A Saga E - A pirâmide Colossal escrita por Diego Farias


Capítulo 15
Aquário participa de uma partida de Xadrez


Notas iniciais do capítulo

Já descobriram que é o Santo de Aquário? kkkkk



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Yuna finalmente abrira os olhos. A pequena amazona de Águia recordou-se da batalha feroz contra àgora de Ammit que só foi possível ser vencida por que sua mestra – Seika de Grou aparecera para salvá-los.

A jovem guerreira olhou com tristeza o vilarejo que não conseguira salvar, porém, mesmo com dificuldade, se colocou em pé e ainda andando bem lentamente, ela seguira o rastro do cosmo de sua mestre e de seus amigos.

******************

Os deuses egípcios correram em alta velocidade quando avistaram a quarta casa do zodíaco: Câncer. Seth e seus soldados pararam as escadarias da casa e tentaram perceber algum cosmo.

—-- Dessa vez existe alguém mesmo dentro da casa nos esperando! – disse Seth animado. – Vamos nos apresentar ao cavaleiro de Ouro de câncer...

Todos bradaram, ansiosos pela próxima batalha que se aproximava e como caçadores famintos, eles investiram para o interior da casa que estava coberta por uma penumbra sinistra.

—-- Anúbis que iria gostar de estar aqui! – disse Hórus.

—-- A casa de câncer representa a passagem para o pós-vida ou mundo dos mortos como esses ignorantes chamam! – bradou Seth. – Definitivamente, meu filho adoraria isso aqui!... Hm?

De repente Seth freou. Uma visão do último ataque de Éden passou diante dos seus olhos. A Excalibur eletrificada atingia seu fiel servo: Animal. De uma forma violenta.

Seth começou a suar frio. Só então percebera que não sentia mais a cosmo energia de Ismael e por pouco fizera menção de retorna até onde seu servo estava.

—-- O que houve Lorde Seth? – perguntou Hator- A deusa da Música.

—-- Meus pêsames pelo seu fiel servo, Deus das Tempestades! – disse alguém.

—-- QUEM ESTÁ AÍ?! – bradou Seth com ódio.

O som metálico do andar de um cavaleiro vinha das profundezas da penumbra. Os deuses ficaram na defensiva, enquanto Seth trincava os dentes com ódio daquele que debochava da morte de seu servo fiel. 

Então finalmente o cavaleiro dourado apareceu. Ele era loiro e tinha os olhos azuis como o céu num dia ensolarado. Um sorriso tão irônico quanto o tom da sua voz anteriormente, estava estampado em seu rosto.

—-- Vai pagar pela sua ousadia cavaleiro de câncer...

—-- Creio que você está me confundindo, “Lorde Seth”! – disse o cavaleiro. – Eu sou o santo de Aquário! Meu nome é Hyoga! Hyoga de Aquário!

—-- Mas Aquário é a décima primeira casa! O que está fazendo tão longe?

—-- Digamos que eu estava ansioso de mais para enfrenta-los e infelizmente não consegui esperar!

—-- Ora seu... – disse Seth elevando o seu cosmo. – Hm?

De repente alguém se colocou entre o deus das tempestades e Hyoga. Um dos servos de Seth que trajava uma escultura branca com vários hieróglifos, sorria cordialmente para o antigo cavaleiro de Cisne.

—-- Khonsu! Saia da minha frente!

—-- Acalme-se Lorde Seth! – disse o seu servo. – Não se esqueça do porque estamos aqui ! Se pararmos para vingarmos todos os deuses que voltaram ao Duat, não conseguiremos colocar as mãos em Athena, antes que Rá descubra! Por favor siga seu caminho.

—-- Eu acho que você não está me vendo....

E antes que Hyoga pudesse terminar o seu discurso, Khonsu se moveu rapidamente, passando pelo cavaleiro de Aquário que nem pode ver seus movimentos direito. Tudo que ele pode perceber é que rapidamente todo o seu corpo começou a congelar-se instantaneamente, até que ele se tornou uma estátua de gelo.

—-- Por favor, mestre Seth! – dizia Khonsu mostrando a saída numa reverência.

—-- Sua sorte é que eu estou com pressa, Deus da Lua... – disse Seth voltando a correr.

Khonsu ficou a observar os deuses atravessando a casa de câncer, até que um som que parecia ser algo rachando chamou a sua atenção. Hyoga elevava o seu cosmo e a cúpula de gelo que o envolvera começou a rachar, até que se quebrou.

