The Chosen Ones — Chapter One. escrita por Beatriz


Capítulo 25
Gaara: a Doragon chega em Sunagakure.




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Depois do que acontece na arena de treinamento, eu acordo no hospital. Sozinho no quarto, eu penso no que aconteceu, no que eu fiz a Akemi e em como ela pode estar. É claro que eu me sinto péssimo, mas me sinto assustado também. Lembro de muita coisa que aconteceu antes que eu desmaiasse e o fato de Shukaku quase ter tomado controle de mim é uma delas. Se ele me dominasse e eu perdesse o controle de novo, como aconteceu oito anos atrás, talvez nem meu pai fosse capaz de me parar como ele havia feito, pois a cada dia eu sinto Shukaku mais forte dentro de mim.

A primeira pessoa que vejo depois de acordado é Temari, ela entra no meu quarto cautelosamente, mas assim que vê que eu estou desperto começa a tagarelar sem parar. É estranho vê-la assim, falando pelos cotovelos e eu sei que isso é porque ela está tão assustada quanto eu. O monologo dela se segue por muito tempo até o momento em que ela fala sobre uma tal comemoração de aniversário do Kazekage, eu a interrompo nesse ponto e o vento do lado de fora uiva através da janela.

— Que história é essa de aniversário? — pergunto.

— Também não sei — ela diz, me entregando um copo de água. — Ideia do nosso pai, comemorar o aniversário dele.

— Em um momento como esse?

Ela dá de ombros e Kankuro entra no quarto. Ele me pergunta como eu estou e, por ele ser mais próximo de Akemi, eu pergunto mais sobre ela do que respondo suas perguntas. Continuo perguntando até o momento em que ele cede e diz que vai ao quarto dela ver como ela está. Temari sai do quarto também por um tempo e, quando volta, Kankuro não demoro muito para voltar junto.

— E então? Como ela está? — pergunto, me sentando na cama.

— Está bem, já está acordada — ele diz. — Mas algo estranho aconteceu. A senhora Chiyo apareceu e pediu para falar com ela a sós.

— Por quê?  — franzo o cenho.

— Não faço a menor idéia.

Só recebo alta mais tarde no mesmo dia. Aparentemente, perdi muita coisa enquanto estive preso à cama do hospital, pois assim que saio do quarto com Temari e Kankuro, além de ver Chiyo e Akemi saindo do quarto dela, vejo Sayuri e Sasuke no meio do corredor. A presença deles na vila é um mistério para mim que fico tentado a perguntar, mas quando vejo Akemi se despedindo de Chiyo e seus olhos e nariz vermelhos, provavelmente por ter chorado, eu me precipito na direção dela, mas Temari me para antes que eu tenha tempo de dar sequer um passo. Nós então vemos Akemi correr para Sayuri e abraça-la chorando, depois que Chiyo vai embora. Dizer que essa cena parte meu coração não é nada comparado ao que de fato sinto por dentro.

Sasuke, então, diz que precisa falar comigo, com Kankuro e com Temari, e Akemi e Sayuri vão embora. Fico imediatamente irritado, pois poderia ter um tempo para conversar com Akemi se todas essas pessoas não ficassem se intrometendo entre a gente. As coisas seriam tão mais fáceis se eles simplesmente desaparecessem de uma vez por todas!

Me vejo obrigado para voltar para dentro do quarto, dessa vez junto com Sasuke. Ele nos conta o motivo de estar aqui com Sayuri e faz perguntas sobre a festa de aniversário, mas é claro que nós sabemos tanto quanto ele e talvez até menos. Não fazemos a menor idéia do porquê o Kazekage havia inventado uma comemoração, como se tivesse algo para comemorar com tudo o que está acontecendo. Quando a conversa acaba, nós nos separamos e eu finalmente saio do hospital. Minha chance de conversar com Akemi já estava há muito perdida, então penso em esperar até a manhã seguinte.

Vou para o terraço no prédio do Kazekage e fico sentado no parapeito, encarando o céu escuro e as estrelas e pensando em Akemi dormindo em algum lugar abaixo de mim. Espero que ela consiga ter uma boa noite sono e penso que eu gostaria de me deitar ao lado dela. No fim, eu me vejo indo até o quarto dela quando o dia começa a dar os primeiros sinais da manhã, e me surpreendo quando vejo Sayuri saindo do quarto antes que eu crie coragem para bater na porta. A garota de cabelos rosa conversa comigo e me arrasta atrás de comida, o que me faz acabar a levando para a minha casa, para que ela possa comer. Nós conversamos um pouco sobre Akemi, porém superficialmente, o que não me satisfaz nem um pouco. O fato de Akemi provavelmente não querer falar comigo me preocupa, talvez ela esteja com tanta raiva que nem mesmo aguenta me ver.

