Corvo Branco escrita por Costtolinana


Capítulo 7
05. Quinto Ano: Pequeno Corvo


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas.

Bom, eu estava aqui pensando em no próximo capitulo escrever os últimos 4 anos para ficar mais próximo do dia de ir para Hogwarts.

Me desejem sorte.



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Todos estavam animados, finalmente ela estaria de volta. Sirius era possivelmente o que estava mais agitado, mesmo que Narcisa não estivesse muito atrás. Depois de cinco anos, Bellatrix Black, ex Lestrange, estava de volta.

Bellatrix casou com Rodolphus por obrigação. Seus pais foram bem rígidos sobre isso, já que sua irmã Andrômeda  tinha fugido para se casar com um nascido trouxa. Resignada, fez o que tinha que fazer, mesmo prometendo para si mesma que esse casamento jamais valeria de alguma coisa. Durante a guerra, quando os Lestrange ficaram ao lado do Lorde das Trevas, ela tentou pensar que assim, ocupado com seus deveres como Comensal, a deixaria em paz de qualquer coisa. Foi assim que fazia fugas para o mundo trouxa. Andando sempre por diversos lugares e parques, conheceu Joseph em uma livraria. Com coisas em comum, logo se encontraram apaixonados. 

Dessa maneira selou seu destino. Dois meses depois, Bellatrix se descobriu grávida e antes que seu marido descobrisse fugiu para a casa de Andrômeda. Lá, ela teve o pequeno Corvus Joseph Black, seu filho feito do amor entre uma sangue puro e um trouxa. Durante o resto da guerra, se manteve escondida, e foi mandada por para longe do país para sua segurança.

Com o fim da guerra e com Sirius assumindo o título de Lorde Black, cancelou seu casamento através de uma cláusula de não consumação do matrimônio descrita em seu contrato, e fez ela voltar a ser uma Black. Mesmo com o fim da guerra, preferiu ficar longe de tudo, querendo que seu filho crescesse primeiro antes de voltar. E chegou a hora. 

Era uma correria no solar Lupin-Black, tudo para sua chegada. Dois quartos foram preparados para acomodá-los e o térreo estava decorado para a festa de boas vindas. Narcisa estava praticamente dando pulinhos só de pensar em ver sua amada irmã. Lucius estava feliz em ver sua esposa tão animada, sabendo da saudade que sentia. 

Sirius foi o responsável de conseguir uma chave de portal, com o destino direto no jardim da casa, onde estava tudo pronto para as boas vindas. 

Após duas horas de espera, houve um estampido bem no centro do jardim onde apareceu a convidada de honra. Bellatrix Black era uma mulher bonita. Seus longos cachos escuros e olhos lilases, uma expressão tranquila no rosto e maçãs do rosto saltadas, um marca dos Black. Era cheinha bem distribuída e seu sorriso era iluminado. Ao seu lado, tinha o pequeno Corvus, um garoto de sete anos bem alto, possuía olhos verdes claros e intensos, um pouco sérios para sua idade. Seus cabelos extremamente negros, curto e cacheados combinava com sua pele escura, mostrando que era tão belo quanto a mãe. 

Assim que viu aquelas pessoas reunidas somente por ela, deu um sorriso de rasgar o rosto, correndo para abraçar sua irmã ao qual estava com saudades. As duas ficaram ali, conversando baixinho, e depois, foi cumprimentar os outros. 

Todos estavam felizes pela sua chegada. As crianças estavam animadas por conhecer sua nova tia e também seu novo primo.

 Corvus se sentia meio deslocado. Ele que sempre viveu apenas ele e sua mãe de repente foi jogado no meio de pessoas estranhas que sua mãe lhe garantiu que eram de confiança. O garoto, que sempre suspeitava do que acontecia, ficou ali, parado, vendo a interação de sua mãe com os estranhos. Ficou tanto tempo ali, parado, que não percebeu a aproximação de uma menininha ruiva. 

— Olá — Rose cumprimentou — Eu me chamo Rose, você é nosso novo primo? — estava animada por conhecê-lo, seria mais uma pessoa para brincar. 

— Não sei, talvez — respondeu cauteloso — Sou Corvus. — disse sério. 

— Seu nome é bonito — disse alegre — Venha, os outros estão esperando — pegou em sua mão e foi puxando até onde estavam as outras crianças — Esse é Corvus — sorriu para seu irmão e amigos. 

Todos o cumprimentaram bem animados, quase dando pulinhos de alegria. Olhando para os pequenos, ele sentiu um calorzinho em seu coração. Todos eles estavam animados pela sua chegada, o considerando já um novo primo, não tinha como não se sentir tocado com todos eles. 

