Professor escrita por Otsu Miyamoto


Capítulo 16
Futuro




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Caminhamos em silencio até chegar ao meu carro. Eu abri a porta para ela e rapidamente dei a volta, tomando meu lugar atrás do volante.

Apenas joguei a bolsa no banco de trás. Eu estava nervoso, não sabia como começar a conversa. Meu coração agia como se tempo nenhum houvesse passado, mas minha mente dizia que não éramos mais os mesmos, que eu devia ir com calma.

As coisas só ficaram tão ruins no passado por causa da minha impaciência. Eu não podia repetir o mesmo erro.

A fitei por um momento.

— Parece que você não mudou nada. Mas, ainda assim está tão diferente... – Comentei baixo.

— É o efeito do tempo... – Ela sorriu minimamente e me olhou – Você está exatamente como eu me lembro.

Senti um arrepio percorrer o corpo. Cortei o contato visual por um instante.

— E... Onde está ficando? – Falei já saindo com o carro.

— Estou em um conjunto de apartamentos, atrás da avenida principal.

— Mas... – Voltei a fitá-la curioso – Só tem um complexo normal de apartamentos lá... Alias, eu moro há duas quadras.

— O normal é minha rotina já tem um tempo – Ela murmurou.

— O que quer dizer? Eu não soube mais nada sobre você desde... Aquele dia, no telhado... – Comecei cauteloso – E eu li hoje que Hanabi vai assumir suas funções... O que aconteceu?

A morena suspirou e começou a falar.

— Depois que meu pai descobriu... – Ela fez uma pequena pausa – Minha relação com ele nunca mais foi à mesma... Ele não aceitou o fato de não conseguir arrancar nada de mim, ou da Ino, ou da instituição... E acabou ficando mais controlador...

— Mais? – Comentei chateado.

— Eu apenas aceitei como eu sempre fazia... No ano seguinte, eu comecei a faculdade de Direito... E fui apresentada a um rapaz da vontade do meu pai... Com quem eu comecei um relacionamento... Além de assumir algumas funções na empresa... Como o planejado...

Engoli em seco, ouvindo tudo atentamente. Percebi que, apesar das pausas, ela não gaguejou nenhuma vez.

— Mas eu não era mais a mesma pessoa. Eu vinha mudando, aos poucos... E queria, mais do que nunca, poder tomar minhas próprias decisões. Porém ainda não tinha forças para ir contra tudo o que eu cresci aprendendo a valorizar... Até que um dia, me sentindo sozinha, eu peguei aquele livro que você me deu de aniversário... Lembra a dedicatória que você me deixou?

— Eu lembro... – Confirmei. Estava dirigindo com mais cuidado do que nunca, porque meus sentidos estavam quase todos voltados para ela.

— Eu finalmente entendi o que ela queria dizer então... – Ela fez outra pequena pausa – Decidi abrir mão de tudo o que não tinha sido minha escolha. No dia seguinte, eu cancelei a matricula na faculdade e, claro que meu pai foi avisado imediatamente pela administração. Ele chegou em casa furioso, e me encontrou terminando com o rapaz que eu namorava... Era um bom rapaz, até tentou assumir a responsabilidade pelo término, mas meu pai sabia que não era o que ele queria... 

— E como seu pai reagiu? 

— Ele me trancou por semanas no quarto, tentando me fazer mudar de ideia... Chegou ao ponto de me agredir fisicamente, mas nada do que ele fizesse me faria desistir, então... Quando ele percebeu que eu não cederia... Ele... Me deserdou...

— O que? – Fiquei atônico. Como eu não soube de uma coisa dessas? – Isso... Isso é muito sério.

— Eu sempre soube que não existia meio termo com meu pai, e eu estava preparada pra qualquer consequência... Porque dessa vez, eu tinha escolhido.

Eu estava impressionado... Mas, não continuei falando, pois estávamos quase chegando. E ela também parou de falar... Foi um pequeno momento de silencio que me ajudou a digerir aquela informação.

— Menina... – Murmurei quando finalmente estacionei no complexo de apartamentos que ela havia mencionado. Eu me voltei completamente para ela – Não foi nessa intenção que eu escrevi aquilo, não...

Ela me fitou com um sorriso no rosto, levemente corada.

— Senti... Falta... De te ouvir me chamar de menina... – Ela confessou e eu senti o coração acelerar.

— O que... Aconteceu depois? – Falei um pouco baixo demais. Mantive meu olhar em cada detalhe do seu rosto. No modo como seus lábios se moviam, de forma atrativa, enquanto ela falava. A face avermelhada dela parecia pedir por um toque meu...

