Contrato de Casamento escrita por Emmy Alden


Capítulo 53
Cinquenta e Um


Notas iniciais do capítulo

Hello, alguém por aí??



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/804998/chapter/53

"The one that I came with, she had to go

But you look amazing

Standing alone"

(C'mon, C'mon)

 

SEBASTIAN

A última lembrança que eu tenho antes de acordar por breves segundos numa maca e adormecer e acordar e desmaiar e acordar e perder os sentidos novamente — eu não sabia nem que existiam tantas formas de ficar desacordado assim — foi que eu estava bem perto da linha de chegada.

Max estava páreo a páreo comigo, mas senti uma confiança de que poderia ser eu o ganhador daquela partida.

Eu conseguia já imaginar o sorriso de Olivia. Poderia me imaginar desmontando de Brisa, indo até Sartori e girando-a em meus braços. Não que eu quisesse me exibir para Maximus, mas era bom que ele, além da derrota na brincadeira, percebesse que havia perdido algo muito maior e muito mais precioso, apenas por ser um cafajeste.

Também não era que eu quisesse me exibir para quem quer que estivesse prestando atenção naquela cidade, mas seria ótimo mostrar para todos que Olivia Sartori merecia muito mais do que eles poderiam imaginar, que ela não precisava de um Maximus para ter relevância. Tinha certeza que boa parte deles já sabia disso, mas eu adoraria relembrá-los.

E, é claro, eu era um egoísta do cacete e queria mostrar para Deus e o mundo que Olivia era minha, embora eu imaginasse que eu era muito mais dela e estava tudo bem.

No entanto, não tive chance de fazer nada disso porque, em um piscar de olhos, eu estava no chão, como se todo o ar tivesse sido sugado dos meus pulmões, alguém berrava o meu nome, mas o zumbido na minha cabeça era alto demais para distinguir de quem era a voz e, antes que eu pudesse sentir algum tipo de dor eu apaguei por dois segundos e Julie apareceu em meu campo de visão.

Pela sua posição, imaginei que ela estava com minha cabeça apoiada no colo, mas eu não sentia nada.

Quando estava prestes a desmaiar definitivamente, uma única palavra se formou na minha boca, mas não tinha certeza se consegui pronunciá-la antes que a escuridão me levasse.

 

OLIVIA

Acordei com o nome de Sebastian em meus lábios e alguém — obviamente da minha família — deu um berro estridente anunciando para todo o hospital que eu havia acordado.

Alguém suspirou um "graças a Deus" e a aparente multidão se dispersou.

Não consegui nem registrar quem tinha estado ali além de meu pai, que analisava o possível calmante como se estivessem injetando veneno na minha veia, e a mãe de Sebastian que segurava minha mão livre na cadeira ao lado.

— Ó, querida, que bom que acordou! Ficamos preocupados.

Pisquei algumas vezes antes de responder, tentando assimilar o que eu estava fazendo ali e o que me levou a desmaiar.

Então, não demorou muito para as cenas voltarem tão vívidas como se estivessem acontecendo naquele momento na minha frente.

Sebastian perto da linha de chegada com Max em seu encalço. Brisa torcendo a pata e jogando-o pelos ares. O capacete por pouco não saindo de sua cabeça e que, por algum milagre, amorteceu o impacto de sua cabeça com o chão.

O grito de Julie ao fundo.

E eu havia ficado imóvel. Com o nome de Sebastian na ponta da língua, mas incapaz de proferi-lo, incapaz de fazer qualquer coisa.

O mundo girando e...

Meu corpo se impulsionou para frente involuntariamente e meu pai já estava com um balde na mão.

Ele acariciou minhas costas, mesmo que não houvesse nada para sair de dentro de mim, considerando que eu mal tinha me alimentado naquele dia.

Por quanto tempo eu havia ficado desacordada?

— Onde está Sebastian?

Cecília apertou minha mão um pouco mais forte e só então pude perceber que o tremor não era meu e sim, dela.

Ela colocou um sorriso no rosto, mas ele era um sorriso preocupado e cansado.

— Está fazendo mais alguns exames. Ainda não acordou, mas os médicos até agora disseram que não devemos nos preocupar e que aparentemente está tudo certo. — Parecia algo que ela havia repetido para si mesma diversas vezes nas últimas horas (minutos? dias?) para tentar manter o controle.