Hyoga encarou Khonsu seriamente, mas o Deus o aplaudia com a mesma ironia do santo de aquário.

—-- Deveria ter me matado quanto teve a chance!

—-- E onde estaria a diversão disso?

—-- Você vai ver agora o preço da diversão! – disse o cavaleiro partindo na direção dele.

—-- Hei! Espere por favor...

—-- O quê?! – disse Hyoga freando sem entender.

—-- Me desculpe! Mas assim como o falecido Tot, eu não sou muito fã de combates corpo-a-corpo!

—-- Você está zombando de mim? – disse Hyoga irritado.

—-- Eu só prefiro resolver essa questão de outra forma! – disse Khonsu sorridente.

Hyoga vira o poder de seu inimigo e recuou ao vê-lo, levantar o seu braço. De repente o chão da casa de câncer começou a brilhar e de repente algo que lembrava um tabuleiro surgiu entre os dois guerreiros.

—-- O que é isso? Um tabuleiro de Xadrez de gelo? – disse o guerreiro sem entender.

—-- Sim! – respondeu Khonsu sendo invadido por uma nostalgia. – Espero que esta partida seja tão emocionante como a última!...

******************

Começava a amanhecer e Seika levara os jovens cavaleiros até um monte que a vista era o santuário e mais um pouco a frente, estavam às doze casas do zodíaco.

—-- Grou-san, por que você nos trouxe até aqui? – perguntava Ryuho.

—-- Como eu dizia para vocês! Eu vim dizer como vocês irão derrotar os deuses egípcios! 

—-- Então nos diga logo, Seika-san! – disse Souma.  

—-- Eu os trouxe aqui, no alto desse monte para que vocês possam vislumbrar as doze casas! Lar dos cavaleiros mais poderosos, pois o segredo que vou lhes contar, eles já sabem!

—-- Mas que segredo é esse Grou-san? – perguntou Haruto impaciente.

—-- O cosmo supremo! – disse ela encarando eles seriamente.

Os jovens cavaleiros de bronze ficaram sem entender e encaravam a amazona de prata com certo temor.

—-- O ser humano foi dotado de cinco sentidos: Visão, olfato, tato, paladar e audição... – começou Seika a explicar.

—-- Ainda existe o sexto sentido: A intuição. – complementou Ryuho.

—-- Exatamente, filho de Shiryu! – disse a amazona com um sorriso. – Hum! Vejo que finalmente chegou!

Todos olharam para trás assustados e viram que Seika falava de sua pupila: Yuna. A pequena amazona de Águia sorriu ao ver que todos estavam bem, mas quase desfaleceu por conta do esforço físico.  Senão houvesse sido amparada por Kouga, ela teria caído no chão.

—-- Bem vejo que posso continuar! – disse Seika ignorando o estado de sua discípula. – O segredo para a força dos cavaleiros de Ouro é que eles descobriram o sentido que supera os outros seis anteriores – O sétimo sentido.

—-- Sétimo sentido? – repetiram todos assustados.

—-- Sim! O cosmo máximo! O poder que invoca a existência o milagre! Só despertando o sétimo sentido, vocês poderão lutar contra os deuses egípcios! 

—-- Mas como alcançamos este cosmo, Grou-san? – perguntou Kouga.

—-- Isso vocês terão de descobrir sozinhos!

—-- Mas então você estava mentindo para nós! – disse Souma irritado. – Sua informação não valeu de nada!

—-- Aé, pequeno Leão Menor? E como eu consegui derrotar um servo direto de um deus?

Todos arregalaram os olhos quando entenderam o que ela queria dizer. Seika conseguira despertar o cosmo máximo. Ela teria agora o poder de um cavaleiro de Ouro?

—-- Obrigado Seika-san! Agora iremos para as doze casas! – disse Kouga.

—-- Não! Vocês ainda não estão preparados!

—-- Se nos trouxe aqui para nos ensinar sobre esse sétimo sentido, por que não podemos lutar?

—-- Por que nem todos os deuses egípcios subiram as doze casas! Vocês ainda precisam proteger os vilarejos ao redor do santuário.

Mais uma vez todos se surpreenderam e em direções opostas, eles sentiam cosmos poderosos se aproximando. 

*****************

—-- Você criou um tabuleiro de xadrez de gelo?

