Corvo Branco escrita por Costtolinana


Capítulo 5
04. Quarto Ano: Tom


Notas iniciais do capítulo

Olá, essa é a parte em que nosso querido Tom aparece.
Lembrando que não está revisado.


Curiosidade: sabia que eu dei nome a essa parte de Roman? Para representar o início da história do Harry.

Enfim, aproveitem.



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Naquele verão, logo após o aniversário dos gêmeos, seus pais disseram que tinha uma surpresa. Ambos ficaram animados, amavam surpresas. Começaram então a imaginar o que seria. Um brinquedo novo? Fazia uns meses que pediam um animalzinho de estimação, será que era isso? 

As crianças continuaram a confabular sobre o que seria a tal da surpresa, enquanto os adultos achavam engraçado as teorias que passavam pelas suas cabecinhas. A cada momento, saia uma coisa mais absurda do que a outra, chegando até a dizer que seria um occamy. 

Os Malfoy e os Longbottom não demoraram a chegar. Lily chegou meia hora depois. Todos estavam esperando o casal Lupin-Black que vinham com a grande surpresa. 

Sirius foi o primeiro a sair da lareira, seguido por Remus que chegou pouco depois, carregando uma criança. O menino era grande para sua idade, possuía cabelos escuros cacheados, rosto fino e bochechas saltadas. Seus olhos eram de um azul cristalino, como uma pequena safira. 

James os viu primeiro e, assim que os avistou, correu para os recém-chegados.

— Aí está, meu mais novo sobrinho — ele quase dava pulinhos de onde estava — Olá pequeno, eu me chamo James, você pode me chamar de Tio James — tinha um sorriso de rasgar o rosto. 

— Quieto, assim você vai assustar o menino. — Severus puxou a orelha do seu marido, o tirando da frente — Olá querido, eu me chamo Severus, se quiser, pode me chamar de tio assim como esse maluco do meu marido — sorriu terno para o pequeno. 

— Olá, tio Sev — disse envergonhado, se escondendo no pescoço do pai.

— Awn, ele é a coisa mais fofa desse mundo — Lily chegou perto do pequeno, já na intenção de apertar suas bochechas gordinhas. 

Envergonhado e assustado, o menino agarrou seu papai e se escondeu mais ainda. Sirius, que percebeu isso, foi logo em proteção ao seu filho. 

— Xô, Evans, tire essas suas patas do meu filhote — disse fazendo movimento com as mãos. 

— Ora seu cachorro sarnento, como ousa? — irritada, começou a puxar a orelha de Sirius, enquanto distribuía pequenos tapas em seu braço. 

Remus ouviu uma leve risadinha vinda de seu filho e acabou por sorrir também. Ver o pequeno sorrir assim enchia seu coração de alegria. 

— Pessoal, este é Tom James Lupin-Black, nosso filho — sorriu orgulhoso, olhando para os amigos. 

James que ainda estava discutindo com Severus parou assim que ouviu o nome da criança. De olhos arregalados, sentiu lágrimas acumularem no canto dos seus olhos, pedindo para sair. 

— James? — perguntou trêmulo — Tem certeza?

— Você me deu teto e um lar quando eu mais precisei, ajudou tanto a mim quanto a Remus no começo de nossa vida juntos, claro que temos certeza — disse Sirius perto do seu irmão de alma.

— Ele tem razão, sem você muitas coisas não poderiam ser possíveis — continuou Remus — e fora que Tom gostou do nome — deu um mover de ombros. 

— Gente, obrigado — falou James com a voz embargada. 

— Hoje é dia de alegria e vocês fazem esse bobão chorar? — comentou Lily — Façam isso mais vezes — sorriu, o que fez James mostrar a língua para ela. 

— Crianças — Severus revirou os olhos — Bom, é hora de apresentar a surpresa às crianças, o que você acha, Tom? — chegou mais perto do menino. 

— Sim — disse um Tom envergonhado, só agora entendendo que todas essas pessoas vieram somente para vê-lo. 

— Vamos para o jardim — disse Severus, liderando o caminho. 

