Uma Era De Ordem E Honra escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 11
10. A educação é a melhor base para formar um humano, mas saber lidar com os sentimentos é essencial.




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Era inacreditável o que quase aconteceu na Sala Dourada. Elizabeth ainda estava respirando com muita dificuldade, tentando se acalmar e voltar a paz.

Ela praticamente saiu correndo da sala. Mas assim que Elizabeth virou no corredor, ela se encostou na parede, contou até dez, e tentou se acalmar.

  — Se acalme, Elizabeth. Mantenha a calma. Foi apenas... simplesmente...— Um sorriso, Elizabeth sorriu com o pensamento de ser beijada, e sorriu ainda mais quando tocou sua mão nos lábios.— Alfred simplesmente queria me beijar. Me beijar!

  Elizabeth quase que gritou, mas nesse mesmo momento uma criada também virou no corredor. A marquesa rapidamente voltou a sua postura real e assentiu para a criada, quando ela disse um quase inaudível "minha marquesa". A criada saiu da vista, e Elizabeth respirou forte novamente, antes de começar a andar. Sua mãe lhe esperava na Sala Verde.

  — Finalmente, Elizabeth. Eu já estava começando a pensar que minha própria filha não iria me receber, estava enganada.— E a condessa de Carlisle estava perfeita em saúde, Elizabeth constatou assim que entrou. Como a regra dizia, a condessa então fez uma leve mesura, antes de Elizabeth lhe estender a mão.— Não acredito que devo beijar a mão da minha própria filha.

Elizabeth sorriu quase envergonhada, mas também deu de ombros, era a regra e a condessa não fazia parte das exceções. A condessa pegou a mão de Elizabeth e a beijou, com a careta dela parecia que era como beijar acre.

  — Ah, mamãe, eu não posso fazer nada. Além do mais, eu tenho que fazer mesuras para meu marido.— Elizabeth sorriu e sentou no sofá, sinalizando para sua mãe fazer o mesmo.— Peço perdão, mas não posso lhe oferecer chá.

  — É uma humilhação uma mãe se curvar para os filhos. Se curvar para o marido não, é normal até .— Elizabeth assentiu sem dar muita importância, a condessa parecia hoje estar irritada. Ela sentou ao lado de Elizabeth.— Como assim não pode me oferecer chá?

  — A marquesa pega a sineta, a toca e entra um criado. Então a marquesa fala o que deseja a...— Elizabeth falou monótona, até ser interrompida.

  — A sua primeira dama, que então fala ao criado. Eu sei, minha filha, eu fui a primeira dama da... marquesa Anne.

Elizabeth assentiu. Sendo assim, Elizabeth não poderia pedir chá, já que ela não tinha damas de companhia. A condessa de Carlisle bufou alto, isso foi desnecessário e uma ação muito inadequada.

  — Pensava que papai iria viajar hoje para o Castelo Howard.

  — Ele viajou.— Então era por esse motivo que ela estava irritada, o conde viajou sozinho com os irmãos de Elizabeth. Não era a primeira vez que isso acontecia, mas ainda irritava a condessa, mesmo dando vontade de rir.— Não quero falar sobre isso. Onde está seu marido?

Mas a vontade acabou rápido como começou, a condessa ainda não havia perdoado Alfred, sempre se referindo a ele com desdém e até com raiva. E ela nem parecia se importar com isso. Na verdade, a condessa viu sua filha balançar a cabeça, e simplesmente se levantou de seu lugar, e começou a andar pela sala.

Novamente, um suspiro Elizabeth deu.

  — Está conversando algo com Henry e a princesa Anne.— A condessa fez um pequeno ruído, mostrando que havia escutado, mas pouco se importava.— Creio que Amélia tenha ido a Leicester House.

  — Isso é surpreendente! A viúva de Gales nunca gostou da marquesa, e muito menos de suas crias.— Esse era o mínimo de interesse que a condessa poderia mostrar. Era pouco.— Mas que seja, não é por causa dos Bristol que estou aqui.