—-- Sim! – disse Khonsu com os olhos fechados com tamanho prazer. – E pensar que minha melhor lembrança de uma partida de xadrez como essa, foi uma a qual que eu perdi!

—-- DO que está falando, seu maldito?

—-- O calendário de vocês que estão fora do reino escolhido: O Egito - possuí 365 dias, certo? Os egípcios só funcionam com 360!

—-- E o que isso tem haver?

—-- Tudo! – respondeu Khonsu orgulhoso. – Por que esses cinco dias a mais foram criados por mim! Essa era a aposta que perdi para a bela “Nut”.

—-- O quê?! – disse Hyoga sem acreditar no que estava ouvindo.

—-- Nut- A deusa dos céus havia se apaixonado pelo deus da terra chamado Geb! O mesmo que fora assassinado pelo cavaleiro de Touro! Mas Rá temeu o amor dos dois, por conta de uma profecia que ele recebera de que um filho de Nut – o sucederia como Rei dos Deuses. Então Rá proibiu a Nut ter seus filhos! Mas ela era uma deusa muito inteligente! Ela veio me procurar, por que ela sabia que eu adorava apostas! Então ela me ganhou nesse mesmo jogo de xadrez e como recompensa, eu lhe dei cinco novos dias! Assim ela deu a luz aos cinco deuses mais poderosos de toda a história do Egito.

—-- Como isso é possível? – disse Hyoga com os olhos arregalados.

—-- Eu sou um deus, cavaleiro de Aquário! – disse ele com falsa modesta. – Foi aí que eu conheci os mestres: Osíris – O grande Deus do Mundo dos Mortos. Sua esposa – A grande Ave Materna - A deusa Isis. O príncipe Hórus que é o meu favorito. Lorde Seth – O deus das tempestades e do caos. E sua esposa, a deusa dos Rios – Néftis!

A cada nome citado dos grandes deuses da mitologia egípcia, Hyoga ficava cada vez mais apreensivo. Quão poderoso era o deus a sua frente? Já que ele pode conceder dias que até hoje existem?

—-- E vocês humanos são tão insensíveis! Tiveram coragem de chamar os dias que doei a Nut com tanto carinho de “Dias do Demônio”. – disse ele como se estivesse sentido. – Mas deixemos as lembranças vamos começar a nos divertir! – disse Khonsu apontando o seu dedo indicador na direção de Hyoga.

O santo aquário cruzou os braços quando viu um raio branco como a neve ser emitido pelo dedo de Khonsu. Porém o mesmo atingiu uma das casas do tabuleiro e ali se materializou a forma de um peão convencional de um jogo de xadrez. Ele era lindo e brilhava como uma estátua de gelo.

—-- Ele também manipula o zero absoluto! – exclamou Hyoga ainda mais surpreso.

—-- Zero absoluto? – repetiu o deus da lua. – Acho que você está me confundindo com um mortal!

—-- Mas do que esta falando? O Zero absoluto é o nível de resfriamento máximo! Ele pode congelar até uma armadura de ouro que contem dentro de si, a luz solar!

—-- Hyoga, meu inocente Hyoga! Eu, Khonsu vivo desde os tempos mitológicos! Eu consigo conjurar um ar tão frio que faria seu zero absoluto parecer uma brisa matutina! Esse vento do qual eu falo é o mesmo que sopra nas zonas mais profundas do Duat.

—-- Você está blefando! – desafiou Hyoga com nítido medo que fosse verdade.

—-- Pois bem! – disse o inimigo abrindo os braços. – Me ataque com tudo que você tem! Invoque seu melhor ataque, usando o zero absoluto que você tanto se orgulha!

Hyoga torceu seu nariz e trincou os seus dentes com raiva. Ele começou a elevar o seu cosmo que se tornava cada vez mais agressivo. E relembrando sua época de cavaleiro de cisne, ele realizou sua coreografia habitual, invocando o seu ataque principal.

—-- PÓ DE DIAMANTE!!! – bradou Hyoga com ódio.

Hyoga atravessou a casa de câncer rapidamente. Pilastras, o chão e mesmo o teto ao redor de Khonsu se congelaram instantaneamente. Hyoga virou-se e sorriu ao ver que os pés do deus da lua começaram a congelar-se e rapidamente todo o seu corpo ia sendo coberto pelo gelo.

—-- Hum? – disse Hyoga quando o congelamento parou.

—-- Eu não disse? – disse Khonsu sorrindo e arrebentando o gelo em seu corpo com facilidade.