Passo o resto do dia em agonia. Eu vejo Akemi andando para lá e para cá com os shinnobis que vieram com ela de Konoha, mas ela nem olha em minha direção e parece sempre alheia a minha presença na maior parte do tempo. Por fora, eu só a sigo com o olhar, por dentro se comprimir. No final do dia, já estou agindo como um stalker, eu sigo Akemi pelos lugares aonde ela vai e tento forçar uma oportunidade para conversamos, mas ela não dá nenhuma brecha. Ignora todas as minhas investidas. Eu me sinto louco com isso, mas ela parece nem se importar. Então a deixo um pouco em paz quando ela se retira provavelmente para se arrumar para a noite e nós só nos encontramos de novo quando ela chama Kankuro, Temari e eu para participarmos da reunião que ela terá com os shinnobis da Folha.

— Como todos aqui estão cientes, daqui a pouco começará uma comemoração para o aniversário do Kazekage — ela diz, olhando para os shinnobis. Eu estou atrás dela, escutando suas palavras e observando seus cabelos balançarem com o vento noturno. — Irei dividir vocês em equipes, pois quero todos de olho em cada canto dessa vila — ela começa a dividir três grupos: um com três ninjas médicos, outro com três ninjas nível Anbu e mais um com quatro ninjas nível Jounin. — Ninjas médicos — ela começa. —, quero vocês dentro do hospital. Se algo acontecer por aqui, vocês têm que estar de prontidão por lá, já preparados para receber feridos, se esse for o caso — os três ninjas médicos balançam a cabeça, concordando. — Jounins, eu quero que patrulhem cada centímetro dessa vila a todo momento, se dividam para cobrirem uma área maior — eles concordam também. — Ninjas Anbu — ela se vira para eles. —, vocês ficaram encarregados de protegerem o Kazekage, fiquem de olho em qualquer coisa que possa ameaçar a vida dele — os três entoam um “sim, senhora”. — Muito bem, se não há nenhuma pergunta, então podem ir.

Todos se dispersam e ficamos apenas nós quatro. Akemi se vira na nossa direção e começa a caminhar até a gente. Ela ainda está usando uma roupa igual a que sua mãe costumava usar como roupa ninja e ainda está com a bandana com o símbolo de seu clã presa em sua testa. Ela para na nossa frente e é primeira vez que faz contato visual comigo.

— Chamei vocês para me verem fazendo isso porque quero que vocês saibam as medidas que estou tomando para que nada dê errado hoje — Kankuro e Temari balançam a cabeça, concordando. — Infelizmente, as coisas podem acabar sendo imprevisíveis, mas vocês já estão sabendo da posição de cada um e, caso seja necessário em algum momento falar com eles, já sabem onde os encontrar — ela dá uma pausa e dois shinnobis da Areia aparecem e andam até Akemi, eu os reconheço vagamente. Ao lado de Akemi, eles murmuram um pedido de desculpas pelo atraso. — Bom, vocês devem conhecer o Shira e o Koji — ela faz um movimento com os braços, indicando os dois. Eles fazem uma reverência na nossa frente. — Nós três ficaremos encarregados de garantir a segurança de vocês três — Akemi continua. — Pedi a dois shinnobis da Areia que eu já conhecia para me acompanharem, pois acredito que, se for necessário entrar em uma luta, eles se guiariam melhor que eu sozinha por conhecerem melhor o terreno.

— Não acho que a gente precise de guarda-costas, Akemi — Temari diz.

— Eu sei — a outra rebate. — Mas é só uma garantia. Não vamos impedir vocês de lutarem, só vamos dar um suporte maior.

— Sendo assim, tudo bem.

Nós três saímos e Akemi e os outros dois vêm atrás da gente. É estranho ter Akemi me seguindo, mas acho melhor que tê-la a quilômetros de distância sem nem olhar na minha cara. Os três andam em uma distância considerável da gente, mas ainda assim consigo escutar sua conversa.

— Quando você apareceu para falar com a gente, eu quase não acreditei que você realmente está de volta — é a voz de Koji. — A última vez que a gente se viu você era uma pirralha.

— Sim, parecia que estávamos vendo um fantasma — agora é voz de Shira. — Mas, claro, era o fantasma mais bonito que eu já tinha visto.

