She escrita por Mavelle


Capítulo 35
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Oi!
Já estamos beeeeem perto do fim da história (tem os três capítulos dessa semana e o epílogo que eu dividi em duas partes) e acho que, por isso, nossos personagens merecem uma pausinha, não concordam?
Concordo!
E, ainda por cima, o resto do povo ainda precisa descobrir o que aconteceu na noite de abertura, né?

Beijos,
Mavelle



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Na manhã seguinte, Sophie e Benedict foram para o prédio que funcionava como delegacia e sede do MI6 para fazerem seus depoimentos sobre a noite anterior. Como o depoimento dela seria contando sua versão dos fatos e essa versão era muito mais longa e remontando a cinco anos de observação e investigação, Sophie simplesmente esperava a sua vez enquanto Benedict dava o seu depoimento. Mais cedo, naquela manhã, ela tinha lhe contado tudo: da morte de seu pai, seus anos vivendo sozinha e da entrada no MI6. Resumiu os anos iniciais e o apoio que recebeu de Andrea e Conrad, e então falou do trabalho com o Sturoyal e do porquê de ter estado naquela festa, quase um ano e meio antes, além do ano que tinham passado sem contato e porque ela tinha voltado para Londres. Terminou relatando o que tinha feito no mês anterior. 

Era muita coisa e Sophie fez o seu melhor para deixar o mais reduzido o possível, mas ainda de uma forma compreensível. Quando ela finalmente terminou de dizer tudo, Benedict simplesmente respirou fundo e soltou um: 

— Ok. Isso é tudo? 

— Tudo o que você precisa saber por agora. Depois eu posso entrar mais em detalhe sobre cada coisa e responder qualquer pergunta que você tiver. 

Ele simplesmente assentiu e se levantou da cadeira, a puxando para um abraço. Um abraço do qual Sophie não sabia precisar, mas que a fez se sentir melhor. Reconfortada. 

Ela sempre tinha acreditado que seria difícil contar sua história, mas era fácil dizer tudo aquilo para Benedict. Era fácil abrir seu coração quando se podia confiar completamente na pessoa à sua frente. Quando se sabia que estava sendo ouvida. 

— Eu me orgulho muito do quão longe você chegou, mesmo que não tenha visto o ponto em que começou. - ele disse, após alguns segundos. - Você é forte e corajosa pra caralho. 

— Não me senti muito corajosa ontem à noite. - ela disse, soltando o abraço. - Ou forte. 

— Mas você foi. Coragem não é não sentir medo, mas conseguir agir apesar do medo. E você definitivamente conseguiu fazer isso. 

— Acho que já te disse isso, mas eu congelei na noite passada. Quando Rita atirou em você, tudo o que eu consegui sentir foi medo. Pensei que tinha te perdido antes mesmo de poder… bem, antes de poder ao menos começar a compartilhar uma vida com você. 

Ele segurou ambas as mãos dela e apertou. 

— Eu estou bem aqui. - ele a beijou de leve. - Não vou embora e não vou deixar que você desista de nós tão fácil. 

— Não vou. 

Agora ela esperava que ele terminasse seu depoimento. Teoricamente, poderia escutar porque era uma das responsáveis pelo caso, mas ouvir a versão dele dos eventos da noite anterior podia influenciar na sua versão também. 

Não que fosse um segredo que ela tinha explicado para ele o que era o Sturoyal, os participantes e os objetivos, o que definitivamente podia alterar a versão dele dos fatos, principalmente porque ele nunca tinha prestado um depoimento na polícia antes. Entretanto, era algo que podia ser perdoado. Ele podia ter perguntado tudo aquilo enquanto ia para o hospital ou qualquer coisa do tipo e, bem, se você é ferido por uma organização secreta, tem o direito moral de saber do que aquilo se trata. 

Então, enquanto Sophie estava distraída tentando organizar seus pensamentos sobre a noite anterior, uma figura conhecida passou pelas portas da delegacia. 

— James? 

