Diário de Rosalya escrita por TiaManda


Capítulo 6
Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

Notas do Autor

Eai pessoal? Tudo bem com vcs?

Eu só queria deixar um aviso:
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O link está nas notas finais!

Sem mais enrolação, fique a vontade para ler o capítulo agora.



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 Primeiros dias de aula me deixam nervosa. Agora, primeiro dia de aula da primeira escola do primeiro país diferente que moro, isso me deixa nervosa e estressada.

— Rosa, minha filha, você vai passar mal de tanto comer.

— Eu sei, mãe, mas preciso me acalmar — falei mastigando uma fatia inteira de bolo.

— Agora entendo por que Buda era daquele tamanho. Devia usar o mesmo método que você para ficar tranquilo.

A lancei um olhar mortal, enquanto engolia um pedaço de pão.

— O quue osta insinuondo? — eu disse de boca cheia.

— Se seu amiguinho a ver assim, vai fugir de você! — cruzou os braços.

Engasguei.

Ela rapidamente veio e bateu nas minhas costas, preocupada.

— Eu disse que faz mal comer assim, Rosalya! — batia cada vez mais forte, porém, de nada adiantava.

Meu rosto estava ficando roxo, não passava nem um fio de ar pela minha traquéia.

Soquei meu estômago com as duas mãos, desesperada. Que forma mais tosca de morrer, não aceitava isso. Ignorei a dor que sentia em cada soco, só não queria morrer. Bati freneticamente no abdômen. Minha mãe falava algo, mas não consegui ouvir.

Senti tontura e o corpo amolecer antes do pedaço de pão voar para o outro lado da cozinha.

Irracionalmente segurei a garganta para que ela não me abandonasse nesse momento tão crítico, e puxei o ar com toda força possível, como se minha vida dependesse disso (e dependia). O oxigênio passou fazendo um barulho agonizante.

Minha mãe agora me encarava, de braços cruzados e olhar repreensivo.

— Tá bom! Chega de comer! Vou me trocar, mãe.

Subi antes que pudesse brigar comigo.

(...)

— Oi — me dirigi a um menino loiro, que usava um suéter horrível — disseram que eu encontraria o representante de sala aqui no Grêmio.

— Ah, olá! — sorriu — Deve ser a Rosalya Champoudry. Me chamo Nathaniel, prazer!

Observei-o melhor, seus olhos eram dourados como os meus.

— Prazer! — sorri de volta — Confesso que não sei bem o porquê estou aqui... Só me mandaram pra cá.

— Normalmente os alunos novos precisam resolver algumas questões com a inscrição — mexeu em uns papéis — mas você teve sorte, está tudo certo.

— Ah sim, então significa que já posso ir?

— Sim.

— Okay, valeu.

— Seja bem vinda a Sweet Amoris!

— Obrigada! — sorrimos os dois.

Os corredores poderiam ser considerados labirintos de tão cumpridos. Mas, não havia muito o que xeretar além das incontáveis fileiras de armários.

"Melhor não ser um bichinho acuado, Rosa, vamos socializar" - pensei. 

— Acho que o pátio fica para aquele lado ali! — sussurrei olhando em volta — É, isso mesmo.

Fui em direção a saída, porém me deparei com uma loira, lembrava um pouco o representante.

Nossa, mas o que eram aqueles trajes?

Ah, meus olhos queimavam de ver roupas tão bregas.

Estava tudo errado, tudo feio, com exceção dos sapatos, mas não deixava de ser um erro junto com o conjunto desastroso.

— Tá olhando o que? — disse ela, me analisando de cima a baixo.

— Manolo Blahnik? — apontei para seus pés.

— É... — cruzou os braços, parecia estar pensando em algo enquanto me encarava — Por que a pergunta? É inveja por não ter um?

Ah pronto.

— Que criança... — falei  sem conseguir evitar de revirar os olhos.

Ela pretendia fazer mais algum adorável comentário, porém foi interrompida por um menino de cabelos grandes e platinados. Não fiquei para ouvir a conversa, rapidamente direcionei-me ao pátio.

(...)

Talvez aquele fosse o lugar mais bonito da escola. Admito não ser a maior amante da natureza, mas as árvores eram o que completava o pátio e trazia vida. Elas estavam todas enfileiradas em frente a um muro bege. O verde contrastando com os tons pastéis e complementando os arbustos coloridos. 

Os alunos estavam divididos em vários grupos, cada um, aparentemente, vivendo em um universo diferente.

