The Chosen Ones — Chapter One. escrita por Beatriz


Capítulo 20
Sayuri: conhecendo melhor o Hyuga.




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Dias se passam e então já fazia uma semana desde que Akemi foi embora de Konoha. É muito esquisito andar na Vila da Folha e não vê-la por aí. Nós duas havíamos passado pouco tempo juntas, mas eu já tinha me acostumado com a presença dela. Ainda não sei bem por que eu ainda não tinha voltado para a Vila da Névoa junto dos meus amigos já que todos pareciam estar seguido algum caminho. Isso já estpa começando a parecer algum plano do Mizukage para me manter longe de lá, eu só não sei ainda o porquê, mas quando eu descobrir, ah, vou pessoalmente cortar fora sua cabeça.

Hoje sou obrigada a cordar cedo, pois Kakashi havia me chamado para alguma coisa. Será que ele me daria uma nova missão? Será que algo havia acontecido com Akemi ou com a minha vila? Desde que ela foi embora, eu ainda não havia tido nenhuma notícia dela. Me sinto um pouco ansiosa enquanto caminho até seu escritório. Assim que entro, dou de cara com Neji Hyuga.

— Mandou me chamar, Kakashi? — pergunto, fechando a porta atrás de mim.

— Sim, Sayuri — ele diz.

Me aproximo da mesa dele e ficou ao lado de Neji. Ele está com uma cara de poucos amigos hoje, mas é sempre assim. Deve estar com saudade da namorada.

— Então, o que foi? — pergunto, olhando para o Hokage.

— Quero que você e Neji participem de uma pequena missão juntos. O senhor Feudal da Vila da Folha precisa ir até a Vila da Grama tratar de negócios e eu quero que vocês dois o escoltem.

Suspiro e reviro os olhos. Sério mesmo? Não existe nada que eu odeie mais que escoltar senhor feldais, eles são tão insuportáveis! Acredito que Neji também compartilha do mesmo sentimento, mas é muito certinho para falar alguma coisa. Depois de nos dar as instruções, Kakashi dispensa Neji, mas diz para eu ficar.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto.

— Você, por acaso, viu Sasuke por aí? — ele fica de pé e vem até mim.

— Não... Por quê? Não vai me dizer que ele já fez alguma besteira.

— Não, mas eu não o vejo direito desde que vocês voltaram da missão.

Penso por um instante. Sasuke sempre foi assim mesmo, sempre fazendo as coisas por conta própria, não muito diferente de mim. Na nossa missão, ele estava muito concentrado em achar Itachi e talvez... Uma luzinha se acende em minha mente. Será que ele ainda está procurando pelo irmão? Olho para Kakashi e penso se é uma boa ideia contar a ele, ele não conseguiria parar Sasuke, mas tentaria de todas as formas e eu não sei se isso é uma boa ideia.

— Eu também não o vi, mas qualquer coisa eu aviso — sorrio.

Kakashi sorri também e assente. Ele segura minha mão e se inclina na minha direção, abaixando sua máscara e me dando um selinho.

— Não vá exagerar nessa missão.

— A ideia foi sua de me colocar para escoltar um senhor feudal, não posso prometer nada — pisco e me viro para sair, sendo seguida pela riso de Kakashi.

—x—

            Encontro Neji perto do portão de saída da Folha junto do senhor feudal e seus servos que o levavam dentro de uma “carruagem” que é segurada nos ombros por eles mesmos. Respiro fundo no momento em que o homem me vê pela janela e franze o cenho, eu tenho que me lembrar de que ele é a pessoa que devemos proteger e não a que deve ser atacada.

— Por que o Hokage mandaria um ninja da Névoa para me escoltar? Até onde sei, vocês não são nada confiáveis — ele abre seu leque e esconde o rosto.

À minha frente, Neji, que está de braços cruzados e uma cara de mal, responde por mim, e dou graças por isso, pois eu teria voado no pescoço do senhor feudal agora mesmo.

— Se o Hokage confia em Sayuri para escolta-lo, o senhor devia confiar também. Ela é uma ninja excepcional e nunca deixaria interesses pessoais interferirem em uma missão.

