A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 16
Hórus abre o seu coração


Notas iniciais do capítulo

Que histórias o Deus falcão possui com a constelação de Fênix?



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Os aldeões corriam desesperados por um vilarejo próximo ao santuário. Os casebres eram destruídos por rajadas de agua que vinha de um guerreiro com armadura de crocodilo. Ele tinha cabelos verdes espevitados e se divertia promovendo o caos naquele lugar.

—-- HÁ, HÁ,HÁ! – ria ele. – O lorde Seth tinha razão! É muito mais divertido esmagar estes insetos!... Hm?

Sobek viu que uma criança chorava caída no chão. As pessoas estavam apavoradas de mais para lhe darem atenção. Ele sorriu e começou a caminhar na direção da criança.

—-- Pobrezinha... – disse ele com uma falsa pena. – Pode deixar, eu vou tirar-lhe todo o seu sofrimento...

Ele apontou o dedo indicador e disparou uma rajada de água que cortou o ar como uma flecha. Mas de repente, um muro feito com a própria terra do chão se ergueu e protegeu a criança.

—-- O quê? – disse o deus egípcio.

—-- Parece que nos encontramos de novo, Deus dos crocodilos! – disse alguém atrás dele.

—-- O cavaleiro de bronze que tentou me parar… – disse Sobek sorrindo ao ver Haruto. – Vejo que treinou bastante para poder conter o meu poder.

—-- E eu vou te mostrar os meus outros frutos de treinamento! – disse o guerreiro de lobo elevando o seu cosmo. -- Hakurōken Tenshin Musō ( Transformação dos Lobos Brancos)

O lobo fantasmagórico saiu das garras de Haruto, envolvendo tudo ao seu caminho. Sobek o encarou com pouco-caso, estalou os seus dedos, ele fez um muro d'água que ficou a conter o ataque.

—-- Vão precisar de no mínimo vinte guerreiros iguais a você para furar a minha defesa!

—-- E quem te disse que eu vim sozinho? – disse o lobo sorrindo.

—-- LIONET BOMBER!... – gritou alguém vindo do ar.

Sobek olhou para o céu e viu uma bola de fogo vindo em sua direção. Uma grande explosão aconteceu a ponto de fazer Haruto proteger os olhos.

Souma por sua vez saltou para fora da cortina de poeira com um sorriso triunfante no rosto. Porém, quando a cortina de poeira se desfez, Sobek só estava coberto de fuligem e com sua estrutura intacta.

—-- Suas pestes... – tossia ele. – Eu vou acabar com vocês por terem me sujado todo!

****************

Seth e seus deuses se aproximavam da quinta casa do zodíaco, quando de repente, eles sentiram um cosmo poderoso. Todos os deuses se colocaram em guarda quando uma esfera branca surgira no alto da escadaria.

—-- Será que o cavaleiro de ouro de Leão não aguentou nos esperar? – perguntou Hator.

—-- Não! – disse Hórus reconhecendo aquela presença.

—-- Olá pessoal! – cumprimentara Khonsu levitando de pernas cruzadas.

—-- Então, você derrotou o cavaleiro de Aquário? – perguntou Seth.

—-- Sim, sim... Ainda consegui algo muito mais interessante! Nactanebo que vai gostar de vê-la...

—-- O senhor Khonsu conseguiu a armadura? – perguntou o velho surpreso.

—-- NÃO TEMOS TEMPO PARA ISSO... VAMOS!

E ao comando de Seth todos voltaram a correr.

O interior da casa de Leão estava silencioso. Não havia sinal de nenhuma movimentação no interior da casa. Porém, Hórus ficou parado.

—-- Alguma coisa errada, sobrinho? – perguntou Seth.

—-- Podem ir... Eu ficarei... – dizia ele desanimado.

—-- Então há um cavaleiro nessa casa? – perguntou Khonsu.

—-- VÃO! – bradou o deus falcão, irritado.

Todos baixaram a cabeça, assistindo o nobre príncipe elevar o seu poder que era gigantesco. Hórus ficou mudo, até vê-los atravessar a casa e seguir para Virgem.

—-- Pode sair... Eu sei que você está aí...

E como se tivesse esperado ser convidado, o cavaleiro guardião da casa de Leão apareceu numa explosão de chamas. As pálpebras de Hórus estremeciam nervosas, sentindo aquele cosmo energia que lhe parecia tão familiar, até que ele se virou e arregalou os seus olhos vendo que o cavaleiro não trajava a armadura de ouro de Leão.

—-- Vejo que você é bastante sensível quanto à presença do cosmo! – dizia um homem de cabelos e olhos azuis.

