A Mais Vitoriosa escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 1
Prólogo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/806526/chapter/1

1740, final de Janeiro. 

Se havia uma coisa na Grã-Bretanha que poderia ser declarada um caos e um lugar de confusão e brigas e discórdia essa coisa seria o parlamento.

Tanto a eleita Câmara dos Comuns, como a hereditária Casa dos Lords, estavam em constante confusão. Sendo o conflito com a Espanha, causado por um simples marinheiro sem orelha, e a relutância de Walpole em agir no assunto, os causadores de maior confusão no momento.

Mas havia também um assunto, de importância não tão grande, mas que também estava gerando uma grade discórdia. No ano anterior o duque de Devonshire, a pedido do marquês de Bristol, pediu que a sucessão do marquesado permitisse que mulheres pudessem herdar seus títulos.

Isso não era algo que poderia causar discórdia, era quase uma certeza que não seria aceito esse pedido. Mas ele foi, e isso foi uma surpresa.

Outra surpresa ainda maior foi quando a comissão feita, decidiu a favor dos Tudor-Habsburg, os apoiadores nesse momento tiveram um momento de alegria, momento tal que foi destruído quando a mesma comissão disse que embora tenha decidido a favor, outra comissão deveria ser feita.

Logo depois disso, surgiram boatos de que a Áustria iria cortar suas relações diplomáticas com a Grã-Bretanha se uma decisão a favor não fosse tomada. Isso claramente era uma mentira, a Áustria precisava da Grã-Bretanha. Mas esse boato foi o suficiente para fazer surgir o medo, medo da reação continental.

  – Seria bom tanto para a Grã-Bretanha como para a Áustria que atendêssemos o pedido do marquês de Bristol. Seria uma garantia para nós de que a Áustria não ousaria nos trair.

  – Você diz que será benéfico Hertford. Porém a verdade é que será um desastre para nossa nobreza. Para nossas tradições.

  – O nobre duque de St. Martin está certo. E acrescento que o marquês e sua família mostraram-se completamente sem importância para a Grã-Bretanha. Eles são apenas um grande gasto.

  – Não era você meu muito honorável conde de Farfild um dos homens que aceitou, nessa mesma casa, que a tratado do marquês fosse feito? Agora o honorável mudou de ideia?

  – Eu busco Carlisle, os interesses da Grã-Bretanha, não os meus próprios como alguns que hoje estão presentes. Toda a casa hoje pode...

  – Milordes eu peço que mantenha-se contidos, e tenham decoro.- E como sempre a situação ficou muito difícil de suportar, fazendo com que Lord Chanceler tivesse que intervir.

  – Nosso desejo é realmente manter a calma meu honorável Lord Hardwicke, porém nossos colegas parecem apenas desejar discutir no lugar de tomar ações.

  – Como sempre Hertford está tentando sair ileso da situação. Não é do desejo da...

  – Sua graça existem rumores que dizem que a Áustria irá desfazer...

  – São apenas rumores. Nada concreto, difícil de acreditar.

A situação não parecia estar levando a nada, era um grande jogo de tênis entre os aliados e a oposição, mas uma partida que nenhum lado parecia estar ganhando. Vendo isso era necessário que os os aliados do marquês dessem sua última cartada:

  – Milordes vemos então que apesar de todo o apoio ao marquês, tanto do povo como do continente, não chegamos em um consenso, então com o consentimento do marquês de Bristol, decidimos deixar tudo mais aceitável.

Para o desgosto de alguns, esse era o momento da vitória, uma que seria muito doce.

              ■■▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎■■

Dias depois em outro lugar, na Europa continental, uma dama com um ar nobre, digno e doce, apesar de ter olhos de uma cor azul fria, estava em uma sala belamente decorada, junto com suas damas, ouvindo as notícias do enviado britânico. Como sempre eram muitas coisas.

  – Também minha senhora, o parlamento decidiu a favor do marquês de Bristol e de mudar as regras de sucessão.

Eram sempre notícias muito comuns, envolvendo o atual conflito, mas essa era diferente.

  – Foi aceito que surpresa interessante.- Muito mais interessante que se poderia imaginar, a muito tempo ela esperava isso.– É certamente uma oportunidade. Essa garota irá ter problemas e muitas incertezas, mas para sobreviver ela precisa de um homem, de um príncipe, só assim ela vai conseguir se manter. O embaixador sabe o que isso significa?

  – Um casamento?

  – Exatamente, ele não estava vendendo a mão de suas filhas a todo o império? Chegou o momento de pagar.

Com um aceno na mão, a princesa então sinalizou para que uma de suas damas de companhia pegasse papel, tinta e pena para uma carta.

  – Minha senhora está certa, o seu apoio e do príncipe foi muito importante, será um ótimo modo de mostrar gratidão.

  – Certamente será.‐ Logo então a dama voltou com o necessário.– Escreva: "Eu, Anne, a Príncesa Real e Príncesa de Orange, a filha mais velha do rei e esposa do príncipe de Orange, envio a Sua Alteza, o marquês de Bristol essa mensagem para propor uma união entre nossas duas casas, uma união que a ambos beneficiará, podendo dar continuidade a nossas duas casas por séculos...

A carta logo foi escrita, selada com o brasão de Orange e então enviada. Eles estariam juntos certamente, como uma só casa, Anne sabia disso. Mas agora ela deveria voltar para o príncipe, haviam notícias da Áustria.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo


E assim se inicia...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Mais Vitoriosa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.