Rescata mi Corazón escrita por Lari Salvatore


Capítulo 5
Capítulo V


Notas iniciais do capítulo

Oioioi



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Assim que acordo, passo na porta de meu quarto para ver como ela está e a encontro dormindo feito um anjo, vou até ela e ajeito o cobertor, torcendo para que ela não acorde. Desço para a cozinha e começo a preparar o café, enquanto adianto algumas coisas para a viagem.

—O que você está fazendo? — Me assusto ao ouvir sua voz atrás de mim.

Me viro a tempo de vê-la esfregar os olhos e se sentar em frente a bancada.

—Um café para minha esposa. — Falo esboçando um sorriso, ela me olha confusa e um pouco desconfiava. —Pode ficar tranquila que não está envenenado.

Consigo arrancar uma risada dela, levo o café até ela e me sento de frente para ela. A olho por alguns minutos, apenas brincando com a comida. Penso se devo tocar no assunto da noite passada ou se é melhor fingir que nem aconteceu.

—Então… — Quebro o silêncio que já estava me incomodando. —Está melhor?

Ela apenas assente, sem olhar para mim. Isso é o suficiente para que eu entenda que é melhor não estender o assunto sobre aquilo, então apenas termino de comer em silêncio.

Ao final, eu subo para o quarto a fim de tomar um banho antes de ir para o trabalho e depois saio. Quando chego vou direto para minha sala, ignorando apenas com um aceno a voz de Diego que me chama uma ou duas vezes.

Entro em minha sala e logo em seguida Lara, minha secretária, entra também, segurando alguns papéis. Faço um sinal para ela deixá-los em cima da mesa e apoio a testa em minha mão, fechando os olhos por alguns minutos, até perceber que ela permanece ali parada. Levanto um pouco a cabeça e a olho, como perguntando o que mais ela deseja.

—Está tudo bem? — Ela finalmente pergunta, dando a volta em minha mesa e parando atrás de minha cadeira, começando a fazer uma massagem em meus ombros.

Relaxo um pouco, endireitando minha postura, para facilitar o trabalho.

—Mais ou menos. — Suspiro. —Em 23 anos eu não me imaginava me casando e agora estou vivendo um inferno. — Entorto um pouco a cabeça olhando para ela, com um sorriso fraco. —Mas não vou te incomodar com meus problemas. — Seguro sua mão, fazendo uma espécie de carinho.

—Estou aqui para o que você precisar, não precisa se incomodar. — Ela sorri. —Quanto ao seu casamento, porque não tenta se distrair, lendo um livro. — Faço uma careta, arrancando uma risada dela. —Ou melhor, porque não se diverte com algum amigo… Ou amiga…

Ela aproxima seu rosto do meu, me dando um beijo na bochecha. Dou um sorriso, virando minha cadeira de frente para ela, a puxando para se sentar em meu colo. Dou-lhe um beijo ardente, levando uma mão até sua nuca, enquanto a outra segura sua cintura. Um tempo atrás tive um caso com ela, depois de chegar um pouco alterado no trabalho, desde então nos pegávamos sempre que possível. Acabo me perdendo no momento e nem escuto o bater à porta.

—León, você não me respondeu e a Lara não está… — A tiro de cima de mim rapidamente, me virando e dando de cara com Diego parado e me encarando boquiaberto. —…Lá fora.

Faço um sinal para ela se retirar e assim ela faz, recebendo um olhar fuzilante de Diego. Espero ela sair e encaro Diego, que se aproximou da mesa nesse meio tempo e agora me encara claramente irritado.

—Já sei o que vai dizer, então nem precisa perder seu tempo falando. — Ajeito a gravata, voltando minha atenção para o computador. —O que você quer?

—Primeiro, que você respeite sua esposa, ela não merece isso. — Faço um gesto com a mão para que ele prossiga. —Imagina se outra pessoa entrasse aqui ou até mesmo o seu pai. Você não tem noção, León?

Tiro meus olhos da tela e me viro para ele, já irritado com seu falatório.

—O que eu faço ou deixo de fazer não é da sua conta e não se atreva a contar isso para ninguém. — Digo firma. —Agora, o que você realmente veio fazer aqui?

—Entregaram por engano na minha sala, achei que seria de seu interesse que chegasse até você. — Ele estica para mim um envelope, o pego e abro, são as passagens para o cruzeiro. —Por nada e vê se cria juízo.

Ele diz se levantando e saindo da sala. Quardo as passagens na maleta e volto ao trabalho, agora sem mais interrupções.

 

[…]

 

—O que acha desse vestido para um jantar de reunião importante? — Sou despertado dos meus pensamentos com a pergunta de Violetta.

—Tanto faz, você não vai a nenhum jantar importante mesmo. — Desdenho, ela faz uma cara feia e volta a se olhar no espelho. Me levanto da cama e vou até ela. —Olha, se você se comportar direitinho, você pode participar de algum jantar, senhorita Vargas.

Olho para ela através do espelho e dou um sorriso provocante. Tentei melhorar nossa relação nesses últimos dois dias, para evitar qualquer tipo de estresse durante a viagem. Fico a observando terminar arrumar suas malas, até cair no sono.

Acordo e a primeira coisa que vejo é Violetta me encarando com os olhos arregalados, me assusto um pouco, não esperava isso. Ela sorri ao perceber que acordei e passa a mão em meus cabelos. Vilu — como passei a chamá-la — parece feliz com meu comportamento esses dias. Retribuo seu sorriso e me levanto da cama. Decidimos que tomaremos nosso café no navio, então resta nos arrumar e chamar o carro da empresa e assim o fazemos.

Dou risada da sua animação quando chegamos no navio e mais ainda quando entramos nele. Assim que pego as chaves da nossa cabine ela entrelaça seu braço no meu e me conduz até lá, a passos rápidos.

—Uau! — Ela exclama ao abrir a porta. Admito que fico feliz vendo sua alegria com tudo aquilo. —O que temos para hoje?

—Bom… — Reflito um pouco sobre o cronograma. —Hoje depois do café temos o dia livre, os trabalhos só começam amanhã. As malas logo devem ser tragas para cá.

Ela assente, novamente pegando em meu braço, procuramos o salão de jantar juntos e quando o encontramos aproveitamos tudo que tínhamos direito de comer. Para o resto do dia, deixo Vilu livre para fazer o que quiser, enquanto aproveito para observar possíveis opções de negócios, ela porém, escolhe me acompanhar, o que faz eu me animar um pouco.

É incontável a quantidade de elogios que recebo pela minha adorável esposa e ela parece gostar, já que dá um sorriso todas as vezes e princialmente toda vez que a apresento como minha esposa. Ela consegue me arrancar várias risadas durante o dia com o seu claro não entendimento dos assuntos nas conversas e o interesse por tentar entender.

Naquela noite ela me convida para jantar, como em um encontro, como não tenho nada a perder aceito. Embora eu acredite que ela esteja começando a achar que há um futuro para nós, quando na verdade não. Peço a ela uns minutos e digo para ir se arrumando, aproveito para pensar em uma forma de acabar com suas expectativas, mas sem parecer rude, estou começando a simpatizar por ela.

—Meu Deus! — Exclamo assim que entro na cabine novamente.


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Notas finais do capítulo

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