—-- Coloque a sua armadura de Ouro, por favor! – pediu Hórus.

—-- O quê?! – dissera o cavaleiro de bronze se sentindo insultado. – Por um acaso acha que eu não sou oponente para você, deus egípcio?

—-- Eu já lutei contra os poderes de vocês uma vez, e sei que tem uma estranha forma de materializar o milagre do cosmo... – dizia o deus sem encarar o cavaleiro. – A verdade é que eu não consigo olhar para essa armadura sem ser inundado por lembranças... Ikki de Fênix...

****************

Enquanto isso Athena se surpreendia no seu santuário. Ela apressou-se para o lado de fora e baixou os seus olhos para as dozes casas.

—-- Esse cosmo... – dizia ela surpresa e feliz. – Obrigada... Obrigada por não deixar Leão, sozinha...

****************

1000 atrás. A futura Gizé. Egito.

Um rapaz moreno com porte atlético invejável, fugia do templo sob a luz do luar, certificando-se que não estava sendo observado ou seguido.

Ele secou o suor da testa e da metade da cabeça, já que, a mesma era raspada até a metade, depois vinha um cabelo lisíssimo preso a uma trança que descia até a metade das costas. O jovem Dizka tinha um belo par de olhos castanhos que ficavam cor de mel com ajuda da lua.

—-- Hei Dizka! – sussurrou alguém próximo de um ribeirão, por detrás de uma árvore.

O jovem olhou na direção daquela voz doce e abriu um sorriso, e agora sem se importar se havia alguém olhando ou não, ele correu ao encontro da jovem que tinha a pele mais bronzeada, os cabelos eram ondulados e volumosos. O seu corpo parecia uma estrada cheias de curvas agradáveis.

 

—-- Zia! – disse ele depois de encontrar-lhe com seus lábios. – Eu falei com Hórus, Zia! Ele aceitou a minha condição!

—-- Jura Dizka? – respondeu ela emocionada e beijando seu amado. – Então nós ficaremos juntos!

—-- Hórus disse que está há muito tempo para descer do Duat! E como eu tenho o sangue real dos faraós, eu era perfeito para fazer isso! Ele só me pediu para que eu desse um tempo a ele, por que ele tinha alguns assuntos a resolver, mas ele me prometeu que nós ficaríamos, juntos!

—-- Eu esperaria todo o tempo do mundo se fosse preciso! – disse a menina com mais um beijo em seu amado.

Três Dias depois...

O templo de Hórus estava cheio de fieis. Zia estava no meio da multidão, escondida debaixo de um véu. Ela observava Dizka que estava no meio das danças que os magos faziam que se misturavam com a oração e louvores.

O jovem estava sentado num altar dourado que serviria para atrair a presença de um dos deuses mais poderosos de todo o Egito, o herdeiro do trono de Rá.

Até que finalmente todos que estavam alí sentiram uma brisa mais forte soprar. O vento subiu até o altar e como se houvesse golpeado Dizka, o jovem teve seu corpo impulsionado para trás e nesse momento, as pessoas mais sensíveis, dotadas de um mínimo de cosmo puderam ver. A alma do deus falcão aterrissando sobre o corpo do jovem.

Dizka voltara a posição normal, mas estava de olhos fechados. Zia fez menção de levantar quando de repente o menino arregalou os olhos, seriamente. E o coração de Zia se apertou, porque notou que os belos olhos castanhos do seu amado, já não existiam mais.

No lugar deles, estava do lado esquerdo um olho dourado como o sol e do outro um olho vermelho como sangue. Aquele não era mais Dizka, Hórus finalmente encarnara.

—-- Os outros já encarnaram? – perguntou ele seriamente.

—-- Não senhor... O senhor foi o primeiro... – respondeu um dos magos rapidamente.

Hórus pareceu chateado e se pôs de pé. Imediatamente os fiéis se ajoelharam perante ele. Zia não se opôs, mas ainda tentava encarar o deus procurando vestígios do seu amor.

—-- Então, você é a amada de Dizka? – disse Hórus se aproximando da jovem. – Ele quase não aceitou a minha oferta por sua causa, sabia?

—-- Sim, ele me falou senhor...

—-- ESTA JOVEM ME SERVIRÁ, PESSOALMENTE...

Os magos não se opuseram e Zia encarou os olhos provocantes de Hórus quando ele a ergueu delicadamente pela mão.

******************

Hórus se banhava numa parte do Rio que passava dentro do templo. Zia o lavava com uma toalha e sais de banho. Ela estava incrivelmente, desconsertada.

