo Howard.

Era tão penoso isso. Elizabeth sempre amou a casa de campo da família, o castelo em eterna construção. Ela estava contando os dias para voltar a passear pelos corredores e galerias do castelo, ver seus ancestrais Howard, as lindas pinturas italianas compradas por seu pai. Mas agora, ela havia voltado ao Castelo Howard apenas para ver seu pai morrer.

Era ironicamente triste.

Elas chegaram na porta dos aposentos do conde. Balançando a cabeça e pensando em coisas boas, Elizabeth tentou sorrir, seu pai não a poderia ver triste.

  — Uma coisa, Elizabeth. Seu pai está dormindo.— O sorriso de Elizabeth mingou um pouco.— O médico disse que seria o efeito de um preparo.

  — Já faz quanto tempo que ele dorme?

Elas entraram no quarto, que estava mais brilhante e iluminado que o normal na opinião de Elizabeth, e era apenas por velas e pelo lustre, as cortinas estavam fechadas. E na cama, deitada nela, estava o conde. A condessa foi para perto do marido, enquanto as irmãs de Elizabeth foram abrir as janelas e apagar as velas. Era por isso então que estava tão quente.

  — Nos foi dito para dar o preparo antes do café da manhã.— Não fazia então tanto tempo assim.— Você não vai se aproximar, Elizabeth?

Como se ela tinha medo? E se ao se aproximar, Elizabeth encontrasse seu pai de uma forma que ela não queria ver? A marquesa Anne estava tão fraca que era essa a última lembrança que Elizabeth tinha dela, o mesmo ela não queria para o pai.

  — Não quero estragar a última lembrança que eu tenho dele.— Elizabeth sorriu docemente para sua mãe, agora olhando para o marido.

Elizabeth ficou então em seu lugar, em pé, olhando para sua mãe. Por um momento ela ficou apenas assim, até que ela decidiu se aproximar mais da cama, mas o máximo que ela viu foi parte do rosto dele.

Nisso tudo, o resto da tarde acabou. A noite começou, e as 10 da noite o jantar foi servido, como era de costume. Depois disso cada um foi para seu lugar.

  — Seus irmãos são terríveis.— Toda a casa já deveria estar se preparando para dormir. Enquanto Elizabeth também fazia isso, Alfred estava deitado na cama dela, já sem a peruca empoada e o colete.— Houve um momento em que pensei que iria morrer com faltar de ar.

  — Não aceite tudo que eles pedem. Sorrindo, apenas diga não, eles sabem ouvir um não.— Ela levou ao nariz um frasco com loção de cravo, ou seria melhor lavanda? Elizabeth suspirou e deixou o frasco na penteadeira.— Estou tão preocupada com papai, Alfred.

  — Em que sentido?— Ele perguntou ainda deitado. Elizabeth caminhou e deitou ao lado dele, pensativa.

  — Ele está em um estado tão horrível. Eu não cheguei a vê-lo, mas... deram algo para ele dormir. E se o que ele sente lhe causa muita dor?

Também poderia ter isso. Elizabeth não queria que seu pai morresse sentido dor.

Ela estava tão perturbada com isso, era tão horrível. Elizabeth se encolheu na cama, por que tudo isso agora? Ela era tão boa, seu pai também, mas tinham que aguentar isso. Mas mesmo nesse estado um sorriso surgiu no rosto de Elizabeth. Alfred se aproximou mais dela, e olhando para ela, ele começou a acariciar seu rosto.

  — Seu pai não queria você se preocupando com isso. E se estiver doendo, vai ser passageiro.— Alfred deu um leve beijo na testa dela.

Elizabeth riu para si mesma ao perceber isso. A primeira vez que Alfred tentou fazer isso saiu tão desengonçado e tímido, mas agora, eles haviam evoluído. Ela sorriu para Alfred. Ele beijou novamente a testa dela, depois o meio de seu rosto, e agora também rindo, ele iria beijar os lábios. Mas...

Um alto, grave e barulhento grito foi ouvido, fazendo Alfred parar. Elizabeth imediatamente se levantou da cama, e Alfred olhou para ela. Eles conheciam esse grito, era improvável não se esquecer. Rapidamente eles saíram do quarto, correndo para o ala onde dormiam o conde e a condessa.