— Quero vê-lo. — Minha voz saiu como se houvesse um bolo na minha garganta. — Preciso vê-lo. É culpa minha.

Tentei me levantar, mas minhas pernas estavam fracas, e a mão de meu pai me impulsionando para baixo era firme.

— De jeito nenhum é culpa sua, Olivia. Que ideia! Sebastian não conhecia o terreno e, sejamos sinceros, todos ficaram surpresos que ele aguentou mais 2 segundos em cima de uma sela.

— Ele só competiu por minha causa, Cecília. Por causa de...mim e toda a picuinha com o meu ex.

— Ninguém o forçou a ir lá e...

— Mas realmente se não fosse por toda a tensão mal resolvida entre você e seu ex, Sebastian não sentiria a necessidade de ter que dar uma de herói. Está na hora de dar uma crescida e resolver essa situação, não acha? — Assim que Julie terminou de falar, um silêncio abismal caiu na salinha de espera.

— Ju, pelo amor de Deus. — Hunter, que estava logo atrás dela, passou uma mão no rosto.

Ela se virou para encarar o amigo.

— Eu estou mentindo? — Sua voz ficou ainda mais alta. — Desde quando chegamos aqui, você põe Sebastian no meio de todo esse drama entre você e seu ex-noivo. E o que está fazendo a respeito? Absolutamente nada.

Era como se meus pulmões estivessem sendo comprimidos e eu fosse desmaiar de novo a qualquer momento, mas me mantive firme e encarei Julie.

— Será que nós podemos conversar? Em particular.

Meio a contragosto, ela assentiu com a cabeça e gesticulou para o corredor atrás de si.

Arranquei a agulha do meu braço, ignorando a repreensão do meu pai, e me levantei. Forçando minhas pernas a ficarem firmes e caminhei até o corredor.

Quando estávamos longe o suficiente para não sermos ouvidas por algum conhecido, eu respirei fundo e encostei as costas na parede.

Julie comecou:

— Eu vim aqui, mas honestamente não acho que tenha nada a ser dito entre nós.

— Pois eu acho o exato oposto. Acho que devemos esclarecer algumas coisas porque esse clima está terrível. Sei o que eu e Sebastian juntos pode parecer para você.

— Um erro? Porque é isso que parece para mim.

Suspirei.

— Julie, quando tentei ajudar você e Sebastian nunca me passou pela cabeça que acabaríamos nessa situação. Eu nunca pensei que poderia acontecer algo entre nós. Se soubesse que iria acabar machucando você... Foi tudo tão de repente e...

Ela caminhou até mim parando na minha frente.

— Você é uma mulher inteligente e muito esperta, Olivia. Todo mundo consegue ver isso. Sebastian conseguiria ver a verdade se não estivesse cego.

Massageei minha testa.

— Ver o quê?

— Que tudo isso é uma farsa, como você mesma sugeriu que fosse, no começo. Esse acordo, esse...contrato. — Ela praticamente cuspiu a palavra. —"Tudo aconteceu tão de repente"? Faça-me o favor. Você quer garantir seu emprego e eu respeito isso. Respeito que vá fazer de tudo pelo que quer, afinal, o que precisa é estar oficialmente casada e provavelmente a vaga será sua. É confiante a esse ponto.

— Eu não estou entendendo...

— Só está levando essa ilusão de Sebastian adiante para garantir que ele vai subir no altar com você daqui a alguns dias. Percebeu que nos ajudar a ficar juntos poderia atrapalhar seus planos e, de repente, passou a corresponder os sentimentos dele. Deixando-o confuso.

Uma risada sem humor saiu da minha boca.

— Acha que eu planejei tudo isso? Você só pode estar de brincadeira. Que tipo de vilã você colocou na cabeça que eu sou? — Me desencostei da parede e ajeitei minha postura. — Tentei genuinamente ajudar vocês, a pedido de Hunter, aliás. Nunca planejei prender Sebastian a mim visando benefício só meu. Sebastian assinou sua parte do contrato de livre e espontânea vontade. Não o forcei a nada. Não o manipulei nem estou brincando com os sentimentos dele. Ofereci a anulação do nosso acordo para ele diversas vezes, então não venha com esse papo como se eu fosse manipuladora e Sebastian fosse ingênuo. Se ele está aqui... comigo, é porque quer estar.

Ela me encarou, ofendida.

— O que quer dizer com isso?

Dei um passo em sua direção e ela recuou.