Achava que ele sumiria do radar por um tempo, principalmente porque sua tia já tinha dito que não entregaria a localização dele, Kai ou Mirabelle. E ele parecia muito tranquilo e confiante, principalmente para alguém que seria preso no segundo em que fosse reconhecido.

— Ah, bom dia, Sophie. Eu vim me entregar, caso esteja se perguntando o que estou fazendo aqui. - ele disse, simplesmente. 

Sophie piscou algumas vezes. 

— Oi? - ele estava se entregando? O que diabos estava acontecendo? 

— Eu estou disposto a contar tudo e a enfrentar as consequências por tudo o que fiz ao longo dos últimos anos. - James disse. - Tudo o que eu peço é que a Rosie possa sair livre de tudo isso. Você pode arranjar isso para mim? 

Ela juntou os lábios em uma linha fina. 

— Eu não acho que conseguiria livrar a Rosamund de literalmente tudo. É possível que até mesmo Posy, que nós dois sabemos não estar envolvida de nenhuma forma, receba algum tipo de punição, então não teria como livrar ela de ter que cumprir ao menos serviço comunitário e pagar uma multa, mas acho que consigo reduzir para isso. E uma declaração dela contando sua versão dos fatos, claro. 

— Certo. Ah, a propósito, sinto muito pelo que aconteceu com o seu namorado e espero que fique bem claro que eu não apoio as ações da minha tia. Como ele está? 

— Um pouco melhor. Ainda com dor, mas menos do que ontem e pelo menos não teve febre.

— Ainda bem. - ele respirou fundo. - O que fazemos agora? 

— Vou te levar para ser interrogado. - ela disse, pegando a parte superior do braço dele e o conduzindo até o corredor onde ficava a sala de interrogatórios. 

Chegaram lá bem na hora que Benedict saía da sala, conversando com Conrad animadamente. Ela quase não conseguiu conter o sorriso. Ambos eram partes importantes de sua vida e ela queria muito que eles se dessem bem. Demorou um momento para que os dois percebessem que ela estava ali com uma outra pessoa. Benedict simplesmente imaginou que fosse uma outra testemunha, mas Sophie percebeu o brilho nos olhos de Conrad. Sabia exatamente quem era aquela pessoa. 

— Vai nos apresentar? - ele perguntou. 

— Claro. Conrad, conheça James Stuart. Ele quer fazer um acordo e negociar termos de rendição. 

— Ótimo. Entre, rapaz. Vamos fazer uma revista rápida, mas logo começamos. Você vem, Sophie? 

Não tenho muita escolha, já que ainda é meu trabalho, mas obrigada por perguntar, ela pensou. 

— Dois minutos. - ela disse e virou-se para Benedict enquanto Conrad fechava a porta para dar um pouco de privacidade aos dois. 

— Então aquele é o cara que queria ser rei da Inglaterra. 

— É. Não esperei que fosse se entregar tão fácil, mas ele disse que está fazendo isso por Rosamund, então eu acredito. 

— E eu acho que você não vai voltar para casa para o almoço, certo? 

— Provavelmente não. - ela admitiu. - Fazem 5 anos que esperamos para conversar com ele. Além disso, é basicamente o fim de tudo e eu quero me despedir da forma certa. 

— Tem certeza sobre essa última parte? - ele perguntou, segurando o rosto dela com uma das mãos e acariciando a sua bochecha com o polegar. - Sobre se despedir disso? 

— Tenho. Foi bom enquanto durou, mas não tem sido algo que eu goste mesmo de fazer desde o ano passado. 

— Tudo bem. Acho que vou passar na casa da minha mãe e, hm, dizer o que aconteceu. 

— Boa sorte. 

— Eu vou chamar um uber para mim e, quando acabar aqui, você me encontra lá? Tenho certeza de que vou passar o resto do dia lá, respondendo perguntas e sendo excessivamente cuidado.

— Ainda bem. Quer dizer, ainda bem que vai ter alguém que vá cuidar de você. 

— Eu estou bem. 

— Eu sei, mas a médica disse que precisamos monitorar sua temperatura por pelo menos mais 24 horas e trocar o curativo sempre que ficar molhado. Como eu não vou estar com você, sei que vai ter alguém cuidando. E não podia pedir por ninguém melhor que sua mãe. 