  — Eu agradeceria muito se a senhora não tentar novamente me dar aulas de como ter uma gravidez pacífica.— Elizabeth avisou alarmada, ela também iria agradecer se sua mãe não tentasse lhe dar aulas de como ser mãe.

Isso foi o suficiente para fazer a condessa ficar irritada. Ela olhou para trás, agora mostrando descontentamento.

  — É impressionante como eu tenho filhos ingratos.— Elizabeth não iria dar resposta alguma a sua mãe, anos atrás ela já havia aprendido que tentar dialogar nunca era a melhor opção. A condessa voltou a andar pela sala de maneira estressada, antes de sua expressão se suavizar e ela sentar ao lado da filha.— Pelo menos me diga que você e seu marido tentam se controlar. Para o bem da criança.

  — Do que a senhora está falando!?— As bochechas de Elizabeth coraram, e agora foi ela que se levantou, ficando de costas para sua mãe. Se fosse...

  — Vocês têm momentos íntimos?— Elizabeth não iria dar uma resposta a ela, muito ao contrário, ela se afastou, se aproximando mais da janela, ninguém interrompia nesses momentos.— O seu casamento foi consumado?

  — Claro!— Elizabeth respondeu dessa vez, ainda de costas. Eles casaram com o casamento já consumado. Mas isso Elizabeth respondeu apenas na sua cabeça, esperando que sua mãe não percebesse nada.— Eu não pergunto o que a senhora faz com o papai.

Ela por fim se virou, e colocou o seu sorriso característico no rosto, junto com uma expressão inocente. Enquanto por dentro Elizabeth se tremia de medo e vergonha. Mas para sua confusão, a condessa riu, como se Elizabeth tivesse lhe contado uma piada. Era para ter medo?

  — Seu pai é velho, Elizabeth, temos intimidade apenas ocasionalmente... se bem que não faz... a questão é que você não tem nada para me perguntar.— Parecia uma grande piada, mas não era para Elizabeth.

  — Acho que a senhora mereceu a fama de muito alegre no passado.— A condessa olhou séria para sua filha.

  — Então não irei mais fazer perguntas a você, Sua Alteza Sereníssima.— Elizabeth sorriu agradecida. Ela poderia oferecer alguma coisa a sua mãe, mas novamente, Elizabeth não tinha damas para servir de mensageiras. A condessa novamente olhou para sua filha, agora séria de verdade. Elizabeth suspirou, pedindo internamente que não fosse nada.— Apenas lhe digo uma coisa, Elizabeth. Por mais que me doa muito, é muito importante, até vital, que um casal tenha... intimidade, caso não tenha isso, vai ser um desastre.

Elizabeth virou seu rosto, para não mais olhar diretamente para sua mãe. Por que isso agora? Elizabeth tinha conhecimento disso, e não era como se ela não tivesse desejo de abraçar, beijar, fazer coisas a mais com Alfred, mas havia muito mais envolvido. Foram tantos quases, mas mesmo assim, não era simplesmente beijar, abraçar, fazer sexo.

Um suspiro de Elizabeth, foi a última coisa que se ouviu na sala, até que a condessa se despediu de Elizabeth, e foi embora.

E novamente Elizabeth deu um suspiro. Ela e sua mãe não tinham brigado e ela muito menos estava ofendida, mas Elizabeth precisava de um momento de silêncio, um momento para pensar.

  — Elizabeth, o príncipe de Gales está esperando na Sala Azul.— Até que esse momento foi interrompido por... Amélia?

  — Não era para você estar em Leicester House?— A mais nova deu de ombros.

  — Sim, mas eu voltei, e George me acompanhou.— Ela falou tão irônica, mas ainda sorrindo, realmente lembrava uma Tudor-Habsburg.— Eu vou falar para Alfred, então vá receber o futuro rei.