— Quero dizer que posso ter sido precipitada em algumas de nossas conversas quando tentei fazer com que ficassem juntos e não espero que entenda meus motivos nem que me perdoe por isso. Não vou te julgar se ficar até o fim da vida colocando a culpa em mim, mas a verdade, Julie, é que eu não posso fazer com que ele te ame. Não da forma que você deseja.

Foi como se eu tivesse dado um tapa na sua cara, mas eu continuei.

— Sei que está direcionando essa raiva para mim, mas disso eu não tenho culpa. — Então falei baixinho, confessando: — Também não posso fazer o que sinto por ele desaparecer. Não desapareceu mesmo depois de todos esses anos. Não quero que desapareça.

Ficamos nos encarando por alguns minutos, nossos ombros subindo e descendo com a respiração pesada.

Então Julie piscou e balançou a cabeça, um pequeno sorriso de repulsa em seu rosto.

— Sentimentos podem ser egoístas, Olivia. Um dia te disse que você não é a pessoa certa para Sebastian e sei disso porque eu o conheço. Verdadeiramente. Se realmente sentisse alguma coisa por ele, você reconheceria que nunca vai fazê-lo feliz.

Fiz um esforço para não permitir que um bolo se alojasse na minha garganta.

Já tinha ouvido aquilo muitas vezes. Em outro relacionamento.

— Você não é o tipo de mulher que se abre para todo mundo e Sebastian tem essa tendência de se apaixonar por fragmentos da verdade antes de conhecer a pessoa por completo. — Ela inclinou a cabeça. — Ele te conhece por completo, Olivia? Sabe tudo sobre você? O que deu errado no seu relacionamento com seu ex? Por que fica pisando em ovos quando ele está por perto?

Minha voz mal saiu ao dizer:

— Eu...eu sinto muito por toda essa situação. De verdade. Sinto muito por fazer você sofrer. Sinto muito por Sebastian estar nesse hospital e sinto muito por estar entre vocês dois, mas não aceito que fique fazendo suposições sobre quem eu sou ou sobre minhas intenções.

Julie estendeu as mãos com as palmas para cima:

— Então responda a uma dessas perguntas. É simples. — Quando eu não disse nada, ela continuou: — Uma pessoa pragmática como você deve saber que sentir muito não muda nada. Não conserta nada. Não melhora nada. — Ela ficou de lado para mim, encarando a extensão do corredor. — Esse casamento é um erro e você vai partir o coração dele, exatamente como ela fez. Só que dessa vez não vou estar mais aqui.

Julie começou a andar, mas eu comentei:

— Você merece alguém que te ame como você deseja. Merece mais do que ficar batendo numa tecla que não vai levar a lugar algum, Julie.

Ela me olhou por cima do ombro.

— Eu realmente não tenho mais nada para falar com você, Olivia.

Quando voltamos para a sala de espera, meu pai já tinha ido e deixado um recado dizendo que se eu ou Sebastian precisássemos de qualquer coisa, bastava ligar para ele.

Apesar dos pais de Sebastian tentarem me convencer de que estava tudo bem, eu me isolei no canto da sala. Hunter tentou sentar do meu lado e puxar conversa algumas vezes, mas eu praticamente não ouvia uma palavra do que ele dizia.

Minha mente, no entanto, estava frenética de pensamentos.

Sebastian conseguiria ver tudo isso se não estivesse cego.

Eu não estava sendo uma pessoa diferente com Ferrante e nem tinha nenhum segredo para manipulá-lo, mas talvez ele realmente estivesse cego. Talvez eu estivesse empolgada com aquela situação porque ele me empolgava.

E talvez isso fosse o que Julie queria que eu pensasse.

Sebastian estava acostumado que não o levassem a sério: eu sempre duvidando de sua responsabilidade e Julie o tratando como se fosse uma criança incapaz de fazer as próprias escolhas éramos prova disso.

Porém, analisando todas as situações que importavam, Sebastian sempre era bem sensato. Ele brincava o tempo todo, mas nos momentos sérios, eu sabia que poderia contar com ele por mais que ele passasse a situação inteira me estressando.

Era o que fazia dele um bom profissional.

Era o que fazia de nós uma boa dupla ao longo dos anos.

Éramos o equilíbrio um do outro.

Mas Julie estava certa, ele não conhecia tudo de mim. Não sei se queria que ele conhecesse. E só de pensar assim, já dava para perceber que talvez eu não fosse mesmo a pessoa certa para Sebastian já que não conseguia deixar que ele me conhecesse de verdade.

