She escrita por Mavelle


Capítulo 36
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gente!!
Já estamos no nosso penúltimo capítulo (dá pra acreditar???) e meu Deus o tempo passou muito rápido! 34 capítulos e um extra e parece que foi um dia desses que eu comecei a postar essa história aqui...
Enfim, espero que gostem da reta final da nossa história!

Beijos,
Mavelle



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Depois de ouvir o depoimento de James (que durou incríveis 4 horas) e de dar o seu próprio (de apenas uma hora e meia), Sophie foi resolver a maior pendência que tinha: Posy. Tinha que esclarecer tudo e lhe pedir perdão, além de tentar convencê-la de que não tinha se aproximado dela só por causa disso. Assim, confirmou com Kate (que ainda estava chocada com os eventos da noite anterior) que ela não tinha ido trabalhar, o que era bem compreensível. 

Tinha ficado sabendo que a desculpa oficial era que Araminta e Posy tinham faltado o trabalho porque estavam doentes, mas Sophie sabia que a farsa não duraria muito tempo mais. Tinham conseguido fazer com que não houvesse nenhum plantão jornalístico durante a tarde e que nenhuma notícia fosse divulgada até que Kai e Mirabelle fossem encontrados, o que aconteceu ainda antes de Sophie sair do trabalho. James tinha feito acordos para que todos que se entregassem tivessem penas reduzidas mediante os depoimentos e aquilo podia parecer ruim, mas a maior parte dos envolvidos não era perigosa de uma forma que ameaçasse fisicamente a população. Eram mais representações públicas e articuladores do que qualquer outra coisa e aquilo era perigoso, mas não imediatamente. 

O pior de tudo é que, ao final daquela tarde, Sophie pensava que James Stuart não teria dado um mau rei, no fim das contas. Ele defendeu aqueles que acreditavam nele e lutou por eles. Lutou para conseguir melhores condições para eles, mesmo que ele próprio não tivesse os mesmos benefícios. Ele teria sido um bom rei para o povo e, por um momento, Sophie se pegou imaginando se não tinha cometido um erro ao impedir o Sturoyal. 

O devaneio durou menos de vinte segundos. 

James teria sido um bom rei, mas o caminho e as ações que deveriam ser realizadas até ele chegar lá eram horríveis. Além disso, também tinha de considerar as pessoas que estariam ao seu lado. Tinha visto o que Araminta e Rita estavam dispostas a fazer para chegar ao poder e não queria saber o que elas seriam capazes de fazer para mantê-lo. 

Sophie parou o carro em frente ao prédio de Posy, determinada a conversar com ela e tentar lhe explicar a situação. Então passou pela portaria e não foi anunciada, já que ainda estava liberada para entrar livremente, indo direto para o apartamento em que costumava morar. Era estranho parar ali e tocar a campainha ao invés de abrir a porta com a sua chave, mas foi isso que fez. Ouviu as passadas de Posy se aproximando da porta e percebeu o exato momento em que ela a viu pelo olho mágico.

— Vá embora! - ela disse, rispidamente. Claramente não queria conversar com Sophie e ela não podia culpá-la por isso. 

— Posy, eu sei que você provavelmente não quer me ver nem pintada de ouro nesse momento, mas eu queria tentar explicar e pedir perdão, apesar de saber que eu provavelmente não mereço.

— Você disse que eu era sua irmã. Irmãs não enfiam a faca nas costas uma da outra. Irmãs contam se a mãe e a irmã da outra estão envolvidas num movimento de traição à monarquia.

— Vamos conversar, por favor. - Sophie pediu, olhando para a porta mais uma vez.

Ela ouviu um suspiro e, em seguida, a porta sendo destrancada e aberta. Sophie agradeceu silenciosamente aos céus. 

— Entra. 

O apartamento continuava o mesmo que era da última vez que ela tinha estado ali, mas Posy parecia uma outra pessoa. Araminta provavelmente tinha usado sua chamada com Rosamund, que devia ter entrado em contato com Posy, nem que ao menos para dizer “ei, nossa mãe foi presa e a culpa é da Sophie”. 

— Eu não sei nem por onde começar, mas me desculpa por não ter te falado. 

— Por não ter me falado que trabalha para a polícia? Ou por não ter me dito que minha mãe e minha irmã estavam envolvidas com uma organização que planejava destronar os Windsor? Nós literalmente tivemos uma conversa sobre esse assunto e você não pensou em me dizer que aquilo que eu considerava loucura realmente estava acontecendo?