—-- Impossível...

—-- Podemos jogar agora cavaleiro de Aquário?

—-- Se eu vencê-lo, o que você irá me dar em troca?

—-- Perdão?

—-- Na estória que você me contou, Nut apostara contigo e ganhou mais cinco dias para poder dar a luz aos seus filhos! O que eu receberei caso lhe derrote, Khonsu?

Khonsu sorriu. Parecia que Hyoga havia despertado o seu lado mais competitivo. Por um momento o cavaleiro de Aquário arrependeu-se de ter tocado no assunto, porém, Khonsu já havia adorado a ideia.

—-- Claro, claro! Perdoe esse tolo deus que vos fala... Como eu poderia esquecer de oferecer-lhe um prêmio? Bem, Aquário que tal assim: Caso você me ganhe no jogo de xadrez, eu mato Seth!

—-- O QUÊ?! – bradou Hyoga surpreso. – Está blefando...

—-- Claro que não... – respondeu Khonsu se divertindo com a cara de espanto do cavaleiro. --  Esquecera que fora eu que criei o “Dia de Nascimento de Seth” e seus irmãos? Posso muito bem excluí-lo, então...

—-- Seria como se Seth nunca houvesse existido! – concluiu Hyoga ainda estupefato.

—-- Mas caso perca, cavaleiro de Aquário! Eu quero a sua armadura de Ouro!

Hyoga recuou, mas viu-se num  beco sem saída. Então respirou fundo e apontando seu dedo na direção de Khonsu, ele disparou um tiro de vento gelado e criou uma réplica perfeita do peão do deus da lua.

—-- Bravo! – parabenizou Khonsu. – Estamos quase prontos para começar. – Agora, vamos Hyoga! Vamos colocar as “Torres” nas extremidades! Nas casas “A” e “H”. Agora os cavalos nas casas “G” e “B”, não nos esqueçamos dos Bispos nas casas “F” e “C”.

Khonsu parecia divertir-se construindo as peças do seu tabuleiro, fazia questão de esbanjar sua energia, enquanto Hyoga demonstrava sinais de cansaço pelo excesso de cosmo que se perdia ao terminar uma nova estrutura.

—-- Não podemos esquecer a Rainha na casa “E” e o Rei na casa “D”! – assoprava Khonsu o próprio dedo em sinal de orgulho. – Na fileira a frente Hyoga serão todos peões.

O tabuleiro estava completo. Hyoga pingava suor e respirava ofegantemente. Já Khonsu gozava de energia e felicidade. O cavaleiro de ouro estranhou quando o deus da lua começou a elevar o seu poder e uma estranha aura azulada envolveu o tabuleiro.

—-- Agora as pedras se moverão sozinhas! Não se preocupe... Agora, você conhece as regras do xadrez, Hyoga?

—-- Mais ou menos, confesso.

—-- Bem, os peões sempre se movimentam para frente, uma casa por vez! As Torres andam nas linhas horizontais e verticais, quantas casas quiser!  Já os bispos só podem caminhar na diagonal. A rainha pode se mover por quantas casas quiser e em qualquer direção. Os cavalos são mais complicados, já que, eles sempre andam de três em três casas, sendo possível ser uma pra frente e duas para o lado ou duas pra frente e uma para o lado. Tanto faz esquerda como direita. E o Rei pode andar também para qualquer lado, porém, caminhando uma casa por vez.

Hyoga assentiu e finalmente o jogo começou. Khonsu preferiu liberar os cavalos que saltaram habilmente por cima dos peões, causando um grande estrondo no chão. Hyoga preferiu andar com os peões para liberar os bispos.

Khonsu parecia não pensar muito nas jogadas. Ele coçava a barbicha no queixo, mas deixava claro o seu divertimento com tudo que acontecia alí. Até que Hyoga caminhou com seu bispo, até uma das extremidades. Khonsu sorriu e Hyoga percebeu o porquê, já que, um dos cavalos do deus da lua, saltou uma casa para frente e duas para a esquerda, destruindo um dos bispos de Hyoga.

O Bispo de gelo partiu-se em mil pedaços, mas algo ainda mais sério ocorrera. O ombro esquerdo de Hyoga começou a brilhar.

—-- AH! – gritou ele quando o ombro foi congelado instantaneamente.

—-- Ah, me desculpe! Esqueci de avisá-lo que isso acontece quando perdemos alguma peça do jogo! Que distraído, eu sou! – disse Khonsu cinicamente.

