Lua de Sangue escrita por Bruxa Azulzinha


Capítulo 8
O galpão


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Chegando com mais um capítulo!
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/802939/chapter/8

/ Rin /

Eu olhava o relógio a cada 10 minutos, cheia de ansiedade.
A hora parecia não passar. 

Eu e Sesshoumaru já tínhamos jantado e nos preparado para sairmos e nesse momento, estávamos sentados na sala esperando o sinal do chefe da equipe de resgate.
Sesshoumaru falava com o pai no celular e eu folheava meu livro para me distrair, esperando que o relógio se apressasse.

— Já chegaram? - disse o youkai se levantando do sofá - Ok. Já estamos saindo.

Ele desligou o celular e olhou para mim com um semblante tenso.

— Vamos lá.

— Tudo bem - fechei meu livro e o coloquei na mesinha de centro para, finalmente, sairmos rumo ao galpão.

***

/Sesshoumaru/

A nossa equipe de resgate já estava parada em frente a minha casa. Pedi para que eles fizessem esse caminho, assim podíamos segui-los.

Eram 3 carros pretos, cada qual com um grupo. 

Eu e Rin entramos no meu carro e assim que a equipe começou a andar, dei partida e me coloquei atrás deles.
Liguei o GPS e digitei o endereço do galpão para verificar o tempo. Eram quase 2 horas de viagem.

"Espero encontrarmos essa humana ainda viva..." - pensei preocupado, olhando de canto para Rin.
Eu estava com um mau pressentimento...
**

Não contei para meu pai que levaria Rin no resgate, pois quis evitar mais preocupações.
Ela estava sentada ao meu lado e cochilava com a cabeça encostada no vidro.

"Por que me sinto diferente quando estou com ela?" - pensava - "Eu nunca me senti assim antes".

Este Sesshoumaru já havia se envolvido com algumas mulheres em seus séculos de vida, mas todas foram youkais. E elas não passaram de distrações ou corpos para saciar minhas necessidades.
Agora humanas, nunca. 

"Por que seu cheiro e sua presença são diferentes para mim?" 

Depois de um tempo dirigindo, meus pensamentos foram interrompidos pela fila de carros da equipe que agora entrava numa trilha no meio de uma mata.
Coloquei a mão direita no ombro de Rin para acordá-la.

— Estamos chegando - falei enquanto me colocava em alerta - fique esperta quando eu disser para você se abaixar.

Ela assentiu e se endireitou no banco.

A fileira de carros saiu da trilha depois de alguns minutos e parou na parte de trás do galpão.
Parecia abandonado, porém havia sacos de lixo e entulhos em volta, dando a entender que alguém esteve ali recentemente.
Escutei meu celular vibrando assim que estacionei e a mensagem era do chefe da equipe: "Vamos iniciar".

Olhei para a frente e vi os sete homens saindo dos carros, indo em direção ao galpão, agachados e armados.
No total eram nove, dois ficaram no veículo para o caso dos outros precisarem de ajuda por fora.

Os sete homens se dividiram. Alguns foram pelas laterais do galpão em direção a porta de entrada e outros seguiram para a de saída que ficava logo a nossa frente, então escutamos um som de estrondo.

— O que foi isso? - Sussurrou Rin.

— Acabaram de arrombar a porta de entrada - expliquei -  Metade deles entrarão pela frente e outros por aquela saída de emergência.

Depois disso, escutamos gritos e sons de batidas fortes vindas lá de dentro. Foi quando o segundo grupo arrombou a porta de trás e então conseguimos ter um vislumbre do que se passava.
Consegui distinguir cinco humanos que foram imobilizados pelos minha equipe.

— Sesshoumaru... Está ouvindo? - disse Rin - parece que vem vindo outro carro.

Ela estava certa. Escutei o som de motores vindo logo atrás do nosso e para meu espanto, surgiram dois carros da polícia.

"Droga" - pensei furioso - "aquele Miroku foi rápido".

Os policiais saíram do carro e foram em direção ao galpão armados, enquanto um deles em especial, caminhava até o nosso.

"Merda!"

****
****

/Rin/

"Miroku... O que ele está fazendo aqui?" - pensei ao ver o delegado sair da viatura - "ele deve ter seguido a mesma linha de investigação dos Taisho".

O delegado se aproximou do carro de Sesshoumaru e este estava visivelmente irritado.
— Fique aqui - ele disse, enquanto saía para falar com o delegado de polícia.

— Vocês Taisho não conseguem ficar um minuto sem se intrometer em nossos assuntos?