— Eu pensei em te dizer sim, mas estaria te arriscando, além da minha posição. E sim, quero te pedir perdão por tudo isso, e por mais ainda. 

— Você se aproximou de mim para conseguir ficar perto da minha mãe. - Posy acusou, sua voz cheia de dor. 

— Eu pedi sua ajuda porque você é minha amiga e minha irmã… 

— Mas vai dizer que isso não pesou ao menos um pouco na sua decisão de vir me procurar? 

— Um pouco sim, não vou mentir. A principal razão para eu ter vindo te procurar é porque eu precisava de um emprego na Bridgerton e eu sabia que você poderia me ajudar com isso. Acredite, se eu pudesse ter te mantido fora de tudo isso, eu teria. 

— Mas não manteve. E o pior é que eu entendo porque você fez tudo isso. Depois de tudo o que minha mãe fez contra você por todos esses anos, não me surpreende que você tenha se esforçado tanto para fazê-la chegar à justiça, mesmo que tivesse de me usar para isso.

— Eu não queria ter de te usar. 

— Mas não hesitou em usar quando precisou. 

— Sinto muito, Posy. Eu juro que a única vez que aproveitei algo que você disse foi quando falamos da data do casamento da Rosamund. Faziam meses que tentavam descobrir essa data e… 

Posy simplesmente levantou uma das mãos, pedindo que ela parasse de falar.

— Eu sei que você teve suas razões e que provavelmente estava seguindo ordens, mas você quebrou minha confiança. 

— O que eu posso fazer para consertar? Você é parte da minha vida há mais tempo do que eu possa me lembrar, Posy.

— E você da minha, mas, no momento, eu não quero nem olhar na sua cara. Por agora, acho melhor mantermos distância uma da outra. Eu te amo e sempre vou te considerar minha irmã, mas você sabia do que eles estavam fazendo e não me disse. Aparentemente, ninguém me considerou digna de confiança o suficiente, e isso é o que dói mais. 

— Eu não te contei porque estava tentando te proteger. Quanto menos você soubesse, menos chances teria de ser associada com eles quando tudo fosse descoberto. 

— É, mas eu já estou associada com eles. Ora, eram minha irmã e minha mãe. Você acha que alguém vai acreditar que eu realmente não sabia de nada?

Sophie engoliu em seco. Aquela conversa estava saindo pior do que tinha imaginado.

— Eu posso assegurar que você não sabia de nada. Minha palavra tem um pouco mais de peso nesse caso porque eu era responsável e estava morando com você.

— Bom, acho que tenho que lhe desejar boa sorte tentando me defender. 

— Posy, mais uma vez, me desculpe… 

— Só… vá embora. Não quero te ver. 

Sophie sentiu um nó se formando em sua garganta. Além de saber que Posy estava com a cabeça muito quente para escutar o que quer que ela tivesse para dizer, sabia que se ficasse ali, acabaria chorando na frente dela e só terminaria de firmar a cena. Então se dirigiu para a porta. 

— Fica bem, tá? Se precisar de ajuda com qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode vir falar comigo.

Posy assentiu, se sentando no sofá. 

Não disse mais nenhuma palavra e só ligou a televisão, enquanto Sophie ia embora. 

Queria ir para casa beber alguma coisa para esquecer a última hora e ser capaz de simplesmente se sentar com Benedict para ver um filme, mas lembrou-se que ele não estava em casa. Ela tinha de ir buscá-lo na casa de sua mãe, onde ficariam para jantar, o que parecia provavelmente a pior ideia do mundo para Sophie naquele momento. 

Sabia que, quando chegasse lá, se sentiria confortável e até gostaria da companhia, mas, naquele momento, não queria ir. Tinha terminado de estragar uma relação de mais de 20 anos e socializar não estava na lista das coisas que queria fazer. Queria chorar, beber e tomar sorvete, sem uma ordem específica, mas sabia que precisava ir buscar Benedict e também comer e responder as milhares de perguntas de seus cunhados. 

Assim, dirigiu até a casa de Violet, onde foi recebida por Anthony e Charlotte no portão. 

— Tia Sophie!!! - a menina disse, já abraçando sua perna. 