Ele conhecia meu lado forte e "durão". A Rainha Má. Coração de Gelo.

Eu ainda seria a pessoa que ele queria se descobrisse o quão irremediavelmente quebrada eu estava? Quando descobrisse que não poderia dar o que ele poderia esperar de mim?

O médico — que cuidava praticamente de toda minha família — entrou na sala e todos nós levantamos num sobressalto.

— Doutor? — Cecília perguntou e ele deu um sorriso agradável que eu já conhecia.

Foi como se um peso fosse tirado do meu coração.

— Sebastian está bem. Os exames não mostraram nada fora do normal. A sorte foi ele ter caído numa parte mais úmida do solo, o que amorteceu a queda. Pode ficar mancando por alguns dias do pé esquerdo, com a costela dolorida e um baita galo na cabeça, mas nada que uns comprimidos e pomada não ajudem. No mais, está forte como um cavalo. — Todos os encaramos. — Perdão, cedo demais para o trocadilho.

— Podemos vê-lo? — foi Julie que falou primeiro.

— Claro, mas um por vez. Ele está parcialmente medicado e os sentidos estão sensíveis.

Cecília me olhou como se questionasse se eu queria ir, mas desviei o olhar ao mesmo tempo que Julie chamou sua atenção para pedir para vê-lo.

O médico limpou a garganta:

— Ele chamou por você. — disse para mim e eu senti meu coração acelerar. — Acho que seria bom se você fosse primeiro.

Caleb me deu um sorriso encorajador.

Não olhei para Julie quando segui o médico até o quarto.

Sebastian estava deitado encarando o teto.

— Oi. — cumprimentei da porta.

Ele tentou se ajeitar imediatamente se sentando, mas tudo que conseguiu foi exprimir um gemido de dor que apertou meu estômago.

—Hm... oi. — falou meio ofegante e eu me apressei para ajudá-lo.

Sebastian me olhava como se eu fosse de outro planeta e eu perguntei:

— Tudo bem?

— Tirando a dor em toda parte, tudo ok. — Enquanto eu ajeitava seu travesseiro, ele olhou para o doutor por cima do meu ombro. E falou quatro palavras que me paralisaram: — Olivia não está aí?

 

SEBASTIAN

Vi o exato momento em que os músculos de Olivia se tensionaram.

O bom de estar com dor é que isso me impedia de rir, mas a cara dela era impagável.

Ela se afastou para me olhar e então encarar o médico com a testa franzida.

O Dr. Alves era um artista de primeira e continuou com uma expressão impassível.

— Como assim "Cadê Olivia"? Eu sou Olivia, Sebastian.

Fiz uma cara de quem estava sem graça e percebi os olhos dela se abrirem mais um pouco.

— Perdão, mas acho que eu reconheceria minha namorada. — Dei um risinho, embora minhas costelas doessem com o movimento.

Achei fofo que ela nem mesmo processou que eu havia a chamado de "namorada" e foi para cima do médico.

— O doutor disse que não teve nenhum problema, nenhuma sequela.

Aproveitei que ela estava de costas para mim e ergui o punho para que o doutor se mantivesse firme no papel.

— E nossos exames não mostraram nada mesmo. Ele sabe o nome, onde trabalha, o endereço, nome dos pais e todo tipo de informação importante.

Olivia soltou uma risada nervosa, colocando a mão no peito e respirando fundo antes de dizer:

— E por que ele não se lembra especificamente de mim?

— Existem alguns casos raros que algumas partes da memória...puf. — o Dr. Alves fez um gesto de explosão com a mão e eu lhe lancei um joinha.

— Para sempre? — Olivia perguntou a voz falhando um pouco e eu quase entreguei o jogo.

— Depende do caso, mas vou fazer assim: irei pedir mais alguns exames para vermos até onde vai a amnésia.

Olivia assentiu com a cabeça ainda meio anestesiada e observamos o médico nos deixar sozinhos no quarto.

Ela me encarou e eu a encarei de volta.

Ela estreitou os olhos e eu fingi estar desconfortável.

— Sinto muito. — ofereci. — Por não lembrar. Isso é muito bizarro. Quer dizer, você diz que é a minha Olivia, mas, na minha mente, minha Olivia não se parece nada com você.

Ela apertou os lábios numa linha fina por alguns segundos antes de começar a roer a unha do dedão.