— Como foi que você saiu de uma pirralha magrela para uma gostosa, Akemi? — a voz de Koji é baixa, mas ainda consigo escutá-lo e a pergunta dele me faz cerra os punhos com força.

— Será que dá para vocês pararem? — ela chama a atenção deles, mas eu consigo escutar um sorriso em sua voz. — Temos que nos concentrar.

— Claro, depois que você aceitar ir em um encontro comigo — Shira diz.

Akemi briga mais uma vez com eles e os três pararam de conversar antes que eu tenha tempo de me virar e quebrar a cara dos dois. Quando saímos para as ruas, reparamos no quanto a vila está enfeitada e pulsando com tanta agitação. Alguns chunins correrem entre a gente, parando apenas para falar com Temari e Kankuro, e continuam se divertindo, esquecendo os treinamentos do dia a dia. Akemi e os outros dois nos seguem como se fossem nossas sombras e nós só acabamos parando quando uma pessoa inesperada segura meu braço, me fazendo virar de frente para ela e, consequentemente, para os três atrás de mim.

Não é difícil reconhecer Shion, mesmo ela tendo estado afastada da vila. Os cabelos loiros e o seu headband são fáceis de reconhecer em qualquer lugar. Ela havia saído da Vila da Areia, dizendo que iria morar com o pai na vila dele, em outro país, então eu fico surpreso com o fato dela estar de volta na Areia só por causa de uma comemoração de aniversário. Na minha frente, ela fala animada comigo e me pega mais uma vez de surpresa quando fica na ponta dos pés, encosta os lábios nos meus por um momento e depois me abraça. Fico tão surpreso que nem me movo.

Depois que Akemi foi embora da vila, oito anos atrás, Shion apareceu na minha vida. Eu nunca senti nada por ele e ela nunca significou algo para mim, sempre tentei manter distância, mas ela vivia atrás de mim e, um dia, acabou me dando um beijo exatamente como me deu agora, do nada, me deixando sem reação. No primeiro, eu havia a afastado e mandando ela ficar longe de mim; nesse de agora, não preciso fazer nada, pois Akemi faz por mim. Assim que Shion me solta, Akemi a segura pelo braço, virando-a bruscamente para ela.

— Com licença — Akemi diz, franzindo o cenho. —, mas ou você se identifica ou vou pedir para você dar meia volta e ir embora.

— Ai! — Shion reclama, com a voz fina, da pegada em seu braço. — E quem é você? — ela pergunta no mesmo tom ríspido de Akemi. — Por acaso você é namorada do Gaara pra tá tão incomodada assim comigo?

Por um momento ninguém fala nada e todos os olhares parecem se voltar para Akemi, principalmente o mesmo, para esperar a sua resposta. Mas até ela parece surpresa com a pergunta de Shion. Uma sombra passa por seu rosto e ela olha ameaçadoramente para a loira.

— Eu estou incomoda porque sou encarregada da segurança dos filhos do Kazekage hoje e você está passando dos limites — Akemi diz, soltando Shion mais bruscamente do que havia a segurado. Shion sorri e vira de frente para mim.

— Você tem uma guarda-costas bem estressadinha, Gaara — ela passa o indicador pelo meu queixo e se despede, indo embora.

Eu nem reparo no que ela diz ou no fato dela ter ido embora. Apenas continuo olhando para Akemi, pois ela parece ainda mais incomodada do que estava. Seus punhos estão fechados com força e suas bochechas estão vermelhas. Ela diz algo como “preciso falar com...” e algo a mais impossível de entender e pula para o telhado de uma casa, sumindo em seguida. Todo mundo a segue com o olhar, confusos.

— Não precisam esperar — eu digo, sem tirar os olhos do lugar para onde ela foi. — Nos encontramos depois.

Eu subo para o telhado também e corro atrás dela. Ao longe, eu posso ver seu cabelo voando enquanto ela corre até que ela some da minha vista quando pula do telhado para o chão e eu me vejo obrigado a fazer o mesmo. Eu a alcanço um pouco depois, a puxo pelo braço do mesmo jeito que ela fez com Shion e a encosto na parede de uma casa, apoiando um braço ao lado de sua cabeça. Ela tenta me empurra para trás, mas eu seguro suas duas mãos contra a parede.

— O que você pensa que tá fazendo?! — ela pergunta, me olhando com raiva.

— Acho que a gente tem que conversar — digo, firme.