— E agora eu estou achando que só vou ter permissão de sair de lá quando você chegar. 

— Provavelmente sim. Enfim, eu vou lá te buscar assim que acabar aqui. - ela ficaria com o carro porque Benedict tinha sido proibido de dirigir por uma semana, devendo ser reavaliado na quinta-feira seguinte. - Na verdade, primeiro eu preciso passar pra conversar com a Posy.

É, aquela era uma conversa que ela não queria ter, mas que também não podia passar daquele dia. Posy com certeza já sabia que Araminta tinha sido presa com colaboração de Sophie e devia querer algumas respostas. Respostas que Sophie sentia que ela merecia ter. 

— Boa sorte na conversa, meu bem. 

— Obrigada. Boa sorte contando para todos o que aconteceu.

Benedict fez uma careta. Definitivamente precisaria de sorte para isso. 

Ele simplesmente lhe deu um beijo e saiu do prédio, pegando um uber para a casa da sua mãe logo em seguida. Tinha ligado mais cedo para perguntar se podiam almoçar com ela (e a resposta foi apenas “óbvio que sim”), mas pegou o telefone para mandar uma mensagem e avisar que estava indo e viu uma mensagem de Anthony. 

"Anthony: Bom dia

Anthony: Primeiro, como você está? 

Benedict: Caramba, acho que nunca recebi um bom dia seu por mensagem

Benedict: Você tá preocupado assim? 

Anthony: Sim ???? 

Anthony: Como eu não estaria preocupado???

Benedict: Sei lá

Benedict: Meu braço não tá doendo

Benedict: E eu tô bem

Anthony: Dormiu bem né? 

Benedict: Nada como a exaustão :)

Anthony: Claro que foi exaustão

Benedict: Também

Benedict: Mas eu estava com saudade de dormir com ela

Benedict: De acordar e sentir o cheiro dela do lado dela da cama

Anthony: GADO

Anthony: Segundo, você já contou pros nossos irmãos o que aconteceu? 

Benedict: Não

Benedict: Tô indo contar pra mamãe agora

Benedict: Você já contou pra Kate? 

Anthony: Claro

Anthony: Assim que a gente entrou no carro ela falou “você tá esquisito a noite toda”

Anthony: Aí eu enrolei ela até você dizer que tinha chegado em casa do hospital, mas disse

Anthony: Ela quase me bateu por não ter contado na hora, mas também quase morreu do coração enquanto eu contava

Benedict: Você fez certo em só dizer depois

Anthony: Eu sei (e ela também), mas você conhece sua cunhada

Benedict: Acabei de chegar na casa da mamãe

Anthony: Boa sorte

Anthony: E me avisa quando quiser contar pros outros pra eu ajudar a preparar o terreno

Benedict: Ok”

Ele bloqueou o telefone, pagou o motorista e tocou na campainha. Sua mãe logo foi recebê-lo e ele percebeu que devia ter algo em seu rosto lhe denunciando porque ela logo estava com um semblante de preocupação no rosto. 

— O que aconteceu? 

Benedict não conteve uma risada. 

— Eu sou transparente assim? 

— Sim, mas eu estou perguntando porque tem uma atadura enorme no seu braço. 

Só então foi que Benedict percebeu que tinha esquecido a jaqueta na delegacia e que a camiseta que usava deixava seu machucado bem à mostra. Fez uma nota mental para pedir a Sophie que trouxesse de volta a jaqueta.

— Vamos entrar. - ele disse, já fechando o portão atrás de si e já se encaminhando para a parte de dentro da casa. 

— Mas o que diabos aconteceu? Por que você está com uma atadura do tamanho de uma folha A4 no seu braço? 

— O tamanho da atadura foi a Sophie sendo exagerada hoje de manhã, eu te asseguro.

— Então existe uma razão para você ter uma atadura? 

Ele respirou fundo e se sentou numa das poltronas da sala, apontando o lugar no sofá que ficava na diagonal dele. 

— Sim. Senta, por favor. É uma história meio longa. 