— Não é culpa sua. — Ela disse distraída e passou a andar de um lado para o outro na minha frente.

Olivia estava ainda com a mesma roupa da competição, o tecido estava marcado em alguns lugares, o cabelo estava com alguns fios desgrenhados e sua feição, um pouco sem cor.

Como ela poderia ficar ainda mais linda preocupada comigo?

Estava imaginando o quão mais sexy ela ficaria quando descobrisse minha brincadeira e quisesse me matar. Quase murchei quando lembrei que nossos planos para aquela noite estavam cancelados.

Então notei o algodão e o esparadrapo pendendo da parte interna do seu cotovelo.

Fiquei alerta.

— O que houve? — perguntei um tanto bruscamente demais, e Olivia saiu de seus pensamentos quase que com um pulinho.

— Hm? — Apontei para o seu braço e ela só pareceu perceber o algodão ali naquele momento. — Ah, isso. Quando...hm...você caiu, eu meio que paralisei e depois desmaiei, mas não foi nada. Estou bem.

Por instinto, quis me levantar para ir até ela e verificar eu mesmo, mas apenas consegui fazer meu corpo doer todo de novo e desabar sobre o leito.

Olivia veio imediatamente para o meu lado.

— Você não pode se mexer dessa forma. Está machucado.

— Você se machucou? — questionei.

— Não. Eu estou bem e você precisa de repouso. — Ela fez menção de que ia tocar meu braço, mas se impediu no último instante. Engoliu em seco. — Considerando as circunstâncias de você não lembrar quem eu sou, acho que vai ser mais confortável se eu chamar sua família.

Ela se virou para ir, mas eu segurei sua mão.

Todo meu corpo se acendeu com o toque de pele com pele e percebi que Olivia se arrepiou também.

Levantei sua mão — era a que tinha o anel de noivado — e o encarei por alguns instantes antes de olhar para seu rosto. Sua expressão era contida ao mesmo tempo que esperançosa.

— Não quer saber uma das principais diferenças entre você e a minha Olivia? Só para o caso de você ter encontrado com ela por aí.

Ela primeiro me olhou incrédula, mas forçou um sorriso:

— Claro.

— Acho que algum dos remédios acabou com minha garganta e falar nesse tom está sendo dolorido. Pode chegar mais perto?

Meio sem vontade, ela se aproximou e eu me inclinei, lutando contra o impulso de afundar o nariz em seu pescoço.

— Minha Olivia, na minha mente, tinha algumas tatuagens... — falei lentamente. — Minha favorita era...uma pimentinha na virilha. Você não tem cara que tem uma pimenta na virilha, tem?

Ela levou exatamente dois segundos para assimilar minhas palavras. Quando isso aconteceu, Olivia respondeu ao pé do meu ouvido.

— Você é um cretino desgraçado, sabia disso, Sebastian Ferrante?

— Puta merda, — Deitei a cabeça no travesseiro, suspirando, enquanto Olivia me olhava furiosa. — Ver você brava tem o mesmo efeito que um afrodisíaco para mim. Quer ver?

Ela apertou minha mão que ainda estava na sua com uma força inimaginável.

— Ai! Essa é a única parte do meu corpo que não está doendo involuntariamente.

— Não se preocupe. — ela me soltou com grosseria — Espero que não esteja muito feliz por ter sobrevivido porque eu vou te matar.

— Ah, que é isso! Pelo menos me dê um beijinho antes.

✥✥✥


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heeyyy, meus amores!


APESAR DA RAIVA (JULIE) GOSTEI MTO DE ESCREVER ESSE CAPITULO pq estamos entrando em um territorio em que nosso casal já está conformado que é um casal (eles só precisam convencer a eles mesmos na mente deles)

O QUE ACHARAM DO CAP???

(perdoem qualquer errinho, eu estou louca completamente biruta)

Não se esqueçam de comentar o que estão achando (pf preciso ver vcs por ai kkkkkk to carente), deixar aquele fave básico e compartilhar a história com os amigos ♥

Essa semana teve newsletter nova(atrasada) e estou aberta para pedidos de conteúdo extra/bônus por lá

o link é: tinyletter.com/emmieedwards é totalmente gratuita!!

A gnt se vê em breve!!!

me sigam nas redes sociais!

twitter: @ whodat_emmz ou @ emmieedwards_

instagram: @ emmiewrites



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contrato de Casamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.