Scientist escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 24
Capítulo 24 – A carta




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Capítulo 24 – A carta

 

                Era hora do almoço quando conseguiram convencer as crianças a entrar em casa, e os adultos estavam cuidando da refeição no apartamento dos Stacy enquanto Peter trocava olhares preocupados com sua tia, que lhe dissera para ir vê-la em seu apartamento mais tarde para conversarem sobre o envelope misterioso. Ele concordou, e tentou não ficar paranoico. O que poderia haver para eles em Nova York depois de tanto tempo?

                - A senhora tá bem? – Peter sussurrou ao propositalmente ir ajudar sua tia a pegar os pratos no armário.

                - Sim, querido – ela falou de volta no mesmo tom – Posso só estar paranoica. Mas o que poderia ter pra nós em Nova York a essa altura?

                - Me pergunto o mesmo.

                - Mais tarde. Quando voltarmos pra casa.

                Peter assentiu e beijou rapidamente os cabelos da mãe adotiva, ganhando um sorriso dela, antes de levar os pratos para a mesa.

                O almoço correu bem, com todos eles brincando e se divertindo juntos como sempre, e duas horas depois ele e Gwen estavam em casa. As meninas tinham pegado no sono no sofá cama da sala enquanto assistiam TV, e finalmente ele podia ir encontrar sua tia.

                - Peter... O que é aquele envelope pra ter deixado vocês dois tão nervosos?

                - Deu pra perceber?

                - Não acho que as meninas, meus irmãos e minha mãe notaram, mas eu sim. E o sentido aranha... Isso tem algo a ver com você? Ou seu pai?

                - Eu deduzi o mesmo. Tia May não quis falar na frente de todo mundo. Mas o que a Oscorp, ou seja quem for, poderia querer com a gente depois de uma década? E se for o cara que comprou nosso apartamento, o que pode querer?

Gwen ficou pensativa por um instante, e de repente seus olhos ficaram atentos.

— Amor... Você acha que...

— O que?

Gwen balançou a cabeça negativamente.

— Pode ser só loucura minha... Eu falo quando você voltar. Não quero que vá preocupado. Vai logo falar com ela.

— Já fiquei preocupado.

— Não é algo nossa, acho que alguém vai nos matar. Sabe que se fosse eu diria a você. Quero que vá tranquilo.

Peter passou um tempo dividido entre insistir no que ela estava pensando e ir de uma vez falar com May, ambas as situações o deixando curioso agora. Mas decidiu fazer o que a esposa pediu. Eles conversariam quando ele voltasse. Então assentiu, e a beijou nos lábios.

— Eu volto assim que puder. Me chama se precisar.

Gwen concordou, lhe dando mais um beijo antes de Peter se virar e sair. May abriu imediatamente quando ele bateu em sua porta, como se estivesse esperando por isso. Se assustou ao ver os olhos de sua tia vermelhos de lágrimas, e fechou a porta atrás de si, puxando-a em seus braços em seguida.

— Ei – chamou baixinho, beijando seus cabelos – O que foi? Perdemos algum amigo de Nova York?

Ela negou, e Peter esfregou suas costas, esperando que ela se acalmasse para os dois sentarem no sofá. May secou os olhos e pegou o envelope em cima da mesa de centro, já aberto, e tirou o conteúdo de dentro. Parecia ser uma carta redigida à mão numa folha de papel comum. E novamente aquela sensação, por algum motivo a caligrafia era familiar para Peter.

— Querido, você reconhece essa letra?

— É muito familiar, mas não me lembro porque.

— O que tem escrito aqui revelou coisas que eu julgava completamente impossíveis e que eu não sei como vai mudar nossas vidas. Eu não sei se fico aliviada ou com raiva.

— Como assim? Por acaso é alguma ameaça? Algo a ver com o Homem Aranha? Harry contou a alguém antes de morrer? Ou Conors nos traiu?

May ergueu uma das mãos, pedindo que ele se acalmasse, e estendeu o papel para ele.

— Veja você mesmo. Isso é mais pra você do que pra mim.

Peter aceitou o escrito, e começou a ler, aos poucos descobrindo o que deixara sua tia tão afetada e porque aqueles traços eram tão familiares.

 

Peter e May,

Se essa mensagem chegar até vocês talvez eu não esteja mais aqui, e talvez sim. Enquanto começo a escrever eu não tenho certeza de quais passos seguir ainda. Eu não sabia porque encontrei o apartamento à venda quando retornei. Quando percebi que Ben não estava à frente do negócio, fiz minhas suposições do que poderia estar acontecendo, e queria me reaproximar aos poucos. Eu não sei como vocês reagiriam se me vissem de repente depois de tanto tempo. Mas quando os procurei, vocês tinham deixado Nova York.