—-- Vamos continuar! – respondera Hyoga seriamente.

Khonsu preferiu começar a avançar com seus peões e quando um desses se aproximou de um dos peões de Hyoga, este não perdera a oportunidade de destruí-lo. Hyoga viu Khonsu demonstrar um leve desconforto quando sua mão esquerda congelou-se.

—-- Infelizmente, seu espírito vingativo tem um preço Hyoga!

—-- O quê?! – gritou ele ao ver um dos bispos que estava agora com o caminho livre para derrubar a Rainha de Hyoga. – AHHH! – bradou ele quando a sua perna direita congelou-se.

—-- Não é divertido, Hyoga!

E na parou por aí. A casa de câncer ressoava todos os gritos de Hyoga, a todo o momento em que ele perdia uma peça. Khonsu se divertia e parecia segurar uma gargalhada doentia. O deus da lua ignorava o fato de ter os dois ombros, a mão esquerda e parte do braço esquerdo congelados.

Hyoga que estava numa situação crítica. Estava quase perdendo os sentidos. O gelo cobria todo o seu corpo, um pouco abaixo dos ombros. E quando a Rainha de Khonsu derrubara a segunda torre do cavaleiro, o gelo subira, até o queixo, tomando a metade esquerda do rosto.

—-- Xeque! – avisou Khonsu. – Creio que você não tenha como mais jogar, certo Hyoga? Bem, terei de aplicar então, o xeque-mate!

Com o único olho livre, Hyoga demonstrava o medo ao ver Khonsu elevando o seu poder. Ainda mais quando ele vira nitidamente o espaço da casa de câncer tornar-se o espaço sideral. A lua estava bem atrás do seu deus, e ela começou a tomar uma luz pura. Era a lua cheia.

—-- Vou pegar então, o meu pagamento adiantado! Adeus cavaleiro de Aquário! – disse ele apontando o dedo para Hyoga.

A mão congelada ficou livre e uma soma de energia cósmica voou na direção do cavaleiro de Aquário.

—-- Hm? – disse Khonsu quando viu seu poder ricochetear.

Uma massa de luz dourada invadiu a casa de câncer. O Deus da lua ficou sem entender o que estava acontecendo. Até que Khonsu se assustou ao ver Hyoga, totalmente livre da prisão de gelo.

—-- Impossível! – disse Khonsu surpreso. – Como?

—-- Realmente não foi fácil, ajustar o meu resfriamento ao seu... Eu tive que queimar o meu cosmo e resfriar o meu ar, até se equiparar ao seu...

—-- Você está blefando! – disse o deus suando de pavor.

—-- Então veja por si mesmo, Khonsu! – disse Hyoga entrelaçando os seus dedos e erguendo-os acima de sua cabeça.

—-- Pois bem, Hyoga de Aquário! Prepare-se para cair sobre o frio lunar!

E elevando-se os cosmos, toda a casa de câncer começou a congelar instantaneamente. Hyoga estava com seu sorriso confiante de volta ao rosto, e Khonsu agora mantinha os dentes trincados de tensão.

—-- VOLTE AO DUAT!!!! EXECUÇÃO AURORA! – bradou Hyoga golpeando o ar com as mãos entrelaçadas.

—-- BENÇÃO LUNAR! – gritou Khonsu.

Os ataques se chocaram com violência. Uma explosão de energia estremeceu a estrutura da casa. Seu interior estava completamente congelado. Khonsu estava com os olhos arregalados, percebendo que a metade esquerda do seu corpo estava congelada. Ele cambaleou e ajoelhou no chão.

Ele olhou para Hyoga no chão que tinha a armadura completamente congelada. O cavaleiro de Aquário jazia no chão branco como a neve. O deus da lua o encarou com pavor e novamente se pôs de pé.

—-- Ninguém nunca produzira um vento frio como o meu... Mesmo que por poucos segundos! Eu o honrarei com a sua vida! Mas pegarei o meu prêmio, Hyoga!

Mas uma vez, ele apontou para Hyoga e sua armadura abandonou o corpo, se reestruturando na sua forma original. Khonsu olhou e admirou a armadura, encarou o seu ex-senhor com seriedade. E mancando por causa da perna congelada, Khonsu continuou o seu caminho sem olhar para trás.

A armadura de Aquário ressoou como se estivesse chorando e de repente desapareceu no meio de uma brisa gélida.


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