Então Benedict contou para Violet tudo o que tinha acontecido na noite anterior. Incluindo a parte sobre Sophie ser do MI6, porque ela tinha dito que podia dizer, e o resto da história não faria tanto sentido sem isso. 

— Meu Deus. - foi a reação de Violet. - Então  você foi com elas para o telhado porque alguém iria atirar em mim, mas no fim das contas não tinha ninguém? E depois elas atiraram em você

— É. E obrigado por ter tentado me livrar naquela hora, mas não tinha como. E eu não ia deixar você ir no meu lugar.

— E depois eu disse pra Sophie ir te resgatar. - ela levou uma mão ao peito. - Nunca achei que ia odiar estar certa sobre uma coincidência, mas odeio ter estado certa sobre isso. E ela trabalha para o MI6. 

— Sim. Foi inclusive a razão para ter terminado comigo, já que ela ia começar a fazer um trabalho mais arriscado e que podia expor ela, e ela acreditava que me colocava em risco por estar comigo. E agora eu acho que entendo o que ela quis dizer. 

— E agora? Quer dizer, vocês estão juntos, certo? 

— Sim. E ela disse que vem pensando em sair do MI6 há um certo tempo, então é isso que vai fazer. 

— Fico feliz por você, meu filho. É impossível não ver o quanto vocês se amam. Agora, que instruções você recebeu para tratar disso? 

Benedict passou mais meia hora falando disso e escutando as orientações de sua mãe antes que ela se convencesse de que ele estava bem naquele momento. Decidiu então que precisava contar para os irmãos antes que a reportagem passasse na televisão, o que aconteceria naquela noite, de acordo com a mensagem que Sophie tinha lhe mandado alguns minutos antes. Inclusive, a imprensa tinha perguntado se ele aceitaria dar uma entrevista, o que ele aceitou. Uma repórter e um cinegrafista iriam para a casa de sua mãe às 15 horas para entrevistá-lo sobre o incidente e, de alguma forma, aquilo terminava de firmar a realidade de tudo.

Avisou para Anthony que contaria aos irmãos naquele momento (para ele ir preparando o terreno, como tinha dito antes) e abriu o grupo, que, como ele já imaginava, estava em plena atividade desde bem mais cedo naquela manhã. 

"Eloise: Benedict começou a noite pra baixo, mas deve ter acabado feliz igual a pinto no lixo

Colin: Fatos

Hyacinth: A SOPHIE VOLTOOOOU

Hyacinth: Ainda tô sem acreditar sabe

Francesca: SIM 

Francesca: Tô voltando pra Edimburgo cansadona, mas foi tão lindoooo 

Daphne: Tavam tão lindinhos os dois juntinhos enquanto o Benny dizia que podiam entrar pra ver a exposição

Gregory: Benedict venceu na vida pela terceira vez

Daphne: E cara que orgulhoooooo 

Daphne: Tava tudo lindo

Daphne: Você se supera toda vez

Kate: Se vocês tão falando aqui tentando tirar um relato, eu pouparia meu tempo

Kate: Ele claramente não vai aparecer tão cedo 

Colin: Eita é verdade

Anthony: Talvez a gente veja ele domingo

Simon: Nem sei se vocês viram, mas saíram várias críticas elogiando a exposição

Eloise: VI SIM

Eloise: Inclusive uma que eu ri horrores lendo

Eloise: Vou mandar aqui

Eloise: 

Apesar de ter estado na festa desde o início da noite, o artista se atrasou para a abertura da exposição, chegando levemente desalinhado e com uma bela moça usando azul a tiracolo. Em seguida, enquanto todos viam a exposição, ele trocou o blazer cinza que usava antes por um azul escuro e passou a noite inteira com a moça ao seu lado. 

A princípio, pode parecer desorganização, mas acredito que foi premeditado. Contratar uma atriz para interpretar o papel de Prata e trocar o blazer cinza por um colorido para encerrar a narrativa das duas exposições é provavelmente a coisa mais genial que eu vi nos últimos tempos. 

Bravo, Benedict Bridgerton.