Quando descobri tudo que a Oscorp vinha fazendo, e de seus conflitos com o Homem Aranha, visitei meu velho amigo Conors. Ele não ficou feliz em me ver no início, mas revelou gostar muito de você, meu filho, e que faria tudo que pudesse pra ajudar a manter você seguro. Ele ficou feliz em saber que sua garota sobreviveu. Ele não sabia dos detalhes, mas ouviu histórias na prisão. Também tive a chance de conversar com algumas pessoas sobre seu amigo, Harry. Que estado deplorável... Saber o monstro que ele se tornou. O nosso sangue era incompatível com o dele como você suspeitava, Peter, e só não morreu por causa da cura das aranhas. No entanto... Você já sabe.

Me informaram que foi impossível arrancar alguma informação útil dele sobre o que tinha acontecido entre ele e o Homem Aranha. Ele só falava coisas sem nexo, de como odiava o Homem Aranha e de como estava feliz por tirar a esperança dele, ainda que nunca tenha revelado o que queria dizer com isso, ao menos não à polícia. Ninguém deu detalhes a ele do que aconteceu depois que foi preso, temendo que ele ficasse mais agressivo. Mas ele falou com pessoas perigosas sobre isso antes de partir, e elas estiveram tentando reerguer a Oscorp de outras formas desde então, sem chamar atenção, longe dos olhos de todos, com outros nomes e outros meios de trabalho. O único que recusou foi o Electro. Ele parece ir e vir de surtos psicóticos desde que foi preso, às vezes odiando o Homem Aranha, às vezes dizendo que gosta dele e que só queria sua vida de volta. Passa a maior parte do tempo calado e quieto, e tem tido um comportamento razoavelmente bom. O que eu tenho feito é me dedicar a impedir os que persisitiam. Achei que onde quer que você e sua tia tenham ido, era mesmo melhor estarem longe. Seu caminho não deve ter sido fácil desde que se tornou o herói de Nova York. Eu sei que é você. Conors me confirmou isso. E eu percebi que você visitou meu esconderijo no metrô. Ninguém sobreviveria ao veneno daquelas aranhas se não fosse meu filho.

Não sei como você vai se sentir sabendo disso, mas espero que não sinta culpa. Tudo que você fez foi bom, e tudo que estava ao seu alcance. E vejo que tem feito o mesmo em Oxford. E seja quem for que aquela aranha modificada criada pela própria Oscorp mordeu, ela tem feito um excelente trabalho com você. Até as Spice Girls estão na lista de pessoas ajudadas, de acordo com as redes sociais. Você não deve ter boas lembranças minhas, mas ainda quero que saiba o quanto me orgulha ver que você, tão jovem, conseguiu fazer tanto e ser tão mais responsável do que eu fui. Minha criação foi feita pra salvar pessoas, mas nunca imaginei que seria dessa forma, e fiz o possível para escondê-la quando vi as possibilidades ruins que podia trazer. Mas você não fugiu como eu, você viu outro caminho, e o abraçou. Eu e Nova York estamos gratos.

As coisas tem andado bem ultimamente. Não encontro mais rastros da Oscorp. Foi muito difícil conseguir fazer isso por meios legais, e levei quase uma década inteira lutando contra eles e me virando para não descobrirem minha identidade e localização, então nunca passei muito tempo em casa, mas me mantive na cidade. Certamente a cooperação de Cornos ajudou bastante, e foi feito. Perdi muito da saúde que me restava também, mas não escrevi pra fazer um drama com isso. Eu fiz a escolha, e não me arrependo. Um erro foi atenuado. E deixo nas suas mãos, e da sua tia, se desejarem, me permitir corrigir os erros que cometi com vocês, especialmente você, Peter, o maior acerto da minha vida. Temos muito mais a falar, se vocês concordarem. Seja quem você for agora, eu, e sua mãe, onde quer que ela esteja, desejamos de todo o coração que esteja bem. Ela amou você mais do que qualquer coisa, e tenho certeza que também se orgulha de quem você se tornou.

May, eu não tenho nenhuma dúvida de que você foi a melhor mão adotiva que Peter poderia ter. Ele provou isso escolhendo proteger pessoas. Muito obrigado!

Richard Parker

 

Peter permaneceu em silêncio quando a tia lhe estendeu uma foto antiga, que ela não via há muito tempo. Nela, Richard e Mary Parker seguravam seu filho de cinco anos nos braços, durante um passeio em um parque. Os três sorriam. May o deixou ter seu tempo enquanto ele derramava suas próprias lágrimas agora, instintivamente escondendo o rosto em uma das mãos e segurando a carta com a outra. Ela tirou o papel dele e o devolveu à mesa, puxando o sobrinho para seu ombro e o consolando como ele fizera com ela minutos atrás. Peter chorou muito, às vezes parecia ser de raiva, às vezes de tristeza, e às vezes de alívio.

