Asas Douradas - Fremione Reescrita escrita por Lumos4869


Capítulo 2
Capítulo 02 - Gêmeos, anjo e perguntas.




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Capítulo 2 – Gêmeos, anjo e perguntas.

   Fred Weasley estava realizado. O baile foi ótimo ainda mais acompanhado por uma garota como Angelina. O ano em si estava sendo perfeito: Ele e George estavam conseguindo juntar um dinheiro através das apostas para a futura loja de logros; conseguiu uma parceira incrível (Angelina); o Torneio Tribuxo estava sendo incrível e claro, a beleza francesa encantava qualquer um.

    O salão principal não estava muito cheio, muitos alunos ainda estavam cansados da noite anterior. Os gêmeos estavam sentados ao lado de Ginny que ria de alguma piada dita por eles.

— Mas conte-nos como foi o baile na companhia de Neville? – Fred perguntou.

— Neville é um garoto muito bom... – Gina deu uma pausa para tomar um gole de seu suco. - ... mas sabem muito bem que não era ele quem eu esperava me chamar para o baile. – a ruiva mais nova respondeu um pouco desapontada.

— Ah sim, sabemos. – George sorriu. – Afinal, não há uma alma de Hogwarts que não saiba...

— ... do enorme precipício que Ginny Weasley sente por Harry Pot... – Fred ia terminar a frase do irmão se sua irmã não tivesse jogado um pão na sua cara. – Quanto amor, querida Ginevra.

— Não. Me. Chame. De. Ginevra. – ela falou pausadamente e fez os gêmeos engolirem um seco. Mesmo com seus treze anos, o olhar da Weasley mais nova fazia qualquer um tremer na base.

— Nós te amamos muuuito, viu? – George falou com um sorriso brincalhão no rosto e abraçou sua irmã de lado. – Forge, deveria tratar sua irmã com mais carinho! Sabe muito bem que nossa queridíssima irmã não gosta de ser chamada assim, certo Ginevra? – ele falou e desviou de um tapa vindo da mesma.

— Pois sabe, Gred, eu estava pensando aqui e tive uma ideia. – o ruivo começou. – Harry só tem olhos para uma tal oriental. Por enquanto. – Fred completou a frase quando recebeu um olhar feio de Ginny.

— Não seria uma má ideia se assim, por acaso... – George fez gestos exagerados com suas mãos - ... ela acordasse com um cabelo maravilhoso.

— Esplêndido! – Fred fez gestos também.

— Único! – Os dois falaram juntos e Ginny levantou uma sobrancelha.

— O que vocês aprontaram dessa...? – ela não terminou sua frase porque logo uma figura com o cabelo rosa choque apareceu na entrada do salão.

— Eu te disse que não estava legal, Mari. – Cho Chang choramingou. Amanheceu com seu cabelo dessa forma e ela estava desesperada sem saber o que fazer. Já tentou de tudo e aquela tinta não saía de jeito nenhum. Quem poderia fazer algo assim com ela?

— Logo mais passa, Cho. – Marietta a consolou. – Tenho certeza que Cedrico vai continuar gostando de você mesmo se você estivesse careca. – ela falou isso e arrastou uma Cho chorona para a mesa azul.

— Não estou acreditando. – Ginny soltou boquiaberta e logo soltou algumas risadas baixas. – Vocês são meus irmãos favoritos. – ela falou e abraçou os dois.

— Tudo para te animar, querida Ginevr... Ginny. – Fred arrumou a frase com o olhar da ruiva. – Ouviu, Gred? Eu sou o irmão favorito dela. – ele falou com orgulho e estufou o peito, arrancando algumas risadas da ruiva.

— Tenho certeza que ela falava de mim, Forge! – George estufou o peito também – Todo mundo sabe quem é o gêmeo mais bonito, inteligente e popular.

— Precisamos ir. – Fred deu um beijo no topo da cabeça de Ginny, ato que foi copiado por George. – Passamos ontem o dia inteiro sem aprontar, Flitch deve estar com saudades de nós.

— Não peguem mais detenção ou mamãe mata vocês. – a menor falou rindo enquanto os gêmeos se dirigiam a saída.

*****

    Hermione acordou com a sensação de que fora pisoteada por cinquenta hipogrifos bêbados. Olhou em volta e percebeu que ainda estava na sala precisa e suspirou. “Então foi tudo real.” pensou enquanto tentava se manter em pé. Quando finalmente conseguiu, sentiu que a cada passo seu era um sacrifício. Não havia mais asas e percebeu que não havia nenhum corte nas suas costas também quando passou a mão.

— Pelas barbas de Merlin, por que comigo? – ela murmurou quando finalmente saiu da sala precisa. Caminhava lentamente e sempre apoiada à parede. Seu vestido, antes azul e bonito, estava molhado, rasgado e sujo. Hermione soltou um gemido de dor e praguejou quando novamente sentiu tudo sair de foco e escurecer.

— Hermione...? – ela ouviu uma voz (ou seria vozes?) chama-la antes de ser levada pela escuridão, sem antes sentir um par de braços a segurar.

