O Hacker dos desenhos escrita por pedrojonassm


Capítulo 57
Fuga




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Eles estavam fazendo fila para pegar a roupa, todos os prisioneiros estavam lá para pegar a nova roupa para que pudessem usar roupas limpas. Nenhum deles havia incomodado Pedro, Robson ou Diana desde que eles os derrubaram. Pedro e Robson estavam indo para a fila e assim que viram André o puxaram tirando-o da fila. Ele os fitou sério e eles chamaram para que fosse para o final da fila, ele bateu os braços e os seguiu. Não havia mais ninguém para entrar na fila então eles iriam para o final e chamaram Diana para que fosse para o final com eles.

— Porque vocês me tiraram de lá e me trouxeram para o final da fila? — André perguntou fitando-os com os braços cruzados.

— Todas as roupas estão naquela sala, você quer as roupas que tinha antes de ser preso de volta né? — Pedro perguntou e ele ficou calado, apenas acenou positivamente com a cabeça e se escorou na parede.

— Isso vai demorar muito — Diana falou também encostando na parede e suspirando assoprando seu cabelo para cima de sua cabeça.

— Não custa nada esperar, nós vamos sair daqui hoje — Pedro falou olhando para frente no final da fila — A espera é essencial para o sucesso — Comentou cruzando os braços e encostando na parede — Infelizmente, também é algo chato de se fazer, mas pelo menos vale a pena.

— Sim — Robson comentou suspirando então encostou na parede para esperar. Eles esperaram um bom tempo para que chegasse a vez deles e Pedro foi o primeiro a poder pegar sua roupa, passando na frente de Robson.

— Está bem desgastado viu — Pedro falou assim que viu o homem que estava distribuindo as roupas. Ele não parecia cansado por um dia de trabalho, ele parecia cansado por várias noites sem dormir. O homem ficou sério e foi pegar a roupa de Pedro na gaveta do mesmo e assim que ele pegou e entregou para Pedro ele o fitou por um bom tempo — Sabia que os neurônios no cérebro guardam todas as informações que você ouve? Que nada nunca é perdido? Apenas algumas ligações são cortadas e você se esquece de alguma coisa, mas basta um pequeno impulso para se lembrar de qualquer coisa. Sabe que cor é a energia que passa pelos neurônios? — Perguntou com um sorriso no rosto fitando André, Robson e Diana que estavam ao seu lado. O homem arregalou os olhos e descansou os braços.

— Laranja verdadeiro. O que deseja, senhor? — Perguntou fazendo com que os outros fitassem Pedro com uma sobrancelha arqueada.

— Pegue minhas roupas e acessórios de antes de ficarmos presos aqui, as dos meus companheiros também — Pediu ficando sério. O homem acenou positivamente e pegou as roupas que eles estavam antes de serem presos e foram vestir. Diana estava com uma camisa roxa com mangas curtas e uma calça jeans laranja o que ressaltava seu cabelo laranja de mechas azuis. Além disso ela estava usando uma sapatilha confortável, um óculos grande e escuro, e uma muleta de cego.

—  É estranho pegar nisso de novo, depois de tanto tempo — Ela falou mexendo sua muleta de um lado para o outro.

— Você parece uma cega assim — André comentou se aproximando deles. Ele estava com uma blusa branca com apenas 2 botões colocados que ressaltavam sua pele branca e seus cabelos também brancos, uma jaqueta azul aberta, uma calça e uma bota preta. Estava elegante, parecendo que iria para alguma festa chique.

— Eu não sou cega, pelo menos não mais — Ela falou fitando a muleta novamente com uma face triste. Pedro bateu com sua mão levemente em suas costas fazendo-a o fitar e logo em seguida fitar o chão. Devido os óculos escuros ele não conseguia ver os olhos dela, mas ele sabia o que era, dessa vez ele sabia.

— Ela estará te esperando — Pedro falou com um sorriso no rosto. Ela o fitou por um momento e mostrou um sorriso.

— Muito bem, vamos sair daqui — Robson falou chamando a atenção dos dois que caminharam até a quadra aberta da prisão então fizeram parte do chão levitar e eles saíram dali voando para cima do presídio.

— Porque viemos para cá? — André perguntou fitando os dois que estavam sorrindo.

— Se a gente sair voando em cima de uma pedra vai dar errado, eles têm armas de fogo André! Nós temos uma forma melhor de sair daqui — Pedro respondeu colocando a mão no bolso, nesse momento um pequeno monstro que mais parecia uma larva apareceu e perfurou a parte de trás do queixo deles. Robson, André e Diana ficaram retos, sérios e se viraram lentamente. Pedro os imitou sem saber o que fazer, nem mesmo retirou o bicho que estava preso mais atrás de seu queixo. Foi aí que um ser que parecia humano se aproximou deles, mas o que mais se destacava era a cara do homem. O cabelo do homem era grosso e escuro como o de um urso pardo e saia por toda a cabeça, nas laterais direita e esquerda e em seu queixo saiam pequenos e inúmeros tentáculos que ficavam se mexendo enquanto ele andava além de brilharem com algo que mais parecia ser um muco. Ele tem duas orelhas que pareciam estar fechadas na parte mais em cima da cabeça. A parte da frente em sua cara é a mais estranha, ela não possui pelo e é enrugada e funda, seu nariz é grande e ele possuí uma mandíbula estranha, mas o mais estranho era o olho. Além de ter apenas um, parecia que sua testa estava fazendo o possível para agarra-lo enquanto o olho tentava fugir, esticando-se com para frente. Não era um homem, era um monstro. Ele se aproximou dos cinco e os cheirou fechando seu olho.

— Quantos prisioneiros tem aqui? — Ele perguntou assim que terminou de cheirar Troi virando-se para ver a floresta ao longe. Sua voz era grossa e sombria, difícil de entender.

— 9 vezes 8 é igual a 72, vezes dois são 144, mais 10 são 154. Isso é a lotação máxima, acredito que tenha pelo menos uns 100 prisioneiros ali.

— Junto com os guardas?

— Estamos aqui a pouco tempo, não temos certeza de quantos guardas tem por aqui. Vimos pelo menos uns 8 só — Robson respondeu.

— Eu já vi uns 80 Guardas — André respondeu fazendo o monstro sorrir.

— Ora ora, parece que isso será fácil. Fiquem aqui — Mandou então pulou de onde estava e saiu dali. Pedro foi rápido e matou rapidamente a larva que estava neles esguichando sangue delas no corpo deles que desmaiaram no chão então foi para a janela em cima do presídio para ver o que estava acontecendo. Pedro viu a dona do presídio entrar em sua sala e, pouco antes de fechar a porta, o monstro entrou pela parte de cima dela, aparentemente ele consegue se prender em paredes, foi assim que não foi visto. Um guarda entrou lá pouco depois do monstro e saiu de lá algum tempo depois sem a larva em seu queixo, parando na cela mais próxima e levando os dois prisioneiros de lá para a sala da diretora.

— Ele está reunindo um exército. Pois bem, parece que dessa vez eu não terei ajuda — Pedro comentou se sentando e fitando os outros — Seria bom se eu conseguisse controlar essas coisas — Falou se levantando e caminhando para sair do teto.


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