Quando menos percebeu, ele já estava brincando com os mais novos, sempre atento para que nenhum deles se machucasse e, como ele era o mais velho, acabou se auto nomeando o irmão mais velho de todos eles. 

Bellatrix estava feliz por ver seu amado filho, fruto do seu amor por Joseph, finalmente se abrir um pouco para amigos. Desde a morte do seu amado pelas mãos do seu ex marido, eram sempre os dois contra o mundo. Isso o fez muito apegado a ela e muito sozinho. Sempre com receio de que alguma coisa poderia acontecer. Agora, ela esperava que ele finalmente se deixasse ser uma criança normal, com amigos com quem possa brincar, mesmo que sejam mais novos do que ele. Talvez a inocência dos pequenos o ajudasse a se abrir mais e confiar mais. 

Bella amou a festa. Conversar com todos, sua amada família, lhe deu um ânimo a mais. Claro que ela nunca tinha conversado com os Longbottom e Lily, eles mostraram que estavam muito abertos para sua companhia. E o que depender dela sempre iria prezar por esses novos laços. 

No final, já estava bem cansada tanto da viagem quanto da festa, e estava sentada em uma cadeira perto do mar. 

— É lindo, não é? — disse Lily que se aproximou devagar, segurando outra cadeira, sentando ao lado de Bellatrix.

— Sim, é uma vista e tanto — respondeu — Sabe, eu sempre amei o mar. Sempre me senti confortável olhando para as ondas que quebram na areia — continuou — Faz eu me sentir mais forte, mais determinada e confiante, assim como a força das ondas quando recuam. 

— É uma visão muito bonita — Lily sorria — Eu nunca pensei nessa perspectiva. 

— Eu também não pensava até conhecê-lo — falou de maneira neutra — E quando meu filho nasceu eu me senti mais forte — disse olhando para Lily. 

— Corvus me parece ser uma boa criança — observou as expressões dela. 

— Sim, eu não poderia pedir uma criança melhor. Ele é meu companheiro.

— Você ainda sente falta? — disse com cautela — Do pai dele? 

— Não — suspirou — Hoje em dia fica a lembrança dos dias felizes que passamos juntos, e olhando para nosso pequeno príncipe, sinto que ele ficaria feliz por vê-lo, esteja onde ele estiver. — terminou sorrindo para ela. 

— Você acredita? Que ele esteja em um lugar melhor? 

— Acredito que a deusa do destino não teria sido tão cruel ao não dar um lugar merecido na grande roda da vida —  agora olhava para o mar. 

— Moira, a grande deusa que demarca o destino de todos nós — disse Lily pensativa — ainda acho difícil de acreditar em uma entidade que escreve tudo que acontece sem nos dar livre arbítrio.

— Eu entendo o que você quer dizer — Bellatrix continuou — É difícil mesmo mas, se isso é o meu destino, eu o aceitei a muito tempo. O Destino é cruel, mas nunca deve temê-lo porque Moira nunca castigará aqueles que lutam pela vida. Agora  eu quero somente cuidar do meu pequeno corvo e seguir adiante com a vida — voltou a sorrir olhando para o mar. 

— Eu espero, de todo coração Bella, que você siga adiante e nunca pare — Lily pegou um dos cachos de Bellatrix é o enrolou em seu dedo indicador. 

— Eu também espero — disse sinceramente. 

Elas ficaram ali, conversando por muito tempo ainda, sempre com toques delicados entre elas. Não sabiam o motivo, só se sentiam confortáveis uma com a outra, sem estranheza com os pequenos carinhos entre elas. 

Mais tarde, todos foram para suas casas, com Bellatrix prometendo que visitaria Narcisa no dia seguinte para ter um momento só de irmãs junto com Andrômeda. Cansados, tanto mãe quanto filho caíram logo em um sono sem sonhos, relaxando com o sentimento de finalmente estar em casa. 

O dia seguinte também foi animado, Bella passou o dia com suas irmãs enquanto Corvus passava mais um dia com as crianças na casa dos Longbottom. Não era preciso dizer que todos amaram ter um irmãozão a quem recorrer para qualquer coisa. Ele, com uma grande paciência, falava de coisas que aprendeu com sua mãe e sempre prestava atenção para que nenhum deles caísse, principalmente Rose. Ele pensava que por ser menina ela seria a mais delicada, era o contrário, era a pior deles. Em algum momento, quando Corvus não olhou atentamente, Rose ficou presa numa árvore. Ele nem soube quando isso aconteceu, só viu uma criança pedindo socorro pendurada em um galho. No fim do dia todos concordaram que deve ter sido magia acidental. Corvus discordava. Ao perguntar a menina como foi parar lá, ela apenas sorriu.







