A Jornada da Fênix: O Ressurgir das Cinzas escrita por FoxFlameWarrior


Capítulo 2
The plan


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu coloquei dois capítulos no mesmo dia, mas foi só porque esse aqui já estava pronto e minha ansiedade não ia me deixar dormir se eu não postasse ele hoje. Sem mais enrolação, vamos ao capítulo.



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        Alguns guerreiros levaram Fênix até Estrela de Fogo, lhe dando empurrões brutos e andando a sua volta, atentos a qualquer movimento brusco e prontos para meterem-lhe um tapa na cabeça, como se fosse uma prisioneira, até que chegaram na toca do líder, o qual já a esperava com Listra Cinzenta ao seu lado.

        A deixaram a frente deles, seus olhares queimavam sobre ela, Listra Cinzenta parecia pronto para dar-lhe um fim, com as garras a mostra e os dentes rangendo, mas Estrela de Fogo apenas a olhava com uma expressão séria, sentado em uma postura ereta, como quem não quer brigar, então, ele falou:

—Fênix, me disseram que você é filha de Flagelo, sei que não deve entender o porquê está sendo tratada assim e sei que meus guerreiros parecem que querem te matar, mas eu não pretendo te ferir.

—Fênix: Desculpe, mas eu não entendo, você está do meu lado ou está contra mim?

—Estrela de Fogo: Nenhum dos dois. Você não tem culpa de ter nascido filha de um dos nossos maiores inimigos.

—Fênix: Meu pai nunca me contou sobre vocês, eu nem sabia que vocês foram inimigos. Na verdade, ele nunca me contava nada. Da última vez que nos vimos, ele estava indo pra floresta com o nosso clã e um gato estranho. Como era o nome dele mesmo? (Pergunta mais para si mesma do que para Estrela de Fogo, tentando se lembrar do nome do tal gato).

—Listra Cinzenta: Esse deve ser Estrela Tigrada. (Fala tentando evitar um tom agressivo em sua voz).

—Fênix: Sim, esse era o nome dele. Meu pai o matou naquele dia, eu me lembro de tê-lo visto cortado ao meio, mas depois disso eu voltei pra casa, esperava encontrar meu pai de volta lá, mas ele nunca mais voltou, queria saber o que aconteceu.

        Nesse momento, Estrela de Fogo sentiu peso na consciência, será que Fênix não sabia mesmo que Flagelo estava morto? O que pensaria quando descobrisse? Por mais que ela não aparentasse ser perigosa, talvez quisesse vingança, pois parecia que ela realmente amava Flagelo como um pai, então outra pergunta veio à mente de Estrela de Fogo, e quanto a mãe dela? Quem seria ou onde estaria?

—Estrela de Fogo: Você tem mãe?

—Fênix: Nunca conheci minha mãe, mas talvez meus tios a conheçam.

—Listra Cinzenta: Seus tios?

—Fênix: Sim, Flagelo tinha irmãos, mas foram expulsos bem antes desse estrangeiro chegar.

—Estrela de Fogo: Mas aquele território fica muito longe daqui. (Raciocinou consigo mesmo). Fênix, como chegou aqui?

—Fênix: Eu vim com um filhote dos Duas Pernas, ele me escondeu dentro de uma coisa bem estranha, toda escura e completamente fechada, mal dava pra respirar, era parecido com o que os Duas Pernas usam para jogar o lixo. Quando os pais dele me acharam, eu fui expulsa e acabei tropeçando nos territórios dos outros clãs. Esperava que um deles me aceitasse, mas apenas me mandavam embora.  

       Pelo Gris, que havia saído da toca dos guerreiros para ver o que se passava, viu um grande tumulto em volta da toca de Estrela de Fogo, dentre eles estava Voo de Esquilo ao lado de Garra de Amora Doce, logo ele voltou a se sentir deprimido, só queria ficar sozinho para aliviar a cabeça, mas também queria saber o que fariam com Fênix.

—Pelo Gris: Fênix pode ser pequena, mas parece que sabe cuidar de si mesma, no entanto, podem matá-la e eu não estarei aqui para defendê-la, mas por que estou ligando pra isso? Ela não é mais problema meu.

