WonderWall: 'Crossover Mulher-Maravilha x GOT' escrita por CrisPossamai


Capítulo 3
Capítulo 2




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Robb Stark tentou se levantar, sentiu uma dor lancinante e cuspiu sangue por duas, três vezes e desistiu. Ele voltou a tombar na areia e foi amparado pela jovem desconhecida. Então, ela segurou os seus ombros e sorriu sem motivo aparente antes de lhe dirigir a palavra pela primeira vez.

— Você é um homem! – disse efusivamente a princesa.

— Eu sou? – Robb se esforçou para que algum som ultrapassasse a sua garganta – Ainda... Ainda estou vivo?

— Você está! Os Deuses... – e o antigo Rei do Norte não ouviu mais nada.

Diana voltou a temer quando os olhos castanhos se fecharam a sua frente. Ela somente se acalmou e conseguiu raciocinar ao notar o sobe e desce do peito coberto de cicatrizes. Quando Robb abriu os olhos pela segunda vez em sua nova vida sentiu algo queimar em torno dos seus braços.  

Ele estava cercado por mulheres muito bem armadas, uma delas sentada em uma espécie de trono com aquela que lhe salvou a seu lado. O nortenho demorou até entender que estavam falando diretamente consigo.

— Você consegue me ouvir, homem? – bradou uma das mulheres que lhe sustentava pelos ombros.

— Onde eu estou? – ele tentou juntar as palavras para fazer algum sentido.

— Você não sabe? Também não sabe como chegou aqui? – a provável rainha lhe questionou e ele balançou a cabeça negativamente.

— Eu não sei, minha senhora. A última coisa que me lembro é de estar no casamento de meu tio e... – ele resiste a lembrança e o Laço da Verdade lhe corta a carne – Traição.

— Acalme-se e fale. Esse é o Laço da Verdade, resistir será inútil e doloroso. Agora, nos diga: quem você é, homem? – a rainha lhe explica, enquanto o laço segue lhe queimando a pele até ceder.

— Eu sou Robb Stark, filho primogênito de Ned Stark de Winterfell e Rei do Norte que costumava pertencer aos Sete Reinos de Westeros... – a sensação de dor cessa com a confissão e ele consegue respirar normalmente mais uma vez.

— Rei do Norte? De qual lado da Grande Muralha de Gelo?

— Vocês conhecem o Norte? – O Laço da Verdade volta a lhe marcar - Meu reino termina na Muralha sob o comando da Patrulha da Noite, minha senhora.

— Você deve apenas responder as minhas perguntas senão quiser sentir dor, Robb Stark de Winterfell. Mas quem atentaria contra a vida do Rei do Norte? – Hipólita questiona novamente o invasor.

— Qualquer um. Nós estávamos em guerra... Meu pai abandonou a nossa casa para servir ao Rei Robert Baratheon, mas foi traído logo após a morte do rei. Ele foi decapitado em praça pública como um traidor. Eu tentei salvá-lo e reuni o exército do Norte, acabei coroado por meus aliados e nunca perdi no campo de batalha...

— Você não foi derrotado em um campo de batalha, mas surpreendido em um casamento? Quem faria algo tão abominável? Isso é inacreditável! – brada Diana inconformada com a crueldade relatada.

— Eu bebi do vinho deles, eu comi de sua comida e, ainda assim, desonraram os Deuses. Apunhalaram meus soldados, assassinaram minha mãe diante dos meus olhos e esfaquearam minha mulher grávida... Eu não deveria estar vivo...

Robb reviveu a toda a cena na sua mente e sentiu que as poucas forças esvaiam novamente do seu corpo. Ele não deveria e tampouco gostaria de estar vivo. As duas amazonas ampararam a queda do corpo e alertaram a rainha da perda da consciência do recém-chegado.

— Levem esse homem para a curandeira. – ordena Hipólita e as duas amazonas partem para cumprir a determinação da rainha. Ela se vira para a filha – Você cometeu um grave erro ao resgatar esse homem, Diana.

— Eu não fiz nada. Apenas pedi ao Deuses... Ele não chegaria aqui senão houvesse um motivo, minha mãe.

— Você fala dos Deuses, mas a vida ainda pertence a esse homem que parece não querer vive-la mais.

A rainha se afasta e deixa a filha sozinha na sala do trono. Ela não poderia ter falhado tanto, poderia? O bem ou mal feito já estava feito. O homem estava lutando uma guerra. Seria a sua guerra? Ela precisava ouvir tudo o que o recém-chegado tinha a dizer.

Antes disso, o que ela queria era ouvir boas notícias da curandeira. “Ele não deveria estar vivo e nem poderia estar em Temiscira”. Foram as primeiras palavras que Diana ouviu da curandeira das amazonas e a ideia de que os Deuses lhe trouxeram de volta não pareceu ser recebida de bom grado pela mulher.

Todavia, a sentença que lhe preocupou veio quando insinuava se acomodar por ali mesmo. “Se você pretende esperar, a sua vigília não será de horas, Diana. Não é uma missão simples curar alguém que não deseja ser curado”.

Robb Stark. Winterfell. A Muralha de Gelo. O Norte. Algumas dessas palavras não eram totalmente estranhas aos ouvidos da princesa das Amazonas, todavia, a sua mãe não fez esforço algum para esclarecer as suas dúvidas.

Sendo assim, o único caminho de Diana precisou ser da gigantesca biblioteca de Temiscira e a busca pelos livros com registros das histórias das tribos dos homens. No entanto, as pesquisas não se mostraram tão animadoras tal qual a recuperação do homem. Por isso, Diana voltou aos treinos, as espadas e aos ensinamentos da tia Antiope.


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