Colin: MENTIRA KKKKKKKKKK

Francesca: PQP KKKKKKK

Hyacinth: E eu pensando que eu tinha uma imaginação fértil

Eloise: Gente, sério, quem pagou o jornalista pra escrever isso? 

Eloise: Porque não é POSSÍVEL 

Gregory: Então é por isso que artista tem fama de doido? 

Kate: Cacete, nem eu sou marketeira a ponto de pensar nisso

Anthony: Será que a gente conta pra o crítico que foi só porque o Benny derrubou vinho no blazer e roubou o meu ou… 

Daphne: Eu quero muito ver a reação dele a isso 

Anthony: Falando nisso… 

Anthony: Alguém completamente sozinho aí?

Kate: Tô do seu lado

Eloise: Tô com Daphne e Simon (me meti no almoço deles, beijos

Colin: A Penny tá comigo

Francesca: O Michael tá almoçando comigo

Gregory: Tô com o Gareth

Hyacinth: Insuportável do caralho

Anthony: HYACINTH OLHA A BOCA

Hyacinth: Vocês xingam o tempo todo, só quem não pode sou eu? 

Hyacinth: Olha a hipocrisia

Hyacinth: Tô com a Felicity

Hyacinth: Ela mandou um beijo pra Penelope e disse pra ela responder a última mensagem que ela mandou

Colin: Quão longe se precisa ir pra conseguir a resposta de uma mensagem enviada pra Penny? 

Anthony: Pode ir, Benny

Kate: NÃO PODE NÃO

Benedict: A

Kate: Vocês tão doidos?

Kate: Tá todo mundo desavisado

KateA: notícia preocupante

Kate: Agora pode

Eloise: Notícia preocupante? 

Colin: Ahn?

Francesca: o que rolou? 

Benedict: Será que eu devia contar que a única razão pras situações "premeditadas" terem acontecido é que eu fui baleado? (eu tô bem, ok?)

Eloise: É O QUE

Francesca: BENNY? 

Colin: BALEADO? 

Gregory: PUTA QUE PARIU

Hyacinth: COMO O QUE QUANDO ONDE QUEM

Simon: COMO ASSIM

Daphne: BENEDICT PELO AMOR DE DEYS

Daphne: Onde você tá? 

Benedict: Eu tô na casa da mamãe

Benedict: Fui no médico assim que a festa acabou, levei cinco pontos e tá tudo sob controle

Benedict: A bala pegou de raspão

Colin: E eu pensando que você tinha caído da escada com o “eu machuquei o braço”

Gregory: Como que isso aconteceu? 

Benedict: Então… 

Benedict: Eu meio que tinha sido sequestrado

Eloise: MEIO QUE TINHA SIDO SEQUESTRADO? 

Francesca: SEQUESTRADO?!???!!!;!;

Colin: VOCÊ TÁ TENTANDO ME INFARTAR? 

Daphne: COMO ASSIM

Gregory: Off: vocês não tem noção do tamanho do grito que a Hyacinth deu agora 

Hyacinth: Tá fingindo que não tá tremendo por que, idiota? 

Gregory: Ah, tá bom

Anthony: Gente, sem briga

Anthony: E Benny, escreve um textão ou grava um áudio aí que todo mundo é ansioso e não vai sobrar um vivo se você não contar tudo logo de uma vez

Daphne: Como que o Anthony de todas as pessoas tá calmo? 

Eloise: ELE JÁ SABIA 

Colin: ANTHONY ESSE É O TIPO DE COISA QUE SE DIZ PROS IRMÃOS

Francesca: SIM CARALHO 

Anthony: Eu sei, mas o Benny me fez prometer não contar

Colin: Acabei de me tocar que o Benedict foi sequestrado e levou A PORRA DE UM TIRO e deixou eu pensar que ele tinha machucado o braço caindo da escada

Benedict: Por que você pensava que eu tinha caído da escada?