Ele silenciou de repente, e soluçou baixinho tentando se conter, deixando May confusa. Mas logo entendeu o que o sobrinho tinha percebido com sua audição apurada quando ouviu batidas na porta, e continuou o afago em seus cabelos enquanto olhava para a entrada.

— Quem é?

— É Gwen – ele murmurou, tendo reconhecido os passos da esposa agora.

— Sou eu – Gwen respondeu – Simon tá com a meninas, eu vim ver se querem ajuda com a faxina.

Eles não estavam fazendo nenhuma faxina, mas May já estava mais do que acostumada com os códigos aranha que os três usavam em caso de dúvida.

— Vai ser ótimo, Gwen. Pode entrar, querida. A porta está aberta.

Gwen entrou, decidindo trancar a porta por dentro ao ver o estado do marido, e imediatamente sentando-se junto com eles no sofá.

— O que aconteceu?! Tive a impressão de ouvir um de vocês chorando.

May a olhou sem saber como responder a princípio. Peter respirou fundo e secou o rosto ao se afastar de seu abraço, e ele mesmo resolveu o impasse.

— Meu pai tá vivo – falou com a voz ainda afetada.

Gwen arregalou os olhos e encarou May, já bem mais calma, que acenou positivamente. A loura suspirou antes de falar.

— Eu desconfiei quando liguei alguns pontos.

— É isso que você queria me dizer? – Peter perguntou, vendo-a concordar.

— Podia ser só loucura minha. Não queria te deixar nervoso ou triste.

Peter assentiu, mas lhe deu um sorriso.

— Você é brilhante. Acertou como sempre.

Gwen o puxou para um abraço, que Peter aceitou com felicidade, se permitindo descansar no ombro dela.

— Eu posso saber o que tá acontecendo?

— Claro que sim – May respondeu – Todo mundo vai saber. Só não vamos contar tudo, ainda não pelo menos.

Os dois fizeram seu melhor para resumir tudo que sabiam para Gwen em pouco tempo, a fim de Simon não estranhar a demora deles para apenas ajudar May em uma faxina.

— E o que vocês vão fazer agora?

— Eu não sei – Peter respondeu – Tem um número pra contato no verso da carta. E ele mandou uma foto minha junto com ele e minha mãe quando eu era pequeno. Eu lembro dessa foto. Ela sumiu no dia que eles sumiram. Ele não explicou como nos achou ou como conseguiu nos enviar isso de uma forma segura. Se fosse interceptado estaríamos todos ferrados. Mas acho que isso não é nada perto de todas as explicações que ele nos deve.

— O que você tá sentindo agora? – Gwen perguntou.

— Eu não sei... – Peter voltou a falar – Raiva... Alívio... Incerteza... Medo.

— Você não é o único – May disse, segurando a mão do sobrinho – E não precisamos fazer isso agora. Vamos pensar com calma primeiro. Ter certeza de que é seu pai. Ainda que a letra seja dele.

— Posso ficar com a carta? Acho que consigo rastrear o número.

— Sim, querido. Ela é sua. Embora eu ache que isso pode ser difícil se seu pai ainda for tão brilhante em tecnologia e ciência quanto vocês dois.

— Se ele quer nos provar que é ele, vai ter que deixar a conexão acessível. Droga... Por que agora? Depois de tanto tempo? Nós estamos bem e ele volta do nada querendo bagunçar tudo e trazer de volta um passado que parecia morto?

— Nunca pareceu, Peter – May respondeu – Nós só aprendemos a viver com ele. Você cresceu e se tornou um homem de quem todos nos orgulhamos muito. Mas você e eu sabemos que, lá no fundo, até hoje nos perguntamos o que aconteceu com Mary e Richard.

Peter ficou em silêncio, e lágrimas silenciosas correram por seu rosto de repente.

— Ele disse que minha mãe tá morta. Eu...

Ele se permitiu chorar outra vez, não precisando completar a frase para que Gwen e May soubessem o que ele ia dizer, da esperança que ele tinha acabado de notar que perdeu. Peter se inclinou escondendo o rosto com as mãos enquanto apoiava os cotovelos nos joelhos durante seu choro, e sentia sua esposa e sua tia afagarem suas costas em consolo. Eles já tinham falado muito sobre isso, mas só agora Gwen percebeu como apenas palavras e reflexões nunca são suficientes para sanar certas feridas abertas. Peter não estivera lá para vê-la chorar por seu pai durante várias semanas, mas ela nunca se perguntou o quanto ele tinha lamentado quando pequeno ao perceber que seus pais não voltariam mais. Provavelmente ele tinha chorado mais do que disse a ela, mas nunca é suficiente quando você não sabe o que aconteceu.