— Lottie! - ela a pegou no colo, dando-lhe um abraço e um beijo no rosto. Era difícil se lembrar de seus problemas com uma recepção calorosa como aquela. 

— Tava com saudade! 

— Eu também! Como você tá? Tá se comportando direitinho? 

— Sim! Tô ajudando papai a pintar o quarto do Ed.

Ela trocou um olhar com Anthony, que dizia, sem a necessidade de palavras, o quanto uma criança de 3 anos realmente estava ajudando na pintura do quarto. 

— Que legal! - ela virou para Anthony, já andando na direção da casa. - Como foram as coisas hoje na empresa? 

— Bom, todo mundo estava chocado demais que Araminta tinha faltado porque estava doente. - ele respondeu. - Eu queria muito ver a cara de todo mundo depois do jornal hoje à noite.

— Acho que ninguém vai ficar muito surpreso. A reportagem não vai mencionar meu nome, então todo mundo só vai ficar “a Araminta foi presa, ok”.

— É, realmente. E isso é porque foi denunciada por algo que ninguém ao menos sabia que existia e não por algo comum.

— Inclusive, tenho as provas de que ela estava desviando dinheiro da empresa. Posso te encaminhar. 

— Eu agradeço. 

Sophie colocou Lottie no chão e entrou na sala de estar, onde encontrou Benedict sentado entre Eloise e Kate, com Hyacinth contando alguma coisa e gesticulando bastante. Colin e Penelope estavam no outro sofá, Gregory, Daphne e Violet não estavam por ali e Simon ocupava uma das poltronas.

Assim que entrou na sala, percebeu o olhar de Benedict sobre si e olhou de volta. Aquilo foi mais do que o suficiente para uma mudança de postura dele, que tinha percebido que algo tinha dado errado.

— Aí eu bati na mesa e a coordenadora estava passando do lado na hora e decidiu me dar uma advertência. - Hyacinth concluiu. - E foi por isso que eu tive que vir pra casa mais cedo. 

— Boa noite. O que estamos ouvindo? - Sophie perguntou para ninguém em particular, sentando numa das poltronas disponíveis, mais ou menos perto de Colin e Penelope. Anthony sentou do lado de Kate, como todos sabiam que ia acontecer, e Lottie sentou no colo da mãe. 

— Hyacinth está tentando nos convencer que a medida disciplinar que ela recebeu na escola foi por bater na mesa e não porque brigou com o amigo do Gregory. - Eloise disse, simplesmente. 

— Meu Deus, você tava brigando com o menino de novo, Hya? - Anthony perguntou. 

— Que exagero. - Hyacinth disse. - Vocês fazem parecer que isso acontece toda semana. 

— Mas é porque acontece toda semana. - Benedict argumentou. 

— Não toda semana…

— Claro que não. Só acontece três vezes no mês. - Colin disse.

— Sabem, é por isso que eu gosto mais das mulheres de vocês do que de vocês. - ela disse e foi sentar no braço da poltrona de Sophie, ficando entre ela e Penelope antes de virar e perguntar: - É verdade que você deu uma entrevista também? 

— Não, graças a Deus não. Vai ter uma reportagem, mas não participei dela, o que é um alívio. 

— Sobrou pra mim. - Benedict disse. 

— Óbvio. - Penelope disse. - Era seu evento e tudo aconteceu com você e isso é o que dá audiência, não a pessoa que ajeitou tudo. Sem ofensas, Sophie. 

— Relaxe. - ela sorriu. - Até prefiro assim.

— Eu já disse que ela andava muito com você? - Benedict perguntou para Kate, falando de Penelope.

— Toda semana. - Kate e Colin responderam ao mesmo tempo. 

— Eu não posso nem pensar de forma marketeira que vocês vem dizendo que eu andava muito com a Kate. - Penelope disse. - Eu só sei a forma como a mente dos jornalistas funciona. 

— Como audiência, eu diria que você está certa. - Eloise disse e todos a encararam. - O que? As pessoas gostam de ver o circo pegando fogo e, não importa quão boa seja a resolução e o quanto isso as acalme, quando veem que as coisas estão dando certo, elas tendem a desligar. 

— Nisso você está certa. - Sophie disse. - E eu acho que, de qualquer forma, ficaria ainda mais em segundo plano, principalmente com toda a questão de a Araminta estar envolvida em um esquema para destronar os Windsor e tal. 