— Não tenho nada para falar com você! — ela me olha nos olhos, com a mesma expressão que havia olhado para Shion. Ela continua tentando se soltar.

— Eu não tenho nada com ela, Akemi — digo, suavemente. — Quando eu era mais novo, ela me beijou uma vez, nós devíamos ter uns 14 anos, mas foi só isso.

— Por que você tá se explicando para mim?  — ela para de se mexer, mas continua me encarando. — Eu não tô nem aí pra quem beija ou deixa de beijar você!

— Talvez porque você passou o dia todo me evitando e agora ficou assim depois do que a Shion fez!

Nós dois ficamos nos encarando por um tempo. A expressão de raiva dela aos poucos vai se desfazendo e eu acabo soltando seus braços. Penso que ela vai embora agora que está livre, mas para a minha surpresa ela apenas abaixa a cabeça e encosta a testa em meu peito, escondendo o rosto ali. Eu penso em abraçá-la, mas apenas fico quieto, deixando que ela tome as inciativas e faça o que for melhor para si. Não demora nem um minuto para que eu sinta seus braços envolvendo minha cintura em um abraço. Meus olhos se arregalam levemente com o gesto, mas eu passo meus braços pelos ombros dela e devolvo o abraço, apoiando meu queixo em sua cabeça.

— Você está certo — ela diz, tão baixo que eu tenho que forçar minha audição para escutar sua voz. — Nós temos sim algo para conversar, mas eu não faço a menor ideia de como.

— Não se preocupa com isso — eu abaixo meu rosto, escondendo-o em seus cabelos. — Nós temos tempo.

Ela se afasta de mim momentos depois, porém apenas o suficiente para quebrar o abraço. Ela ergue a cabeça e nós nos encaramos novamente. Apesar do barulho da festa, a noite ao nosso redor parece silenciosa. Um vento passa por nós dois, bagunçando nossos cabelos, mas não desviamos o olhar. Eu gostaria de poder falar muitas coisas a ela nesse momento, mas não consigo nem abrir a boca, pois escutamos um barulho alto vindo da entrada da vila sendo seguido por gritos. Nós somos obrigados a nos separar.

— Você ouviu isso? — ela pergunta.

— Veio da entrada da vila — digo.

Nós dois apenas trocamos um olhar antes de corremos até o foco do barulho. Obviamente está uma confusão. Pessoas correndo de um lado para o outro, shinnobis tentando passar pela multidão e uma parte da entrada da vila desabada como se uma bomba tivesse explodido. Akemi e eu paramos lado a lado perto dos blocos de areia caídos, chocados com o que vemos acima. Ainda na entrada, dez pessoas estão lado a lado, lá no alto do paredão, olhando para nós de cima. As capas vermelhas com aspirais pretas são visíveis com a luz da lua assim também como as bandanas de suas respectivas vilas marcadas com um traço — Vila da Areia, Vila da Folha, Vila da Grama, Vila da Fechadura, Vila da Cachoeira, Vila da Neve, Vila dos Pássaros, Vila dos Artesãos e Vila da Chuva. Porém, apesar dos dez estarem presentes, apenas três dão um passo a frente. Dizer que eu fico surpreso quando que Shion é um desses três seria dizer o mínimo, toda felicidade de momentos atrás havia sumido de seu rosto. Além dela, um menino de cabelos verdes escuros e mais outro entram em meu campo de visão, esse segundo vem segurando alguém nos ombros e quando ele a joga no chão, eu vejo o rosto desacordado de Sayuri. Nesse momento, Sasuke aparece ao meu lado.

— Doragon — ele diz, baixinho. — O que eles estão fazendo com a Sayuri?!

O Uchiha dá um passo a frente, mas é impedido de avançar quando Akemi coloca um braço na frente de seu peito. Ele olha para ela, mas ela não devolve o olhar. Seus olhos estão concentrados em algo a sua frente, ou melhor, em alguém. Ela olha para o menino de cabelos verdes com os olhos tão arregalados que poderiam pular para fora e tão cheios de emoção que eu imagino que ela pode chorar a qualquer momento.

 — Takashi.

Ela diz, tão baixinho que eu quase não escuto, e seus lábios formam um “o”. É então minha vez de olhar para o menino. Reconheço pela primeira vez os olhos castanhos iguais aos de Akemi e o rosto dele que eu só me lembrava de quando era criança e agora está com feições de um homem adulto. Realmente, é Takashi Senju, irmão mais velho de Akemi. Ele está usando a bandana da Folha com o risco no meio e olha diretamente para a irmã mais nova, com uma expressão fria e sem qualquer traço de emoção como Akemi. Antes que qualquer um de nós possa se mexer, ele desce do paredão onde está e fica frente a frente com a gente. É então que tudo dá mais errado do que já deu.