Era o ambiente perfeito para eu me enturmar.

Avistei um trio de garotas conversando. Uma ruiva parecia estar contando algo super engraçado para uma morena, ela ria bastante. Havia outra menina, de cabelo roxo que também estava com elas, mas rabiscava algo em um caderno, concentrada.

Perfeito. Elas seriam as vítimas.

Caminhei determinada em direção as garotas, porém sem perceber as pessoas ao meu redor. Trombei com alguém quase instantaneamente no momento em que me movi. 

— Ei, olha por onde anda! — o garoto moreno disse, retirando os fones de ouvido. Dava para ouvir a música a quilômetros de distância. Ele usava uma camisa preta com uma jaqueta marrom por cima, seu cabelo preto quase ultrapassava os ombros. Colocou uma mecha atrás da orelha na tentativa de enxergar quem havia o derrubado.

— Me desculpe, não estava prestando atenção! — falei buscando ser gentil.

— É uma cabeça de vento mesmo! — balbuciou. Meu sangue ferveu.

— O que você disse?

— Ei, calma, não precisa ficar desse jeito.

— Não tem o direito de falar assim comigo.

— Você me derruba e eu que tenho culpa? — se irritou também.

— Eu não te derrubei...

— Se fosse mais atenta isso não aconteceria! — interrompeu. Abri a boca para falar, mas ele foi embora, me deixando plantada lá, como uma idiota, e levando meu bom humor com ele.

Que garoto insuportável! Ah!

Ok. Desisto de tentar ser um ser sociável. Me resta agora sentar esperar o início das aulas.

Procurei um assento, mas todos os bancos já estavam ocupados. Ótimo. Esse dia só melhora.

Encostei na primeira árvore que vi. Respirei fundo, permitindo a raiva esvair-se aos poucos.

— Está tudo bem, senhorita? — uma voz grave falou do nada.

— Ah, oi — Era o garoto do cabelo platinado — Não me entenda mal, mas não estou no meu melhor momento agora.

— Imaginei. Sinto muito pelo Castiel.

— Castiel? — o encarei. Só então pude reparar em seus olhos, eram de cores diferentes, um verde e o outro cor de mel, mas o que mais chamava atenção era seu visual familiarmente vitoriano. Seu cabelo, assim como o do moreno, batia no ombro, porém era de cor branca.

— É com quem você discutia agora a pouco. Não pense que é algo pessoal, ele é assim com todo mundo.

— Isso não justifica a falta de educação dele.

— Castiel é difícil as vezes, mas é uma boa pessoa! — dei de ombros — A propósito, não ligue para os comentários da Ambre, ela ainda é muito imatura.

— Deixa eu adivinhar, Ambre é a loira? — ele assentiu — Olha, é muito fofo o que você está fazendo, se desculpando por eles. Sabe que não precisava, né?

— Sim, mas é inevitável. Sua experiência aqui não parece estar sendo boa — sorri tendo a impressão de já tê-lo conhecido.

— Engraçado, você me lembra muito alguém — disse, analisando suas roupas. Ele me olhou, curioso.

— Não me recordo de tê-la visto antes, senhorita.

— Pode ter esquecido.

— Eu jamais esqueceria de uma moça tão bonita! — ele disse distraído, corou imediatamente quando se deu conta do que havia falado. 

Dez segundos de silêncio depois, resolvi me pronunciar, um pouco sem jeito.

— Olha, parece que todo mundo decidiu desaparecer! — falei para disfarçar a vergonha. Mas era verdade, o pátio estava vazio.

— Acho que foram para as salas. Devíamos ir também! — me encarou por um momento — Desculpe, mas, como você se chama?

— Rosalya — sorri — e você?

— LYSANDRE CHEVALIER! — ouvimos um grito agudo e levemente ensurdecedor — O QUE ESTÁ FAZENDO FORA DA SALA? — uma senhora baixinha aproximava-se com passos firmes e fogo nos olhos — A aula já começou!

— Diretora, nós só estávamos... — ela cortou sua fala.

— Senhorita Champoudry, o que faz aqui também?! 

— Eu... 

— PRA SALA, OS DOIS, AGORA! — disse apontando para o prédio.

Nós apenas entramos sem pronunciar mais nenhuma palavra. Era capaz daquela mulher explodir de tanta raiva. Então aceitamos nossos destinos, calados.


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Notas finais do capítulo

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