Eu poderia me apaixonar por Neji agora mesmo? Claro que sim! Eu nunca esperaria que ele me defendesse assim e ainda me elogiasse considerando que nem nos conhecemos direito e o único contato que tivemos foi exclusivamente por causa de Akemi. Mas, com o ego lá em cima, eu ergo o queixo e dou um sorrisinho, sentindo o senhor feudal me analisar com os olhos. Ele resmunga algo e puxa a cortina de sua carruagem.Finalmente um pouco de paz.

Nós começamos a andar e a missão então começa. Neji e eu seguimos ao lado da carruagem. Ele com seu byakugan ativado e eu usando meu kekkei genkai — meus sentidos de animais — para detectarmos algum perigo. Nada acontece logo de cara e, perto da hora do almoço, o senhor feudal resolve que quer dar uma parada para comer algo. Típico desse povo não sair prevenido de casa com comida ou qualquer outra coisa. Nós paramos em uma vilazinha pacata para que ele possa comer. Neji e eu sentamos do lado de fora e comemos um pouco também.

— Então... Você teve alguma notícia dela? — pergunto tanto para quebrar o silêncio quanto por curiosidade mesmo já que Akemi ainda não tinha dado nenhum sinal de vida e nunca confiei muito no pessoal da Areia.

— Não — ele diz simplesmente.

Isso me deixa com um pouco de raiva. Sendo namorado dela, ele não estava nem um pouco preocupado? É nítido que algo havia mudado nele desde o momento em que recebeu Akemi na vila depois da missão.

— Você não está preocupado? E se o pessoal da Areia tiver feito algo com ela?

— Nós terminamos, então não é problema meu — ele se levanta e vai para longe de mim.

Eu fico ali na mesa de queixo caído. Apesar da paixonite aparente de Akemi por Gaara, ela e Neji sempre aparentaram ser aquele tipo de casal que se casaria na primeira oportunidade e ficariam velhinhos juntos com vários filhos de olhos de byakugan e cabelos castanhos longos. Saber que eles terminaram assim é um tanto quanto chocante.

Sem trocarmos mais nenhuma palavra, a missão então continua e dessa vez o senhor feudal não parece tão a fim de ficar de boca calada. Neji não se abala com nada, mas eu já começo a sentir uma veia pulsar em minha testa. Eu já havia feito essa mesma missão com o senhor feudal da Névoa, mas nem de longe ele era tão irritante quanto esse cara da Folha.

— Será que dá pra calar a... — eu não termino de falar, pois Neji me corta.

— Parem! — ele diz alto o suficiente para que todos nós paremos bruscamente.

Dou a volta na carruagem e vou para o lado de Neji.

— O que foi?

— Byakungan! — ele ativa seu kekkei genkai e por um momento não fala nada. — Estamos cercados.

— O quê? — surpresa, eu começo a olhar ao nosso redor.

Como eu havia deixado isso passar? Fuzilo o senhor feudal com meu olhar. Ele havia me distraído o suficiente para que eu não desse atenção aos meus sentidos. Será que antes de entramos na luta eu poderia matá-lo?

Neji e eu cobrimos os flancos da carruagem e os servos do senhor feudal também ficam prontos para lutar — ou fugir, o que for mais eficiente para eles. Vários ninjas de uma só vez surgem do meio das árvores, por todos os lados. Me assusto com a quatidade, mas Neji e eu fazemos logo um ataque direto para não dar tempo deles se agruparem e nos atacarem com mais força. Nós dois não havíamos feito nenhuma estratégia de luta, mas até que nos saímos bem lutando juntos, ele usando o byuakugan e eu usando taijutsu. Desconfio de que está tudo muito fácil e isso me dá um mal pressentimento. Esses caras são bandidos e bandidos sempre têm uma carta na manga, então o que poderia ser...?

— Sayuri! — Neji grita e se joga em cima de mim, me salvando por pouco de ser atingida por algo.

Nós dois caímos no chão, ele em cima das minhas costas e isso me faz perder um pouco o ar. A visão de 360º de Neji é incrível e eu agradeço mentalmente por isso. Ao meu lado, assim que nos levantamos, eu vejo uma aranha fugindo. Mas o que...? Neji e eu nos levantamos e olhamos para a nossa frente. Um cara montado em uma aranha gigante vem até nós.

— É um jutsu de invocação — digo a Neji.