Amélia nem mesmo esperou uma resposta e saiu da porta da sala. Amélia sabia ser a pior deles quando queria, mas havia o príncipe de Gales. Então Elizabeth se levantou de seu lugar e foi para a Sala Azul. Era tão engraçado que ela recebia sua mãe na Sala Verde, mas o príncipe de Gales, que não era nada seu, na Azul.

Elizabeth chegou em frente a porta, parou, respirou, sorriu e entrou na sala.

  — Ah, é você Elizabeth.— George, que estavam em pé olhando uma pintura, falou quase que decepcionado, antes de dar um sorriso simples.— Você está muito bonita hoje.
Elizabeth fez uma mesura para o príncipe e sorriu agradecida.

  — Eu agradeço, Sua Alteza Real.— Ela se levantou e caminhou em direção aos sofás

 — Sente-se, George. Alfred logo irá chegar.

  — Obrigado. Mas não tenho pressa, estar fora de casa é maravilhoso.— Elizabeth riu levemente do que o príncipe disse irônico. Ela já havia percebido antes, George era tímido e reservado, ele estava realmente tentando agradar ela.— Como você pode ver, eu não sou Edward.

Elizabeth riu assentindo, e dessa vez ela foi acompanhada pelo príncipe.

*****

  — Você voltou cedo de Leicester House hoje.— Alfred fechou a porta da Sala Dourada, fazendo com que o som das vozes de Henry e Anne ficassem mais abafadas. Por que uma discussão agora?

  — Alfred, você deveria era me agradecer por o ter livrado de Anne e Henry, eu, e principalmente eu, sei como eles são.— Ela disse docemente, antes de colocar os braços atrás das costas.— E principalmente Anne.

 — Você é uma princesa Tudor-Habsburg pior do que ela.

  — Mas não perturbo ninguém.— Isso era uma mentira, a coisa que mais Amélia gostava de fazer era falar.

Alfred balançou a cabeça e voltou a andar, com Amélia ao seu lado. Ela estava certa, em parte, Alfred realmente não queria assistir mais uma das discussões de seus irmãos. Era por um motivo tão tolo. Henry havia afirmado que Anne odiava a ideia de estar com pessoas comuns, e ela não gostou, sentiu-se ofendida. Mas qual deles iria ficar confortável ao estar com pessoas comuns? Talvez Henry.

  — Você não obrigou George a lhe acompanhar, ou obrigou?— Alfred decidiu se esquecer desse assunto, junto com Niedersieg e a prima Maria Theresa. Amélia sorriu levemente e olhou para o lado.— Amélia.

  — Claro que não, Alfred. Não tenho tanto poder assim.— Alfred balançou a cabeça, não era uma questão de poder, os Tudor-Habsburg sabiam se muito bonitos, quando queriam.— George veio porque quis. Segundo ele: mamãe e Lord Bute estavam muito irritantes hoje.

Apenas hoje? A princesa viúva de Gales era irritante todos os dias. Não era nem possível saber como o próprio George aguentava ela, e nem como Edward era o filho favorito. Talvez fosse uma das ironias da vida, não era possível saber.

Chegando na porta da Sala Azul, Amélia continuou andando, talvez ela fosse para o quarto dela. Com um dar de ombros, Alfred então abriu a porta.

  — Você parece tão inteligente, George. Eu fico impressionada.

  — Mas eu preciso, serei rei da Inglaterra quando o vovô morrer, devo ser inteligente.— George falou naturalmente, enquanto Elizabeth parecia pensar que isso poderia ser um sacrifício.

  — Mas você sabe de tantas coisas. Deve ter estudado muito.— Elizabeth falou solenemente, antes de suspirar.— Queria eu ser assim. Infelizmente não é mais possível.

  — Talvez. Mas ainda é possível criar seus filhos assim. A educação é a melhor base para formar um bom ser humano.— Com um sorriso confiante ele falou, ao mesmo tempo que Elizabeth assentiu, um pouco desanimada.

  — Você fala como um verdadeiro iluminista, George. Talvez você pudesse escrever sua própria enciclopédia.