Deixando Sasuke parado no mesmo lugar, Akemi começa a avançar na direção do irmão, parecendo completamente alheia ao fato de que ele não está do nosso lado, mas sim do lado de quem destruiu a casa dela e quem quase fez Sasuke matá-la. Dizer que é loucura o que ela está fazendo seria o mínimo e não entendo como ela pode ser tão descuidada em uma situação como essa e sendo uma ninja nível Anbu, mas aqui está ela. Sasuke e eu trocamos um olhar de canto de olho, algo dentro de mim me diz que as coisas não terminaram bem se Akemi chegar perto dele. E, como se eu tivesse previsto, é exatamente isso que acontece.

— Akemi — o irmão dela diz, sem emoção nenhuma na voz.

— Não acredito que você está vivo — ela diz, sua voz chegando até mim por causa do vento noturno, posso escutar o choro dela chegando. Ela estende a mão para ele, ainda caminhando em sua direção.

Ela diminui a distância entre eles, mas antes que possa tocá-lo, Takashi saca uma espada e ataca Akemi. Ele teria a machucado gravemente se eu não tivesse agido rápido. Com a minha areia, eu envolvo a cintura de Akemi e a puxo de volta para o meu lado antes que receba qualquer corte. À luz da lua, a espada longa de Takashi reluz. Quando deixo Akemi ao meu lado, vejo que seus olhos estão arregalados de horror. Ao vê-la assim, é como se algo se desprendesse dentro de mim e uma raiva já conhecida começa a se espalhar por meu peito. A vila toda parece ter sido evacuada, pois está um silêncio mortal.

 Os outros integrantes da Doragon, se dispersam, indo embora ou para outro lugar, mas os shinnobis da Areia começam a segui-los junto de Sasuke que vai atrás do cara que levou Sayuri consigo antes que seja impedido de novo. Na vila ficam apenas Takashi e Shion que para ao lado dele com um sorrisinho de deboche nos lábios. Ela olha diretamente para mim.

— Finalmente a diversão vai começar — ela diz, parando ao lado do irmão de Akemi. Ele ainda olha para a irmã sem expressão nenhuma e fica ereto, deixando a espada ao lado do corpo. — Vai ser um prazer enorme — Shion continua. — lutar contra a filha de Asami Senju tendo o irmão dela ao meu lado — os olhos dela brilham de excitação.

— Vocês vão lutar contra mim — eu digo, indo para frente de Akemi.

Antes que eles possam responder, eu faço minha areia avançar na direção deles, mas antes que ela possa acertá-los, uma proteção de cristal se forma na frente dos dois como um escudo. Assim que minha areia bate nele, ela se dispersa em várias direções. Eu franzo o cenho, trincando o maxilar e me ponho em posição de ataque. O escudo se quebra e Shion aparece sorrindo para mim de novo.

— Você acha mesmo que essa sua areiazinha tem alguma chance contra mim? — ela coloca a mão na cintura. — O cristal é a pedra mais resistente que existe e você sabe muito bem que eu tenho o estilo cristal, então boa sorte tentando me enfrentar, Gaara.

— Eu fico com o Takashi — Akemi diz, saindo de trás de mim e ficando ao meu lado. — Os dois podem ser um problema para você, mas você tem mais possibilidade de vencer se lutar com a Shion. O Takashi tem o estilo água, você sabe.

— Akemi... — eu olho para ela, pensando no quão difícil seria lutar contra o irmão dela.

— Vai ficar tudo bem — ela segura minha mão e olha nos olhos, com um pequeno sorriso nos lábios que não chega até seus olhos tristes. — Sasuke foi atrás de Sayuri, Kankuro e Temari foram atrás dos outros membros da Doragon... Vamos fazer nossa parte aqui também, para proteger a vila, tudo bem? — ela aperta gentilmente meus dedos.

Um momento se passa até que eu balance a cabeça, concordando. Assim que nós viramos de frente para os nossos oponentes, vejo que o rosto de Takashi passou de sem emoção para puro nojo ao ver a mão de Akemi segurando a minha. A minha luta deveria ser com ele, penso quando Akemi solta a minha mão. Ele então ataca no momento em que Akemi começa a se preparar para lutar com o irmão que havia passando oito anos ocupando sua mente como alguém que já havia morrido.   


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