— Tem uma coisa que meu pai preza mais, até mesmo, que a tradição familiar... – Ela disse devagar – E é a imagem perfeita da família Hyuuga. Em hipótese alguma ele deixaria que sua filha fosse a primeira a quebrar anos de tradição ou seria o foco de um “escândalo”, então ele não me deserdou oficialmente. Manipulou tudo, como sempre... E fizemos um tipo de acordo...

A morena suspirou e me desviou o olhar, antes de continuar.

— Ele me deu acesso a uma reserva de dinheiro, mas não tenho mais direito a absolutamente nada, além disso... Assinei um documento abrindo mão de tudo. E eu ainda tenho que reportar cada decisão que eu tomo a ele, apenas para que ele tenha certeza de que não estou jogando minha vida fora.

Ela recitou a ultima parte como se fosse uma frase decorada... E me lembrei das vezes em que conversávamos, ela sempre usava frases assim.

 — Internamente – A morena continuou – Ele começou a preparar Hanabi pra assumir minhas funções, coisa que ela realmente queria fazer. Então ela passou a receber o mesmo treinamento que eu e seu nome passou a constar nos eventos como herdeira sucessora. Se a Hanabi não existisse, eu não sei se as coisas se ajeitariam tão facilmente.

— Facilmente? – Dei risada – Você é mais forte do que pensa, menina.

Ela sorriu e voltou a me fitar, diretamente... Eu queria abraça-la. Coloquei uma mão no volante e segurei com mais força do que o necessário. Se eu o soltasse, tenho certeza que cederia.

— Isso não levantou suspeitas? Vocês são meio famosos... – Continuei depois de limpar a garganta.

— Sim, todo mundo estranhou. Mas tudo o que meu pai dizia era que eu tinha personalidade forte e planos diferentes... E que ele respeitava – Ela deu um dos seus sorrisos tristes – No fim, a mídia só pode especular o que tinha acontecido. Contudo, além de sermos bons quando o assunto é discrição, eu fui fazer faculdade fora país, então isso ajudou a manter as coisas calmas...

Eu queria fazer muitas perguntas pra ela, saber muito mais, só que, no momento, uma coisa estava martelando em minha mente.

— Você veio até aqui atrás de mim?

A morena corou até as orelhas e mordeu o lábio. Esse gesto enviou pequenos sinais elétricos em meu corpo.

— Encontrei com o professor Uchiha em um café, há um tempo... Conversamos um pouco e, antes dele ir, eu mencionei você... Eu só queria saber se você estava bem. Mas, ele não me respondeu, ele apenas disse que eu deveria visitar essa cidade. Especificamente, essa escola... Então... Eu arrisquei.

Dei um sorriso nervoso, não apenas pelo assunto finalmente vir à tona, mas por aquele patife do Sasuke não ter me dito uma coisa dessas.

— E-eu... Queria te encontrar... Por que muitas coisas não foram ditas... – Ela respirou fundo – E eu queria que soubesse...  Que sou extremamente agradecida por ter te conhecido. Você mudou minha vida.

Suspirei, sentindo a minha temperatura subir. Me voltei para frente, pois eu não conseguiria falar o que quero, se a olhasse.

— Eu queria ter feito diferente... – Murmurei – Te conhecer foi uma das melhores coisas que me aconteceu, mas... Meu comportamento foi errado... O modo como eu deixe as coisas se conduzirem foi totalmente errado... E eu sinto tanto por isso...

Respirei fundo, sem olhá-la. Não sei se estava conseguindo ser claro, mas continuei. Não foi certo o rumo que as coisas tomaram e eu sei que a culpa é minha.

— Eu devia ter sido mais paciente. Mais responsável e talvez... Talvez... As coisas fossem diferentes... Hoje...

Houve um silencio por um longo momento.

— Talvez... – Ela murmurou baixo e abriu a porta, se preparando pra sair.

Eu ainda não queria deixá-la ir, então soltei o volante, com a intenção de impedi-la, mas me parei bem a tempo. Apenas a observei sair e fechar a porta.

Porem, ela inclinou-se para me olhar através da janela e disse:

Seja feliz por esse momento e esse momento é sua vida”...— Ela repetiu as palavras conhecidas, de forma serena – Você deixou essas palavras escritas pra mim naquele livro – Seu olhar era tão cortante que me faltou o ar – E agora eu as digo a você, Naruto...

Meu coração parou no momento em que a ouvir dizer meu nome.

Foi como um gatilho para que todos meus sentimentos reprimidos transbordassem. Fui completamente esmagado por tudo o que guardei, todos esses anos.

Meus olhos permaneceram fixos na figura feminina que se afastava. E pouco antes dela sumir completamente do meu campo de visão, a morena se virou e olhou para mim. Foi quando meu coração voltou a bater freneticamente e não pude mais me conter.

