Scientist escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 23
Capítulo 23 – Vida




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Capítulo 23 – Vida

 

Peter escalou até o topo do novo aglomerado de edifícios da cidade, ainda desabitado, para se juntar à esposa na enorme teia que haviam feito entre as paredes das construções ao fim de sua patrulha, alta o suficiente para fornecer uma excelente vista do sol que começava a se pôr. Gwen se sentou no centro da teia, suas pernas pendendo para baixo entre os fios, e logo sentiu o marido sentar atrás dela. Aceitou com gratidão o abraço que recebeu pelas costas, e relaxou contra ele enquanto os dois observavam o céu se tingir de laranja e as pessoas e carros fazerem seu caminho para casa ao longe. Suas máscaras estavam bem presas na teia ao seu lado, e a brisa noturna que começava a chegar fazia seus cabelos esvoaçarem um pouco.

Peter brincou com os fios dourados enquanto beijava a parte de trás da cabeça da esposa. Ele amava seu cabelo em ondas, mas também o achava perfeito de qualquer outra forma. Os fios estavam lisos hoje, com eram quando ele a conheceu. Seus três anjinhos tinham o cabelo exatamente como o dela, mesmo Destiny que parecia tanto com Peter, e Gwen fazia maravilhas modelando-os em vários penteados diferentes e fofos que aprendera com May e Helen, em tutoriais na internet, ou com alguma amiga.

— Vamos passar no mercado antes de ir pra casa, quero comprar algumas coisas pro jantar.

— Será que temos tempo de aproveitar o pôr do sol antes disso? – Peter perguntou.

— Temos sim, já deixamos tudo quase pronto, é só terminar.

O celular de Peter tocou e ele pegou o aparelho na mochila.

— Tia May, tá tudo bem?

— Sim, querido. Liguei pra dizer que tomei a liberdade de terminar o jantar pra vocês. Achei que a patrulha poderia demorar um pouco mais. Eu e Helen fomos com as meninas ao mercado e agora elas estão aqui comigo enquanto ela está com os garotos em casa. Eu lhe disse que você avisou que demorariam alguns minutos mais no trabalho hoje.

— Ótimo! A senhora é um anjo.

Ele notou a tia sorrir pela mudança em sua respiração do outro lado da linha, e Gwen o olhou, curiosa com a conversa.

— Obrigado, tia. Tudo certo com elas?

— Sim. Já tomaram mamadeira e estão brincando no cercadinho da sala enquanto arrumo a mesa.

Como se adivinhassem que falavam delas, as três crianças emitiram gritos altos de alegria, e Peter riu ouvindo-as falar uma com a outra, palavras ainda mal pronunciadas e nem sempre possíveis de entender, mas pareciam estar se divertindo. Ele colocou no viva voz para Gwen ouvir, e um sorriso iluminou o rosto de ambos. May riu com a alegria das netas.

— Estaremos em casa logo, tia May.

— Certo, Gwen.

Peter se despediu e desligou, voltando a abraçar a esposa.

— Elas foram ao mercado com as meninas, e o jantar já tá pronto. Então podemos assistir tranquilos.

— Certo – ela suspirou com alegria.

Passaram os próximos minutos observando as cores do céu mudarem, e se prepararam para partir quando a primeira estrela apareceu.

Recolocaram as máscaras, recolheram suas coisas e desfizeram a teia, seguindo para casa por entre as construções.

******

Destiny gritou de felicidade nos braços de Helen ao ver os pais do lado de fora da janela, ambos chegando à entrada do condomínio de skate. Peter ensinara a esposa a andar, e a filha mais velha demonstrava ter um interesse tão grande pelo veículo quanto seu pai.

— Sim, eles chegaram – Helen sorriu brincando com a neta, e já indo abrir a porta para o casal, que em poucos minutos apareceu na entrada.

Os dois beijaram o rosto de Destiny e Gwen a tomou nos braços quando entraram. Os Stacy e a namorada de Howard já estavam presentes, e as trigêmeas fizeram a mesma algazarra de sempre, Hope e Emma também gritando de alegria e correndo na direção dos pais. Apesar de terem apenas dois anos, tinham um bom equilíbrio para sua idade, o que deixou tanto o casal quanto May com uma pré desconfiança de que as meninas poderiam ter herdado um pouco de suas habilidades especiais.

Peter pegou as três no colo de uma vez só e as atacou com beijos na bochecha, fazendo as meninas explodirem em gargalhadas, contagiando todos os presentes.

— Oi, Jane – Gwen a cumprimentou quando as filhas voltaram a brincar no tapete da sala.

— Oi, Gwen – a jovem respondeu animadamente, levantando-se de onde estava ao lado de Philip para lhe dar um abraço.