— Mary amou muito você. E eu sei que me ouvir dizendo isso não serve de consolo, mas suas orações podem chegar até ela, docinho – sua tia lhe disse, exatamente como falaria com ela naquela época.

Levou alguns minutos até que ele se acalmasse e quase uma hora para que todos os três pudessem se recompor, ficar apresentáveis novamente, e decidir como e o que contar aos demais Stacys agora. Diriam apenas que era uma situação de família por enquanto, e que falariam melhor sobre isso no dia seguinte, quando Peter já teria tentado rastrear o número de telefone escrito na carta.

— Vocês tão bem? Tavam assistindo aquelas novelas dramáticas enquanto faxinavam a casa? – Simon perguntou quando voltaram.

O casal conseguiu rir pela primeira vez desde que Gwen havia saído.

— Não, é... – ela começou, sem saber como falar.

— É um assunto de família. Alguém que temos em Nova York – Peter disse.

— Mas quando nos mudamos vocês disseram que eram só vocês dois. E nunca entraram em contato todos esses anos.

— Longa história – Peter lhe disse – Digamos que... É alguém que passou esse tempo todo fora do mapa. E agora voltou.

— É um daqueles parentes do mal que vão pro lado escuro da força e depois ressurgem das sombras querendo a sua alma?

Dessa vez os dois gargalharam, contendo-se ao se lembrarem que tinham deixado suas trigêmeas dormindo.

— As meninas acordaram? – Gwen perguntou baixinho.

— Sim. Perguntaram por vocês, eu disse que tinham ido ajudar tia May com a faxina, então resolveram dormir mais.

— Ninguém vai dormir essa noite – Peter falou para si mesmo – E não... É uma boa pessoa. É uma história longa e difícil. Eu vou tentar falar com ele amanhã. Então conversamos melhor sobre isso.

— Tá... Querem ajuda com mais alguma coisa hoje?

— Não, irmãozinho. Valeu – Gwen disse quando os dois se abraçaram e ela beijou a bochecha de seu irmão caçula.

Os dois trancaram a porta e se sentaram juntos na beirada do sofá cama onde as filhas dormiam, logo vendo Hope abrir os olhos, seguida pelas duas irmãs.

— Já era hora – Peter brincou com as três – Não quero que fiquem malucas e sem dormir de madrugada.

As três crianças gargalharam e pularam para se ajoelhar no acolchoado e abraçar os dois, derrubando-os junto com elas e fazendo todos rirem.

— Que tal vocês irem escolher algo pra vestir? – Gwen sugeriu – Logo será hora do jantar, precisam tomar banho antes.

— Tá frio, não quero banho – Destiny reclamou.

— Nada disso – Gwen contestou, rindo – Você tava quentinha até agora debaixo desse cobertor e o apartamento é aquecido por dentro. Vão tomar banho sim. Deixo cada uma levar um brinquedo. Mas nada de levarem as pelúcias do Casal Aranha e da aranha de novo. Demora demais pra secar nesse frio. Peguem algo pra água.

— Tá! – Emma concordou, e as três pularam do sofá, correndo para o quarto e comemorando.

O casal entrelaçou os dedos enquanto observavam as filhas com um sorriso, antes de se encararem novamente.

— Há dez anos... Cada vez que alguém vinha pra nós enquanto eu te esperava no hospital, eu achava que ia ouvir o que ele me disse sobre minha mãe nessa carta.

Os olhos de Gwen se encheram de compaixão, e ela acariciou o rosto do marido com a mão livre.

— Ele foi tão direto assim?

— Não. Mas foi claro.

— Tome seu tempo pra isso. Você precisa viver esse luto, ou nunca vai tirar essa dor de dentro de você. E eu tô aqui pra qualquer coisa que você precisar – Gwen lhe disse, selando suas palavras com um beijo, que Peter ficou feliz em retribuir.

Ele assentiu e se deixou afundar no abraço dela quando ela o puxou para si novamente.

— Me desculpa... Por não estar lá pra você. Eu não mereço seu colo agora.

Ela o apertou mais forte.

— Meu pai teve sua própria culpa nisso. E eu quero cuidar de você agora.

— Eu te amo.

                - Também te amo.

                Os dois ficaram em silêncio, ouvindo suas filhas conversando animadamente uma com a outra no quarto, enquanto brincavam escolhendo suas coisas para o banho. Gwen sentia o coração dele, ainda um pouco acelerado pela adrenalina, batendo perto do seu, e a respiração do amado lentamente voltar ao ritmo normal. Peter se sentiu flutuar entre a confusão sentimental de confrontar seu passado doloroso novamente ao mesmo tempo em que se sentia nas nuvens com a vida que tinha agora com Gwen, seus três tesouros e a família que todos eles haviam aprendido a ser.


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