Anthony: Volta a escrever, responde depois

Colin: Ah, sei lá

Colin: Você e a Sophie voltaram do telhado e ela tava fazendo piadinha com escada 

Colin: Foi pra onde minha mente foi

Eloise: Benedict está digitando há 84 anos

Benedict: Então… Araminta se aproximou de mim com uma amiga (Rita) e eu fui dar atenção porque sou educado, daí do nada a Rita saca uma arma e aponta pra mim, dizendo que eu tinha que colaborar porque tinha uma outra pessoa deles também armada e com instruções para atirar na mamãe se eu não colaborasse (essa parte era mentira). Aí a Sophie chegou, descobriu que isso tinha acontecido e chamou a equipe dela do MI6, que já estava atrás das duas (sim, Sophie é do MI6). Aí ela encontrou com Araminta e Rita, Rita atirou em mim e elas foram pegas. Depois Sophie fez um curativo bem preliminar no meu braço, nós descemos, eu abri a exposição, fomos limpar a ferida, o Anthony (que era o único que sabia que eu tinha sumido) apareceu e surtou, mas depois ficou bem. Voltamos pra festa, fomos pro hospital, eu desmaiei, levei 5 pontos, voltamos pra casa e dormimos, fim

Benedict: Resumindo, tô bem

Benedict: Me dopando pra não sentir dor ou febre, mas tô bem

Benedict: Ah, e eu esqueci de dizer, mas a Sophie tava trabalhando na empresa pra vigiar as atividades da Araminta porque ela desviou 5 milhões de libras pra organização lá ao longo do último ano

Anthony: OI? 

Anthony: CINCO MILHÕES?

Daphne: Eu tô completamente sem reação

Daphne: Tudo isso acontecendo e a gente lá embaixo bebendo e fofocando

Hyacinth: Ninguém deixa nenhuma dessas doidas aparecer na minha frente, se não eu vou cometer um crime de ódio

Eloise: Eu ajudo

Eloise: Vale a pena perder o réu primário por isso

Gregory: CARAIO A SOPHIE É A 007

Colin: É muito cedo pra começar a chamar o Benedict de Bond Boy?

Colin: É sim seu sem noção -P

Eloise: Penelope foi oficialmente corrompida e abraçou o lado Bridgerton de ser

Colin: Oi Benny, como você tá? -P

Eloise: Ainda não foi completamente convertida, mas tá no caminho certo

Benedict: Oi Penelope

Benedict: Tô bem

Francesca: Eu ti tremenddo

Francesca: Você tá higienizando direitinho?

Anthony: Francesca orgulho da OMS (e da família inteira)

Benedict: Tô sim, Frannie 

Daphne: Gente, vamos combinar de não jogar mais esse tipo de coisa no grupo? 

Daphne: Entre o Anthony e a Kate presos na caverna ano passado e o Benny sendo baleado mas estando bem esse ano, acho que já tive testes cardíacos demais falando com vocês aqui

Benedict: Mas aí eu teria de repetir a mesma história 9 vezes ou reunir todo mundo que desse e depois ligar pros outros e… enfim, muita logística

Benedict: Antes que perguntem, vocês, mamãe e a polícia 

Kate: E por isso que eu coloquei o alerta de notícia preocupante

Eloise: Eu vi notícia preocupante e achei que tinha alguém com diabetes ou algo do tipo

Eloise: E gente

Eloise: Vocês percebem que a gente não deu falta de 5 milhões de libras né? 

Anthony: … 

Daphne: … 

Kate: … 

Hyacinth: Toda vez que eu acho que a gente não é tãaaao privilegiado assim aparece uma dessa pra me lembrar que somos sim

Benedict: Ei pessoal, a mamãe disse que vai ter jantar pra quem quiser vir

Daphne: Nós vamos 

Kate: Nós também

Colin: Eu ia me isolar por uma semana, mas vamos também

Benedict: Ótimo, então todos menos Frannie

Francesca: Sim, e eu odeio isso

Benedict: Vejo vocês mais tarde, então”

Benedict bloqueou o telefone, se sentindo mais leve do que antes. Se sentia mal de não ter contado para os irmãos mais cedo, mas agora isso estava sanado. Agora que não haviam segredos, as coisas prometiam finalmente se ajustarem. 


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