Tom estava nervoso. Não era a primeira vez que interagia com crianças mas, era sua primeira vez com crianças mágicas. Seu coraçãozinho batia forte em seu peito, e suas mãos suavam um pouco, o que ele limpou no short que vestia. 

— Monstros — chamou — Venham aqui — um grupo de quatro crianças vieram correndo ao encontro de Severus. 

— O que foi papai, já está na hora da nossa surpresa? — perguntou Rose eufórica.

— Sim, meu amor, está na hora — as crianças ficaram inquietas — Esse — apontou para o menino no colo de Remus — É Tom, seu novo amiguinho. Sejam bonzinhos com ele, entenderam? — deu ênfase na última frase sabendo como eram os quatro.

— Sim senhor, Capitão — Rose fazia uma continência para o pai. 

— Pode deixar, tio Sev, vamos ser bonzinhos — disse Draco.

— Se alguém não se comportar eu aviso — dessa vez quem falou foi Neville.

— Não tenho idade para isso — resmungou Severus. 

As crianças olhavam com curiosidade para o menino agarrado ao seu tio, como se estivesse com medo. Harry, que estava quieto até agora, deu um passo para frente, em direção a Remus. Não sabia porque, sentia uma espécie de puxão, como se sua magia estivesse chamando pelo garoto nervoso. 

"Fale com ele" disse Violet

"O chame para brincar" Hortense disse depois. 

Reunindo sua coragem, chegou mais perto, olhando para o garoto no colo do lobisomem.

— Oi, eu me chamo Harry, e você? — sorria envergonhado.

— Tom — respondeu também envergonhado.

— Você… quer brincar? — ele se sentia nervoso. 

Olhou para seu pai pedindo permissão. O homem apenas afirmou com a cabeça e o colocou no chão. Antes mesmo que ele pudesse responder, Harry agarrou sua mão e saiu puxando para o centro do jardim, onde havia uma cama elástica que estavam brincando antes dele chegar. As outras crianças, vendo o que Harry fez, saíram atrás dos dois para se juntar à brincadeira. Remus e Severus, que viam tudo de longe, estavam felizes por as crianças terem aceitado Tom tão rápido. 

Tom estava se divertindo como nunca em sua curta vida. Todos foram gentis com ele e a cama elástica era maravilhosa, ele  dava os saltos mais altos, para o desespero de Tina. Não sabia o motivo, apenas sentia um puxão em direção a Harry, como se sua alma gritasse por ele. Sua magia queria se agitar para estar perto do menino, o que ele fazia sem reclamar. Harry se sentia da mesma maneira, sempre procurando estar perto de Tom, o tocando. Rose se sentia assim, só que não tanto quanto seu irmão. Ela achava estranho e resolveu ignorar, estava adorando seu novo primo, e agora sabia que além de proteger Harry, ela protegeria Tom. 

Foram chamados para o almoço, onde comeram muito rápido para voltar a brincar. Narcisa, que percebeu o que estava acontecendo, os deixou de castigo por meia hora, até ser feita a digestão. Chateados, todos ficaram emburrados até passar a hora do castigo. Quando puderam voltar a brincar, Sirius e James foram com eles, os deixando montar em suas formas animagas e brincando de pega pega até ficarem cansados. Na hora da soneca, todos se arrumaram no quarto de Harry com colchões e lençóis finos por conta do calor, com a janela aberta. 

Frank foi verificar como estavam os monstrinhos quando viu a cena mais fofa de sua vida: todos eles estavam dormindo abraçados uns aos outros. Rose estava abraçada a Neville que estava sendo abraçado por Draco. Harry e Tom estavam grudados um no outro, com Harry encostando a cabeça no peito de Tom. Ele ficou ali, olhando a cena quando Alice veio ver o que tinha acontecido com seu marido para demorar tanto. Na hora em que viu, estava correndo atrás de uma câmera para guardar o momento. Frank foi atrás dos outros para verem aquela cena fofa das quatro crianças e todos ficaram extremamente tocados com tanta fofura. Pouco depois, todos os adultos estavam observando as crianças dormir, enquanto Alice tirava fotos em diversos ângulos. 