— Por que demoraram hoje? – Philip perguntou.

— Estávamos terminando uma análise de antídotos pra intoxicações. Faltava pouco, não queríamos deixar pra amanhã.

A família se sentou para jantar algum tempo depois, conversando e se divertindo como costumavam fazer. E como ainda parecia inacreditável para eles, especialmente para Peter, que por várias vezes em Nova York temera perder até May e terminar seus dias sozinho.

Philip levou Jane para casa quando terminaram, e o restante deles ajudou May a reorganizar a cozinha, depois brincando com as crianças na sala até as três começarem a cair no sono, e cada um seguir para sua casa.

When I was nine, Michael and I... – Peter cantava enquanto balançava Destiny e Hope no colo ao mesmo tempo, ambas já de pijama e adormecidas nos ombros do pai.

Gwen sorriu ao se lembrar de quando ele cantou essa mesma canção para elas na maternidade, e beijou os cabelos de Emma, que dormia em seu colo enquanto a mãe se movia com ela suavemente, também aproveitando a canção de Peter.

—  Estamos aqui há quase dez anos – Peter disse depois que acomodaram as três em suas camas – E às vezes ainda parece mentira que tudo isso aconteceu.

— É verdade – Gwen o abraçou, suspirando de prazer quando o marido a apertou de volta e beijou seus cabelos – Vamos mesmo voltar a Nova York um dia?

— Talvez... Pelo que observamos, os super vilões acabaram depois de Harry. E a polícia conseguiu lidar com os que tentaram começar alguma coisa. E temos curas agora. Até pra os vilões que eu já derrotei. Não temos certeza total de que funcionam, mas acho que valeria a pena tentar. Eu tenho medo também. De perdermos de novo. De deixar nossas filhas órfãs, de que voltar seja o maior erro das nossas vidas.

— Podíamos ir pra outro lugar. Os Estados Unidos têm muito espaço. E se quando Emma crescer continuar com essa história de que quer ser atriz... Los Angeles é um bom começo.

Peter riu.

— Ela só tem dois anos.

— Vai ver é algo dela mesmo. Um dia saberemos.

Ele concordou. Suas filhas, apesar de ainda tão jovens, tinham começado a manifestar alguns talentos nos últimos meses. Destiny insistia em brincar com seu skate e o de Gwen desde pouco mais de um ano, então Simon lhe dera um menor em seu último aniversário. Ela ainda não conseguia se equilibrar em cima dele, mas estava sempre andando de quatro no objeto, fazendo-os correr como loucos atrás dela para que não se machucasse, ou pará-la com teias quando estavam sozinhos, o que acaba fazendo-a se divertir mais ainda já que não precisava fazer esforço para mover o skate. Hope era fascinada por sons de bateria, e tinha ganhado uma bateria para bebês de Philip no aniversário. Ela ainda era incapaz de produzir qualquer som harmônico ou reconhecível, mas se divertia muito enquanto tentava, o que fizera Gwen descobrir que também gostava do instrumento, e começar a assistir algumas aulas online para, quem sabe, as duas aprenderem juntas quando Hope crescesse mais um pouco. E Emma era fascinada por cinema, fadas, histórias, fantasias. Howard lhe dera um livro infantil com sons em sua festa, com histórias sobre fadas e outros seres mágicos, e ela chegara até a dormir abraçada com o livro. Uma vez ele e Gwen estavam assistindo a alguns atores passarem pelo tapete vermelho em Hollywood enquanto as três brincavam no tapete da sala, mas repentinamente Emma começara a prestar atenção à TV e dissera que um dia andaria naquele tapete. Eles acharam fofo, mas agora que Peter parara para pensar, quem podia saber do futuro?

— Acho que Nova York é um ótimo lugar pra pôr em prática tudo que reunimos aqui, pra mudar tudo que aconteceu naquela época. Ainda éramos tão jovens e imprudentes. Mas ainda não... Vamos esperar que elas cresçam um pouco mais, vamos estudar e nos preparar mais, pra o que já conhecemos e pra o que ainda não também. Acho que é um bom momento pra procurarmos as especializações que vínhamos pensando em fazer. As meninas ainda são muito pequenas. Vamos deixar o começo delas ser o mais tranquilo possível – Peter disse, acariciando os cabelos da esposa enquanto ela tomava seu tempo para pensar.

— Eu concordo com você. Vamos procurar. E quando voltarmos, vamos tentar ficar nas sombras, pelo menos no início. A polícia se virou sem nós por todos esses anos, podem continuar fazendo isso. Não quero chamar muita atenção e começar tudo de novo, embora a culpa de tudo que passamos tenha sido da Oscorp.

