Eternal escrita por gisellecullen


Capítulo 67
66- Sensações de uma morte


Notas iniciais do capítulo

uuuuhhh... q medo! O.o



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John POV

 

Nanda não sabia, mas com cada gesto, com cada atitude que ela tinha, ela rumava ainda mais para o inevitável futuro previsto por mim... o inevitável destino... Inclusive com o que ela acabara de fazer, com o que ela ainda faria hoje...

 

Eu sentia que precisava protegê-la, eu sabia o que estava acontecendo, só que eu não seria necessário... não hoje... não agora... não era a hora.. ainda...

 

Eu sabia de seus sentimentos, sabia que ela detestava tudo aquilo... Na verdade eu também detestava... detestava ter que fazer escolhas que implicavam na existência de todos ali.

 

Muitos me julgariam mau, o vilão da ‘história’ toda... mas eu não os culparia... talvez eu fosse mesmo...

Como eu queria poder contar tudo à ela agora... mas não dava... isso não estava na linha de nossas vidas, uma linha chamada futuro, uma linha que amarrava a nós e aos Cullen, em um destino só...

 

Mas eu teria que prepará-la, prepará-la para uma vida nova... uma vida que eu não poderia participar...

 

Edward POV

 

Saí correndo o máximo que eu pude. Cheguei até o começo do penhasco e pude a ver. Ela estava bem na ponta, pronta para pular. Encarava o mar e suas ondas como se fosse chamada por ele. Senti agonia ao ver aquilo... o que ela queria fazer? Porque tudo aquilo parecia ser um Deja Vu do que já havia ocorrido?

As palavras de Alice começaram a fazer ainda mais sentido... Deja Vu... essa palavra resumia tudo...

 

“NANDA!!!”

 

Ela olhou para trás e me viu. Lágrimas começaram a brotar de suas lindas orbes violeta. Me doía muito ver aquilo e saber que eu era o causador de sua dor... novamente... Eram lágrimas de mágoa, de tristeza... Ela voltou seu rosto, agora mirando as ondas enfurecidas... Não.. ela não faria...

 

“Nanda... não..!” Dessa vez minha voz saiu esganiçada, refletindo todo o meu desespero.

 

Ela virou-se novamente para mim, me olhando como se quisesse decorar cada um de meus traços, logo depois virando-se para o outro lado, para o lado de uma grande queda. Pude ouvi-la respirar fundo, levando todo o ar possível para dentro de seus pulmões, e antes que eu pudesse chegar para pegá-la, ela havia saltado... pude ver um sorriso sair de seu rosto enquanto caia.

 

Pulei rapidamente atrás dela, o mar estava muito revolto, e a chuva que estava há horas ameaçando cair começou....

 

Eu estava começando a me desesperar. A chuva fina que tinha começado a cair se transformou em pouco tempo em uma tempestade torrencial. Eu não conseguia sequer sentir o cheiro de Nanda devido à água e também não conseguia ouvi-la, o que me desesperou ainda mais. De repente ouvi algo.. era algo como um murmúrio baixo:

 

“Edward... Eu... te.. amo...”

 

Mas como eu podia ouvir sua voz se ela estava dentro d’água? Só depois percebi... ela não havia falado nada... ela havia... pensado aquilo... Ela devia estar muito fraca, pois o escudo deixou de a proteger. Uma onda de felicidade, que não sei de onde surgiu, me invadiu do nada.. Ela me amava?

 

Mergulhei mais fundo e pude ver algo que se destacava do escuro do mar.. era.. Nanda.. sim! Era ela.. ela com o vestido lilás... eu podia vê-lo mesmo entre as escuras ondas.

 

Fui até ela.. seus longos cabelos negros balançavam no ritmo das ondas. A peguei num abraço, a levando para cima. Saí rapidamente da água, indo em direção a areia com ela nos meus braços... inconsciente...

 

“Nanda... Nanda!!! Nanda, por Deus.. fala comigo!”

