Amê Souer escrita por Crixscully


Capítulo 31
Capítulo 29 - Ariel




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Assim que foi deixada sozinha, seus pensamentos foram direto para o azulado em questão, não queria falar com ele, mas sentia sua falta. Ela se afunda nos cobertores novamente, como se estivesse tentando desaparecer para sempre.

 

 

 

 

 

Se sentia culpada pelo ocorrido e ao mesmo tempo com raiva daquele idiota. Eram sentimentos conflitantes demais. Havia noites em que nem conseguia dormir pensando nisso.

Seus questionamentos são interrompidos quando ouve alguém abrindo a porta e levanta os olhos, achando que seu pai voltou rápido. Porém, não era ele quem entra, mas Nath e Marc.

Seus amigos olham timidamente em sua direção e Alix range os dentes enquanto abraça o travesseiro contra o peito.

Ela não queria conversar, só queria ficar sozinha. Era tão difícil assim entenderem isso?

Ao notarem sua reações hesitam, por um momento, mas Nath entra decidido, seguido por Marc, inseguro, que fecha a porta atrás de si.

Marc diz, sem olhar para ela:

— Hum, seu pai nos deixou subir.

Nath, por sua vez, confiante, adentra o quarto e se senta na cama de frente para ela. Marc puxa uma cadeira perto do namorado.

Nath diz suave:

— Sentimos muito, Alix... mas você precisa conversar conosco.

Marc sussurra, baixando os olhos:

— Não gostamos de te ver assim e queremos te ajudar... Na verdade a vocês dois.

Ela se senta, saindo debaixo do casulo e Nath segura sua mão:

— Juleka disse que ele está resmungando pelo barco o tempo todo... está insuportável. Nunca o viu assim.

— Eu... – ela não quer ser grossa com seus amigos – Eu não sei se quero falar sobre isso...

Ela não estava sendo particularmente hostil, então eles trocam olhares rapidamente. No que uma tintura de cabelo chama atenção de Nath e ele tem uma ideia e decide continuar de outro jeito:

— Vai mudar a cor do cabelo?

Ela olha confusa na mesma direção que ele, por um momento devido a mudança de assunto e se depara com a tintura Vermelho Ariel.

Havia até se esquecido disso.

— Eu ia, mas nem sei mais...

Nath nem a deixa terminar de falar e a puxa da cama, a fazendo ficar de pé:

— Não, não. Nada disso Alix. A cor é linda... e em você vai ficar divina. Vamos, levanta já daí. Deixa que eu te ajudo.

Alix nem se mexe do lugar e faz careta enquanto Nath a puxa da cama.

— Vamos você vai ficar mais linda ainda garota. Vamos dar um up nesse visual – o que faz surgir um micro sorriso em seus lábios, e ela levanta e o acompanha sem reclamar, Marc sorri seu namorado sabia exatamente como lidar com ela.

Enquanto fazem os preparativos para a mudança Nath tenta arrancar da amiga o que está se passando pela cabecinha oca, porque nunca a viu tão desmotivada.

— Ok então, estamos começando por mudar suas madeixas, amei a cor que escolheu e enquanto isso você nos conta o que está acontecendo!

Marc ri, Alix protesta cruzando os braços em desagrado:

— Não tem nada acontecendo! Já disse estou bem! – ele começa a pintar seu cabelo e Marc tenta expor o fato:

— Desculpe Alix, mas é obvio que tem ! – ele a olha compreensivo – O Nath me disse que você recusou um desafio do Kim e isso eu sei que nunca aconteceu!

— Não é nada!

— Alix você NUNCA recusou um desafio.

— Realmente não é nada demais eu só não estava no clima!

— Esse "NADA" tem a ver com o Luka, certo?

Alix suspira fundo:

— Não. – o que deixa claro para os dois que sim.

— Sei. E vocês já conversaram?

— Na verdade não nos falamos desde aquele dia.

— Uhn sei e isso tem o que? Nath para de pintar seu cabelo e num tom zombeteiro:

— Deixe-me ver isso três semanas ? E nossa que coincidência você está assim deprimida,a quase um mês , certo?

— Eu não estou deprimida.

Os dois olham para ela com cara de “tá bom”, ela na defensiva:

— Eu só não estava afim. É errado querer ficar quieta por uns dias? – Marc num tom suave:

— Não, mas é errado você tentar esconder isso de nós, queremos te ajudar.

Nath já é mais direto:

— É obvio você não está bem e queremos que você fale conosco, até mesmo gritar com a gente se for preciso, contanto que nos diga o que está acontecendo nessa sua cabeça oca!

Marc segura na mão dela suavemente:

— Se você não se abrir, não temos como te ajudar.

Alix não responde num primeiro momento, apenas balançando a cabeça, de repente envergonhada.

Ela nunca gostou de falar sobre seus conflitos internos, mas é verdade que ela nunca passou por isso desta maneira tão intensa, e se eles estão lhe estendêssemos a mão, ela deveria ajudar-lhes há pelo menos entender o que ela sente, afinal ela estava tão confusa com esses sentimentos que nem sabia o que ou como resolver.

— É só que... – Alix respira fundo. – Eu... – Alix procura por suas palavras tentando colocar tudo para fora – Eu não sei o que fazer...

Ela decide abrir o seu coração aos amigos por quem ela sempre esteve presente e que hoje querem retribuir o favor a ela.

