O Desabrochar de Uma Dinastia escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 6
Capítulo V.


Notas iniciais do capítulo

Nem tudo que escrevo é algo que realmente iria acontecer realmente, eu pode, certas coisas seriam impensáveis e impossíveis. Como por exemplo nesse capítulo.



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No dia seguinte, na sala de visitas dos Bristol, estavam o marquês William, a marquesa Catherine, junto com o conde de Coventry e o conde de Halifax. Eles foram enviados pelo rei, para resolver os atuais problemas dos Tudor-Habsburg.

  – Altezas, o rei nos enviou para discutir como poderíamos resolver a sua atual impopularidade.- Esse assunto para William estava se tornando horrível, na Áustria, eles não precisavam se preocupar com isso.

  – Lord Halifax, não sei o motivo de isso precisar de uma grande atenção.

  – Meu marquês, o senhor veio para simbolizar a paz entre nossas duas nações, mas se os ingleses não gostam do senhor, o senhor não pode simbolizar a paz.- Isso uma era verdade, mas o que eles queriam que ele fizesse? William já estava na Inglaterra, era protestante, não falava alemão em público. O que ele precisavam?

  – Mas o que poderíamos fazer?- Era exatamente essa pergunta que William iria fazer, mas Catherine fez esse favor.

  – Os ingleses não gostam muito dos alemães, e também não gostam muito dos costumes do continente.- Lord Halifax falou isso olhando principalmente para Catherine, o que irritou muito William, afinal esse lord, não poderia fazer isso com a filha de um imperador.

  – Não é fácil desfazer alguns costumes.- Apesar de irritado. William deveria manter a calma, eles não poderiam se dar ao luxo de perder seus poucos aliados.

  – Também não é como se pudéssemos renascer ingleses.- O que Catherine disse encheu William de satisfação, a satisfação veio no caso pela expressão de Lord Halifax.

  – Na verdade foi pensado em algo, algo que tenha o sentido de Suas Altezas serem como que feitos ingleses.- O que Lord Coventry falou surpreendeu William, e pela expressão dos outros, a eles também.

  – E o que poderia ser?

  – Meus senhor já foi na Catedral de Bristol?- William não sabia o que isso significava mas ouviu com atenção.

Mais tarde quando, William e Catherine estavam na carruagem para ir ao jantar da duquesa de Devonshire, William ainda não acreditava no que Lord Conventry tinha falado, é Catherine aparentemente também.

  – É uma coroação! Se pode mudar para unção, entronização, sagração, investidura, anglicização como é o caso, se pode chamar de qualquer outra coisa, mas é uma coroação.

  – Eu posso muito bem ver isso, não há precisa apontar, mas é melhor chamar de anglicização.- Isso também não alegrava muito William, mas não eles tinha muitas opções, William não conhecia os britânicos o suficiente para saber o que eles gostavam.

  – Não posso acreditar que o Rei concordou com isso, e ainda por cima teremos que cruzar a ilha.- Isso era inconveniente realmente, Bristol ficava perto de Gales, era então do outro lado da Inglaterra.

  – Não é como se fossemos declarados reis, aparentemente vamos jurar lealdade ao rei, e simbolicamente tirar de nós tudo que é estrangeiro.

Catherine ficou em silêncio então o resto da viagem até a Devonshire House, não foi uma viagem rápida, nem agradável, e olhar para fora não ajudava levando em consideração que William não conhecia Londres.

Logo a carruagem chegou a grande e bela "casa" dos Devonshire, que parecia já ter muitos dos convidados.

  – Altezas que alegria os ter conosco hoje.- A duquesa, como era de se esperar, os recepcionou assim que entraram.

  – Nós agradecemos pelo convite.- Catherine para a alegria de William voltou a falar.

  – Eu gostaria de lhes apresentar os outros convidados. Como é de se esperar esse é meu marido o duque...- Então a duquesa de Devonshire os apresentou aos outros: o duque e a duquesa de Portland, duque e a duquesa de Manchester, duque e a duquesa de Grafton, o conde e a condessa de Hertford, o conde e a condessa de Godolphin, assim como os conhecidos Everton e Penryn, que só estavam lá por causa da amizade com eles.

William pode perceber uma coisa, esse era um jantar de Whigs[1], William fracamente esperava que isso não o transformasse em um Whig.

  – Milordes e miladys, vamos para a sala de jantar.‐ Depois de quase uma hora chegou a hora do jantar, e novamente como era o certo, William como um convidado de honra acompanhou a duquesa de Devonshire, e Catherine também como uma convidada de honra foi acompanhada pelo duque.

Catherine parecia estar bastante feliz em estar com outras pessoas, isso era bom. William sabia que eles não poderiam ficar apartados da sociedade para sempre. Mas em contraste ele não estava, principalmente depois das conversas.

Então quando todos estavam em seus devidos lugares, se iniciou a melhor parte da noite, considerando que depois dessa viria apenas mais conversas.