Apenas quando falou que Alfred foi escutado, chamando automaticamente a atenção tanto de George, como de Elizabeth. O primeiro sorriu, e a segunda... Alfred percebeu o leve tom vermelho que surgiu nas bochechas de Elizabeth, e não era o rouge. Ela não havia esquecido, e ele também não.

  — Eu não diria iluminista. Existem coisas que eu não concordo.

  — Um iluminado, então.— Alfred deu um pequeno riso. Ele se aproximou do sofá onde estava Elizabeth, mas ela se levantou, então Alfred desviou para sentar com George.

O príncipe balançou a cabeça, e riu de forma muito divertida, George nem parecia estar percebendo o clima quase tenso entre Alfred e Elizabeth. Os dois nem mesmo se olhavam nos olhos.

  — Alfred, Alfred. Um desses também não sou.— Ele riu mais um pouco e por fim suspirou.— Mas eu realmente acredito que a educação é muito importante.

  — Não discordo de você.— Alfred não entendia, mas ele não conseguia desviar seus olhos de Elizabeth, mesmo ela desviando, e ele também.— E você, Elizabeth?

Até o momento, Elizabeth estava tão concentrada em fugir, que não conseguiu perceber de imediato o que ele disse. Mas logo ela voltou a si.

  — Eu? Bem... para mim os sentimentos também são muito importantes.— Ela sorriu e voltou a sua expressão doce, agora realmente sincera. Parecia realmente com Elizabeth. Os sentimentos. Mesmo que isso também parecesse muito com eles.

  — Como assim?— George perguntou curioso.

 — Saber como manejar seus sentimentos, como os controlar, para mim, isso pode ajudar a construir um bom ser humano.

  — Faz certo sentido. Não é, Alfred?

O marquês assentiu lentamente, olhando para os olhos de Elizabeth. Dessa vez ela não desviou, ele não desviou. Por um lado ele sentia que isso foi dito para ele, do outro, ele não tinha certeza, a verdade era isso que ela pensava realmente, não havia dúvidas.

  — Mas se faz ou não, no momento não tem mais sentido.— Elizabeth se levantou de seu lugar.— Se me derem licença, terei que me retirar.

A marquesa fez uma mesura leve e saiu. Alfred havia percebido uma coisa: ela não tirou os olhos dele. As coisas estavam caminhando para um lugar desconhecido e não muito feliz, era tanta tensão que Alfred nem mesmo sabia o que pensar. Ele então se aconchegou mais no sofá, tanto que logo estava mais deitado do que sentado. Alfred queria se distrair. George lhe observava, olhando para ele de forma aquisitiva. Ah, senhor.

  — O que foi, George?

 — Nada, realmente nada.— George se levantou do sofá e começou a andar com certa ansiedade pela sala. Ele parou, olhou para uma pintura e novamente lhe olhou, um pouco envergonhado.— Você e Elizabeth... tem algum problema entre vocês dois?

  — O que faz você pensar que tem?— O príncipe de Gales deu de ombros tentando se esquivar, ou apenas sendo gentil.— E mesmo se tivéssemos, você não é exatamente a melhor pessoa para falar sobre isso.

  — Como assim?— George perguntou ofendido. Alfred apenas o fitou, até que o príncipe se envergonhou o desviou o olhar, Lady Sarah Lennox.— Realmente eu não sou o mais recomendado. Mas mesmo assim eu percebi os olhares de vocês. E seja o que for, o melhor é tentar resolver.

  — Falar é fácil, fazer não.— Alfred falou baixo, mas ainda alto para seu amigo ouvir.

 — Bem, que seja então.— George desistiu e também sentou de forma esparramada no sofá.— Eu ouvi soube o que aconteceu em Niedersieg.

Alfred gemeu de tristeza. Ele não queria falar sobre isso também. Mas entre sentimentos e Niedersieg, a segunda opção era a melhor. E foi a melhor, até que George também disse que iria embora, ou...

  — Mamãe iria vir aqui me buscar, como se eu ainda fosse uma criança.— Ele riu fracamente, acenando para o amigo, que agora estava completamente deitado.