— O QUE? - foi a resposta de 5 vozes, que começaram todas a falar ao mesmo tempo. 

— Eu sabia que estava esquecendo de dizer alguma coisa. - Benedict disse, passando uma mão pelo rosto. 

— O que aconteceu? - Violet perguntou, entrando na sala enxugando as mãos num pano de prato. 

— Boa noite, Violet. - Sophie cumprimentou. 

— Boa noite, querida. O que aconteceu? 

— Benedict esqueceu de comentar que a Araminta foi presa por ser parte de um grupo que queria trazer os Stuart de volta ao trono da Inglaterra. 

— Você fala tipo os Stuart que eram reis? - Daphne perguntou, ao que Sophie assentiu. 

— Meu Deus, é a primeira e a segunda temporada de Outlander na vida real. - Eloise disse. 

— ISSO! - Penelope concordou. 

— Sophie, você é uma redcoat.

— Nossa, agora me senti ofendida. - ela disse com a mão sobre o coração apesar do tom de brincadeira. 

— É sério que ainda queriam fazer algo sobre isso? - Colin perguntou. - Não faziam uns… 

— 300 anos? - Hyacinth completou.

— Pois é, mas a linhagem ainda existia e com o sobrenome Stuart. - Sophie disse. - Eles estavam aproveitando a onda do sucesso da série e também o aumento da popularidade do tema ultimamente para se estabelecerem no poder. 

— Que absurdo. - Violet disse. - E eles achavam que o povo simplesmente ia virar as costas para os Windsor? 

— Ou que apoiariam a troca de um sistema monárquico para outro? - Eloise perguntou.

— Por incrível que pareça, eles tinham muitos apoiadores tanto na população quanto na câmara. - Sophie disse. - E apoio internacional, além de alguns grupos armados. 

— Sério? - Simon perguntou, se inserindo na conversa pela primeira vez. 

— Era isso que eu estava fazendo nesse tempo que estava afastada. Desmontando esses grupos. - ela disse, olhando discretamente para Benedict. Já tinha lhe explicado sobre isso e que tinha se afastado porque, se Araminta ainda não sabia que ela estava envolvida, definitivamente saberia naquele momento. Tinha feito questão de dizer para Posy que ela e Benedict tinham terminado e só podia torcer que ela passasse a informação para a frente, o que ela descobriu ter sido feito, mas não tinha sido o suficiente. 

— Apoio na câmara, apoio internacional, apoio popular, grupos armados… - Anthony disse. - Quão perto exatamente estivemos de um golpe? 

A sala inteira ficou em silêncio. Até Lottie, que tinha saído do colo da mãe e estava assistindo televisão, virou para ver o que Sophie ia dizer. 

— Perto. Muito perto. 

E realmente, se não tivesse ficado sabendo da data de casamento de Rosamund e James, não teriam começado a desmontar as brigadas quando começaram e então… bom, poderiam ter novos monarcas naquele momento. E, com eles, protestos pelas ruas, queda da economia, perda de apoio internacional, provavelmente tentativas de intervenção militar dos Estados Unidos e, em resumo, um grande caos.

Mais uma vez, todos ficaram em silêncio, desta vez mais tensos do que antes.

— Bom, eu não sei vocês, mas toda essa conversa de golpe me deu fome. - Colin declarou, quebrando o silêncio e já se levantando. 

— E quando você não está com fome? - Gregory perguntou, já o acompanhando até a sala de jantar. 

Pouco a pouco, todos saíram e foram para a sala de jantar, deixando Sophie e Benedict sozinhos enquanto o jantar não era servido. Ambos tinham se levantado e agora estavam bem próximos um do outro.

— Como foi com a Posy? - Benedict perguntou.

— Feio. - Sophie respondeu, abraçando seu tronco e enfiando a cabeça em seu peito. - Não acho que ela vá querer falar comigo por um bom tempo. 

— Sinto muito, meu amor. - ele respondeu, passando uma mão pelas suas costas. 

— Eu queria que tudo pudesse ser mais simples. 

— Suas vidas estão entrelaçadas há mais de 20 anos. Esse é um ponto em que tudo ou é simples demais ou complicado demais. É muito simples você confiar nela e muito difícil receber perdão quando você faz algo sabendo que vai machucar. 

— E se tem algo que eu sabia era que ela podia se machucar com isso. 