[...]

        Pelo Gris estava se olhando na água do rio de novo, e se lembrou do barulho que ouviu uma noite antes de encontrar Fênix, talvez tivesse sido ela, mas se a jovem o havia visto e não se mostrou, então ela deveria ter um motivo maior do que medo para não se encontrar com um gato de clã, Pelo Gris não conseguia imaginá-la fazendo algo traiçoeiro, como espionar para outro clã se fazendo de inocente para Estrela de Fogo.

       Ele se intrigava cada vez mais por essa linha de pensamento, até porque se Fênix fosse mesmo uma espiã e ele comprovasse isso, ele poderia salvar o Clã do Trovão e Voo de Esquilo com certeza se sentiria atraída por ele de novo.

      Até que ouviu alguém se aproximar dele, rapidamente virou a cabeça para ver quem era, esperava que fosse Fênix ou algum gato de seu clã procurando por ele, mas viu a silhueta de um gato grande se aproximando, então, ele saiu para a luz da lua e Pelo Gris viu brilhantes olhos azuis o fitando, um gato de pelagem marrom escuro e branca, e se lembrou de já tê-lo visto em uma assembleia, era Geada de Falcão:

—Olhando o rio de novo, Pelo Gris?

—Pelo Gris: Geada de Falcão, o que faz no território do Clã do Trovão? (Falou surpreso).

—Geada de Falcão: Eu vim para te ajudar, eu soube do seu sofrimento com o meu irmão e Voo de Esquilo.

—Pelo Gris: Como soube? Você está nos espionando? Quando atravessou a fronteira? Por que está aqui? (Perguntou intrigado e meio ansioso).

—Geada de Falcão: São perguntas demais, e eu não posso responder todas. Enfim, eu estou para efetuar um plano para executar Estrela de Fogo, e acho que isso pode te beneficiar de alguma forma. (Explicou se aproximando).

—Pelo Gris: E como isso me ajudaria?

—Geada de Falcão: Pense bem, Voo de Esquilo te fez sofrer, então você pode se vingar fazendo-a sentir da mesma dor que você deve estar sentindo agora. (Falou chegando mais perto). Fazê-la provar do próprio veneno. (Falou friamente e com os olhos brilhando em expectativa, encarando fixamente Pelo Gris).

—Pelo Gris: Acho que isso pode dar certo. Eu vou ajudar.

—Geada de Falcão: Ótimo, será amanhã ao pôr do sol, perto do rio. Estarei te esperando. 

       Pelo Gris e Geada de Falcão discutiram mais alguns detalhes do plano, se despediram e cada um foi para seu próprio lado. O guerreiro azulado cinza voltou ao acampamento, tentando disfarçar sua expressão de satisfeito com o que acabara de acontecer. Entrou distraído na toca dos guerreiros e percebeu que Fênix não estava lá, ele logo pensou que estaria morta ou algo assim, mas isso causou-lhe desconforto, por mais que ela fosse uma possível espiã, Pelo Gris não gostaria de vê-la morta.

      Caminhou até seu ninho com cuidado para não acordar os outros guerreiros, deitou-se e encostou a cabeça sob as patas dianteiras, estava dividido entre se animar para o plano do dia seguinte e se preocupar com o que tinha acontecido com Fênix, seja lá o que fosse, ele queria muito saber. Ela não importava muito pra ele, claro, mas Pelo Gris não ficaria exatamente feliz em saber que ela estava ferida ou morta, porém também não ficaria triste. Era um misto de sentimentos, talvez o fato fosse que o guerreiro apenas não se importasse, estava ocupado demais pensando na execução do que aconteceria no dia seguinte. 


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Notas finais do capítulo

Esse foi um cap curto, eu sei, mas pelo menos foi calmo comparado a outros que estão chegando, além disso essa explicação sobre a Fênix que será importante para a história daqui em diante.
Enfim, espero que tenham gostado. Digam o que estão achando. E também espero que estejam gostando dos desenhos também porque me dá o maior trabalhão pra fazer. Bjs e até o próximo cap.
PS.: Ainda teremos cap nessa quinta, ok?



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