— Sim, e eu não gosto de imaginar o que aquela aranha jogada na sua direção poderia fazer caso nos acertesse.

Droga. Não fazíamos ideia do que o poder esse cara fazia e de como ataca-lo. Ainda bem que tinha um cara, chamado por todos de gênio, ao meu lado. Neji e eu nos colocamos em posição de ataque. Penso em fazer um ataque direto, pois se eu tirasse o tempo dele de pensar... Vou para o ataque e percebo logo que é uma péssima ideia e ataques diretos não iam funcionar nunca. Assim que pulo para desferir meu primeiro golpe, a aranha gigante levanta uma de suas oito patas e me lança longe. Eu bato em um tronco de árvore e vou ao chão, atordoada.

— Sayuri! — escuto a voz de Neji ao longe.

Logo eu vejo aquelas aranhas vindo em minha direção e eu tento me levantar, mas não seria rápida o suficiente. É então que Neji simplesmente surge na minha frente, seus cabelos longos balançam com a velocidade que ele chegou até mim. Parece um deus vingador vindo salvar seu povo e, eu nunca admitiria isso, mas poderia ficar de quatro para ele nesse exato momento.

— Oito Trigramas de Rotação! — Neji diz seu jutsu e começa a girar na minha frente, repelindo todas aquelas aranhas.

— Ora ora — o homem da aranha diz, parando de andar. — Vejo que temos aqui um usuário do Byakugan.

— N-neji — digo, com dificuldade, me levantando. Ele me olha pelo canto do olho. — Eu acho que tenho uma ideia — limpo minha boca, pois com o impacto da batida havia saído um pouco de sangue.

— O que você vai fazer?

Vou para o lado dele e uso meu chakra para conseguir ficar 100% de novo. Observo a aranha do homem. Apesar de ser um jutsu de invocação, eu sempre fui especialista em animais. Com essa aranha não seria diferente. Eu sei como pará-la, mas para isso preciso me concentrar para reunir uma quantidade significativa de chakra.

— Vou precisar que você cuide dessas aranhas que ele lança. Tenho a leve impressão de se elas nos tocarem, ou nos mataram ou sugaram todo nosso chakra — eu devolvo o olhar de Neji. — Você pode me dar cobertura?

Ele assente e se prepara para lutar. As aranhas vem novamente em nossa direção, mas Neji as para no meio do caminho usando sua rotação e eu sento no chão, na posição de lótus,e junto as mãos para reunir o chakra de que preciso. Desde criança eu treino esse jutsu e não havia forma mais rápida de fazê-lo que essa, mas eu precisp que Neji aguente as pontas por enquanto.

Quando consigo me concentrar para fazer esse jutsu, eu entro em um lugar da minha mente onde existe um reservatório de chakra. Funciona de uma forma muito parecida com a forma com a qual Tsunade treina seus dicipulos, mas enquanto eles levam semanas, meses e anos para reunirem o chakra necessário, eu demoro apenas alguns minutos. Isso tem haver com o meu kekkei genkai e a quantidade de chakra que ele permite um Dobutsu ter. A minha quantidade de chakra é muito grande e por isso eu consegui dominar essa técnica rapidamente, mas há membros no meu clã que não têm a mesma sorte.

Assim que consigo uma quantidade boa, abro meus olhos e, com dois dedos juntos na frente do meu rosto, eu digo meu jutsu.

— Kemono no Shihai!

Significa “Dominação da Besta” e com esse jutsu eu posso controlar qualquer animal, seja ele verdadeiro ou apenas um jutsu de invocação, como se fossem meus. Porém, esse jutsu tem um ponto fraco. Eu preciso estar a todo minuto super concentrada, pois se eu perder a concentração o meu chakra se desperssa e o jutsu acaba. É claro que eu não deixaria esse cara descobrir isso. Eu não perderia para um mero bandido.

A aranha para de se mover e todos, inclusive Neji, ficam confusos até ele me ver. Ele entende que estou usando um jutsu. Com a minha mão livre, faço um movimento e a aranha joga o homem de cima dela, depois eu a faço enchê-lo de sua teia na árvore mais próxima, prendendo-o ali. Por último, eu a faço desaparecer e posso soltar a respiração que nem sabia que havia prendido. Por mais rápido que tenha sido, quando eu termino estou ofegante e suando um pouco. É um jutsu que exige muito do usuário.

