Rescata mi Corazón escrita por Lari Salvatore


Capítulo 6
Capítulo VI




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/800467/chapter/6

—Meu Deus! — Exclamo assim que entro no quarto novamente. —Você está… absurdamente linda.

Ela levanta da cama com um sorriso sem graça. Olho para ela de cima a baixo com um sorrisinho bobo, ela realmente está linda, mesmo eu achando que fosse impossível de acontecer, ela conseguiu.

Me aproximo dela, colocando a mão em sua bochecha e a acaricio. Olho em seus olhos e depois para sua boca, seu batom vermelho é bastante convidativo, me fazendo ficar vidrado.

—León? — Volto a mim com sua voz. —Vamos?

—Ah, claro. — Digo um pouco envergonhado. —É que… — Aproximo meus lábios de seu ouvido e sussurro. —Eu quero muito te beijar.

Ela se afasta um pouco, confusa, mas logo se aproxima novamente, colocando as mãos em meus ombros. Levo isso como um sim e mais do que de pressa colo meus lábios aos seus, num beijo calmo e lento. Minhas mãos passeiam por suas costas, enquanto as suas brincam com meu cabelo.

Aprofundo o beijo, tornando-o mais intenso, levo minhas mãos até suas coxas e a pego no colo, a levando até a cama.

—León… o jantar. — Ela diz afastando seus lábios dos meus, desço os beijos para seu pescoço, arrancando alguns suspiros dela.

—Teremos outros jantares. — Falo não dando muita importância para isso. Subo os beijos de volta para sua boca, parando perto de seu ouvido. —Agora eu quero você.

Entendo que ela não se importa em adiar os planos, já que volta a me beijar. Acabamos por fazer amor durante o resto da noite.

Acordo bem cedo, com a luz do Sol entrando na cabine. Olho para o lado e vejo que Violetta ainda dorme, o que me faz decidir dar uma volta antes de começar o dia. Visto apenas uma bermuda e uma blusa, saindo da cabine. Logo que saio encontro um dos donos da Fershade, já o vi saindo do escritório do meu pai, mas ainda não tive nenhum contato direto com ele, porém, pesquisei o bastante para saber tudo que preciso.

—Senhor Heredia! — Chamo sua atenção. Ele se aproxima e o cumprimento com um aperto de mão. —É um prazer finalmente conhecê-lo pessoalmente.

—O prazer é todo meu, senhor Vargas. — Ele sorri se encostando na parede. —Vejo um futuro promissor nessa parceria entre nossas empresas, espero que não me decepcione.

—Não precisa se preocupar, meus interesses são os mesmos que o seu. — Ele dá um sorriso.

Nesse momento a porta da cabine se abre e Violetta sai de lá. Aproveito para apresentá-la, ela agradou a maior parte da tripulação, quem sabe não o agrade também.

—Bom dia, amor! — A cumprimento pegando sua mão e a puxando levemente para lhe dar um beijo na bochecha. —Vilu este é Tomás Heredia, um dos donos da Fershade. Senhor Heredia esta é Violetta, minha esposa.

Passo o braço pela sua cintura, a trazendo para mais perto de mim. Ele a encara em silêncio por alguns minutos, até finalmente fazer qualquer movimento, como se tivesse voltado a si. Ele dá um sorriso sem graça e estende a mão para ela.

—Muito prazer, senhorita Vargas. — Violetta apenas retribui com um sorriso e um aceno de cabeça. Começo a ficar incomodado naquele lugar, então junto as mãos em uma única palma para chamar a atenção deles.

—Bom, preciso tomar um café. Nos vemos no almoço? — Tomás assente com um sorriso. —Ótimo, vamos amor?

—É, e já estou indo. Esqueci meu celular na cabine. — Ela diz e apenas faço que sim com a cabeça.

Quando subo vou direto para o bar na parte externa do navio. Peço uma bebida leve e aprecio enquanto observo as pessoas transitando pelo local. Algumas mulheres que passam, deixam risadinhas e às vezes até piscam para mim, apenas retribuo com sorrisos e depois me viro para a bancada, querendo apenas aproveitar a bebida.