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Catherine gostou muito das duas primeiras partes do jantar, principalmente a parte de estar com a nobreza, afinal quem tinha apoio dessa classe, tinha influência, riqueza, poder e classe, e era isso que ela desejava para sua família.

Além do mais Catherine gostava muito de estar com outras pessoas, isso a deixava muito feliz.

Mas logo o jantar chegou ao fim e as damas foram conduzidas para uma sala e os cavalheiro para outra. E nessa sala de conversas não havia nada de muito especial, as damas apenas se sentaram o que dizia que Catherine também deveria se sentar.

  – Lady Penryn, o que será feito depois?- Lady Penryn era a que estava mais perto de Catherine, Lady Everton estava conversando com Lady Godolphin e a duquesa de Manchester, e não parecia muito animada.

  – Eu acho senhora que vamos ler ou conversar, talvez algumas vão melhorar a sua já perfeita arte do bordado. Damas da alta sociedade geralmente fazem isso. Acho que não falei para a senhora.

  – Mas a anfitriã é uma duquesa.- Duquesas deveriam mostrar a sua riqueza, na Áustria esse tipo de jantar era acompanhado por peças amadoras e outras apresentações.

  – Sim, eu concordo, geralmente há uma pequena apresentação com instrumentos, mas acho que não é o caso hoje.- Catherine estava não sabia o que pensar, essa era uma situação horrível. Catherine não tinha nada contra bordar, ela mesma passava horas bordando, mas isso não era uma diversão para esse momento.

Catherine então se voltou para a arte da conversa, mas as conversas de agora estavam completamente maçantes, Catherine imaginava se na sala onde os cavalheiros estavam as conversas eram do mesmo modo.

Essas conversas estava suportáveis para Catherine, até certo ponto. Quando se iniciou um assunto que Catherine não desejava falar, ela perdeu todas as esperanças de continuar nisso.

  – Eu não estou me sentindo bem, eu vou tomar um pequeno ar.- Mesmo não sendo necessário Catherine falou para Lady Everton, que tinha conseguido fugir da duquesa de Manchester e de Lady Godolphin.

A sacada de dava para o jardim, tinha uma vista muito bela, claramente pela manhã, já que pela noite Catherine não poderia ver absolutamente nada . Mas a duquesa de Devonshire disse que era um jardim muito belo, a ela cabia imaginar.

  – Você está se sentindo bem? Lady Penryn mandou me avisar.- Catherine logo foi despertada de suas divagações sobre o jardim da duquesa de Devonshire, Catherine estava muito feliz por William ter feito isso.

  – Você demorou. Estou pensando a tanto tempo sobre jardins que decidi que quero um.

  – Peço o seu perdão, por esses duques e condes falarem muito sobre política, queriam saber o que acho sobre Lord Sunderland. O que eu poderia saber dele?

  – Pior que essas conversas eram as que tive que suportar, parece que os ingleses não sabem se divertir.

  – Bem, não fui eu que aceitei o convite.- Catherine ficou um pouco ofendida com isso.

  – Perdão se eu estava tentando nos ajudar a nos integrar a sociedade inglesa.- William apenas se calou com esse comentário.– Hoje você não está sendo nada gentil.

Mais silêncio, o que significava que William estava pensando em que diria, o que dava a Catherine tempo para pensar em como rebater, era sempre desse modo as suas possíveis discussões.

  – Eu agradeço por sua ajuda e sua preocupação. Mas temos muitos problemas e um homem não pode aguentar isso para sempre.

 – Um homem sabe que há momentos certos para mostrar sua irritação.- William apenase se calou, o que significava que foi um empate, uma vitória vinha acompanhada de um pedido de perdão.

  – Vamos para casa.- Catherine concordou e foi na frente. Eles disseram para Lady Penryn que estava esperando, que ela deveria dizer que Catherine não estava se sentindo bem.

A viagem de volta a Hampton Court, estava sendo exatamente igual a de ida para Devonshire House, calada e incômoda.

 – Estou muito cansado e desanimado.- William finalmente falou, mas Catherine no momento ficaria calada.– Você me diria que tudo vai ficar bem, e eu agradeço, só não sei se vou resistir para ver tudo bem.

  – Vamos fazer nosso melhor.- O sorriso triste que William deu não mostrava muita confiança.

  – Vamos ter que nos moldar para sermos mais britânicos.- Isso era o que Catherine não queria ouvir, fazer isso seria uma derrota.– Mas antes disso, vamos tentar fazer o que fizemos hoje.

Não veio da parte de William um pedido de perdão direto, mas Catherine iria considerar isso um.

  – Eu dou a você o meu perdão.- William não disse nada, era bom assim, melhor aceitar calado do que com palavras recusar.

Mas toda essa situação estava colocando em Catherine um temor muito grande de que eles teriam que realmente mudar, ou não iriam vencer.


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Notas finais do capítulo

1. Os Whigs eram um partido político britânico que existiu de 1678 até 1859. Era junto com o partido Tory, ou conservador, com quem disputava o poder político, a principal força política da Grã-Bretanha. Durante a primeira metade do século 18 foi também o partido dominante da política britânica.



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