*****

    O coração de Fred estava acelerado devido ao choque de encontrar a sabe-tudo Granger naquele estado no meio do corredor do sétimo andar. George foi mais rápido e segurou a garota antes dela cair.

— Mas o que raios aconteceu com ela? – uma veia saltava na testa de George e Fred tinha certeza que sua feição também não era das melhores.

— Vamos leva-la à enfermaria, ela mal respira. – Fred constatou quando se aproximou do rosto da castanha.

   Fred pegou Hermione com cuidado dos braços do irmão enquanto George colocava a capa de seu uniforme para cobri-la. Os dois saíram correndo em direção à enfermaria, sem se importar com os poucos alunos nos corredores. Com a ajuda de algumas passagens secretas, logo chegaram ao destino. O maxilar de Fred estava trancado tamanha preocupação que sentia naquele momento. Por mais que não fosse tão próximo dela, sabia o quanto ela era importante para Ron. Enquanto corria com ela em seus braços, a capa de George escorregava aos poucos e foi percebendo os ferimentos por todo o corpo da mais nova. O que mais chamou a atenção dele foi uma marca que parecia uma lua entre seus seios.

— Tia Poppy! Tia Poppy! – George gritava enquanto seu irmão colocava a castanha com cuidado em uma das camas.

— Mas o que foi, menino? – a enfermeira apareceu às pressas do fundo da enfermaria e quando fixou os olhos na castanha, estes se arregalaram e ela soltou um grito fino e curto. – Oh, menina Granger! O que fizeram com você? – ela correu até o leito e se virou aos gêmeos que continuavam estáticos. – Ela pode estar desacordada, mas ainda é uma dama! Anda, fora daqui os dois! – Isso pareceu tirar os dois do transe. – Vão chamar Dumbledore e Minerva! – sem trocar nenhuma palavra ou olhar, os dois saíram às pressas do lugar.

*****

— “Hermione?” – a sabe-tudo abriu seus olhos e percebeu que estava novamente naquele campo de seus sonhos. Dessa vez, um menino, dono da voz suave que sempre acompanhava seus sonhos. Um par de asas brancas de tamanho mediado estavam em suas costas.

— Essa é a tal marca, mão é? – a castanha seguiu com a ponta dos dedos a lua marcada em seu peito.

— “Sim” – o menino se sentou ao lado dela. – “Sei que sua transformação deve ter sido horrível. Seria muito mais fácil se seu anjo estivesse aqui.”

— Poderia me dizer quem é o meu anjo? – ela perguntou.

— “Tem certas coisas que por mais que eu queira te explicar, não posso. Não enquanto sua ligação com ele não tenha se completado.” – ele sorriu triste. – “Faz parte da marca, somente seu anjo pode te ajudar com certas coisas. Não se preocupe, ele já deve saber que sua marca despertou e logo tentará entrar em contato com você. Fica muito mais fácil de fazer isso depois da primeira transformação.” – o menino explicou e Hermione pode reparar que ele parecia estar aflito.

— É por isso que agora posso te ver? Por que a marca despertou? – ela perguntou.

— “Isso.” – ele sorriu.

— Obrigada por estar me ajudando. – ela o abraçou de lado e sentiu o menino apoiar a cabeça em seu braço.

— “Meu nome é Leo.” – o garotinho sorriu e Hermione reparou nos olhos dourados dele.

— O meu é Hermione, como você sabe. Mas pode me chamar de Mione. É assim que meus amigos me chamam. – ela sorriu.

 – “Você precisa volta agora, Mione.” – a castanha concordou e ao sentiu a ponta dos dedos de Leo tocar sua testa, sentiu sua presença ser levada de volta para a realidade.

*****

— Srta. Granger? – uma voz calma a chamou, fazendo ela forçar seus olhos a abrirem. Quando o fez, encontrou o diretor Dumbledore a olhando com curiosidade por trás de seus oculinhos; a Professora McGonagall com um olhar preocupado e ao seu lado estava Madame Pomfrey. – Como está se sentindo? 

— Moída. – sua voz saiu mais fraca do que esperava. Ela tentou se sentar na cama, sem sucesso. Logo Madame Pomfrey veio ao seu auxílio.

— Acredito que tenha muitas dúvidas, senhorita. – o diretor continuou. – Madame Pomfrey nos informou de sua marca no peito assim como as diversas feridas em seu corpo. Devo dizer que nunca vi os gêmeos Weasley tão sérios e tensos em minha vida.

— Oh. – Hermione soltou e se lembrou vagamente do rosto dos dois antes de apagar. Fez uma anotação mental de agradecer os dois depois – O senhor sabe alguma coisa sobre minha marca? – perguntou e contou a eles tudo que havia acontecido até então.

— Um anjo caído, faz muitos anos desde que vi um novamente. – Dumbledore comentou depois de ouvir a aluna. – Infelizmente, sei pouca coisa, senhorita Granger. A marca que carrega está relacionada aos anjos. São raros, mas há anjos que escolhem um humano para carregar sua marca, assim compartilhando um pouco de seu poder. Os escolhidos são chamados de anjos caídos e como estes não têm a capacidade de suportar todo o poder de um anjo, precisam passar por uma transformação na primeira noite de lua cheia do mês para que possam liberar suas asas. Os anjos são extremamente discretos, assim como seus escolhidos, por isso não se espante se não tiver conhecimento sobre elas, srta. Granger.