Uma mulher para do meu lado e me entrega um papel, já imagino o conteúdo, mas o desdobro mesmo assim. Era um número de telefone, como suspeitei. Apenas sorrio para ela e guardo o papel no bolso, acenando enquanto ela se afasta.

—Quem era? — Olho para trás e vejo Vilu parada, olhando para a direção da mulher.

—Não sei, não conheço. — Falo sem dar tanta importância, voltando a me virar para o balcão. Dou tapinhas no banco ao lado para ela se sentar e assim o faz.

—Vai ligar para ela? — Ela pergunta apontando para meu bolso, claramente enciumada. Dou uma risada baixa, colocando a mão na frente da boca.

—Não sei. — Dou de ombros. —Acho que não. — Vejo pelo canto do olho que ela dá um sorriso. Não a julgo, nem mesmo eu esperava essa resposta. —Mas se quiser eu ligo.

Olho para ela com um sorriso travesso, a fazendo olhar para mim com uma cara desconfiada, continuo a encarando por alguns minutos, atiçando sua curiosidade.

—Só tava reparando. Até que você não é tão feinha. — Viro o resto da bebida na boca e volto a olhá-la de um jeito provocativo.

—Eu te odeio, Vargas. — Ela fala tentando se manter séria, mas logo acaba rindo.

—E eu amo quando você me chama de Vargas. É sexy! — Pisco para ela, mordendo o lábio inferior. —Mas eu também te odeio Castillo, acho que isso já está claro.

De repente a risada em seu rosto dá lugar a uma expressão séria e arrisco dizer que um pouco confusa. Me pergunto se falei algo errado.

—Você sabe meu sobrenome? — Suspiro aliviado depois de suas palavras.

—Por que eu não saberia? Violetta Castillo Saramengo, arquiteta, filha única, apaixonada por cãezinhos bem fofinhos. — Faço graça quando digo a última parte, arrancando uma risada.

Me admira que ela tenha pensado que eu não procuraria o máximo de informações sobre ela. Apenas dou um sorriso e me levanto, estendendo minha mão para levá-la para o café. Passamos o resto da manhã sentados perto da piscina, ora comendo e ora rindo das mancadas que as pessoas dão perto de nós. Pouco antes do almoço vamos para a cabine nos arrumar. Ela insiste que só se arrumará depois que eu sair da cabine, então depois de alguns minutos de discussão eu concordo em me arrumar primeiro.

Depois de pronto espero alguns minutos do lado de fora da porta, até que ela sai de lá, deslumbrante. Estendo meu braço para ela e a conduzo para o salão. Todos já estão lá, então assim que nos ajeitamos, eles dão início ao almoço e aos assuntos de negócio. Violetta está mais quieta que o normal, o que me deixa um pouco mais preocupado. Presto atenção nos assuntos de todos ali, porém, sem me envolver muito, apenas quando necessário, até que me torno o assunto principal.

—Ainda não acredito como você conseguiu arrumar uma esposa tão linda, León. — Uma risada coletiva surge depois do comentário de um dos empresários mais velhos. —Já está na hora de você arrumar uma parceira também, Tomás.

Tomás que até o momento estava de cabeça baixa, olha para frente um pouco sem jeito, talvez por ter todos os olhares direcionados a ele. Ele se ajeita na cadeira e dá um sorriso tímido.

—É mais fácil para uns do que para outros. — Ele dá uma risada baixa. —Eu perdi minha única pretendente, então a operação casamento deve demorar um pouco mais.

—Olha, se eu consegui encontrar uma esposa. — Pego a mão de Violetta e dou um beijo, ela sorri de forma tímida. —Você também consegue.

Consigo arrancar uma outra onda de risadas, inclusive dele. Seguimos o resto do almoço tratando exclusivamente de negócios. No final convido Vilu para passar a tarde na piscina, mas ela recusa, alegando estar com dor de cabeça e pede para passar o dia sozinha na cabine. Como bom marido, aceito sem retrucar, aproveito para beber um pouco.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rescata mi Corazón" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.