 Aparentemente tudo fica fora de perigo e Neji desativa seu byakugan. É um erro nosso erro, claro. Assim que ele vira de frente para mim, mal abre a boca para falar algo e já tomba para frente. Assustada, eu corro até ele e logo vejo uma aranha em suas costas, sugando seu chakra. Eu estava certa então. Olho para a árvore onde havia prendido o homem e ele ainda tinha forças para controlar uma aranha pequena. Meu ódio vai lá em cima e eu jogo duas kunais em sua direção. Elas pegam em seu pescoço, em segundos o homem está morto.

 Como a aranha em Neji era um jutsu, quando seu usuário morre, o jutsu acaba. É um jutsu de invocação bom, odeio admitir, pois sugou uma grande quantidade do chakra de Neji em um intervalo de tempo muito curto. Ele acaba perdendo a consciência e eu seguro seu corpo adormecido para que ele não caia no chão. Quando o deito na grama, eu vejo um papel caído ao seu lado, está parcialmente amassado. Será que havia caído dele? Eu pego o papel e vejo que é uma carta. De Akemi. Penso em devolver ao bolso de Neji, mas a curiosidade fala mais alto e eu acabo lendo.

Neji,

Eu poderia escrever um adeus aqui, mas você me conhece e, desde que me entendo por gente, eu sempre preferi um até logo. Acredito que isso deve ser medo do peso de uma palavra que diz que o fim de algo chegou; que não dá espaço para vírgulas e muito menos reticências.
            Mas eu deveria te dizer adeus. Não pelo jeito que as coisas acabaram noite passada, mas porque eu não faço a mínima ideia de como vai ser a minha vida daqui para frente. Eu nunca quis que nada disso acontecesse, eu queria ter casado com você, ter construído uma familia grande e ter sido feliz ao seu lado, mas infelizmente a vida tem um jeito engraçado de dizer que ela nunca vai fazer o que a gente quer e que é ela quem decide nosso destino às vezes, a gente gostando ou não. Você sabe que eu tenho uma história de vida, uma história muito complicada. Historia essa que eu venho ignorando há oito anos e agora ela veio bater na minha porta. Sei muito bem que não poderei viver em paz enquanto não resolvê-la. É por isso que eu preciso ir para a Vila da Areia, é por isso que eu preciso deixar para trás você, meus amigos e a Vila da Folha, que foi meu lar por tanto tempo. Toda essa história começou na Vila da Areia e é lá que deve terminar.
             Além disso, você sabe também que eu estou sendo perseguida por aquela organização, Doragon. Eu ainda não entendi o porquê, mas se a minha vida é tão complicada assim, eu não quero te envolver nela. Eu só estou te protegendo porque, diferente do que você deve imaginar agora, você é a uma das pessoas mais importantes da minha vida. Essa luta é minha e apenas minha e te envolver nela seria egoísmo. Eu não posso fazer isso com você.
            Então, eu deveria te dizer adeus agora por tudo isso, mas por enquanto vou te dizer apenas um até qualquer hora. Porque eu nunca conseguiria te dizer adeus, Neji. Uma parte de você sempre estará dentro de mim e eu vou te levar comigo para onde quer que eu vá. Nunca poderia haver um adeus meu para você porque eu nunca de fato ficarei sem você.
            Eu sei que você deve me odiar agora e eu não estou em posição de te pedir nada, mas quero fazer um pedido. Quero que você se cuide e se proteja e fique seguro. Não deixe nada de muito grave acontecer com você porque você sabe que eu não sei viver pela metade, eu não aprendi a andar de bicicleta sem as mãos, então eu não saberia viver sem você. Eu preciso de você vivo, Neji, pois então aí eu saberei que te deixar foi a melhor alternativa.
            Neji, eu te amei ontem, te amei hoje e te amarei para sempre. Quero que você saiba que, se as circunstâncias fossem outras e você tivesse me pedido em casamento, eu com certeza teria surtado, mas teria aceitado logo depois e nós teríamos tido a vida que sempre sonhamos. Só quero que saiba disso. Me perdoe por não podido manter nossas promessas. Seja feliz. Até mais.

Com amor, Akemi Senju.