  — Sua mãe não iria nem colocar os pés aqui. Ela mandaria Lord Bute.

  — Eu não a julgo, também não gosto de Hampton Court.— Mas isso era apenas porque o rei havia certa vez lhe batido em Hampton Court.

Alfred também acenou. Por fim, ele estava sozinho. O marquês deu um grande suspiro e então fechou os olhos e dormiu.

Ele não soube exatamente por quando tempo dormiu na Sala Azul, mas quando Alfred acordou o sol já nem estava mais brilhando, a lua já havia iniciado o seu reinado. Ele então resolveu ir logo para seus aposentos e se preparar para o jantar mais tarde. E como era de costume, para entrar em seu quarto, Alfred teria que passar na frente do de Elizabeth.

O seu objetivo inicial era apenas isso, passar em frente a sua porta. Mas quando Alfred chegou, ele não pôde resistir, havia nele um grande desejo, uma força o motivando a de vê-la, e ele entrou no quarto dela.

Elizabeth assim que o viu entrar, se levantou imediatamente da penteadeira, e muito corada. Alfred logo percebeu o motivo, ela estava apenas com a chemise de dormir, quase nua.

  — Perdão! Me desculpe, Elizabeth.— Isso era tão vergonhoso, até a reação. Ele já havia visto ela mais nua. Alfred se virou de costas.— Eu deveria ter batido.

  — Não! Eu que esqueci a porta aberta.— Atrás dele, Elizabeth pegou o robe e se cobriu.— Agora estou vestida. Mas bem, por que você veio aqui?

Elizabeth sorriu docemente, com certa expectativa talvez. Alfred ficou sem saber o que dizer, ele não havia pensado, se ele falasse iria sair gagando. Mas ela estava esperando:

  — Eu vim... é... lhe desejar uma boa noite.— Lentamente ele viu o sorriso de expectativa de Elizabeth morrer, havia decepção.— Mas bem, eu irei para meu quarto.
Alfred se virou novamente e começou a andar para fora do quarto a passadas largas, que vergonhoso, vergonhoso.

  — Alfred! Espere!— Isso surpreendeu Alfred. Elizabeth correu até ele e pegou sua mão. A expressão de Alfred ficou quase em pânico, mas quando ele se virou, sorriu.— Eu... na Sala Dourada, antes de Anne e Henry entrarem... o que você iria fazer?

Era isso? Alfred muito se segurou para não corar. Ele sorriu e balançou a cabeça.

  — Não era nada para você se preocupar.— Alfred mostrou um sorriso confiante para ela. Mas mesmo assim, Elizabeth estava séria, olhando para ele. E estava também tão perto, Alfred sentia o perfume dela.

  — Você iria me beijar. Não iria?— Sim, ele iria sim. Alfred começou a sentir sua respiração ficando mais pesada, e Elizabeth se aproximando mais.— Por que você me evita, Alfred?

  — Eu... eu não evito você Elizabeth.

 — Então por que não me beija?— O rosto deles dois estava tão próximo, os lábios quase se tocando.

  — Eu não quero te machucar.

  — Um beijo não dói, Alfred. 

Estava tão próximo. Alfred queria tanto, Elizabeth queria tanto, dava para ver nos olhos dos dois.

Com um impulso, os lábios dos dois se tocaram, iniciando um beijo. Era tão calmo, tão doce, e estava cheio de lembranças. Elizabeth agarrou o pescoço de Alfred, e ele sua cintura. O desejo era que esse ato simples durasse para sempre, uma prazerosa eternidade. Mas então, todas as lembranças vieram, os braços se soltaram e o beijo acabou.

Elizabeth deu um passo para trás, levando a mão aos lábios, e sorrindo. Alfred também deu um simples sorriso, mas também deu as costas para ela e saiu do quarto. Ela era a mais emocionada, e Alfred o mais sem fôlego, foi tão simples, mas tão intenso. Como uma brisa gostosa, que trouxe o que não deveria.


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