—-- Nunca vira o corpo de Dizka?

—-- Não, senhor... Nunca vi um homem, assim como ele nunca me viu....

—-- Você gostaria de tê-lo, agora?

Zia respirou fundo e chegou a pôr-se de pé. Hórus se levantou e ficou encarando a menina que tinha seus olhos trêmulos no corpo nu, do que um dia foi o seu amado.

—-- Eu não quero assim! – disse ela desviando o olhar, tímida e nervosa. – Eu não o amo, Hórus, eu amo Dizka!

—-- Hm? – disse o deus surpreso. – Entendo...

—-- Me desculpe senhor Hórus, nunca quis ser insolente, por favor...

—-- Agora, eu sei por que Dizka a ama tanto...

Zia ficou surpresa e sem reação. Hórus a encarava carinhosamente e chegara a aproximar-se todo molhado e acariciou o rosto da menina.

—-- Eu juro que vou fazer o que tenho de fazer e vou deixar vocês viverem a vida de vocês... – disse ele assistindo aquela linda menina chorar.

Um Mês depois...

Hórus assistia furioso o exército de Athena invadindo o Egito. Os Shabits avançavam na defesa, mas eram facilmente destruídos pelos cavaleiros de bronze que vinham na linha de frente.

Liderando o ataque vinha Hiori de Pégasus, mais atrás vinha Nagel de Cisne que era tinha cobertura de Mizuíro de Andrômeda e mais atrás vinha Chan de Dragão. Quatro cavaleiros de bronze estavam acabando com todo o exército criado por Nactanebo.

Mas o coração de Hórus apertou quando ele viu de longe, um rastro de fogo se formando. O suor desceu gélido pela sua testa. Ele sentiu o coração de Dizka dentro dele, bater com toda a força, quando reconheceu a amazona que vinha na direção dele.

Os Shabits derretiam em contato com suas chamas e ela lutava como se fosse uma criatura alada. Ela era incrível: Zia de Fênix.

******************

—-- Eu sinto muito, mas não tenho nada a ver com suas lembranças! – disse Ikki duramente. – Ave Fênix!

Ikki elevou o seu cosmo e tudo ao seu redor começou a pegar fogo. Ele correu na direção de Hórus e passou por ele com seu punho erguido. Apenas o cabelo do deus se ergueu e tudo ao seu redor pegou fogo, mas nada aconteceu a ele.

—-- Isso é tudo que pode fazer, Ikki? – disse Hórus com nostalgia. – Zia honrava muito mais a sua estrela guardiã!

—-- O quê disse? – respondeu Ikki nervoso.

—-- Sabe... Desde que Athena nos baniu de volta ao Duat... Não teve um dia que eu não tivesse acompanhado as reencarnações dos cavaleiros de Fênix, Ikki! Tudo que eu queria era que Dizka e Zia pudessem viver juntos, assim como eu prometi a eles!

—-- EU JÁ DISSE QUE NADA DISSO É DA MINHA CONTA!-- gritou ele atacando Hórus de novo.

Hórus suspirou desanimado e dessa vez apenas desviou do ataque de Ikki que arregalou os olhos com a facilidade do deus.

—-- Eu não tenho escolha... Se isso é por que ele está preso a suas lembranças e não que lutar comigo... Se ele lutasse com tudo de si, eu já estaria morto! – pensou Ikki.

Hórus foi tirado de seus pensamentos quando sentiu o cosmo de Ikki se elevar. O cavaleiro de Fênix encarava o seu inimigo e elevava o seu cosmo o máximo que podia.

—-- Eu queria poder ajuda-lo na sua missão comovente de unir a alma de dois amantes... Porém, eu receio que deva me aproveitar desse momento para tirar a sua vida! 

Uma poderosa cosmo energia começou a explodir do interior de Ikki e Hórus arregalou os olhos quando algo frio e maligno começou a emergia do cosmo do cavaleiro de Fênix.

—-- Receba o mais terrível poder que se poderia aprender na ilha da Rainha da morte: “GOLPE FANTASMA DE FÊNIX”. – bradou Ikki tocando o chão da casa de Leão.

Ikki se movimentou na velocidade do som e antes que Hórus pudesse fazer qualquer coisa, o cavaleiro dourado de Leão atingiu o seu cérebro com seu punho. Hórus sentiu um raio laser transpassar o seu cérebro e ele entrou em um torpor profundo. Seu olho dourado parou de reagir, até ficar normal.

Ikki olhou para trás e com desdém, ele seguiu para a saída da casa de Leão.


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