Quanto os dois chegaram, a condessa estava sentada no chão, se derramando em lágrimas, e ao seu lado estavam Anne e Frances, da mesma forma. Era isso então. Com abraço em Alfred, Elizabeth escondeu seu rosto no seu peito. Era demais para aguentar.

*****

12|02|1760 Castelo Howard, Yorkshire

A marquesa estava deitada na sua cama, ainda no Castelo Howard. Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto inchado e não havia expressão em seu rosto.

Elizabeth sabia que um Tudor-Habsburg não chorava, eles eram fortes, firmes e nunca se deixavam abalar por seus próprios sentimentos. Ela sabia de tudo isso, e durante todos esses sete dias ela repetiu essas palavras em sua cabeça como se fosse um lema, mas... para o inferno isso dos Tudor-Habsburg!

Seu pai havia morrido, deixado de existir. Elizabeth iria sim chorar, ela iria sofrer, não iria mostrar em público, mas iria no particular de seu quarto.

Batidas foram ouvidas na porta, mas não veio de Elizabeth resposta alguma. De qualquer forma, ela ouviu o barulho da porta sendo aberta, e a julgar pelo som do andar, era Alfred. Ela não iria parar. Elizabeth iria continuar a chora, soluçar e a gemer. E assim ela fez, e não recebeu de Alfred palavra alguma.

  — Você não vai me dizer nada, Alfred.— Mas as lágrimas de Elizabeth acabaram, e quando isso aconteceu, lhe veio a curiosidade.

 — O que eu poderia dizer, Elizabeth? Chorar é uma necessidade humana.— Ela apenas ouvia a voz calma e baixa dele. O que ele falou era engraçado.

  — Pode ser algo humano, mas não é Tudor-Habsburg. Os membros dessa família não mostram dor.— Saiu com certa dor e ironia. Elizabeth se arrependeu depois, mas não poderia fazer nada mais.

 — Eu acho que você está me confundindo com outra pessoa.— Finalmente Alfred apareceu acima de Elizabeth, com sorriso fraco para o seu lado.— Quando é necessário, se pode chorar.

Havia tanta pena e misericórdia no olhar de Alfred, não era errado sentir pena, era reconfortante, era bom. Elizabeth sorriu para Alfred, ao mesmo tempo que ela voltou a soluçar, mesmo que não houvem mais lágrimas.

Alfred deitou ao lado dela na cama. Alfred abraçou Elizabeth enquanto ela chorava. Era tolice fazer isso novamente, sofrer de novo, mas Elizabeth não pôde resistir, ter alguém para ouvir era tão bom.

  — Perdão por isso, Alfred. Você já viu tantas lágrimas hoje, e ainda tem que ver as minhas.— Ainda soluçando e tentando se conter, Elizabeth parou de chorar. Alfred apertou mais o abraço e lhe deu um beijo no pescoço.

  — Certa pessoa me disse uma vez que chorar é bom. Serve para acalmar os ânimos.— Alfred falou baixo no ouvido de Elizabeth.— Chore, se lhe ajuda, chore.

Mas não desceu lágrima alguma. Com o passar dos minutos, Elizabeth na verdade parou de soluçar, e sua respiração voltou ao normal. Ela suspirou, e se virou para olhar diretamente para Alfred.

  — Eu... talvez eu não precise chorar. Eu tenho quem me escute e console.

 — Isso é o suficiente para você?— Alfred perguntou em um leve tom de brincadeira. Elizabeth assentiu.— E se não der certo?

 — Então eu vou querer carinho.— Elizabeth falou sorrindo, ao mesmo tempo que se aproximava de Alfred.— Você vai me dar carinho, Alfred?

  — Eu vou te dar todo o carinho que é preciso, até mais.

Ele retribuiu o sorriso. Dessa vez não houve rodeios, e muito menos interrupções. Eles se beijaram. Não da forma doce como foi antes. Eles foram cheios de vida, sedentos, como... dois amantes.

Elizabeth agarrou o rosto de Alfred, e segurando a cintura dela, ele a levou para mais perto dos travesseiros. As mãos de Alfred começaram a percorrer e acariciar o corpo de Elizabeth. Isso esquentou de forma muito incomum, mas também gostosa, o seu corpo. Ele tocou suas curvas, beijou seu pescoço, tocou os seios.

Mas então, Alfred parou. Ele encarou Elizabeth, e ela fez o mesmo. Então eles vorazmente voltaram aos beijos, agora mais curtos, doces. Mas muito longe de menos desejosos.


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