— Eu criei o Lagarto.

— Não, foi seu pai. Você não tinha como saber.

— E isso te fez perder seu pai.

— Meu pai sempre soube que corria esse risco quando decidiu se tornar policial, com ou sem Conors e Oscorp, passamos a vida inteira esperando aquilo acontecer, por mais que desejássemos que não. Não vamos deixar se repetir, Peter. Vamos continuar tendo cuidado, sendo discretos, não aparecendo perto dos nossos parentes quando estivermos trajados como Casal Aranha, a menos que extremamente necessário. E se algo grande e perigoso começar a acontecer, vamos pegar todo mundo e ir embora de Nova York definitivamente. Os Estados Unidos são um lugar gigante. Temos bastante campo de trabalho lá também. Eu vou pra onde você for. Eu também vou seguir você pra todos os lugares, pelo resto da minha vida. Somos a direção um do outro.

Peter sentiu um nó se formar em sua garganta com as lágrimas de emoção que chegaram a seus olhos, e sorriu para a amada, não conseguindo fazer mais nada além de puxá-la para um beijo demorado e profundo.

— Então vamos. Pra onde tivermos que ir – sussurrou para ela ao se afastarem, mantendo o contato visual e suas testas unidas – Eu te amo.

— Também te amo.

Passaram mais algum tempo abraçados admirando suas meninas dormirem, no mesmo quarto que meses atrás ainda era um berçário, depois acionando a babá eletrônica, deixando a porta entreaberta e seguindo para seu próprio quarto.

******

Gwen acordou mais cedo que o esperado na manhã seguinte. Ela tinha sonhado algo... Ela e Peter estavam no topo de algum prédio, e não era em Oxford, talvez o Empire State, se suas lembranças pessoais dele não estivessem nubladas após mais de dez anos sem vê-lo. Fora tão real...

Acariciou os cabelos e as costas nuas do marido, deitado em seu ombro enquanto ela o abraçava. Peter suspirou de felicidade, deixando-a saber que também estava acordando.

— Você parece um anjo... – ele falou ainda meio dormindo, fazendo-a sorrir – Você é a coisa mais linda que eu já vi.

— É bom que esteja falando de mim, ou vou te fazer dormir no telhado – ela brincou.

Peter sorriu, ainda sem abrir os olhos.

— Por que isso de repente? – Gwen quis saber.

— Não sei... Você sempre parece assim pra mim, eu só tive vontade de dizer.

Seus olhos castanhos finalmente a encararam. Gwen sorriu e o beijou demoradamente nos lábios.

— Eu tive um sonho.

— Mesmo? Qual? – Ele perguntou, posicionando-se melhor para livrá-la de seu peso e os dois ficarem deitados de frente um para o outro.

— Eu e você estávamos como Casal Aranha, no topo de um prédio alto, observando a cidade. Não tenho certeza de onde era, mas parecia o Empire State. É tudo que lembro. Mas foi tão real...

— Se for uma premonição, que seja boa.

— Que assim seja.

                - Ainda bem que estamos de folga hoje, tá frio demais pra trabalhar – Peter reclamou, puxando-a para seu peito, e sentindo os braços da esposa o envolverem quando ela suspirou de contentamento.

— Não que isso vá servir de alguma coisa pra manter nosso descanso prolongado. As meninas acordaram e vão entrar aqui em poucos minutos – Gwen respondeu, ainda que nenhum ruído fosse audível do lado de fora, ao menos não para ouvidos comuns.

— Oh... É mesmo. Vamos congelar lá fora.

Como Gwen havia previsto, apenas cinco minutos se passaram até ouvirem três vozinhas infantis conversando animadamente, e passos suaves, mas apressados, correrem na direção do quarto. Emma surgiu abrindo a porta e olhando para eles, seguida pelas irmãs.

— Mamãe? – A gêmea mais nova chamou, elas tinham quase cinco anos agora – Papai! – Ela disse sorrindo quando os viu acordados e as três entraram e pularam no colchão em volta deles.

O casal sorriu e puxou o cobertor sobre a cabeça enquanto as três crianças riam e tentavam puxar de volta, brincando assim por alguns minutos até todas as três também estarem debaixo das cobertas com eles.

— Vamos brincar na neve!! – Destiny pediu.

— Vocês prometeram – Hope lembrou.

— Vamos nos aquecer aqui mais um pouquinho – Gwen sugeriu – E precisam comer, escovar os dentes e colocar roupas quentes primeiro.

— Assim vai demorar – Emma reclamou.

— Mas se não for assim você vai congelar igual à princesa Anna, Em. Esse não é o propósito – Peter riu junto com as filhas e a esposa – E a neve não vai sair correndo ou derreter enquanto nos arrumamos.