 Dane-se o controle, eu amo essa mulher.

Saí do carro rapidamente e corri. Eu apenas corri na mesma direção que ela.

Eu finalmente estava indo atrás daquela menina.

Subi alguns degraus, na direção que ela tinha ido, e não muito longe deles, eu a vi. A morena se virou ao ouvir minha aproximação e parou, esperando que, finalmente, eu a alcançasse.

Minhas mãos mal puderam esperar para tocar seu rosto e segurá-lo com saudade. Meu corpo não podia mais esperar para senti-la, então, só me lancei sobre ela... Meus lábios tremeram antes de iniciar o beijo de modo desesperado, impaciente, desejoso...

Tardio demais.

E felizmente, senti que Hinata me respondeu tão ansiosa e necessitada quanto eu.

Seus braços me apertaram com tanta força, com tanto querer, que eu não sei dizer como eu sobrevivi sem esse abraço.

O beijo de Hinata era desnorteante, e meu corpo se lembrava exatamente da sensação. Do seu calor, do seu cheiro, a suavidade de sua pele. Meu corpo se lembrava de tudo.

Todo o meu ser vibrou na mesma sintonia que ela.

Uma de minhas mãos desceu até sua cintura, onde eu a abracei, e a outra se perdeu nos fios negros da morena, quando eu aprofundei o beijo.

Senti meu corpo dar alguns passos e parar quando não tinha mais pra onde ir, a prendendo entre a mureta de proteção e eu.

Não tinha mais controle de mim. Tudo o que eu queria era me fundir a essa menina e nunca mais deixa-la partir.

— Cof, Cof – Ouvi um ruído atrás de mim e a soltei imediatamente, dando um pequeno pulo para trás, assustado.

Ao me virar, notei um senhor de idade nos olhando meio torto, enquanto descia as escadas. Levei uma mão até a nuca, desconcertado. Quando olhei Hinata novamente, ela ria, lindamente corada e ofegante...

— Me desculpe... – Respirei fundo – Eu até tento me controlar, mas quando é você...

Ela parou de rir e me fitou longamente.

— Não se desculpe... Eu não tenho dezessete anos.

Senti a ponta dos meus dedos formigarem e minha cabeça ficou quente.

Ela ainda tinha um inacreditável poder sobre mim. E eu não precisava ter mais medo disso, eu podia mostrar para ela o quanto eu a desejava.

Não tinha mais nada que pudesse me impedir, então me aproximei novamente.

— Força do hábito – Disse baixo antes de por minhas mãos sobre ela de novo, e recomeçar o beijo. Mais controlado, não menos intenso.

Eu finalmente podia sentir a plenitude de seu beijo. Sentir o gosto da sua língua... Arrancar os gemidos de satisfação, que só me faziam querer ainda mais.

Nos beijamos até o fôlego faltar. Interrompi o beijo por pura necessidade, mas não me afastei. Desci os lábios por aquele pescoço que há tanto anos eu queria provar... E, pelos céus, foi um erro...

— V-você me assustou... – Ela sussurrou e senti os dedos delicados acariciarem minha nuca – Por um momento... Tive medo de você ter me esquecido.

— Eu quero você... Ainda quero tanto que me assusta... – Deixei escapar entre os beijos na sua pele, fazendo o caminho de volta – Eu só aprendi a te querer, menina – Percebi que ela se arrepiou, o que me arrancou um sorriso. Ela fazia a mesma coisa comigo.

Levantei meu rosto, ainda sorrindo e me deixei beijá-la novamente, aproveitando livremente as sensações que ela me causava.

— Você é o único... Que causa essas reações em mim... – Ela murmurou ao final do beijo – É o único pra mim, Naruto.

Meu corpo esquentou ao ouvir meu nome... Fixei meu olhar ao dela e levei as duas mãos ao seu rosto.

— De novo... – Supliquei – Diz meu nome de novo.

— Naruto... – Ela murmurou e meus sentidos quase entorpeceram, então apenas me entreguei para outro beijo urgente, sem conseguir mais pensar com clareza.

— Hina... – Minha pele estava quente... Meu coração estava disparado e minha cabeça girava. Não conseguia e nem queria conter minhas mãos, meus beijos... Minha vontade. Reuni toda minha força por um um momento, encostei minha testa na dela, ofegante – Não consigo mais me segurar.

— V-você não precisa... – Ela murmurou.

Busquei seus olhos e os fitei intensamente. Encostei meus lábios aos dela, em um selinho firme. Seguido de outro. Depois outro... E outro...

— Qual... Qual é a sua porta? – Arrisquei.

— A ultima... – Ela respondeu sem hesitar.