            Quando termino de ler, eu não tenho nem palavras para descrever como me sinto. Se eu fosse um pouco mais sensível como Naruto, estaria me afogando em lágrimas agora. Ao meu lado, eu escuto uma respiração fraca e vejo que Neji já está acordado, mas pela falta de chakra ainda está um pouco fraco.Talvez por isso ele não tenha levantado e arrancado o papel da minha mão ou talvez estivesse simplesmente casado demais para fingir raiva ao invés de tristeza.

            Me agacho no chão e o ajudo a sentar. Ele fica encostado em mim por um tempo e o senhor feudal e seus servos saem de onde estavam escondidos e esperam a gente se recuperar um pouco. Eu coloco a carta no bolso de Neji novamente e espero que ele brigue comigo por ter lido, mas eu só vejo uma lágrima escorrendo por sua bochecha. Quase entro em desespero. Eu não sabia que Neji era capaz de chorar como um ser humano normal, mas percebo que independente de quem sejamos, do quão gênio somos considerados, no fim somos todos apenas humanos e um coração partido deixa qualquer um de nós destroçado.

Limpo a lágrima da bochecha de Neji, pois não quero que o senhor feudal visse e seja maldoso com ele. Ele não merece isso agora. Depois de um tempo, o ajudo a ficar de pé e o a apoio para voltarmos a andar. O senhor feudal segue como se nada tivesse acontecido. Idiota.

— Você pode, por favor... — Neji começa, mas eu o interrompo, pois já sei o que ele vai dizer.

— Não vou dizer nada a ninguém. Não se preocupe.

Nós cumprimos nossa missão com êxito e voltamos para a aldeia no por-do-sol. Depois de levar Neji para comer alguma coisa e conversar com ele sobre coisas banais, o acompanho até o distrito dos Hyuga e encontramos justamente com o pai de Hinata, Hiashi Hyuga. Eu sinceramente preferia a morte a encontrar com esse homem e Neji parece compartilhar do mesmo sentimento.

— Recebi uma carta do Senhor Feudal sobre missão e estava dizendo que o seu desempenho foi ruim, pois estava muito desconcentrado.

Antes que Neji tenha tempo de responder, Hiashi usa um jutsu que ativa a marca na testa dele. É o jutsu que faz a familia secundária se manter na linha, entendo agora. Neji cai no chão, sentindo uma dor insuportável na cabeça. Vejo Hinata lá atrás, apenas horrorizada, sem fazer absolutamente nada. Sinto uma raiva tão grande dentro de mim que não consigo controlar minhas ações antes que elas aconteçam. Eu avanço para cima de Hiashi e acerto um soco em seu rosto. E talvez eu esteja louca de atacar o líder do clã Hyuga, mas eu não podia ficar sem fazer nada enquanto Neji sofria.

— Ele não estva desconcentrado! — digo alto o suficiente para que todos por perto possam nos escutar. — Ele está magoado! Isso nunca aconteceu com você, por acaso? — eu estava quase gritando. — Isso só mostra o quão bom ninja Neji é. Mesmo sofrendo ele aceitou ir em uma missão onde teve uma participação ativa e essencial. Eu não sei o que esse idiota do senhor feudal disse no relatório, mas ele está totalmente errado. Dá um tempo para ele! — eu olho então para Hinata. — E você? Vai simplesmente deixar seu pai tratar Neji assim sem mais nem menos sem fazer absolutamente nada?

Assustada, ela não fala nada.

— Como você é inútil.

Eu ajudo Neji a levantar e o ajudo ir andando para sua casa. Agora sim eu seria expulsa da Vila da Folha, mas tanto faz também. Acho que já está mais do que na hora de eu ir embora mesmo. Já estou de saco cheio das pessoas daqui.

Neji agradece quando chega em casa e diz para eu ter cuidado. Eu digo para ele deixar isso para lá e vou embora pelas árvores. Passo por uma área desertar no caminho para o meu apartamento e encontro com Sasuke. É um encontro rápido e apenas trocamos um olhar, mas que é cheio de significados. Eu sei o que anda fazendo e ele sabe que eu sei. Ele sabe que vai precisar da minha ajuda mais cedo ou mais tarde. Nossos olhares se desencontram e eu sigo meu caminho e ele segue o dele, separados, como sempre.


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