Gwen abraçou as três e beijou os cabelos de cada uma, aproveitando o momento e apreciando mais uma vez a vida que haviam criado.

— Por que vocês não vão escolher o que querem vestir enquanto eu e o papai trocamos de roupa? Depois que todo mundo usar o banheiro e estiver pronto, vamos comer e brincar no jardim.

— E vovó? – Hope perguntou.

— Qual? – Emma perguntou à irmã.

— As duas – Destiny respondeu – E tio Howard, Philip e Simon?

— Tá muito frio, ainda devem estar dormindo – Gwen respondeu – Mas depois do café da manhã podemos ver se acordaram pra brincar também.

— Oba! – As três exclamaram juntas, empurrando os cobertores e pulando da cama para correrem de volta para o quarto.

— Já vamos ver vocês, não façam bagunça – Peter falou.

— Tá bom – Destiny respondeu.

A voz das três era tão similar. Outras pessoas estavam sempre se confundindo, mas os dois conseguiam perceber em detalhes sutis qual delas estava falando.

Se sentaram na cama e Peter voltou a puxar a amada para seus braços, beijando seus cabelos e depois seus lábios.

— Ainda bem que temos aquecimento aqui dentro, ou elas já teriam nos matado de choque térmico em algum inverno.

Gwen gargalhou e voltou a beijá-lo.

— Você tá cansado?

— Não... Os criminosos parecem também ter sucumbido ao frio, a semana foi leve, até que não. E temos resistência extra mesmo.

Gwen assentiu.

— Quando eu ouvia outros pais contarem as histórias e dizerem o quanto estavam cansados na hora que as crianças pulavam em cima da cama de manhã, e como era difícil levantar, sempre me perguntei como seria na minha vez.

— Você tá cansada agora?

— Hoje não. Pelos motivos que você já disse. Mas que bom que tia May estava acordada da última vez. Bater em uma gangue de madrugada me deixou exausta.

— Concordo – Peter falou ao se lembrar – Que bom que hoje estamos bem – ele a beijou novamente antes de se levantarem para o dia.

Uma hora e meia mais tarde eles estavam brincando e rindo na neve do grande jardim do condomínio, junto com alguns outros moradores e suas crianças também. Helen e May tinham se sentado num dos bancos para descansar, Howard e Philip estavam disputando quem conseguia fazer a maior montanha de neve, e Simon estava numa guerra de bolas de neve. Ele, Hope e Destiny contra Emma, Gwen e Peter.

— Ah! – Simon gritou e se jogou na neve dramaticamente ao ser atingido pela sobrinha ruiva – Eu morri.

As três crianças e o casal riram, mas um som no portão chamou a atenção deles. Um entregador, agasalhado, mas ainda tremendo de frio, checava o endereço de um envelope, cujos selos e carimbos sugeriram ser algo muito importante.

— Entrega para Peter e May Parker – ele disse.

— Mas não estamos esperando nada – May estranhou.

— Obrigado – Peter agradeceu ao estender a mão para pegar o envelope pelo portão.

O objeto tinha o tamanho de uma folha A4, e o remetente se identificava apenas como RP numa assinatura elaborada. Por algum motivo a escrita lhe pareceu familiar, mas Peter não sabia dizer porque.

— Tia May, RP não era a identificação do cara que comprou nosso apartamento?

— Sim. Até ficamos curiosos pela coincidência de ter o mesmo nome e as mesmas iniciais do seu pai na época. Isso aí é dele? Por que nos escreveria?

— Será que ele encontrou alguém enterrado debaixo da casa? – Howard brincou, fazendo todos rirem.

— Howard! – Helen reclamou, apesar de também rir.

— Acredite, nós teríamos queimado e não vendido o apartamento se fôssemos assassinos em série – Peter brincou, ouvindo a família rir novamente.

— Deixa eu ver – May pediu

Tomando o envelope das mãos do sobrinho, ela fez o seu melhor para esconder seu choque e não interromper a manhã de diversão das netas.

— A senhora tem ideia do que pode ser? – Gwen perguntou.

— Não... – ela disse, deixando o envelope no colo – Mas vamos descobrir quando entrarmos. Deixem as meninas terminarem de brincar.

Apesar de concordarem, Peter e Gwen não só não acreditaram na aparente tranquilidade dela como sentiram o alerta do sentido aranha correr por seus corpos, e trocaram um olhar apreensivo antes de voltarem a brincar com as filhas e os irmãos de Gwen, fazendo seu melhor para manter o clima feliz do momento.


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Notas finais do capítulo

Não sei se tem alguém acompanhando a história, mas o que vocês acham que é o envelope que May e Peter receberam?



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