WonderWall: 'Crossover Mulher-Maravilha x GOT' escrita por CrisPossamai


Capítulo 4
Capítulo 3




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Robb Stark havia se comprometido em casar com uma das filhas de Walter Frey após vencer a Guerra dos Cinco Reis. Apaixonado por Talisa, ele não foi capaz de cumprir a sua palavra e se casou por amor em meio a uma guerra, no meio de um campo de batalha. Por amor e pela guerra, ele perdeu tudo e a todos. A mãe, a esposa, o filho que nunca iria abrir os olhos naquele mundo. Agora, ele estava de volta a esse mundo e alguém lhe forçava a abrir os olhos mais uma vez.

— Eu sei que você está de volta, homem. Eu não vou força-lo a confrontar o mundo, mas a minha missão é não deixar que você vá para o próximo. Ainda não.

— Não há outro... – ele se esforça tanto para girar o corpo quanto para soltar as palavras.

— O que você disse? – a curandeira lhe encara confusa.

— Não há nada depois.

Por um segundo, a mulher analisa profundamente o paciente a sua frente e sabe que não precisaria do Laço da Verdade para ter certeza que ele estava falando francamente. De alguma forma, a recuperação da consciência do Stark chegou aos ouvidos da princesa nas primeiras horas do dia seguinte. Diana sequer se deu ao trabalho de informar que faltaria ao treinamento de sua tia.

Então, ele estava ali. Extremamente abatido e sem animo, mas, ainda assim, reagindo. Ela se limitou a observá-lo até ser notada pelo recém-chegado. Falar ainda exigia um esforço, mas o nortenho achou que valia o sacrifício diante da pessoa que lhe salvou.

— Eu me lembro de você da praia... – afirmou Robb em um esforço para ser ouvido.

— Diana.

— Princesa Diana? – ela confirma com um gesto de cabeça.

— Rei Robb? – a filha de Hipólita tenta devolver a gentileza, mas ele fecha o semblante.

— Não mais.

As primeiras tentativas de conversar com o Rei do Norte foram frustradas e altamente dolorosas. Ele não queria estar vivo e parecia quase sentir raiva de Diana por ter lhe salvo do que ou de onde quer que fosse.

Mas, a rainha das Amazonas não esperaria mais para descobrir se a sua preciosa ilha corria risco diante de uma nova guerra das tribos dos homens. Quando Diana estava prestes a fazer mais uma investida, ela foi surpreendida pela mãe.

— Você não precisa se esgueirar para fora de casa dessa vez. Pode me fazer companhias, afinal, eu vou ter uma conversa definitiva com aquele homem.

A rainha, algumas guerreiras e a filha surgiram a frente de Robb quando ainda ensaiava abrir os olhos no novo dia. Não houve violência ou exigência, mas ele entendeu que deveria se pôr à disposição daquela rainha, fosse como seu hospede ou seu prisioneiro.

— Eu estou aqui para finalizar a nossa conversa, Robb Stark. E pretendo usar o Laço da Verdade mais uma vez... – ele estende o braço e, assim, a corda é colocada ao seu redor e não necessariamente amarrada a sua volta. Pela prontidão, ele continua livre e agradece mentalmente pela ‘gentileza’ da rainha – Você disse que estava em guerra.

— Sim, a Guerra dos Cinco Reis. Milhares de mortos, povoados incendiados, crianças famintas e famílias despedaçadas.

— Você diz isso, mas era um dos reis que lutavam – questiona a general Antiope.

— Sim, mas, eu não estava lutando por poder ou pelo Trono de Ferro. Eu não queria ser o Rei de Westeros. Tudo que eu queria era resgatar meu pai com vida, salvar as minhas irmãs, libertar meu povo e voltar para o Norte para ver meu filho nascer em minha casa. – Diana percebe que o Laço da Verdade não sofre qualquer alteração. Ele falava a verdade, então – Afinal, nós temos os nossos próprios problemas no Norte.

— E quais são os problemas do Norte? – a rainha volta a tomar a palavra.

— Eu sou um Stark e o inverno está chegando, o inverno mais forte dos últimos mil anos. E acho que o frio não virá sozinho dessa vez.