— O que é isso? — perguntou James.

Ele observa atentamente aquela marca branca nas costas de Harry, algo que não estava lá. Ainda observando aquela marca ele chamou por seu marido, enquanto segurava a toalha perto da criança com Rose já estava enroladinha na sua. 

— O que aconteceu? — Severus se aproximou de James que ainda segurava Harry. 

— Veja, isso estava aqui antes? —  James mostrava a marca branca nas costas da criança, do lado direito. 

— É uma mancha apenas, não precisa fazer alarde — disse para seu marido.

— Não faria se essa mancha já estivesse lá. Está vendo isso? — apontou para a marca — Não parece alguma coisa? 

— De fato — respondeu Severus

Os dois ainda olhavam para a marca intrigados, tentando decifrar o que era até ouvir a voz infantil de Harry.

— É um corvo — disse a criança.

— Um corvo? — repetiu James.

— Sim, papai, um corvo. 

— E como você sabe disso? — Severus chegou mais perto do menino, agora com Rose em seu colo.

— Foi a Hortense que contou — disse a menininha no colo do pai.

— Hortense? Quem é essa? — o pai estava preocupado.

— É a voz que fala na nossa cabeça — disse Harry — Ela e a Violet são legais. 

— Sim sim, elas são muito legais — reforçou Rose.

Os dois homens olharam um para o outro sem saber o que responder. Um ouvindo vozes já era preocupante, imagine dois. 

— E como essa sua amiga sabe que é um corvo? — retomou Severus. 

— Já falei papai, ela disse que era um corvo, então é um corvo — suspirou — Ai, ai, papai teimoso.

Rose começou a rir abraçando um dos seus pais e dando um beijo no rosto.

— Eu culpo os genes Potter — disse Severus com um suspiro.

— Ei, meus genes não tem nada a ver com isso — James respondeu defensivamente.

— Coisas estranhas só acontecem com pessoas da sua família, querido, encare os fatos. — retomou Severus, ainda sendo beijado por uma Rose alegre. 

Os dois levaram os pequenos para os quartos e James continuou observando a mancha que parecia que estava crescendo. 

— Realmente, se parece com um corvo.

— Eu disse que era — sorriu o pequeno sentado na cama. 

James, que resolveu deixar isso para outro momento, vestiu seu filho com um pijama bem confortável. Assim que seu filho estava pronto, o pegou e o levou para a sala de descanso, onde todas as noites, os quatro se reuniam para relaxar na companhia do outro e principalmente onde os adultos passavam um tempo gostoso com seus amados filhos. 

Ainda incomodado com essas tais vozes que seus filhos ouviam, Severus quis investigar.

— Então, quem são essas vozes que falam com vocês? 

— São Violet e Hortense, são gêmeas que nem a gente —  Rose ainda estava alegre.

— Elas nos falam sobre um monte de coisas — Harry estava brincando com seu ursinho de pelúcia.

— Que tipo de coisas? 

— Histórias — Rose falou —  De vários mundos. Foi o que Hortense disse.

— Vários mundos? —  James estava intrigado

— Sim papai, muitos mesmo — Rose agora estava ao lado de Harry — São sempre legais. Umas são tristes, só que Violet diz que nem sempre a vida tem coisas felizes. 

Os dois pais olharam um para o outro, ainda intrigados mas, naquele momento, resolveram deixar por isso mesmo. Quando colocaram os pequenos para dormir naquela noite, o casal demorou a pegar no sono, pensando no que aquilo tudo poderia significar. 









Fora da casa, em meio aquela noite sem luar, duas pessoas olhavam para o casarão. Eram duas garotas, ambas vestidas com saias com várias camadas, e um colete. Seus cabelos loiros possuíam o mesmo corte e seus rostos eram idênticos. O que as diferenciava era a cor de seus olhos, uma possuía olhos azuis e outra lilases. Uma tinha um desenho de lua na bochecha esquerda e a outra um desenho de um sol na bochecha direita.  Enquanto olhavam para a casa, ambas olharam para o céu e depois de uma para a outra. 

— Violet — chamou a gêmea de olhos azuis — Acho que está na hora.

— Eu também acho, Hortense — disse a garota de olhos lilases — Acho que é hora da nossa senhora fazer uma visita. 


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Notas finais do capítulo

Coloquei um pedaço da letra de uma música de Sound Horizon, achei que ficaria bom kkkk



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