— Olha como fala. Se não fosse por nossa ajuda, vocês não resolveriam nem 50% dos casos de desaparecimento.

— Vocês podem ter amizade com meu chefe, mas a mim não enganam nem um pouco... Acha que eu não sei o que vocês são?

Fiquei dura quando escutei isso...
Miroku sabia dos youkais.

"A coisa tá feia..." - pensei olhando ao redor. 
A equipe de Sesshoumaru mantinha os homens do galpão imobilizados e os policiais de Miroku inspecionavam o local a procura de Kagome.

Meus olhos procuravam qualquer sinal dela, mas por alguma razão, acabei olhando para o chão a frente e percebi que ele se mexia.
Havia alguma coisa embaixo da terra!

— Sesshoumaru! - gritei para ele - tem alguma ali no...

Um barulho ensurdecedor veio da terra, seguido de um grande tremor, como um terremoto.
Fiquei apavorada. 

De repente, sem mais nem menos, a terra se abriu numa explosão de poeira e de dentro saiu uma enorme criatura. 
Eu nunca tinha visto nada parecido na minha vida, mas lembrava um dragão, um enorme dragão cinza de olhos cor de fogo, com um pequeno rosto humano em sua testa. 

Sesshoumaru irrompeu como um raio em cima dele e os outros começaram a atirar.
E a primeira coisa que me veio a cabeça foi sair do carro, pois agora o dragão cuspia fogo em tudo quanto era lado.

Me escondi atrás dos entulhos e fiquei agachada vendo a luta.
O monstro estava sendo fuzilado sem quase nenhuma chance de se defender.

— Rin! - Sesshoumaru veio em minha direção - Fique ai até acabarmos. Esse é o Ryokusei em sua forma original.

— Não é o dono do galpão? - falei em choque - É um dragão!!! Que merda! É um dragão!

— Sesshoumaru! - Miroku o chamava visivelmente mais chocado do que eu.

— Não saia daí - disse Sesshoumaru para mim, correndo até o delegado pálido de pavor.

E foi no meio dessa cadeia de acontecimentos que eu vi uma luz forte saindo do canto do galpão, bem no chão... Vindo de uma pequena janela muito bem escondida pela grama.

"Será que a equipe de resgate encontrou esse lugar?"

Bom, eu percebi que teria que descobrir isso sozinha. 
Me deitei na grama e fui rastejando até a pequena janela retangular. Tirei o máximo de grama que consegui e espiei por ela.
Havia um pequeno quartinho lá dentro, com um sofá sujo e muitos jornais pelo chão, mas não consegui ver tudo por conta do tamanho da janela.

"Vou entrar, não posso esperar nem mais um minuto. E além do mais, os homens estão muito ocupados agora".

Olhei para o monstro e os homens uma última vez, Sesshoumaru agora tinha entrado na luta para finalizar o que, aparentemente, os outros não conseguiram sozinhos.
O dragão se contorcia de dor e sangrava muito e então Sesshoumaru abriu suas garras e com golpes fortes começou a esfolar sua carne.
Era a primeira vez que eu o via lutar daquele jeito.

Eu queria muito continuar assistindo aquele espetáculo, mas voltei para minha missão.
Fiquei de joelhos e com a perna direita, comecei a chutar com força a janela até ela abrir. E quando consegui, me esgueirei para dentro do quarto.

A janela não ficava muito longe do chão, então saltei, caindo em cima do monte de jornais.
Além do sofá rasgado, havia um banheiro (precisando urgente de uma limpeza), um colchão encostado na parede e uma porta de ferro com um espaço de grades, igual a uma porta de presídio.
Me aproximei sorrateiramente dela tentando não fazer barulho e então, encontrei minha amiga.

Ela estava sentada no chão, com o rosto escondido nos braços. Ali era realmente uma cela.

— K-Kagome... - sussurrei com a voz embargada de emoção.

Ao ouvir minha voz, Kagome deu um pulo.
— Rin! Oh meu Deus... Você está aqui! - ela veio correndo até a porta e juntou seus dedos com os meus na grade.

Que felicidade! 
Eu estava tão feliz que não conseguiria expressar em palavras.
Ela estava com um olho roxo e o semblante triste, mas mesmo assim sorriu e chorou ao me ver.

Nessa hora, pensei em Sesshoumaru. Eu teria que chamá-lo para me ajudar a abrir a cela.

— Kagome, eu vim te buscar. Vamos te tirar daqui!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, obrigada pelos comentários anteriores e curtidas!
Até o próximo capítulo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lua de Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.