— Eu me dei conta de que gosto da companhia daquele guitarrista idiota, sinto falta das tardes que passamos juntos, dele me levar para escola, dos ensaios, dos desafios ou só de ficar ouvindo-o tocar, da sua risada, dele pegando no meu pé – ela suspira – eu sinto falta de tudo isso e não sei como ir até ele e falar, não sei nem se ele quer falar comigo, e nem sei se quero falar com ele, porque ao mesmo tempo que quero tudo isso de volta, também estou com raiva porque foi ele e não eu! Eu não fiz nada de errado então porque tenho que pedir desculpas por algo que não fui eu? Aí vem meu pai e diz que se me sinto assim para dar o primeiro passo. Mas fico pensando e se ele não quiser falar comigo? E se ele me ignorar? Porque se ele quisesse teria me procurado antes, e não o fez, poque? Então talvez ele realmente não queira mais nada, nem sinta minha falta e eu realmente não sei o que fazer com essa porcaria de sentimento. – ela gritou a ultima frase.

Nath extremamente calmo:

— Que tal ir conversar com ele?

Ela o olha indignada:

— Você é surdo?

— Não, mas vocês precisam conversar, não dá para ficarem assim, é obvio que vocês se gostam.

— Para mim não é.

— Eita, mas que ruiva marrenta...

— Não me chama assim.

— Oras não me venha com isso eu sempre te chamei assim!

Ela desvia o olhar, mas ele pega o queixo dela delicadamente e a faz olhar para ele:

— Alix? – ela desvia o olhar envergonhada:

— É assim que ele me chama quando está irritado comigo ou pra me provocar.

— Oh que fofo já se deram até apelidos .

— Foi aquele guitarrista idiota. – Marc e Nath riem.

— Que foi?

— Nada! Mas voltando, eu acho que você deveria seguir o conselho do seu velho e conversar com ele, não dá para vocês ficarem assim.

— Não mesmo Al.

Ela pensa por alguns segundos:

— Mas não sei como...

— Pedindo desculpas? – ela grita irritada:

— Mas não fui eu! Foi aquele idiota quem começou! Porque eu tenho que ir lá?

— Não importa quem foi Al, mas um tem que deixar o orgulho de lado e ir, ou você pretende ficar assim para sempre?

— Talvez!

— Ai como você é teimosa ... – o relógio tocou – Agora vai tirar essa tinta para gente ver como ficou! E aproveita para colocar essa cabecinha oca para pensar.

Alix foi para o banheiro e enquanto tomava banho seguiu o conselho do tomate, seus pensamentos se inundaram de dúvidas, será que ela estava sendo teimosa mesmo? Ela realmente sentia falta dele, mas será que ele sentia sua falta também? Será que Luka estava ranzinza por causa da briga ou por Marinette e Adrien estarem juntos?

Sua mente vagou ligeiramente, relembrando a vez em que Luka a beijou, tudo para provar que seu namoro falso era sério, o que parando para pensar agora, parecia pura loucura.

Mas desde então, sempre que ela pensasse sobre isso, ela distraidamente tocava os lábios. Às vezes, ela até se pegava pensando em beijá-lo novamente, para seu total constrangimento, e foi surpreendente perceber o quanto ela gostou daquele beijo, quanto ela queria experimentar aquela sensação novamente.

Inferno isso estava começando a sair totalmente do controle.

Ela enfiou a cabeça embaixo do chuveiro, tentando afogar todas aquelas lembranças e duvidas, sua cabeça doida um pouco, por fim ela desliga o chuveiro e enquanto enxugava as novas madeixas saiu do banheiro Nath disse sarcástico:

— Até que enfim achei que tinha se afogado, já ia chamar seu pai.

Marc diz impressionado quando a viu tirar a toalha da cabeça:

— Você ficou linda Al.

Alix parece estar em outro mundo, Nath a provoca:

— Terra Chamando Alix.

— Desculpe... eu... eu só estava pensando. – os dois olharam para ela com interesse e esperança nos olhos. Como ela não diz nada Nath a instiga:

— E?

Ela respira fundo:

— Eu vou falar com ele! – os dois vibram de entusiasmo e Nath animado.

— Isso aí garota! Agora vamos terminar de arrumar essas madeixas lindas.

Enquanto isso

Mansão Agreste

Sempre eficiente Natalie atendeu o celular no segundo toque.

Gabriel deu algumas instruções referente ao novo desfile do que precisava que fizesse e pediu para falar com Adrien já que ele não estava atendendo.

Ela caminhava em direção ao quarto, a porta estava entre aberta, ele estava ao celular, ela hesitou na porta foi quando ela o ouvir falar:

— Hoje como sempre dia incrível ao seu lado Mylady, aquele sentimonstro foi tão fácil. Hawk Morth não é pario para nós!

Pela primeira vez em anos seu rosto sempre entediado e inexpressivo rachou, ela soltou um som de total espanto o que chamou atenção de Gabriel

— Natalie, o que houve?

A pergunta ficou sem resposta, ela estava em choque sua mente em um turbilhão de emoções.

Não era possível Adrien era Chat Noir?

E se instaurou uma luta interna entre fazer o certo ou ser fiel ao seu mestre, isso era tão injusto, milhões de cidadãos e justo Adrien tinha que ser Cat Noir. Seu garoto, o menino tão doce e amável, porque ele?

Não, não era possível ela havia ouvido errado, mas como pra confirmar suas suspeitas Adrien solta:

—Boa noite Mylady! Esse gatinho vai sentir sua falta! Te vejo no cinema amanhã!

Ela é tirada de seu conflito por Gabriel

— Natalie?- passou um minuto inteiro antes que ela decidisse

— Sinto muito senhor, mas há algo que precisa saber sobre seu filho!

— O que houve com o Adrien? O que aconteceu? - ela suspirou e por fim disse séria:

— Senhor, precisamos conversar!


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