— Mas você fez o que precisava fazer, certo? Não é como se você tivesse escolha na maior parte do tempo.

— Eu podia ter contado para ela. 

— Você teria me contado se eu não tivesse adivinhado? 

— Eventualmente sim, mas ainda bem que você adivinhou. 

— Eu teria entrado em parafuso ontem se não tivesse adivinhado. Mas enfim: você contaria para a Posy sem que fosse necessário? Arriscaria ela se indispor com a mãe e a irmã? 

— Não. - ela admitiu. - Não acho que faria nada diferente. 

— Então dê tempo ao tempo. Espere ela esfriar a cabeça e vir falar com você. Não adianta ficar insistindo agora. 

Sophie o beijou. Era bom poder fazer isso, simplesmente beijá-lo sem pressa.

— Eu te amo, sabia? 

— Não mais do que eu te amo.

— Acho que podemos discordar nisso. 

Ambos sorriam e Benedict ia beijá-la mais uma vez, quando Colin passou de volta pela porta que dava na sala de jantar. 

— Ô casalzinho, sei que vocês tão compensando o tempo perdido, mas vamos jantar? - ele chamou. - Tô morrendo de fome. 

Os dois simplesmente o seguiram e o jantar prosseguiu como qualquer refeição com a família Bridgerton, ou seja, com uma certa dose de provocações trocadas e muita comida boa. Assim que o jantar acabou, Sophie se ofereceu para lavar a louça, sendo acompanhada por Penelope e Gregory, que secavam e guardavam, respectivamente. Terminaram rapidamente e logo foram para o lado de fora, onde os outros estavam esperando para tomar chá. Benedict estava conversando com Eloise e Colin, Violet e Daphne brincando com Charlotte no balanço, e Kate, Simon e Hyacinth estavam numa conversa animada, cujo tema Sophie tinha certeza que jamais adivinharia, nem mesmo se tentasse muito. Gregory e Penelope logo se incluíram nos outros grupos, mas ela lembrou de algo e se aproximou de Anthony, que observava tudo um pouco mais afastado do grupo. Sabia, assim como ela, que o jornal começaria em breve e que depois disso estaria ocupado tentando não deixar que vinculassem os feitos de Araminta com a empresa, mas, por enquanto, estava relaxado.

— Nossa, acabei de lembrar de uma coisa bem aleatória, mas que acho que você devia saber. - ela disse. 

— Eu? - Anthony estranhou. 

— Sim.

— Você tinha se infiltrado na empresa antes para investigar uma outra pessoa e só se lembrou disso agora? - ele perguntou, com um tom divertido.

— Não, não. Eu acho que você nem lembra disso, mas eu encontrei com você numa festa na França no ano passado. - ele franziu o cenho. - Você estava distraído e quase me derrubou. 

— Ah! Era você? 

— É. Eu quase me desesperei quando te vi, achando que o Benedict podia estar lá também. 

— Nossa, agora tudo faz sentido. E você estava de lente?

— Algumas pessoas lá podiam me reconhecer. 

— E por isso o surto maior de eu ter te reconhecido?

— Exatamente. Não teria estragado meu disfarce completamente, mas seria estranho você falar comigo por mais do que 30 segundos naquela festa. 

— Eu queria muito dizer que teria associado se tivéssemos conversado por mais tempo, mas não teria. Sinto muito. 

— Nada a perdoar. Você tinha me visto uma vez de relance e, bom, tinham outras coisas mais importantes na sua mente naquele momento. - ambos viraram, seguindo o som da risada de Charlotte, que ainda estava no balanço. 

Nesse momento, Benedict se aproximou dos dois, avisando que estava na hora do jornal começar e todos seguiram para a sala, onde assistiram a reportagem sobre o caso (que acabou tomando a maior parte do tempo do jornal) e responderam perguntas de conhecidos e de Francesca, que estava na Escócia e não tinha pegado a explicação do que era o Sturoyal. Quando o jornal acabou, ainda ficaram mais um tempo, ajudando com comunicados oficiais para a imprensa, tanto da empresa quanto do próprio Benedict, que era uma figura pública. Foi um pouco desgastante, mas tudo bem. 

Fins e começos tendiam a ser assim. 


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Notas finais do capítulo

sim, finalmente mencionaram Outlander, sei que tava todo mundo esperando desde o início aksdjasdjkhak



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