— Você fala do que há para lá da muralha? – Robb e Diana notam a mudança no semblante da rainha. Um misto de preocupação e temor.

— Aqueles que dormiam sob o gelo há milhares de anos acordaram. Porque o inverno trará a Longa Noite dessa vez. – ele nota o nervosismo na rainha e nas demais guerreiras. Diana se surpreende também pela reação.

— Isso é impossível! Nós derrotamos o Rei da Noite há milhares de anos! – Hipólita se descontrola e fita Antiope visivelmente alterada.  

— Mãe?! Essa foi a sua Grande Guerra? A última guerra ao lado das tribos dos homens? – a dúvida de Diana é ignorada e a rainha volta a mirar Robb à espera de novos detalhes sobre a sua revelação.

— Eu vi um desertor da Patrulha da Noite jurar ter visto Caminhantes Brancos para lá da Muralha até perder a sua cabeça. Eu capturei uma selvagem nas minhas terras fugindo dessas coisas que deveriam estar dormindo sob o gelo. O próprio Senhor Comandante da Patrulha da Noite tentou alertar a todos sobre esse perigo ao Norte...

— E, ainda assim, os homens preferem ignorar os sinais e lutar, matar e trair uns aos outros em guerras infindáveis? – pergunta uma das senadoras de Temiscira.

— Sim, a maioria dos homens não acredita e nem teme mais o que pode existir para lá da Muralha. Nós apenas nos preocupamos com o Povo Livre... Se o Lorde Comandante estiver certo, eu acho que o mundo pode acabar... – Laço da Verdade segue imutável. O homem estava dizendo a verdade, ao menos, ele acreditava fortemente nisso.

— Eu lamento pela sorte do seu povo, Robb Stark, se esses sinais forem verdadeiros.

— Mãe, as amazonas... Esse é o nosso dever sagrado! – Diana se exalta diante da passividade da mãe, mas é repreendida por Hipólita.

— Nós já cumprimos o nosso dever há milhares de anos e recebemos o que recebemos das Tribos dos Homens. O lugar das Amazonas é em Temiscira e é aqui que permanecerão.

A rainha bradou e se despediu. Prontamente, o nortenho compreendeu o recado direto: ele não pertencia e não permaneceria naquele lugar. O que quer que fosse fazer, ele teria de fazer longe dali.

 _ Devemos deixá-lo ir? – questiona uma das amazonas a rainha.

— E arriscar que traga mais homens para nossa terra? – Hipólita desaprova a sugestão.

— Nós não podemos mantê-lo preso aqui para sempre. – Antiope relembra a situação.

— Mãe, me desculpe... Mas, depois de tudo que ele contou, só pode estar falando da Guerra das Guerras.

— Do que você está falando?

— Me perdoe senadora, mas o homem falou de uma guerra sem fim. Milhões de pessoas já morreram. Algo jamais visto por ele. E o Rei da Noite poderia fazer ainda pior... O fim do mundo. Não podemos apenas deixá-lo partir. Temos que ir com ele! – Diana insiste em acompanhar o recém-chegado.

— Não vou deixar Temiscira sem nosso exército pela guerra deles. – Hipólita tenta desencorajar a própria filha em vão.

— A guerra não é deles. Os deuses criaram o homem para ser justo e sábio, forte e apaixonado...

— Isso foi uma história, Diana! Há muita coisa que você não entende. É fácil corromper os homens, você escutou tudo o ele disse... – a tia Antiope também colaborar com a missão de conter o ímpeto da sobrinha.

— Pode ser, mas deter o Rei da Noite também é a nossa predestinação. Como amazonas, esse é o nosso dever! – Diana se revolta pela falta de reação das demais amazonas e tenta uma última argumentação para mudar a opinião da mãe.

— Mas você não é uma amazona como o resto de nós. Então, você não fará nada. Como sua rainha, eu proíbo!

A discussão é encerrada temporariamente sem que o destino de Robb Stark tenha sido decidido, mas deixando claro que a rainha não estava disposta a arriscar a vida de qualquer amazona para ajudar os homens a resolver os problemas que um dia já foram também seus.


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