Aquele dia foi divertido. Todos adoraram se encontrar e as crianças amaram conhecer Tom. Na hora da despedida, Harry e Tom não quiseram se soltar de jeito nenhum, fazendo com que Tom tivesse permissão de dormir na casa dos Potter-Prince. Era a primeira noite dele fora de casa e não estava preocupado pois tinha Harry consigo. O mesmo que prometeu proteger o outro se ele tivesse um pesadelo. 

E naquela noite, três crianças dormiram agarradas umas às outras, procurando conforto no calor que o outro emanava. 





— Quando eles chegam? — perguntou pela milésima vez. 

— Quando for a hora, Harry, tenha calma. — James passava com o resto da decoração.

— Será que vai demorar? — perguntou ansioso.

— Vamos fazer o seguinte, porque você não vem me ajudar? — disse James — Assim você não pensa muito na hora deles chegarem. 

— Tudo bem — disse resignado. 

Nesses poucos meses, o grupo que antes eram quatro melhores amigos viraram cinco. Tom virou mais um monstrinho junto dos outros, onde aprontavam sempre que podiam. Dos quatro, Harry foi o que mais se apegou a Tom. Onde um estava o outro também estava, parecia que os dois eram os irmãos gêmeos. Era o primeiro Ano Novo que todos passavam juntos e o aniversário de Tom. Harry esperava que ele gostasse do seu presente. Logo a lareira começou a rugir, saindo de lá cada um dos convidados que compunham a grande família que eles se tornaram. Harry estava andando na ponta dos pés de ansiedade, achando difícil continuar a esperar. 

Foi quando a lareira rugiu mais uma vez. Seus padrinhos estavam bonitos com enormes sorrisos em seus rostos, mas, ele só conseguia manter seu olhar nele. O cabelo bem arrumado, as belas safiras que eram seus olhos, uma calça de cor escura e um suéter azul. Tom estava lindo, e Harry mal conseguia tirar seus olhos dele. 

Tom ficou sem fôlego quando olhou para seu amigo. Os cabelos rebeldes, as esmeraldas que tinha em seus olhos, as bochechas fofas. 

Harry correu de braços abertos na direção dele, dando um abraço apertado. 

— Estava com saudade — disse com a voz abafada.

— Também estava — respondeu apertando o garoto em seus braços. 

Ninguém estranhava a cena. Depois de poucos meses de convivência, isso era a coisa mais normal entre eles. Nunca foi desencorajado, sentiam que aquela amizade era valiosa demais para desmanchar. 

Todos conversavam entre si e as crianças brincavam na neve. Depois, trouxeram um bolo para cantar parabéns para Tom, e deram os presentes. Na contagem, todos estavam do lado de fora onde veriam os fogos de artifício da cidade perto dali, aproveitando o belo show pirotécnico. Todos comemoraram até às seis da manhã, onde as crianças já dormiam no quarto de Harry. 

Na manhã seguinte, todos estavam juntos de novo para passar o dia juntos, dessa vez na casa dos Lupin-Black. Mesmo no frio, o mar era lindo e todos fizeram um piquenique à beira mar. Antes de ir embora, Harry chegou perto de Tom é o cutucou em seu braço e, quando o menino deu atenção ele entregou um pacote amarrotado.

— Feliz aniversário

Sorrindo, Tom abriu o pacote é achou dentro dele uma pulseira de contas.

— Papai me ajudou a fazer — disse envergonhado — Ele é igual ao meu — mostrou seu pulso onde havia uma pulseira idêntica a do outro garoto — Espero que goste. 

Tom, que mal perdeu tempo, colocou a pulseira em seu braço, mostrando feliz para Harry como tinha amado seu presente. 

De mãos dadas, cada um possuindo sua pulseira, foram ficar perto dos seus amigos. 




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Notas finais do capítulo

Ainda tem um capítulo extra sobre o Tom também.

Espero que curtam.



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