Rescata mi Corazón escrita por Lari Salvatore


Capítulo 7
Capítulo VII




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Volto para a cabine por volta de 19h, minha visão está um pouco turva, mas nada que me impeça de dialogar com as pessoas que passam pelo meu caminho até o destino. Bato na porta da cabine e escuto em “entre”, abro a porta e encontro Vilu deitada lendo um livro. Subo na cama e vou até ela engatinhando. Ela apenas me olha com o canto do olho.

—Querida, eu estava pensando… — Falo me deitando ao seu lado, olhando para o teto. —Eu acho que está na hora de termos um filho, preciso de um herdeiro.

Ela fecha o livro no mesmo instante e me olha desacreditada. Levo a mão até sua bochecha, mas ela a segura, impedindo que eu chegue a tocar.

—Isso é uma péssima ideia. Você bebeu muito? — Nego com a cabeça, enquanto dou um sorriso bobo. —Pois parece.

—Mas Vilu, por favor. — Me ajoelho na cama, juntando as mãos.

—Você nem queria estar comigo, pra início de conversa. Segundo, quem sabe depois dos trinta dias a gente não pensa nisso.

Me jogo na cama novamente, frustrado. Começo a brincar com a ponta de seu cabelo, sem pensar em nada específico. Ela, vendo que eu estava chateado, se ajeitou do meu lado, ficando deitada virada para mim.

—Posso te fazer uma pergunta? — Ela assente. —Você disse que sempre foi apaixonada por mim, então por que nunca tentou se aproximar?

—Ah, León. Você ainda pergunta? — Ela dá uma única risada baixa, como se aquilo fosse óbvio e a olho confuso. —Eu tinha medo de você partir meu coração, sua fama não é das melhores.

Olho para ela, um pouco triste, costumo ou ficar bem reflexivo e emocional ou fazer merda quando estou bêbado, no caso caí para a primeira opção. Vilu dá de ombros um pouco cabisbaixa e rapidamente seguro sua mão depositando ali um beijo demorado.

—Eu prometo que não vou fazer isso de novo, você não vai mais se decepcionar.

Ela arqueia as sobrancelhas e murmura um “ok” um pouco irônico. Ignoro isso e volto a brincar com seu cabelo até cair no sono.

Acordo com minha cabeça latejando de dor, olho para frente e observo Violetta se arrumando em frente ao espelho, ela usa um biquíni azul, junto a um short jeans. Ela se vira quando percebe que estou acordado, dou um sorriso.

—Ainda querendo um filho? — Me sento na cama confuso, o que arranca uma longa risada dela. —Ontem você disse que precisava de herdeiros logo.

Bato com a mão na testa, me arrependendo logo em seguida, devido a dor. Eu não acredito que fiz isso, olho para ela envergonhado.

—Eu fiz mais alguma outra coisa que deva saber? — Pergunto, no fundo com medo da resposta, porém, suspiro aliviado quando ela nega. —Preciso me recompor, hoje vou ou não fechar os contratos.

—Vai dar tudo certo. — Ela diz confiante e chegando perto da cama me dá um beijo na testa. —Vou para a piscina, que vir? — Nego. —Tem remédio na bolsa, qualquer coisa estou lá fora.

Me deito novamente na cama, depois que ela sai, colocando as mãos no rosto. Preciso dar um jeito de aliviar essa dor logo, não posso perder esse negócio por causa disso.

Vou para o banheiro, tomo um banho demorado e depois pego um remédio na mala de Vilu. Peço para me levarem algo para comer antes de me aprontar para a reunião. Me visto com um terno preto e vou para uma sala mais afastada do barulho, onde seria a reunião. Tomás e alguns empresários já estão lá, me junto a eles, os cumprimentando com um aceno de cabeça.

Qualquer negócio a mais que eu conseguir fechar será ótimo, mas meu foco principal é a Fershade, então presto atenção em cada palavra que ele diz quando a reunião começa. Apresento também minhas propostas, tentando dar o meu melhor e aparentemente acabo agradando.

Termino a reunião com o contrato fechado com a Fershade e mais duas empresas, o que me deixa animado. Encontro Tomás na saída, paro para falar com ele.

—Foi um prazer fechar negócio com você. — Falo estendendo a mão. —Vamos fazer grandes coisas juntos.

—Assim espero. — Ele diz dando um sorriso fechado. —Amanhã mesmo irei até a Varga’s olharmos os últimos detalhes.

Ele acena com a cabeça e se retira, faço o mesmo e vou até o bar pegar uma garrafa de champanhe, junto com duas taças. Preciso comemorar esses contratos. Como a reunião se prolongou mais do que imaginei, deduzo que Vilu já está na cabine e como esperado a encontro lá. Escondo a mão atrás das costas antes de entrar na cabine e me deparo com seus olhos fixados em mim.

—E aí? Como foi? — Ela pergunta, parece ansiosa.

—Então… Eu consegui.

Ela começa a pular na cama, animada com a notícia. Coloco a bebida na escrivaninha e vou até lá para entrar na comemoração. Ela pula no meu colo, entrelaçando suas pernas em minha cintura, começo a dar alguns pulos e a girar com ela, em meio a risadas.

—Estou tão orgulhosa. — Vilu fala antes de se jogar para trás, fazendo nós dois cairmos na cama, rindo.

Olho para ela por alguns segundos, antes de colar meus lábios nos seus, num selinho não tão demorado, porque rapidamente saio de cima dela um pouco sem graça.

—Me desculpe. — Falo me virando de costas e indo pegar o champanhe.

Ela chega por trás de mim e me abraça.

—Tá tudo bem. — Ela dá um beijo no meu ombro. —Já falei que você fica lindo de terno?

Dou um sorriso, colocando a bebida nas taças e me virando para entregar uma a ela. Estendo a taça para um brinde e ela retribui o gesto com um sorriso.

—Um brinde ao meu querido e incrível marido.

—Um brinde ao sucesso que está por vir. — Falo virando todo o líquido na boca, de uma vez.

Dou mais um abraço apertado nela e vou para a cama, levando a garrafa comigo, bato com a mão no espaço ao meu lado e logo ela se junta a mim. Ficamos conversando e bebendo, enquanto observávamos o navio voltar ao porto.


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