— Ah, claro que é a ultima. O universo não facilita nada pra mim – Ironizei arrancando uma risada alta da morena. Meu coração se preencheu e eu sorri também.

Hinata entrelaçou os dedos aos meus e, me afastou minimamente, apenas para pegar a bolsa dela, que só agora eu percebi que estava no chão.

Ela nos guiou até a porta mencionada e me soltou apenas para pegar uma chave na bolsa. Quando a porta dela se abriu, meu coração disparou e a ansiedade começou a me deixar nervoso. A morena entrou e se virou ao perceber que eu fiquei no lugar.

— Espera, Hina... Eu sei que dei a ideia, mas se eu entrar... Bem... Você não...

— Eu quero – Ela sussurrou, corada.

— Tem certeza?

Hinata se aproximou de mim e colocou os braços em volta do meu pescoço. Levei as minhas mãos automaticamente para sua cintura.

— Você a fonte de todas as minhas certezas.

***

Meu corpo estava parcialmente sobre o dela e um lençol nos cobria pela cintura. Eu ainda a beijava, porque nunca parecia ser o suficiente. Em alguns momentos, eu me afastava brevemente, apenas para ter o prazer de recomeçar outro.

— Como eu faço pra parar de te beijar agora? – Falei, descendo o beijo até sua orelha.

— Espero que nunca descubra – Ela murmurou e eu ri sobre sua pele, sentindo-a rir também.

— Sabe, me lembro de uma versão mais tímida de você – Brinquei, erguendo meu rosto e fitando aqueles lindos olhos.

— Eu... Melhorei... Um pouquinho – Ela sorriu, levando uma mão ao rosto.

— Não, me deixa te ver... – Afastei sua mão, me concentrando novamente nela. Analisei o rosto corado, os fios de cabelo grudados na pele, o restante espalhado na cama. Deslizei um dedo sobre seu rosto, demoradamente – Nem acredito ainda que você está aqui... – Sussurrei.

— Eu tinha que vir... – Ela me fitou diretamente e levou uma mão ao meu rosto – Naruto, você me ensinou... Muito mais do que pode imaginar... Te conhecer me trouxe sentimentos que eu jamais pensei sentir... Além de me dar toda a coragem que eu precisava para ser eu mesma... – Ela sorriu – O tempo não importa mais, sempre será você...

Meu corpo esquentou, reagindo como sempre fazia, a qualquer estimulo que viesse dela, por menor que fosse. Peguei a mão que ela colocou em meu rosto e levei até minha boca, beijando com carinho.

— Conforme o tempo passava, achei... Que estava conseguindo te esquecer... – Murmurei – Eu já não pensava tanto em você, não me corroia tanto de vontade de arrancar alguma coisa do Sasuke... Achei que eu estava finalmente superando – Levei minha mão ao seu rosto, acariciando com leveza – Mas quando eu vi aquela matéria, o nome Hyuuga, eu gelei... Achei que era você se casando e soube que não tinha superado...

Levantei meu olhar novamente e fixei ao dela. Esses olhos sempre pareciam enxergar através de mim...

— E quando eu te vi, tive plena certeza que o sentimento ainda estava enraizado em mim... – Me inclinei novamente sobre ela, quase não deixando nenhum espaço entre nós – Eu finalmente posso te dizer, que sou apaixonado por você, menina...

Seus olhos brilharam emocionados. Ela esperou muito tempo para ouvir isso... Eu tive que esperar tempo demais para dizer... Mas agora, só o que importa é que temos todo o tempo do mundo para desfrutar de todas as vezes que eu ainda diria que a amo.

— Eu amo você... – A morena disse com o sorriso mais bonito que eu já tinha visto e meu ser inteiro vibrou.

Ela era minha. Finalmente, minha.

— Minha menina... – Murmurei enquanto avançava sobre ela, para iniciar mais um beijo, mas não sem antes ouvi-la sussurrar.

— Meu professor...

 

FIM


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Notas finais do capítulo

Eu desisto de entender
É um sinal que estamos vivos
Pra esse amor que vai crescer
Não há logica nos livros
E quem poderá prever
Um romance imprevisivel
Com um turu turu turu turu turu turu tu

Quando você passa - Sandy e Junior

***

Gente, muitíssimo obrigada a todos que chegaram aqui, que torceram por eles.
Obrigada por me apoiaram nesse projeto, por lerem e comentarem.
Enfim, por tudo, obrigada. De coração.

E eu vou deixar como "não concluída" porque o Nyah não deia eu adicionar mais capítulos depois e eu estou preparando dois extras pra vocês.

Um com os pensamentos de outros personagens, no decorrer da história e outro com o desenvolvimento do relacionamento deles.

Animados?
Até mais :3



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