 

Eu a sacudia, mas ela não estava acordando. Coloquei as minhas mãos uma sobre a outra em seu tórax e pressionei.

 

Uma... duas... três vezes...

 

Nada...

 

Três... quatro.. dez vezes...

 

“Nanda!!!” Gritei.. Nada...

 

O desespero começou a tomar conta de mim, e o que eu queria negar, o que eu nunca esperava e nem queria que acontecesse estava acontecendo...

 

Eu me apaixonara por ela...

 

Mas.. droga! Ela estava morrendo... porque? Porque isso acontecia comigo? Ela já não respirava à algum tempo... eu sabia que ela conseguia ficar muito tempo sem ar, mas já tinha ficado tempo demais... Ela não podia morrer.. dessa vez eu não agüentaria.. não de novo...

 

Comecei a me xingar mentalmente. Como eu era burro! Porque fui deixar para perceber isso tão tarde? Agora ela estava ali.. morrendo.. e eu não fazia.. nada...

 

Flashs de minha Bella começaram a passar por minha cabeça. Nossos momentos...minha partida.. sua morte...

 

Apertei forte as minhas têmporas, afastando aquelas memórias para longe, principalmente a última...

 

Poderia ser ela?

 

Numa atitude desesperada apelei para a única alternativa que sobrara.

 

Colei meus lábios nos seus. Soprei todo o ar que pude para dentro dela, enviando um sopro.. o sopro de vida que ela necessitava.

Fechei a passagem de ar de seu nariz e soprei novamente me deliciando com a sensação de ter seus lábios novamente em contato com os meus.

 

E para o meu completo alívio ela começou a tossir, cuspindo grandes quantidades de água. Ela tossia, na busca desesperada por ar, que agora ela tinha.

 

Terminei de deitá-la na areia. Ela ainda respirava pesadamente com os olhos fechados

 

Quando sua respiração se acalmou e ela finalmente havia parado de tossir, começou a abrir os olhos vagarosamente. A chuva ainda caia sem trégua sobre nossos corpos já encharcados, colando nossas roupas a eles.

 

“E... Edw..ard?!”

 

“Shhhhh... Calma!”

 

“Edward.. eu.... er. Sai!” Ela levantava desesperada, caindo logo em seguida, completamente tonta, mas eu a peguei antes que fosse ao chão.

 

“Calma Nanda... Calma... Nanda.. er.. Por que fez aquilo?”

 

“Eu.. eu queria testar a sensação de... de não ter que me preocupar com mais nada...”

 

“Nanda... fugir não vai adiantar...”

 

“E como tem tanta certeza Edward? Você parece o tipo que foge ao menor sinal de insegurança...” Aquilo me feriu... Eu sabia que na verdade eu era mesmo assim... tanto que havia deixado Bella...

 

Mas eu tinha certeza... certeza do que eu queria...

Eu ainda não sabia direito o que estava acontecendo comigo, mas era uma sensação muito boa estar ao seu lado, ouvir o som de sua voz, tocá-la...

 

“Eu...” Pensei com cuidado nas próximas atitudes que tomaria de agora em diante, isso era sério... muito sério... “Er.. eu tenho! Porque.. eu não vou mais fugir!”

 

Assim dizendo colei nossos lábios... mas dessa vez não havia sido nada instintivo, eu havia pensado muito bem no que ia fazer, antes de fazer...

 

Nossas línguas brincavam uma com a outra. Passei minhas mãos por toda a extensão de suas costas, e pude senti-la arrepiar-se com o contato. Recolhi-as com receio de que não estivesse gostando, afinal.. o lugar já estava frio, e eu era ainda mais frio...

 

De repente Nanda me afastou com as mãos e virou o rosto para o outro lado.


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Notas finais do capítulo

tcharam! agora eh a nanda q vai começar com frescura??? isso so no proximo capitulo, q postarei segunda ou terça...
bjao!