— Entendo, diretor. – Hermione falou pausadamente. – Por que este anjo me escolheu?

— Somente o anjo que te deu a marca que sabe, minha querida.

— Isso significa que terei que passar por tudo aquilo de novo até que possa ter as respostas.  – Hermione deu um suspiro derrotado e encolheu seus ombros. – Mas e meus amigos? O que direi a eles?

— Não creio que seja seguro informa-los sobre isso. – McGonagall se pronunciou pela primeira vez. – Pelo menos não enquanto não entendermos melhor sobre os anjos caídos.

— Mas professora, são meus amigos! – Hermione estava indignada, mas sua voz fraca não cooperava muito. – Confio minha vida a eles.

— Sei disso, minha querida. – ela deu um sorriso materno – Mas temo pela sua segurança e os perigos que surgiriam a você e seus amigos se a notícia de que um “anjo caído” foi encontrado se espalhasse.

— Acho que agora eu entendo o que o professor Lupin passou enquanto sofria suas transformações sozinho. – Hermione suspirou – Pensando melhor, a senhora tem razão, professora. – a castanha olhou para a senhora de pé. – Se nem o diretor sabe ao certo tudo sobre minha situação, eu não vou arriscar a vida de meus amigos por um egoísmo meu.

— Teremos que discordar de você, sabe-tudo. – Fred e George surgiram na entrada da enfermaria.

— Ouvimos desde o início, diretor. Mimi, não nos puna por estar ouvindo atrás da porta. – Fred falou com um sorriso antes de assumir um semblante sério. – Sabemos que talvez nós não somos a melhor opção para oferecer apoio a ela, mas se tratando de um assunto sério e se tratando de uma amiga, iremos permanecer ao seu lado. – Hermione o olhou com um sorriso fraco no rosto. Nunca fora muito próxima dos gêmeos, mas presenciar essa atitude dos dois, fazia com que ela se sentisse acolhida.

— Sabemos também que há riscos. – George falou quando percebeu que a professora McGonagall iria se pronunciar.- Porém, nós somos o próprio perigo e não temos medo de nada. Além disso, nossa sabe-tudo vai precisar de muitas risadas e momentos bons. Então nada melhor que nós para esse papel. – George piscou para a castanha que segurou o riso.

— Admiro a atitude de você, mas ainda sim é muito perigoso. A vida de vocês e a dela estão em jogo! – McGonagall respondeu.

— Por que não, Minerva? – Dumbledore sorriu e os gêmeos se permitiram relaxar um pouco.

— Mas Alvo...!

— Não é fácil enfrentar o desconhecido sozinha. Deixando claro que nunca duvidei da coragem Grifinória de Srta. Granger. – Dumbledore lançou um sorriso à estudante. – Só que às vezes, somente a nossa própria força não é o suficiente e precisamos de alguém para nos segurar quando cairmos. Remus Lupin e os marotos são um belo exemplo. – McGonagall pareceu pensar e por fim, deu um suspiro derrotado.

— Está bem. – ela disse fazendo os gêmeos sorrirem. – Pensaremos mais tarde em uma desculpa para encobrir a fuga de vocês na lua cheia. E por favor, tenham cuidado.

— Obrigada, tia Mimi. – Fred falou e recebeu um olhar de advertência da professora. – Cuidaremos bem dela.

— Fred, George... - Hermione tentou manter sua voz firme – É sério, não precisam fazer isso. É muito perigoso e não quero machucar ninguém.

— E deixar você sozinha naquele estado de novo...? – George começou

— ... Mas nem que o Malfoy dance balé em uma saia de tutu vermelha e dourada! – Fred continuou arrancando algumas risadas.

— Pensando bem, Forge, essa é uma cena que eu quero ver. – George falou e fingiu imaginar a cena.

— Tem razão, meu caro Gred.– Fred imitou o gesto.

— Que absurdo, estou sendo trocada por uma doninha. – Hermione fez um drama falso.

— Vejo que já estão se dando muito bem. – o diretor falou com um sorriso. – Eu irei continuar com minhas pesquisas sobre sua marca, senhorita e por favor, não hesite em me procurar ou procurar Minerva caso algo aconteça.

— Sim, professor Dumbledore. – Hermione respondeu e observou o diretor e sua professora saírem da enfermaria.

— Vocês também, fora! – Madame Pomfrey se pronunciou. – Srta. Granger ainda precisa descansar!

— Está bem, está bem. – os dois levantaram as mãos em forma de rendição. – Conversamos depois, Hermione. – ambos apertaram as mãos da castanha.

— Obrigada. Obrigada mesmo. – Hermione respondeu e se deitou na cama com a ajuda da enfermeira. Sem nem perceber, Hermione Granger foi levada pelo o sono.


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